SNIPER

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Autor: konner

Plano Brasil

A mera menção deste nome, carrega um ar de ameaça.

Seu trabalho tem uma aterrorizante simplicidade, localizar e abater seu alvo a distancia, sem ser percebido.

Ele também pode atuar como um excelente observador avançado, colhendo valiosas informações sobre o inimigo, durante longos períodos de inatividade. Mas isto são apenas funções auxiliares.

Sua função principal, é levar o terror e a desmoralização ao adversário, isto por meio da eliminação silenciosa de seus membros. Suas capacidades sempre foram muito maiores que suas limitações, geralmente relacionadas com material como alcance das armas, angulo morto e meteorologia.

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Eles receberam as mais variadas denominações durante a sua história. Entre elas franco-atirador, traduzido do francês “franco-tireur” como literalmente “atirador livre”, é originário da Guerra Franco-Prussiana de 1870-71. “Franco-atirador” era o termo que descrevia os civis que  lutaram com suas armas de fogo contra o inimigo e não estavam sujeitos as regras da guerra. Também foram conhecidos como atirador  escol, ou aínda, atirador de elite, e hoje são comumente chamados de snipers, mas no Exercito brazileiro, simplesmente — caçador.

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Alguns dizem que o termo “snipers” surgiu no século XIX com o Exército britânico na Índia.

Lá existia um pequeno e ágil pássaro chamado snipe, que se alimentava de insetos no solo, e se constituía um alvo difícil para qualquer caçador. O atirador para acertá-lo tinha que ser realmente muito bom e aqueles que conseguiam eram chamados de snipers ou snipe, e killer.

Apesar dos Snipers não serem necessariamente membros das Forças de Operações Especiais, os membros da ForOpEsp podem ser treinados como snipers. Unidades como o SAS britânico, a Forca Delta americana, o GIGN francês, e inúmeras outras, cada vez mais dependem da função especifica do sniper para obterem sucesso em suas operações. Ele é quem tem a função básica de neutralizar obstáculos humanos para que unidades de ataque possam invadir locais defendidos, ou eliminar ameaças a reféns ou instalações estratégicas.

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A identificação de alvos é crucial, o sniper tem que distinguir oficiais, mensageiros, operadores de rádio, operador de armas pesadas e tripulantes. Os snipers inimigos são os mais importantes, assim como outras ameaças como cachorros e seus tratadores, que são sempre empregados para caçar snipers. Os soldados comuns estão no fim da lista de prioridade. Os oficiais são identificados pelo comportamento ou símbolos de hierarquia.

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A ação de soldados que operam isolados ou em pequenos grupos bem fundo no território inimigo para colher informações e fustigar o inimigo não é novidade. Os gregos, romanos e assírios entre outros povos antigos já empregavam arqueiros para aumentar a extensão do alcance de suas tropas e para explorar o efeito surpresa dos tiros de precisão.

Os exércitos europeus repartiam entre suas tropas arqueiros e balestreiros, para fornecer uma combinação mortal de tiros de precisão durante as batalhas. Com o surgimento das armas de fogo, logo surgia também os atiradores acurados, muitos originalmente caçadores, que quando em guerra, encontravam naturalmente o seu lugar no campo de batalha.

Sua presença numa frente de batalha é sinônimo de problemas. Quando começa a operar, invariavelmente suas ações geram retaliação por parte do inimigo, geralmente na forma de bombardeios de artilharia, o que sempre causa baixas entre seus companheiros.

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Alem disso, a presença de um sniper sempre atrai seu equivalente do outro lado,e nos jogos mortais que sniper e o contrasniper travam, acaba sempre “sobrando” para mais alguém.

Outra técnica usada pelos snipers é a de não matar, e sim apenas ferir um inimigo, o que leva outros a tentarem resgata-lo, elevando o numero de alvos em potencial.

A simples presença de um sniper pode imobilizar unidades inteiras, por tempo indeterminado, em frentes importantes de batalha, como foi provado nas batalhas pela posse da capital da Chechenia, Grozny, onde muitas vezes, um simples sniper checheno, e muitos eram mulheres, detinha forcas russas por dias, fazendo com que o avanço geral fosse interrompido.

A missão secundaria do sniper, durante o período de inatividade, é a coleta de informações, inteligência, observação e reconhecimento do campo batalha, reportando ao escalão superior sobre a situação do inimigo, terreno e meteorologia.

Consiste em penetrar a ‘Região de Interesse Para Inteligência’, realizando reconhecimento de pontos e pequenas áreas, bem como vigiar um setor, uma  via de acesso ou um eixo. Nesta função é importante sempre estar dentro do alcance do rádio. Na guerra moderna as missões de reconhecimento e vigilância passaram a ser um dos mais efetivos usos dos snipers que agora, na maioria das vezes, só engajam alvos de oportunidade de alto valor. A câmera fotográfica também agora faz parte do arsenal. Os modelos digitais facilitaram o trabalho com a capacidade de enviar inúmeras fotos. Com equipamento adequado a foto pode ser enviada por rádio.

Mesmo sendo uma prática militar já usual, as nações européias só vieram a utilizar largamente atiradores de elite a partir da Primeira Guerra Mundial. Na verdade este foi o primeiro conflito em que esta modalidade de combatente foi grandemente utilizada.

Alemães, ingleses, franceses, australianos, americanos e turcos entre outros, usaram largamente suas novas unidades de atiradores de elite neste conflito, pois as características da “guerra de trincheiras” favoreciam os disparos de longo alcance e a imobilidade do atirador.

Foram os alemães que usaram os primeiros snipers especialmente treinados para a função. Durante a Primeira Guerra Mundial, o Exército britânico encontrou atiradores alemães equipados com capas de camuflagem e rifles especiais com visões telescópicas em seus fuzis G98.

Os snipers alemães forçaram o Exército britânico a empregar as mesmas técnicas. Ao final da guerra, os britânicos puderam superar os alemães no seu próprio jogo.

Muitas das armas usadas pelos atiradores no inicio da guerra era rifles de caça que depois foram substituídos por rifles standard adaptados para a função. Também nesta guerra foram treinados atiradores para servirem em ações countersnipes.

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Novos equipamentos, como fuzis mais precisos, miras óticas e eletrônicas mais sofisticadas, e o uso de pólvoras sem fumaça e sem chama, permitem hoje ao sniper atingir níveis de eficiência nunca antes imaginados.

Na situação de guerra não-convencional que vivemos hoje, onde o inimigo é indefinido, não usa uniforme e circula livremente entre nós, os limites do campo de batalha não são claramente visualizados, e o uso cada vez mais intenso de unidades ditas “Forcas Especiais “, a presença do sniper é essencial para a obtenção da vitória..

O irônico é que sua função já não é privilégio dos “mocinhos”, pois qualquer grupo terrorista atual tem sua equipe de snipers, alguns verdadeiros suicidas, como os que russos descobriram na Chechênia, ou os americanos no Afeganistãoo e Iraque.

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Sniper no Afeganistão



15 Comentários

  1. Os vídeos do “Juba Sniper”, que era um atirador (ou talvez vários) Iraquiano, podem ser encontrados no Google Video.

    Foram gravados utilizando-se uma luneta especial, ligada a equipamento de gravação, e utilizados como propaganda pelos “insurgentes” iraquianos.

    Afora conotações políticas, vale a pena assistir para que possam ter noção de como os snipers agem em área urbana, e como as vítimas estavam vuneráveis mesmo sem que soubessem!

  2. Belo trabalho!! Sniper é sempre um soldado a parte!! Não basta saber atirar(o que já é complicado) tem que saber em quem atirar, melhor anglo, melhor momento e estar bem camuflado. “TREINAMENTO DIFICIL, GUERRA FACIL!!!”

  3. É bom saber que, apesar de todas as tecnologias, as guerras ainda são ganhas com o uso da coragem, da estratégia e da inteligência. Não mudando em nada de quaisquer outras vívidas no passado pelos humanos. Um belo trabalho, konner. Parabéns!..

  4. … quero sinceramente agradecer a todos os participantes por seus comentários elogiosos, fico feliz que tenham gostado.

    Quero também frizar que sou admirador dos soldados snipers ou caçadores, posto que estes, ao meu ver, são ungidos com este talento que recebem por natureza e que as vezes por sorte, conceguem evoluir por meio de treinamento o domínio da técnica, se tornando assim verdadeiros artistas.

  5. Queria ver um Sniper tentar apenas “ferir” um inimigo usando uma BMG Barret .50 hahahaha um tiro no dedinho arrancaria aperna toda.
    tenho videos de Smiper americano no afeganistão.. são recheadas de omoplata voando.

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