Geórgia sufoca motim em quartel e acusa mais uma vez a Rússia

O governo da Geórgia informou que conseguiu acabar com um motim realizado por um batalhão de tanques em uma base militar a 30 km da capital, Tbilisi.

O ministro do Interior, Vano Merabishvili, afirmou que o comandante da base de Mukhrovani foi preso e que outros soldados estão sendo interrogados.

O governo chegou a afirmar que a rebelião, iniciada na manhã desta terça-feira, seria parte de uma tentativa de golpe de estado patrocinada pela Rússia com o objetivo de assassinar o presidente, Mikhail Saaskashvili.

Dmitry Rogozin, embaixador da Rússia da Otan, disse que as acusações são “loucas” e que a rebelião é o resultado das “políticas malucas do presidente Saaskashvili”.

A rebelião na base militar teve início na manhã desta terça, quando vários soldados passaram a desobedecer ordens, segundo as autoridades.

Ainda não foi divulgado quantos soldados teriam participado do motim.

Otan

A rebelião ocorreu um dia antes do início dos exercícios da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Geórgia.

O ministro da Defesa, David Sikharulidze, disse à televisão da Geórgia que os soldados visavam “prejudicar os exercícios da Otan e derrubar as autoridades”. Ainda não se sabe quantos soldados participaram da rebelião.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, condenou a Otan por planejar os exercícios em um país “onde acabou de acontecer uma guerra”.

As relações entre a Geórgia e a Rússia estão estremecidas desde que os dois países travaram uma guerra pelo território da Ossétia do Sul em agosto de 2008. Os confrontos se acirraram depois que a Rússia apoiou tropas da Ossétia do Sul e expulsou as forças georgianas da república separatista.

O governo russo reconheceu formalmente a independência da Ossétia do Sul e de outra província separatista da Geórgia, a Abecásia.

O acordo de cessar-fogo foi mediado pela União Europeia.

Fonte: BBC Brasil