Sistema turco de proteção ativa ‘Akkor Pulat’ vai equipar Carros de combate na Síria

Tradução e adaptação: Ghost

Desenvolvido pela empresa turca Aselsan o principal órgão científico do país, e submetido ao Conselho de Pesquisa Científica e Tecnológica da Turquia (TÜBİTAK), o sistema de proteção ativa está pronto para ser instalado nos carros de combate turcos em Afrin.

Em um compartilhamento no Twitter, o subsecretário de estado do setor de defesa, Ismail Demir, disse que o sistema de proteção ativa “Akkor Pulat” desenvolvido pela indústria eletrônica militar (ASELSAN) e o Instituto Turco de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (TUBITAK SAGE ), passou com sucesso nos testes.

Demir disse que o sistema de proteção ativa logo será integrado aos veículos em missão em Afrine na Síria, como parte da Operação Olive Branch, lançada no dia 20 de janeiro para neutralizar os membros PKK / KCK / PYD, YPG e DAESH. Na semana passada, o ministro da Defesa, Nurettin Canikli, disse que cerca de 91% das armas que as forças turcas estão usando na Operação Olive Branch foram produzidas no país.

O PULAT é eficaz tanto na guerra assimétrica como no ambiente operacional dos principais carros de batalha. Ele também pode lidar com múltiplas ameaças de forma eficaz ao mesmo tempo como resultado de sua arquitetura distribuída. O sistema pode ser adaptado a diferentes veículos blindados alterando sua solução de sistema modular mediante a distribuição. Destina-se a interceptar armas anti-carro de alcance curto e mísseis anti-carro guiados de longo alcance, detectando-os com radares de alta tecnologia a uma distância definida. Desta forma, fornece 360 ​​graus de proteção para os veículos no campo de batalha, dependendo da colocação dos módulos na plataforma, contra mísseis guiados anticarro  (ATGM) e foguetes.

 

Fonte: Army recognition

9 Comentários

  1. Esse tipo de blindagem será cada vez mais comum. As blindagens convencionais mais modernas se mostram pouco efetivas até mesmo contra um AT-3 Sagger que já é bem velhinho. Para se ter proteção convencional adequada o MBT vai ter que chegar as 60 toneladas e ainda não é capaz de ser o suficiente e isso implica em uma mobilidade não muito boa.
    MBTs modernos deverão ter uma excelente mobilidade (portanto deverão ser uma pouco mais leves) e uma eletrônica embarcada digna de um caça, que ira lhe garantir além de proteção a essencial comunicação em rede com drones, helis e outros MBTs.
    * Com a chegada dessa blindagem ativa mais eficiente vai surgindo no horizonte a possibilidade de modernização de MBTs mais antigos, que em tese passaram a ter mais efetividade frente a MBTs mais novos a um custo compensador.

    Sds

    • muttley,

      Carros de combate atuais já ultrapassam essa marca de 60 toneladas. Vide o ‘Merkava’ e o ‘Abrams’…

      Novas blindagens compostas e blindagens NERA e ERA ( não reativa e ativa, respectivamente ), tem se revelado algo eficazes contra os mísseis de primeira e segunda geração, além de lança rojões e similares. Aliás, um dos parâmetros no desenvolvimento de novas ligas e novas formas de proteção é justamente poupar peso ( caso do ‘Type 10’ japonês ).

      O grande problema ainda consiste em impactos em material rodante e no hemisfério traseiro, onde absolutamente não dá pra fazer muita coisa…

      E defesas ativas ( ‘hard kill’ ou ‘soft kill’ ) vem justamente para complementar a blindagem, e não substituí-la. Veja que sempre haverá a possibilidade de saturar essa primeira camada, restando somente a “carapaça” para protege-lo.

      A maior ameaça contra carros de combate hoje, parte de IEDs. Isso sim tem quebrado a cabeça dos projetistas no sentido de desenvolver algo que possa ao menos minimizar os estragos e poupar a vida dos tripulantes…

  2. Turquia adiciona defensas ativas ucranianas aos seus tanques alemães e americanos que operam na Síria

    Uma empresa turca irá construir uma versão de um sistema de proteção ativa de extinção ucraniana para proteger os tanques contra foguetes e mísseis.

    A Turquia está correndo para adicionar sistemas de proteção ativos aos seus tanques, pois suas unidades blindadas continuam sofrendo perdas nas mãos de rebeldes curdos. Mas com as relações entre as autoridades turcas e muitos dos seus parceiros tradicionais, incluindo os Estados Unidos, Israel e Alemanha, o governo de Ankara passou a uma empresa ucraniana para ajudar a fornecer o novo equipamento defensivo.

    http://www.thedrive.com/the-war-zone/19078/turkey-to-add-ukrainian-active-defenses-to-its-german-and-u-s-tanks-operating-in-syria

  3. De acordo com uma matéria da ‘Defense Update’, o governo turco recentemente enviou um pedido urgente para 120 sistemas de proteção ativa completos para continuar nos tanques M60A3, M60T e Leopard 2A4. Em resposta, o contratante de defesa turco Aselsan obteve uma licença da Microtek da Ucrânia para produzir uma versão do seu sistema Zaslon-L, que ele chama de Akkor Pulat. O próprio sistema Akkor da Aselsan ainda está em desenvolvimento após quase uma década de trabalho.

    Em fevereiro de 2018, o ministro da Defesa da Turquia, Nurettin Canikli, disse que a Microtek ainda estava terminando o teste do Zaslon-L na Ucrânia. Depois, Aselsan começará a trabalhar para integrar o sistema em tanques turcos. Não está claro quanto tempo demorará antes que os primeiros tanques com um sistema de proteção operacional ativo atinjam unidades no campo.

    https://defense-update.com/20180307_akkor_pulat.html

    • Ótimos esclarecimentos SR, na região apenas Israel detém de fato esta tecnologia , certamente não iriam disponibilizaga_lá para os otomanos , este sistema é ineficiente para armas cineticas ,portanto os tanques ainda São alvos macios para o GAU -8 avenger !

  4. E pensar que na era Lula os Turcos nos ofereceram parceria para desenvolvimento de dentre outros produtos, um MBT multi nacional.
    Agora olha como estão!
    Mais uma chance perdida para o Bananal, capacho ocidental !
    Parabéns, como diz a música
    ” Na morte eu descanso, mais o sangue corre solto, manchando os papeis documentos fieis ao descanso do patrão”
    A pergunta nunca se vez tão recente.
    Que país é esse ??

    • Até pode ficar banguela, mas a que preço ? Uma nova Siria ? Porque com golpe militar não deu (quem sabe no futuro) e aparentemente as FA estão com o atual governo, que diga-se de passagem fez um expurgo até na imprensa. A Turquia foi levada a esse ponto pela total imperícia dos EUA (desde o ano 2001) no que se diz respeito ao Oriente Médio e Norte da Africa. A Turquia tem historia, o Império Otomano ainda está na memoria da parte mais conservadora do Pais, e desdentar a Turquia vai requerer muita engenharia social para mobilizar uma massa de funcionais que venham a protestar contra um aumento de 20 centavos na gasolina ou em uma passagem de “busão”.
      * se isso acontecer a Europa vai pagar o pato, como lá na Síria já que é bem mais fácil para os refugiados irem a pé do que ter que remar até a América do Norte.

      Sds

Comentários não permitidos.