Rússia vai permanecer em isolamento até que aprenda a respeitar a soberania de outras nações

A Rússia vai permanecer em isolamento até que aprenda a respeitar a soberania de outras nações. Só uma forte aliança ocidental poderá ensinar a Rússia a respeitar essa soberania. Por isso, a OTAN deve estar preparada para usar a força militar. Estas são declarações de dois dirigentes da Aliança do Atlântico Norte: Jens Stoltenberg e Alexander Vershbow.

Ao mesmo tempo, ambos frisavam, frase sim frase não, que eles não querem nova “guerra fria”. As declarações contraditórias do secretário-geral da OTAN e seu vice deram que pensar a analistas.

Jens Stoltenberg, que recentemente assumiu o cargo de secretário-geral, discursou na German Marshall Fund, em Bruxelas. Segundo ele, a OTAN não procura confronto com a Rússia, e ninguém quer uma nova “guerra fria” 25 anos após a queda do Muro de Berlim.

Além disso, segundo Stoltenberg, a aliança está desejosa de cooperar com a Rússia. Mas Moscou não está dando passos em direção a OTAN. Por isso, a aliança terá que reforçar a sua presença na Europa de Leste “sem colocar lá forças de combate substanciais”. Isso, na opinião do secretário-geral, vai “fortalecer a defesa coletiva da OTAN”, o que “não contradiz o desenvolvimento das relações com a Rússia” de todo.

O vice-secretário-geral da OTAN Alexander Vershbow discursou em Seul, num fórum para o fortalecimento da paz. Ele acredita que “com suas ações imprudentes contra a Ucrânia e com a intimidação de seus vizinhos, a Rússia abandonou o caminho da cooperação, escolhendo em vez disso o confronto e a agressão”. E o objetivo da OTAN é “incentivar Moscou a agir responsavelmente ”, disse Vershbow. Até que isso aconteça, a Rússia deve saber que permanecerá em isolamento.

Em ambos os discursos, quase cada nova frase contradiz a anterior. As palavras de Vershbow de que o objetivo da OTAN é influenciar a Rússia se assemelham mais ou menos à verdade. O ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, disse recentemente que a aliança, de fato, se está transformando num bloco antirrusso.

Nos últimos anos, a aliança violou se não todos, então a maioria dos acordos com a Rússia. Em particular, tem-se expandido para Leste, embora tivesse prometido a Moscou não o fazer. O Ocidente está tentando mostrar que a atividade da OTAN é ditada pela ameaça alegadamente proveniente da Rússia por causa da crise na Ucrânia. Mas na verdade, todos os planos foram elaborados ainda antes do golpe de Estado em Kiev e tornados públicos na cúpula de setembro no País de Gales.

Há que notar que Stoltenberg assumiu o cargo há não muito tempo – talvez por isso ele se expresse muito evasivamente. Embora, talvez, ele esteja simplesmente jogando o cenário tradicional, sugere o perito do Instituto de Globalização e Movimentos Sociais, Mikhail Neizhmakov:

“Lembramos que o seu antecessor, Anders Fogh Rasmussen, se permitia palavras bastante duras em relação à Rússia. Aqui existe um certo jogo muitas vezes jogado por figuras públicas, políticos, diplomatas: o oficial saindo de seu cargo se comporta de forma dura para que, em contraste, seu sucessor pareça estar desempenhando o papel d um ‘bom policial’ que propõe uma retórica mais suave a seus parceiros”.

Pode-se dizer que Stoltenberg não conseguiu ser um “bom policial”. Vershbow saiu um ator ainda pior, especialmente quando exortava a Rússia a “voltar ao cumprimento das regras geralmente aceitas, a respeitar a soberania de outros países, incluindo o direito destes países de escolher o seu próprio destino, mesmo que ela não concorde com essa escolha”.

Seja, na lógica de Vershbow, o patrocínio de um golpe armado na Ucrânia, o treinamento e o armamento de nacionalistas, o supervisionamento direto de agências de aplicação da lei em Kiev pelos Estados Unidos, não são violações da soberania. Espalhar caixotes com armas norte-americanas pela zona de conflito armado na Síria provavelmente encaixa nas “regras geralmente aceitas”. E, aparentemente, “o direito de escolher seu próprio destino” tão pouco se aplica aos povos do Iraque, Líbia e da Síria.

 

Fonte: Voz da Rússia

 

15 Comentários

  1. por LUCENA
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    ( … ) A Rússia vai permanecer em isolamento até que aprenda a respeitar a soberania de outras nações. Só uma forte aliança ocidental poderá ensinar a Rússia a respeitar essa soberania. Por isso, a OTAN deve estar preparada para usar a força militar. Estas são declarações de dois dirigentes da Aliança do Atlântico Norte: Jens Stoltenberg e Alexander Vershbow. ( … )
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    Essa rapaziada anda fumando maconha só pode … Hahahahah
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    Rússia isolada ….OTAN/ USA dois belos exemplos de quem respeita soberania internacional ……Ucrânia em plena acensão ….. Hahahah ….é o efeito da erva maldita … hahahah

  2. A Russia tem alternativas e esta cada vez mais abrindo os flancos desse grupo, que olha o mundo, que não conspira com eles, com desprezo.

  3. Como se o isolamento de um dos países mais influentes do planeta dependesse da opinião arrogante de um idiota… se der mole, não vai nem durar muito tempo esquentando a cadeira!

  4. Pedidos por intervenção militar e socorro: página do Exército bomba após eleições

    Por Redação Yahoo! Brasil | Yahoo Notícias – 11 horas atrás

    Após manifestação em São Paulo que aglomerou poucas dezenas de pessoas pedindo o impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), internautas foram “pedir socorro” ao Exército na página oficial da instituição no Facebook.

    Desde a última segunda (27), primeiro dia após a reeleição, a página recebeu centenas de “pedidos de socorro” e também outros que pediam uma intervenção militar no país, alegando que “a eleição foi uma fraude”.

    Como reação aos pedidos, outros internautas passaram a comentar falando em democracia e afirmando que as manifestações são “bobagens”. “Se soubessem o que é um golpe militar, jamais falariam isso”, afirmou um dos usuários.

    A presidente reeleita fez parte de grupos militantes que lutaram principalmente nas décadas de 1960 e 1970 contra a Ditadura. Foi presa e torturada por agentes do governo, alguns deles investigados pela Comissão Nacional da Verdade, que ela mesma sancionou em lei assinada em 2011.

  5. Eles vão dar é um tiro no pé !

    A tempo que venho falando, se a União Européia virar as costas para a Rússia, a Rússia cada vez mais se aliará a China e aí o efeito colateral das sansões vai começar a aparecer…

    O bloco vermelho cada vez mais forte, mais unido, mais estruturado e furiosos contra o Oeste Europeu…

    A Rússia só quer a Ucrania e o povo da Ucrania quer a Rússia, eles não irão marchar contra a Europa como os Estados Unidos não cansam de dizer…

    Agora os espertalhões da UE ferirem o Urso, deixá-lo furioso a reação será a mesma do animal selvagem quando se sente ameaçado…Um ataque brutal.

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