MBT Indiano Arjun considerado operacional

Embora vítima de vários atrasos, cancelamentos e informações contraditórias, resultado da divulgação de notícias por parte de vários grupos de pressão antagónicos, ficou operacional na Índia a primeira unidade de carros de combate indiana, armada como o carro de combate Arjun, um modelo de tanque pesado construído na Índia.
Por diversas vezes o Arjun foi declarado morto e por outras tantas vezes foi novamente declarado «carro de combate do futuro».
A Índia possui ao serviço vários modelos de carros de combate, e presentemente o mais numeroso e importante carro de combate principal do exército da Índia, é o T-72, nas suas várias versões e variantes, entre as quais a mais recente é conhecida como T-90.
A Índia procura a independência no campo da concepção e fabrico de viaturas blindadas há muito tempo e o primeiro veículo blindado de grande produção a ser construído na Índia foi o carro de combate  (Vickers) desenhado nos anos 50, adoptado pelos indianos e construído localmente sob o nome Vijayanta.
Tratava-se de um veículo construído segundo conceitos britânicos, com uma blindagem relativamente leve e que foi julgado suficiente para as necessidades das forças armadas da Índia.
A sua substituição tornou-se no entanto uma necessidade quando chegou ao fim a produção local do Vijayanta e quando os modelos mais antigos começaram a chegar ao fim da sua vida útil.
Uma solução indígena foi então procurada, e o desenvolvimento do carro de combate dura já há quase trinta anos.
Com um chassis inspirado no carro de combate T-72, com maior dimensão e uma torre inspirada na do carro de combate alemão Leopard-2, o Arjun tentou somar vários conceitos e adapta-los às necessidades do exército da Índia.
O atraso no desenvolvimento levou a Índia a optar pelo seu fornecedor tradicional de viaturas blindadas, a Rússia, que forneceu não só versões mais recentes do carro de combate T-72 (conhecidas como T-90) como além disso autorizou os indianos a fabricarem localmente um lote desses veículos.
O futuro do Arjun continua mergulhado em discussão e dúvidas, com militares do exército da Índia a afirmarem que não estão interessados no veículo e que a Índia deve apostar na modernização do parque de carros T-72 e T-90. Adiantam ainda que o veículo é demasiado pesado para as necessidades do país.
Por outro lado, a nível político e por razões estratégicas este veículo tem vários apoiantes e defensores que apontam a independência de fabricantes estrangeiros como um dos principais argumentos que justificam a compra do Arjun.
Mais pesado que os relativamente leves carros de combate de origem soviética, mas também mais sofisticado, o Arjun terá um custo que é calculado entre 3 a 5 milhões de dólares americanos, quando o seu concorrente da família T-72 poderá ser fabricado na Índia por um preço entre os 2 e os 3 milhões.

Fonte: Areamilitar