Um Gripen NG substituirá três F-5M em avanço tecnológico

Gripen BR F5NG (1)Por Gérsio Mutti

Em breve os F-5M serão substituídos pelo Gripen NG, mas não devemos nos esquecer, que como treinamento de futuros pilotos(LIFT- Lead-In Fighter Trainer), os F-5EM e F-5M ainda poderão ser muito úteis como aeronaves de transição na formação de pilotos de combate na FAB.

A Indonésia acabou de fazer o anúncio de que deseja para breve substituir os seus veteranos F-5E. Por sua vez a FAB é a Força Aérea no mundo que mais domina a mais ampla tecnologia de manutenção e atualização dessa aeronave de combate. Jogar no lixo toda essa expertise” seria no mínimo uma tremenda irresponsabilidade das autoridades brasileiras.

Penso que adquirir os excedentes F-5E, “no número que for e por um longo tempo”, que começarão a se fazer no mercado mundial, seria muito interessante para a FAB na formação dos seus futuros pilotos de combate. Infelizmente, para a realidade brasileira, não devemos nos esquecer, que as decisões provenientes da Ilha da Fantasia são quase sempre fantasiosas, independente de quem quer que seja o governante de plantão com a sua respectiva linha ideológica.

No link abaixo do Jornal da Record de 2009, a FAB reconhece o salto tecnológico na formação dos seus pilotos de primeira linha da aviação de caça, sendo todos formados nos veteranos F-5, ora “E”, ora “EM’ e “M”; e que, até então, qualquer um dos três finalistas do moribundo FX-2 equivaleriam a três F-5M, de modo que a FAB estaria muito bem servida com qualquer um desses três finalistas.

Agora sabemos que o finalista foi o Gripen NG.

Por sua vez, querer comparar o projeto de aviões de países com as dimensões continentais como os EUA e Rússia com um país da dimensão territorial da Suécia é de uma irrealidade a toda prova. A meu ver, por exemplo, caso a escolha recaísse sobre o Su-35, avião de superioridade aérea continental, para cada um avião desse tipo seriam necessários três Gripen NG para cobrir todo o território continental brasileiro, ou seja, para a hipotética escolha de 36 Su-35, estes equivaleriam a 108 Gripen NG (36 Su-35 X 3=108 Gripen NG).

Com a Parceria no Nível de “Acordo Militar entre a Suécia e o Brasil” (vide matéria abaixo) o Brasil poderá refazer o Projeto do Gripen NG para o Super Gripen NG, ou será o Super F-5, assim como os EUA refizeram o Projeto do Hornet para o Super Hornet.

É minha opinião, que com o Super Gripen NG bi-turbinas, ou Super F-5, com duas turbinas GE-F-414 de última geração, esse sim seria um avião de superioridade aérea para um cenário continental como o Brasil.

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F-5 – Jornal da Record (25/07/2009)

 Gripen BR F5NG (1)

Leia também: 

Acordo Militar entre Brasil e Suécia, suas oportunidades e desafios

O Acordo Militar firmado entre Brasil e Suécia para compra e troca de tecnologia aeronáutica estabelece outro nível de relacionamento estratégico entre os dois países. As nações serão parceiras por um longo período em função de projetos na área da cooperação industrial-militar-aeronáutica. A intenção do acordo é, sim, condizente com as necessidades de Defesa do Brasil.

Na perspectiva político-estratégica a complexidade é muito maior. Um acordo militar deste porte, de desdobramentos no campo da grande estratégia de defesa do país, não se constitui em algo trivial. Como a própria Presidente Dilma declarou, este acordo é um marco na solidificação de um posicionamento soberano do Brasil, principalmente com relação ao resguardo dos seus interesses sub-regionais e regionais.

Gripen BR F5NG (2)

Assim, um Acordo Militar entre Brasil e Suécia, mesmo não sendo estes dois países atores-chave na formulação da agenda de segurança internacional contemporânea, não pode deixar de ser tratado sob um prisma político. Neste âmbito, é importante que a Chancelaria Brasileira e as equipes do Ministério da Defesa estejam atentas aos desdobramentos do Acordo Militar com a Suécia no que diz respeito à posição norte-americana.

O Acordo Militar, suas oportunidades e desafios

O acordo militar firmado entre Brasil e Suécia para compra e troca de tecnologia aeronáutica estabelece outro nível de relacionamento estratégico entre os dois países. As nações serão parceiras por um longo período em função de projetos na área da cooperação industrial-militar-aeronáutica. A intenção do acordo é, sim, condizente com as necessidades de defesa do Brasil.

A aquisição de aviões de ataque é uma diretriz governamental que se apresenta como correta, sendo que tais armas se configuram como meios militares que dão prioridade à mobilidade estratégica e aos processos de dissuasão de ameaças no espaço aéreo, no mar territorial e em fronteiras terrestre complexas.

Estes aviões caça poderão, dentro do sistema de defesa nacional brasileiro, adensar a operacionalidade das Forças Armadas, aprimorando, por exemplo, a eficácia de operações conjuntas. E o número inicial de 36 poderá passar para 160 aeronaves no futuro, um salto estratégico no que diz respeito à mobilização e uso da força em combate. Todavia, duas questões devem ser também discutidas com relação à transparência do acordo e sua viabilidade e validade político-estratégica.

Com relação à primeira questão levantada, devem ficar muito claras as regras e os processos implícitos na operação de compra dos caças. Principalmente porque tal licitação se originou no ano de 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e a forma e o conteúdo das negociações ao longo do tempo podem ter sido alterados de acordo com as intenções dos governos à época, o que é aceitável. Mas, em contrapartida, deve- se sempre resguardar o projeto de renovação da frota da FAB como uma ação de Estado e não de governo.

Na perspectiva político-estratégica a complexidade é muito maior. Um acordo militar deste porte, de desdobramentos no campo da grande estratégia de defesa do país, não se constitui em algo trivial. Como a própria presidente Dilma declarou, este acordo é um marco na solidificação de um posicionamento soberano do Brasil, principalmente com relação ao resguardo dos seus interesses sub-regionais e regionais.

Gripen BR F5NG (1)

O acordo foi firmado coma Suécia, fato por si só interessante, sendo que ao optar por um avião sueco e não norte-americano ou francês, o governo brasileiro escolheu um caminho “do meio”, se comprometendo menos e ganhando uma maior autonomia com relação a duas potencias globais; potencias estas que também competem entre si na seara da política internacional. Porém, em diplomacia o tempo e os recursos são escassos.

Mesmo sendo necessário“ apressar o tempo” para se alocar recursos de poder, não se pode desvincular o passado das ações concretas do presente, ainda mais sendo tais ações relativas à área muito sensível da segurança do Estado. E, até ontem, o parceiro principal do Brasil do ponto de vista estratégico- militar eram os EUA.

Assim, um acordo militar entre Brasil e Suécia, mesmo não sendo estes dois países atores-chave na formulação da agenda de segurança internacional contemporânea, não pode deixar de ser tratado sob um prisma político. Neste âmbito, é importante que a chancelaria brasileira e as equipes do Ministério da Defesa estejam atentas aos desdobramentos do acordo com a Suécia no que diz respeito à posição norte-americana.

Fonte: Brasil Econômico via NOTIMP 07/01/2013 

18 Comentários

  1. A Indonésia acabou de fazer o anúncio de que deseja para breve substituir os seus veteranos F-5E. Por sua vez a FAB é a Força Aérea no mundo que mais domina a mais ampla tecnologia de manutenção e atualização dessa aeronave de combate. Jogar no lixo toda essa “expertise” seria no mínimo uma tremenda irresponsabilidade das autoridades brasileiras. ==== Já q passamos a ser especialista em F-5M, devemos comprar td e colocar na FAB depois de modernizados…os F-5EM são até bonitos..Deveríamos termos tentados ser especialistas tbm nos Mirages 2000C;triste.Sds.

  2. o correto é agora deixar o congresso aprovar a compra ,segundo abrir a licitação para os caças rafale para marinha
    e entrar na construção do t50 russo e receber alguns su35 de lising ate começar a chegar o t50 e gripen ng
    o resto é so enrolação
    a única coisa do texto interessante é colocar dois motores no gripem ng pronto
    o resto é apenas retorica vazia

    • gersio muti ,a única coisa que você escreveu correto ,é que sua geração é bem diferente da minha
      a nova geração não cai nesse papo furado ideologia de esquerda e direita ,nos vemos e colocamos no poder o mais eficaz , por isso o governo é do pt ,
      se o pt não investir satisfatoriamente com o que tem em todos os setores da sociedade brasileira esse sera removido do poder ,simples assim
      mas o governo federal além de estar investindo em todos os setores ele luta contra uma imprensa vendida a interesses estrangeiros etc e tal ,lei dos médios já
      além do governo federal estar fazendo correto ele luta contra o judiciario formado pela elite retrogoda essa sera nossa bandeira e lutaremos para um brasil forte em que os poderes sejam voltados para o bem da nação por inteiro e não defendendo grupos que estavam encrustados no estado desde a época que o império caiu
      nossa geração é muito diferente mesmo !!!

      lei dos médios reforma do judiciário sem reizinho processando todos os partidos e não apenas um como esta acontecendo
      de resto você errou tudo !!!

    • “a única coisa do texto interessante é colocar dois motores no gripen ng pronto”… rsrsrsrsrsrsrsrs… facim, facim… ué, vão criar outro avião ???… 🙂

      • Se eu entendi corretamente o texto, é justamente essa a proposta do autor. A compra de caças é apenas o começo de uma parceria muito maior, já prevendo o desenvolvimento de um futuro caça de 5ª geração, biturbina, com maior capacidade de carga e alcance. Um t-50 sueco-brasileiro, plenamente possível. Ficando pendente, principalmente, o desenvolvimento de turbinas próprias.

  3. Não sei se os parlamentares devem ratificar a decisão da Dilma Troll , do Saito Zen e do Morin Ghandi , os interesses do país são maiores que os os politiqueiros … todos erram , todos tem o direito de errar né ??/mas eternamente não dá.

    Agora isso aqui é brincadeira :

    “””Por sua vez, querer comparar o projeto de aviões de países com as dimensões continentais como os EUA e Rússia com um país da dimensão territorial da Suécia é de uma irrealidade a toda prova. A meu ver, por exemplo, caso a escolha recaísse sobre o Su-35, avião de superioridade aérea continental, para cada um avião desse tipo seriam necessários três Gripen NG para cobrir todo o território continental brasileiro, ou seja, para a hipotética escolha de 36 Su-35, estes equivaleriam a 108 Gripen NG (36 Su-35 X 3=108 Gripen NG).”””

  4. Pé de Cão:

    Pela sua argumentação pueril, você deve ser bem novinho e ainda acredita em duende, fada madrinha, fada do dente e outras fantasias mais.

    Atenha-se ao ditado popular: “Mais vale uma andorinha nas mãos do que duas voando.”

    A matéria por mim proposta refere-se a um país chamado Brasil. Você propõe a compra de muitos vetores que seriam verdadeiras “rainhas de hangares”.

    Uma andorinha nas mãos trata-se da “expertise” da FAB sobre a dinâmica do F-5.

    Não é para qualquer país. Além dos EUA, somente a RUAC Suiça, que fabricou F-5 sob licença americana, possui tal “expertise”.

    A sua argumentação não é nada factível. No Brasil, governos federal e estadual não cumprem acordos formais já firmados com países, sobre as despoluições das lagoas e da Baía da Guanabara na Cidade do Rio de Janeiro, que é a porta de entrada do Brasil; pergunto: Por que os políticos irão se preocupar com as FFAA que não dão votos???

    Nos discursos ideológicos dos governantes, o primeiro compromisso é com a perpetuação no poder, mesmo que para isso se façam mediante as compras “dos corações e das mentes” dos brasileiros via assistencialismos sociais diversos.

    Para você ter uma noção do que eu estou falando, no final do mandato do ex-Presidente João Figueiredo, o último ex-Presidente do Regime Militar, certa vez afirmou de público, que antever qualquer coisa no Brasil, além das próximas 24 horas não era nada factível. Por sua vez, o ex-Ministro da Fazenda Pedro Malan, afirmou certa vez, que no Brasil até o passado é incerto. Essas pessoas, com toda a certeza, sabiam muito bem do que estavam falando. Se o Brasil de hoje é totalmente outro, pode ser em parte e na crença política-religiosa de quem quer acreditar em oráculos da Ilha da Fantasia.

    Se a FAB não perder a sua “expertise” na dinâmica do F-5, já estará de bom tamanho. “Adesso, Lei ha capito?”

    Quanto ao futuro, o ex-Presidente Fernando Collor de Mello disse: “o tempo é o senhor da razão.”

    Vamos dar crédito ao ex-Presidente Collor.

    Saudações,

    Gérsio Mutti

    • Caro Gérsio Mutti.

      “Pela sua argumentação pueril, você deve ser bem novinho e ainda acredita em duende, fada madrinha, fada do dente e outras fantasias mais.”

      Concordo plenamente com seu comentário!!!

      E esse cidadão, que só escreve bobagens, ainda acha que entende de Geopolítica.

      Saudações

    • Certeiras palavras contidas… sinto não possuir a paciência budista que demonstrastes, Mutti… meu pavio é mais curto com ignorantes… parabéns pela lição de geopolítica e de bons modos, mesmo com quem não merece nem um linha de sua sabedoria… saudações…

  5. Os caras estão apenas a quarenta anos abrindo e fechando o mesmo capô… o estranho seria se até hoje não tivessem se tornado especialistas nele.
    Grande coisa!

    Agora sugerir que compremos mais F-5, velhuscos, só pode ser brincadeira e deboche com nossa Defesa. Ou coisa de pateta mesmo.

  6. Se é para trocar o motor do Gripen então coloquem um AL-41A ou F (do Su-35) ou os dois Snecma M-88-2 (do Rafale). Mas o motor dificilmente será trocado então melhor esquecer essa história.

    Sobre isso de que um Su-35 equivaleria a 3 Gripens é meio estranho… o Su-35 é um avião grande e conta com muita autonomia o que é muito bom para patrulhamento e missões de ataque, mas em combate aéreo caças pequenos/médios e muito manobráveis como o F-16, Rafale, EF-2000 e o Gripen podem surpreender muitos dos que acreditam nessa tal superioridade absoluta do Su-35.
    Um bom exemplo é o grandão F-15E (menos acrobático que o Su-35 mas muito mais avançada eletronicamente), em combates simulados sempre se sai mal quando enfrenta F-16 ou o Mirage-2000 que são caças pequenos e com eletrônica moderna. Cada um no seu quadrado todos tem suas qualidades, mas me assusta certas interpretações de que caças pesados são melhores do que os leves/médios em tudo, muito longe disso.

    • Meu amigo Ilya Ehrenburg

      Quando li isto:
      “…Penso que adquirir os excedentes F-5E, “no número que for e por um longo tempo”, que começarão a se fazer no mercado mundial, seria muito interessante para a FAB na formação dos seus futuros pilotos de combate…”

      Me bateu uma tristeza e uma enorme vontade de parar de ler.
      Mas como sou muito teimoso, consegui chegar ao fim do texto.

      Sds.

  7. Com mais F-5 ou Gripen continuamos sem turbina , radar e toda tecnologia crítica …com Super Gripen NG mudamos a idéia de Um Dia Seremos um RAFALE (UDSR) para um dia seremos um Shornet … piorou.
    Senhores se não tivermos tecnologia crítica nenhum dos três concorrentes para o Brasil presta, se tivermos turbina, radar etc … qualquer um deles é excelente … essa é a cobrança .

    • Plenamente correto. Talvez não tenhamos escala para navegar sozinhos, mas podemos buscar construir parcerias que nos garantam certa autonomia. Suécia e escandinavía, Argentina, Chile, Peru, Venezuela, Alemanha, Japão, são exemplos de parcerias que poderiam criar um novo eixo de poder global.

  8. Todos tem carinho pelo F-5 e, creio eu, terão vida longa na FAB. Mas se é para pensar em upgrade de F-5 então que se opte pelo FS2020.

  9. Teremos bases aéreas novas em Foz do Iguaçu, Cuiabá e Acre, assim pra falr em fronteiras terrestres… então agora existe o Acre na defesa?? hahahahah

    Realmente parece que termos novas bases só pro Gripen-Ng não ter que ficar REABASTECENDO EM VOO NÉ… assim não ficam buracos no raio de alcance do bichano…

    Mas tudo, é melhor que F-5(M) e Mirage caindo aos pedaços aposentados mas que poderiam ser reativados em caso de comoção nacional..

    Valeu!

  10. Com a Parceria no Nível de “Acordo Militar entre a Suécia e o Brasil” (vide matéria abaixo) o Brasil poderá refazer o Projeto do Gripen NG para o Super Gripen NG, ou será o Super F-5, assim como os EUA refizeram o Projeto do Hornet para o Super Hornet.

    É minha opinião, que com o Super Gripen NG bi-turbinas, ou Super F-5, com duas turbinas GE-F-414 de última geração, esse sim seria um avião de superioridade aérea para um cenário continental como o Brasil. ==== O T-50 é um projeto BRASILeiro q existe no papel e se for assim , como no texto, será + rápido e melhor de construir, só espero q seja c turbinas real/velozes como às doi Mig-29BM. Essas turbinas dava condições ao MIG.29 de interceptar os aviões Spay dos iankss,ele expulsava os invasores literal/. Essa turbina cairia bem nesse n T-50, o n harpia.P ontem, quem viver verá.Sds.

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