Rússia usará potencial dos BRICS para “fortalecer a segurança mundial”

© Sputnik/ Michael Klimentyev

A Rússia procurará utilizar o potencial das economias emergentes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para reforçar a segurança no mundo, segundo declarou o presidente russo Vladimir Putin nesta quarta-feira (1º), dia em que o país assume a presidência rotativa do grupo.

O líder russo observou que a cúpula na cidade de Ufa, planejada para o início de julho, será realizada em meio às comemorações do 70º aniversário da vitória soviética na Grande Guerra Patriótica contra a Alemanha nazista e do fim da Segunda Guerra Mundial.

“Com a devida consideração pelas trágicas lições do passado, os países BRICS defendem consistentemente a solução pacífica dos conflitos internacionais e condenam qualquer tentativa violenta de pressão e interferência nos assuntos internos de Estados soberanos”, disse Putin, em um comunicado publicado no site da presidência russa no BRICS.
“A presidência russa será orientada exatamente no sentido do máximo uso eficiente das possibilidades dos cinco [países] para reforçar a segurança e a estabilidade no mundo”, ressaltou.

O presidente russo destacou que os cinco países do grupo somam quase metade da população mundial e cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Ele afirmou ainda que “durante este período de tempo bastante curto, o formato de cooperação provou estar em demanda e ser eficiente”, e disse que o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul “estão cada vez mais coordenando suas abordagens para as questões-chave da agenda internacional, assumindo assim um papel ativo na formação de uma ordem mundial multipolar e no desenvolvimento de um modelo moderno para o sistema global de finanças e comércio”.

 

50 Comentários

  1. Se tiver uma aliança militar entre os países dos BRICS devemos ser um deles!

    Mas infelizmente pra isso servem forças armadas de verdade e não uma de trocar figurinhas com nações vizinhas… Serve comprar e manter as forças bem treinadas!

    E porque não fazer parte de uma aliança militar como esta??É o futuro do mundo!

    Com o dólar deixando de ser a reserva global através da cesta de moedas que o banco dos BRICS deseja, a capacidade de financiar suas forçar armadas se reduzirá, a OTAN talvez fique mais fraca, e o Brasil passa a ser um jogador valido dentro dos BRICS… mas é esperar pra ver, primeiro os chineses devem ir substituindo suas reservas em outras moedas e o Banco dos BRICS deverá gerar títulos da divida dos países membros, coisa de uns 50 anos ainda pro mundo do dólar parar de financiar as forças armadas USA!

    Valeu!

    • “””Se tiver uma aliança militar entre os países dos BRICS devemos ser um deles!”””

      Daí teremos que apoiar as guerras deles.

      • militarmente brasil, africa do sul, é india não são nada comparado a china, é russia,
        como venho falando a bastante tempo, quem comanda tudo é o eixo russo-chinês, o resto não representam nada.

      • a OTAN investe mais de 1 trilhão de dollares por ano, em gastos militares,
        somando os gastos da russia é da china, não chega nem a metade disso.

      • Caro Lure, concordo com seu comentário acima, pois de fato a vetoração do BRICS é sino-russa, mas discordo da intenção deste comentário, pois o investimento financeiro representa um avanço sim, mas a qualidade de investimento representa o progresso, e isso, vale pra qualquer país.Tanto Russia como China investem fatias onerosas, mas as diferenças são várias, a primeira é a questão cambial, ou seja, o que eles gastam pra produzir em seu país, e é muito abaixo do que os EUA gastam pra produzir lá, não é a toa que os produtos russos e chineses costumam ter bons preços de venda nos seus equipamentos bélicos, e o mesmo vale pros países da Otan que tem um custo de produção altíssimo, e tanto é assim, que a Suécia fez questão do Gripen NG ser quase todo produzido aqui, pois diminuirá o custo de produção do caça em quase 30% que permitirá uma melhor disputa do mercado mundial, ou seja, para produzir um caça na Suécia se tem um custo estimado em US$ 30 milhões e na Russia US$ 18 milhões, por isso os investimentos não precisam ser absurdos e mesmo assim você vê notícias de aquisições de equipamentos em grande quantidade na Russia e China sem todavia isso custar absurdos. Sds

      • Sr.Warpath
        .
        O grosso da despesa da OTAN quem banca é o EUA e os de mas entram como figurante, basta vê como está a OTAN em relação a Ucrânia, onde os tradicionais como a França,Alemanha,Itália,Espanha estão muito aquém daquele comprometimento com relação à Líbia onde os EUA só fez dá apoio logístico.
        .
        Alí na Ucrânia, os EUA além da Inglaterra, são os afoitos dos bálticos e a Polônia.

    • Aliança militar já existe, basta cortar o abastecimento da segurança alimentar, energética, de commodities de Rússia e China e você vai ver que é bom pra tosse, a Argentina pode fazer isso sozinha é só mexer com as Malvinas e a rainha vai travar o Atlântico Sul … pronto.

      Abs.

      • Nenhuma vassalagem, independência eu disse!

        Nem com os USA nem com a Russia, livre de escolher tudo o que for necessário!

        E os BRICS dão essa possibilidade, não precisamos apoiar em tudo, mas na área militar um conflito é muito difícil, os países dessa eventual aliança não são agressivos com a OTAN, basta contar ler livros de historia ou ligar a TV hoje em dia!

        o curriculum condena o ocidente, louco seria ser aliado da OTAN, com guerras em todas as décadas! 😉

        Valeu!

      • stadeu…

        Vamos supor que a Argentina acabe mesmo encrencando de novo com os ingleses. Pra que os ingleses iriam fechar o Atlântico Sul…? Basta bloquear os portos argentinos ou impedir a navegação de navios com bandeira argentina ( não que precisem fazer isso, posto que um punhado de sanções já colocaria os argentinos em xeque )… Isso, por si só, no máximo iria despertar uma meia duzia de protestos de quem quer que fosse, e olhe lá…

        Mas, considerando a impossibilidade da coisa tomar maiores proporções, o que ocorreria depois…? Russia e China vão mover suas frotas para defender os argentinos e impedir os britânicos de bloquear a Argentina…? E se os britânicos, que não largam o osso fácil, disserem “não”? Vão abrir fogo contra os britânicos; uma potência nuclear…? Nem se fosse o inverso alguém seria louco de levar isso adiante… Enfim, vai precisar de muito mais que uma “aventura” dessas para fazer russos e chineses se moverem de forma drástica… Aliás, nem os argentinos vão querer fazer guerra, pois sabem com quem estarão lidando…

        Entenda que as grande potencias são intocáveis entre si… E por quê? Porque ninguém iria querer começar um conflito como esse, onde todos somente tem a perder…

      • Só de mexer com as exportações de commodities alimentares argentinas para Europa ,Ásia e Oriente Médio já vai dar BO, agora quanto ao bloqueio e numa operação de inteligência, dois ou três navios brasileiros ,uruguaios e venezuelanos serão afundados com torpedos de baixa intensidade explosiva dando chance aos tripulantes de se salvarem … ou não … imediatamente o Brasil decretará no mímino o Atlântico Sul como zona de guerra e não poderá garantir a segurança navegação aérea e marítima do local não autorizando a saída de navios dos portos e decolagens dos aeroportos …

        … vou parar por aqui … fica calmo … rs rs rs

      • kkkkkkkkk boa Stadeu.
        Governo brasileiro: “Nossa zona aérea e marítima estão restritas, qualquer força externa que entrar será alvejada”
        Inglaterra:” Seremos alvejados pelo que? quais mísseis e submarinos vcs utilizarão no conflito?”
        Governo brasileiro: “….”
        sem mais.

      • (…) Basta bloquear os portos argentinos ou impedir a navegação de navios com bandeira argentina ( não que precisem fazer isso, posto que um punhado de sanções já colocaria os argentinos em xeque )… Isso, por si só, no máximo iria despertar uma meia duzia de protestos de quem quer que fosse, e olhe lá… (…)

        .
        .
        Será que o Sr. RR desconhecem as últimas tentativa de se fazer algo parecido a isso com o Irã,Coreia do Norte ? ….. 😉
        .
        Os grandes armadores atualmente são de origem chinesa.

      • helvecio…

        A Argentina não é o Irã e muito menos a Coréia do Norte… Digamos que tem um oceano de distância…

      • Que dizer que é assim, desse jeito… senhor RR_ …Hahahah …pela sua indagação deve ser seguido uma certa “lógica” …Hahahahah …seguindo ela então; posso dizer-lhe que também os oceanos são interligados nesse mundo sem fronteira… né ..Hahahah

    • Caro Francoorp, o buraco é um pouco mais embaixo nesse assunto, pois estamos falando de um país que nem tem frota de superfície pra defender o nordeste, o que diremos então de entrar em conflitos globais?! Não crie muitas expectativas em relação as FA’s do nosso país, não somos um país sério.
      No futuro ocorrerá fatalmente uma aliança militar parcial do BRICS, isso é obvio, e abordará intervenções militares em casos extremos que afetem os países membros de forma a por em risco a sua soberania (invasão de território, guerra contra uma grande potência, etc) mas esse acordo não visará de fato criar uma guerra, mas sim evitá-la, pois nem mesmo os EUA se atreveriam atacar o Brasil por exemplo, se China, Russia e Índia fossem obrigados a intervir no conflito, e isso gera segurança no bloco, mas entrar em conflitos globais não é meta do nosso país e aliás, nem temos condições pra isso, acredito que hoje até mesmo o Chile nos daria uma surra. Sds

      • ARC mesmo com alianças o Brasil tem por obrigação se armar de todas as formas e repito de todas as formas mesmo, pois se basear que uma super potencia não nos atacaria pelo simples fato de que somos aliados de outras super potencias não e uma cituação totalmente confiavel e vou lhe dar dois fatores que a maioria exquece QUE É O FATOR CHAMADO TRAIÇÃO E AZAR TRAIÇÃO SEI QUE TU ENTENDEU E AZAR É QUANDO OS MAIS FORTES RESOLVEM SE UNIR CONTRA O MAIS FRACO PARA DIVIDIR O EXPOLIO se os dois fatores se unirem tu deves imaginar com o perdão da palavra A MERDA EM QUE NOS METEREMOS sou a favor desta união mas não ficarmos confiantes totalmente nela.HÁ QUANTO AO CHILE NENHUM PAIS DA AMERICA DO SUL HOJE PODEM NÓS DAR UMA SURRA SEM UM ALIADO .

      • Caro Luiz, é fato que precisamos investir em nossa soberania de forma plena, mas o nosso problema não se encontra no dinheiro em si, a exemplo disso temos a Russia que tem bem menos do que nós, e ainda assim investe sério em suas defesas, e melhor, ganha com esses investimentos, isso comprovado pelo ultimo levantamento em que eles são destacados como o segundo maior exportador de material bélico do mundo ( e isso gera um capital interessante). E aí te pergunto…e nós? o que planejamos ao não investir em nossas defesas? onde queremos chegar crescendo poderosamente na economia com grandes riquezas sem todavia ter condições de defender seus interesses contra eventuais invejosos? simples, não somos um país sério, isso é claro em todos os setores, olhe ao seu redor e vc verá fatalmente que somos uma terra sem lei, sem ordem, e consequentemente sem progresso. Investir na defesa do país significa estar pronto pra tudo e ao mesmo tempo investir em tecnologia que traz lucro e ganhos para a industria nacional, isso os nossos governantes sabem, só não querem, pois não há visão estratégica, não há seriedade para elevar o Brasil como potencia, e assim continuamos nossa jornada sabe Deus pra onde, pois ainda acredito que se não houver mudanças, o nosso país precisa ver muito sangue derramado, sofrer um trauma de humilhação bem forte, algo que marque negativamente nossa história, e assim toda a nação verá que não existe paz sem compromisso com a defesa. Sds

    • Me desculpe, sr. Lure, mas esse seu comentário me obriga a uma pergunta, de que ano no túnel do tempo o sr. esta postando?

    • O texto não fala em diretamente pacto de defesa militar.
      Mas já deferam aqui uma aliança.

      Devemos cooperar economicamente ou diplomáticamente em todos acordos com Rússia que beneficiem o Brasil.

      Aliança militar com a Rússia? Para atender os interesses russos?
      Só falta defenderem que o Brasil faça parte de uma nova guerra fria.

      O Brasil deve ser forte, independente e soberano.
      Não tem que atender a vontade dos outros.

      Eu não quero mísseis apontados para nós e não vejo benefício nenhum em ser inimigo do ocidente. Só servirá para conseguirmos embargos e ameaças, o que não é importante para pessoas que pensam que a China sustentará todo mundo.

      Já me basta a associação com todas as ditaduras corruptas anti-americanas.

      O que a Rússia quer são aliados para defender os interesses dela.
      Só isso.

      • Meu caro, concordo com o que colocas, se, veja bem, se a Russia tiver realmente um interesse escondido de usar os BRICS como utensilio, coisa que duvido, por exemplo, que a China aceitasse, mesmo o Brasil, sequer a Africa do Sul. O principio que parece reger essa boa novidade chamada BRICS parece ser o da parceria, e ser parceria requer parceiros. Os BRICS tem lado e interesses multilaterais e o Brasil deve se postar sempre observando estas posições. Não teria sentido substituir o lider do unilateralismo por outro, e tenho convicção que o Brasil, a China e a Africa do Sul, não irão spoiar isso. O resto são resquicios dos romanticos da guerra fria. O mundo caminha para ser outro, e eu aposto nisso como um bem para a humanidade. Sds.

      • Caro Julio.

        “””se a Russia tiver realmente um interesse escondido de usar os BRICS como utensilio”””

        Não é um interesse escondido, eles querem aliados e isso não é segredo.
        Não estariam nos enganado.

        E, na minha opinião, isso atenderia mais as mecessidades deles do que as nossas.
        Não quero bases aqui para atraírem mísseis nucleares nem embargos.

        Outro ponto, qual ameaça justificaria a participção da Índia em uma aliança contra o ocidente?

        “”O mundo caminha para ser outro, e eu aposto nisso como um bem para a humanidade. Sds.”””

        Até concordo, mas que outro mundo será esse?

        Na verdade, nem houve uma proposta de aliança militar.
        Parece que o texto se refere a cooperação diplomática e política. E contra isso não sou contra desde que nosso país aja com equilíbrio e sabedoria.

        Sds.

      • Caro Julio.

        Penso que a maior vantagem de um mundo multipolar ou bipolar, será o fato de termos outra opção e podermos escolher a melhor.

        Isso obrigará ao pólo ocidental a se esforçar mais para atrair outras nações e, por sua vez, o pólo oriental terá de fazer o mesmo esforço.

        A concorrênica entre os dois contribuirá para um mundo mais equilibrado.

        Só fato de saberem que temos outras opções e podermos dispensá-los já servirá de motivo para os americanos serem mais generosos e menos opressivos.
        Além das novas pssibilidades de cooperção com a China e a Rússia, é claro.

        Acho que concorrência ajudará muito, isso se não se transformar em uma nova guerra fria.

        Admito que tenho muito pouco conhecimento sobre economia e só posso comparar a opinião de diversos profissionais e tirar conclusões básicas.

        Sds.

      • Compartilho sua visão e seu receio. Mas, temos que acreditar que a humanidade quer prosperar e não se exterminar. Sem bem que as vezes delegamos para nos dirigir verdadeiros inimigos da humanidade. Abço e Sds

      • justamente isso deagol,
        eu pessoalmente não quero ver equipamentos militares ou tropas russas dentro do nosso territorio,
        acho que a posição do brasil deveria ser neutra, como sempre,
        esses malucos que ficam torcendo para que o nosso pais se alinhe a esses lunaticos do oriente, podem fazer isso porque ainda não existe censura,
        pois se não……

      • Eu sou a favor de todas as parcerias que tragam benefícios. Parcerias tecnológicas, científicas, econômicas, diplomáticas e outras.

        Mas assim como não vejo necessidade de aliança com os EUA também não vejo necessidade de aliança com a China e Rússia.

        Podemos transformar o Brasil em um país forte o suficiente para garantir nossa segurança. Se quiserem cooperção miltar técnica e tecnológica com a rússia tudo bem eles tem muito a oferecer.

        Mas acho que um aliança nos traria mais insegurança do que segurança, até porque a capacidade de projeção de força deles é menor e os americanos e sua frota chegariam aqui primeiro.

        Se dividirmos o mundo em dois blocos ele será bipolar e não multipolar como muitos dizem.

      • Se os americanos só batem em cochorro morto, então transformaremos o Brasil em um lobo vivo.

        E não em uma hiena que, apesar de morder mais forte que o lobo, se contenta com sobras e ossos.

    • Comunista? Russia é um país socialista liberal caro Lure, não temos nem na Russia nem na China uma economia planificada, por lá, as únicas empresas que são estatizadas são as do setores chave, o comunismo acabou.

      • caro ARC, como disse, a KGB ainda existe, é
        eles estão por trás de tudo que é associações comunistas, é esquerdistas no mundo, principalmente ao foro de s.paulo, que é a maior ameaça da america latina,……
        depois da queda da URSS em 91 a KGB ficou de pé, é continuou fazendo seus planos de dominação mundial,
        eles contam com mais de 20 milhões de agentes é coligados dentro é fora da russia,
        não existe outra organização com poder de ação como a KGB, o que é o clero catolico ou marçonaria comparada a KGB ? nada…
        então, a ameaça comunista nunca acabou..

      • Meu caro Lure, não acredite neste tipo de estória, a KGB acabou junto com a URSS, hoje temos a FCD, que é responsável pelos assuntos da Russia em quesitos estratégicos internos e externos como qualquer país do mundo tem, o caso do Foro de São Paulo é diferente, não tem culpa da Russia nisso, na verdade é um ideal latino americano de extrema esquerda que visa “unificar” a America latina num estado comunista (ou socialista) e isso não tem apoio direto nem da China nem da Russia, pois prejudicaria até mesmo as relações comerciais com estes países, no mais, acredito que o unico benefício que a Russia ou China teriam do Foro de SP seria o deslocamento de alinhamento político de Washington para Moscou e Pequim, somente isso. Sds

      • a KGB existe sim, o problema é que eles basicamente fragmentaram mais,o grupo é mudaram de nome.
        mas o modo de comando continua o mesmo.
        sobre o foro de s.paulo, sim o foro teve ajuda dos russos, basicamente toda influência esquerdista da america latina foi herdada dos sovieticos..

  2. stadeu ( 2 de abril de 2015 at 6:42 )…

    O que a argentina exporta para esses países é apenas uma fração do que eles recebem de fora; e, pelo menos teoricamente, facilmente preenchível por outras fontes… Aliás, o principal destino das exportações argentinas é o Brasil, que compra aproximadamente 21% do que eles exportam… O bloqueio das exportações argentinas provavelmente iria fazer recair sobre Brasil e outros latinos a oportunidade de suprir russos, chineses e outros europeus.

    “…agora quanto ao bloqueio e numa operação de inteligência…”

    Pode me corrigir se eu entendi errado, mas… O que quis dizer com “operação de inteligência”? Você está sugerindo uma false flag?

    Olha… Se for mesmo isso que sugeriu, digo até que isso poderia dar certo sob determinadas circunstâncias, mas nesse caso eu duvido… Existe um monte de coisas que podem dar errado nisso:

    – Primeiro pelo óbvio: não existem só submarinos britânicos… Logo, assumindo a possibilidade de uma false flag, não há somente eles em que jogar a culpa…

    – Em caso de conflito aberto e a adoção de bloqueio, o que os ingleses certamente farão é declarar um zona de exclusão e agir basicamente dentro dela ( como fizeram em 1982 ), o que evidentemente NÃO incluiria outras regiões que não as águas argentinas ou das Ilhas Falklands ( mais provável que sejam somente as ilhas ), no qual qualquer entrada seria risco. Contudo, eles deixarão isso claro, em informes a comunidade internacional. Logo, ninguém poderá alegar desconhecimento… E o mais provável é que todos deixem a zona; e não haveriam alvos para uma false flag…

    – Caso decidam ir além e resolvam caçar navios argentinos em todas as águas ( o que seria algo extremo para seus padrões ) a possibilidade de navios de outros países serem afundados por britânicos é ainda menor, pois estes certamente fariam uso de regras de engajamento, posto que não haverão ameaças aos submarinos em primeira instância ( ou seja, vão mostrar sua própria bandeira antes de atacar ou apreender )… No mais, afundar navios de outras bandeiras é exatamente o tipo de coisa que os ingleses NÃO FARIAM, pois jamais iriam querer ampliar a crise.

    Enfim, é sabido que os ingleses não agem de forma tão tosca, torpedeando o que vier na vista, como os alemães fizeram na SGM… Logo, a tendência desse tipo de operação é dar errado, pois não haverá como se comprovar a “autoria britânica” do disparo, ainda mais se um afundamento ocorrer em águas fora do interesse britânico… E claro, muito provavelmente vai precisar ser mais de um “ataque” para se criar uma situação de guerra… E mesmo que desse certo, o Brasil nunca poderia fechar águas internacionais no Atlântico Sul, sob pena de sofrer pesadas retaliações…

    De toda a sorte, o movimento lógico no inicio seria uma rodada de sanções, e não um ato de guerra aberta, como um bloqueio…

    Você também acredita que, em caso de conflito, outros países latino americanos irão se unir em armas aos argentinos, algo extremamente improvável… Não fizeram isso em 1982 e não há razão para fazer agora… Podem faze-lo através de algum posicionamento diplomático, ou mesmo envio de recursos; mas daí a pegar em armas é outra história…

    • Aliás:

      Caso os britânicos resolvessem caçar navios argentinos em outras águas longe da Argentina, seria até mais lógico utilizar seus vasos de superfície. Seria até mais lógico, posto que eles são facilmente identificáveis, o que minimiza o risco de false flag…

  3. Meu caro vossas previsões futurísticas de ação e reação são tão precisas que superam a matemática rs rs rs … deixa rolar pra ver …

  4. uma duvida que tenho,
    o nosso exercito com tanta influência americana que tem, vai passar a fazer manobras militares com russia é china, como assim ???
    fim dos tempos,

    • lure,

      Não haveria qualquer problema, em primeira instância, em realizar manobras com russos ou chineses. Aliás, a MB recentemente realizou uma manobra com a marinha chinesa.

      Mesmo os americanos volta e meia se exercitam com o “outro lado”… Salvo engano, os chineses participaram do ultimo exercício RIMPAC.

      A rigor, essas experiências podem ser bem proveitosas. Pode se ver equipamentos de diversas procedências atuando e mesmo avaliar possíveis aquisições.

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