Tradução e adaptação: Tito Lívio
Nova Délhi — A Rússia ofereceu seu porta-aviões nuclear, apelidado de “Tempestade” à Índia para compra, disse um alto funcionário da Marinha Indiana. A oferta vem em meio as discussões entre a Índia e Estados Unidos para transferência de tecnologia no futuro nuclear porta-aviões indiano, o INS Vishal.
Um diplomata da embaixada russa confirmou que uma equipe visitou a Índia na semana passada fazendo a oferta.
O Krylov State Research Center (KSRC), instituto russo de pesquisa e desenvolvimento, está projetando o novo porta-aviões, também conhecido como “Shtorm” ou “Projeto 23000E”.
“Revelado primeiramente em maio de 2015, o Projeto 23000E de porta-aviões multifuncional é projetado para realizar operações em áreas remotas e oceânicas, engajar alvos inimigos baseados em terra e mar, garantir a estabilidade operacional das forças navais, proteger o desembarque de tropas e fornecer defesa antiaérea,” disse o oficial da Marinha, falando sob condição de anonimato.
A Índia planeja construir seu segundo porta-aviões, o INS Vishal que será de propulsão nuclear, 300 metros de comprimento e 70 metros de largura e deslocamento de 65.000 toneladas.
A escolha [da Índia] é ter um porta-aviões movido a energia nuclear, tecnologia para a qual não será fácil conseguir e será necessário ajuda internacional pela Índia na concepção e desenvolvimento deste super porta-aviões,” disse Nitin Mehta, analista independente de defesa.
A Rússia já repotencializou e modernizou um porta-aviões / cruzador classe Kiev, renomeado INS Vikramaditya, para a Marinha Indiana de 2004 a 2013 em que eles “ganharam valiosa experiência sobre técnicas de construção de porta-aviões através do processo”, disse Mehta.
Os EUA, entretanto, ofereceu o sistema de lançamento eletromagnético de aeronaves (EMALS), que não inclui tecnologia de propulsão nuclear e não está disponível para a proposta russa, de acordo com o oficial da Marinha Indiana.
“O EMALS é uma grande atração porque é flexível e permite que uma variedade de aeronaves para vir na plataforma, incluindo o mais leve avião de combate e aviões de combate pesado”, disse ele.
A Índia e os Estados Unidos formaram um grupo de trabalho conjunto em cooperação de tecnologia de porta-aviões, mas não há nenhuma discussão até agora em oferecer a tecnologia nuclear para porta-aviões indiana.
A Índia ainda precisa se decidir se irá comprar o super porta-aviões ou construí-lo localmente.
“Nós temos de pagar pelo menos US $ 12 bilhões para comprar um porta-aviões nuclear que tem a capacidade EMALS, mas o governo [indiano] nunca vai aprovar o financiamento,” disse o oficial da Marinha Indiana.
Anil Jai Singh, um comodoro aposentado da Marinha Indiana e analista de defesa, duvida que a Índia irá comprar um porta-aviões nuclear.
“É duvidoso se Índia será capaz de conseguir um porta-aviões de 65.000 toneladas no estrangeiro, e será muito caro comprar,” Singh disse. “A Marinha Indiana pensa que terá um destaque global para justificar essa despesa nos próximos 15 anos, mais ou menos?”
Um oficial do Ministério da Defesa disse que a Índia ainda deve finalizar detalhes sobre como adquirir o seu próximo porta-aviões.
Fonte: defensenews
Creio que pode ser uma grande oportunidade para os dois países adquirirem este meio vital a estratégia de ambos, primeiramente, tudo vai depender de como ficará o progresso do projeto do FGFA (oriundo do PAK FA) pois se este projeto prosperar como parece que vai, a Rússia terá a confiança de Nova Déli para um projeto desta envergadura.
O argumento do comodoro é facilmente refutável diante da circunstancias que os mares indianos viverão nas próximas décadas, quando a China terá absoluta supremacia nos mares asiáticos e proximidades(por volta de 2040) e isto por si só é motivo suficiente para um porta avião de grande autonomia energética.
O que uma boa vizinhança não faz, com a China vindo a todo vapor a India não tem muita alternativa.
Eu não descartaria uma solução mais Sovietica e menos dispendiosa com o uso de uma aviação antinaval baseada em terra [a India parece ter comprado recentemente TU22M] e uma boa frota de submarinos.
Convenhamos que para acompanhar a China em uma corrida armamentista tem que ter um bom folego economico e ser bem criativo.
Sds
Se o negócio do TU-22 for a frente a Índia terá dado um passo firme rumo ao equilíbrio de poder em relação a China, questão é esse acordo da construção de um NAe, pois 12 bilhões é absurdo para um NAe só, se a Rússia iniciar um projeto conjunto com os russos da construção de Naes poderá sair pela metade do preço, e terá melhor integração de suas tecnologias, já que são similares (provenientes da mesma fonte).
12 Bi por PA sem as aeronaves. aeronaves: 50 x 60Mi = 3 Bi no mínimo. total 15 Bi por um PA sem contar outras despesas. dá pra comprar uns 10 contra torpedeiros Type 45 ou umas 20 fragatas fremm ou uns 50 P-8 Poseidon.
………………se a India demorar a comprar seu (ou seus) portaviões e ampliar sua esquadra, a China,rapidão,tomará conta do oceano Ìndico………….
SE FOR O BRASIL A PROJETAR, E CONSTRUIR UM PORTA-AVIÕES NUCLEAR, LEVARÁ 50 A 60 ANOS E CUSTARÁ O PREÇO DE 4 OU 5 DESSES PARA COLOCAR EM OPERAÇÃO.
E quando chegar a hora de por em operação,não vai ter grana porque os políticos,roubaram.Lamentável nossa cultura
é por isso que se movimentam para acabar com o programa Prosub a qualquer custo neste pais..pois um submarino nuclear de ataque é o armamento mais estratégico/dissuasório que uma Marinha de Guerra pode deter em seu inventario pois terá a capacidade de levar dissuasão/ameaça a qualquer força militar hostil….mesmo que uma potencia….terá a capacidade de levar ataque a qualquer parte/território do planeta…com persistência de combate ilimitada…são apenas uma meia dúzia de países no mundo que detém este tipo de armamento…com isso não importa o tempo que leve o desenvolvimento de um armamento destes desde que tudo seja desenvolvido/feito até o fim….
Troll, se voce quer usar as palavras “estratégico/dissuasório” é melhor corrigir a sentença.
Submarino nuclear lançador de misseis balísticos (SLBM) é o armamento mais estratégico/dissuasório que uma Marinha de Guerra pode deter em seu inventario!
Viu como ficou melhor.
Realmente, os russos tem muita experiência em construção de porta aviões, principalmente os de propulsão nuclear. Alguém aqui tem alguma duvida com quem os indianos vão negociar essa tecnologia? Ainda mais levando em conta que os americanos fecharam um enorme acordo de transferência de construção de reatores nucleares para produção de energia elétrica com os indianos, dai para um PWR naval é um pulo. O Brasil também domina essa tecnologia, o Labgen no CTM em Ipero deve estar quase pronto para inauguração apesar dos cortes orçamentários.