Rússia e Uruguai: Caminho aberto para a cooperação militar

O governo russo aprovou um projeto de cooperação militar com o Uruguai e solicitou ao Ministério da Defesa da Federação Russa para manter conversações com o lado uruguaio para promover a assinatura do documento.

“De acordo com <…> a Lei Federal <…>, deverá ser aprovado o acordo do Ministério da Defesa russo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros para elaborar um projeto de acordo entre a Federação Russa e o Governo da República Oriental do Uruguai para a cooperação no domínio da defesa”, divulga o documento.

Segundo o decreto, o Ministério da Defesa russo tem que manter conversações com seus congêneres uruguaios e assinar um acordo de cooperação em nome do governo russo.

Entre as áreas de cooperação entre Moscou e Montevidéu, consagradas no projeto de acordo, são destacadas a intensificação da luta contra o terrorismo, o intercâmbio de informação, a medicina militar e as atividades de busca e salvamento no mar.

O acordo entra em vigor 30 dias após as autoridades dos dois países cumprirem todas as obrigações necessárias para aprovar este documento.

Foto: Ministério da Defesa da Rússia

Edição/Imagem: Plano Brasil

Fonte: Sputnik News

13 Comentários

    • A diplomacia de merda começou agora, caríssimo equivocado Gabriel.
      José Serra coleciona gafes a absurdos. Afronta diplomatas estrangeiros, mete os pés pelas mãos e mostra-se subserviente aos EUA.

      Onde já se viu um chanceler receber um presidente de petrolífera?!

      Pior, ele ofereceu vantagens financeiras para o Uruguai votar contra a Presidência da Venezuela no Mercosul.

      O Brasil perdeu o protagonismo internacional que tinha com Celso Amorim, e agora, tornou-se motivo de escárnio.

      No tocante as vendas de armas…
      Com orçamento muito apertado o Uruguai necessita de financiamento por parte do exportador…. Nós temos o BNDES.
      Só que o BNDES está restrito a operações dentro das nossas fronteiras apenas, por ordem expressa do governo interino.

      Então, caríssimo, é natural perder espaço para os Russos, que possuem uma Base Industrial de Defesa poderosa e capacidade de financiamento.

      Por isso, caríssimo, sugiro que pare com berros ideológicos, pois são ridículos.

      • O BNDES agora vai financiar empresas de TV, revistas e jornais, por sinal solenes sonegadores de informação e de impostos.
        Sds

      • Concordo César….

        Com o Sr. José Serra (Pessoa que já ocupou vários cargos eletivos, mas nunca ate o final do mandato), regredimo a política externa da Guerra Fria… Onde vendas e acordos internacionais eram firmados na base da Ideologia de países centrais…

        Estamos na contra mão do desenvolvimento…. Vamos entregar nossas reservas naturais e sociais, voltando aos patamares da república velha…

        Uma pena… tínhamos tudo para sermos líderes de nossos próprios narizes, mas caímos no canto da sereia conservadora e golpista para voltamos a nossa posição de vassalos dentro de nosso território

      • É o tipo de raciocínio que endossa aquele pensamento segundo o qual o Juiz Moro teria uma “agenda pessoal”. Ou então que os vazamentos da Lavajato seriam criminosos ao passo que os vazamentos do CADE na época da investigação do Cartel dos trens do Metrô de SP eram justificáveis por ser o Estado Bandeirante um lugar extremamente conservador e de direita ao extremo.

        No mais acusa-se de que acordos internacionais estariam sendo celebrados com base na ideologia dos “Países centrais” mas nada se diz quando o principal instrumento de integração do continente, O MERCOSUL, afunda na irrelevância após ser dominado pela versão primitiva de uma ideologia que enfrentou o ocaso na Europa no ano de 1989 com a queda do muro de Berlim. Isso sem falar na insistência (burra a meu ver) na falida e morta “rodada Doha” enquanto o resto do mundo celebrava acordos bilaterais de comércio.

        Ademais, é absolutamente contráditório falar que tínhamos tudo para sermos líderes dos nossos narizes ou então que tínhamos “protagonismo” quando atuávamos como linha auxiliar do chavismo em um vergonhoso episódio de interferência nos assuntos internos de um país (Honduras). Ou então quando intermediamos um acordo nuclear farsesco cujo objetivo era dar tempo para um regime criminoso cujo presidente, abertamente antissemita, havia se reelegido fraudulentamente no ano anterior, e que de tão constrangedor foi rejeitado até por Rússia e China no CS da ONU. Isso sem falar quando nosso chanceler assistiu calado ao chanceler Venezuelano conclamando aos militares paraguaios a fechar o congresso guarani para manter o Fernando Lugo no poder.

        Por fim, volto a dizer que quem continua insistindo na cantilena de que haveria um “gópi” em curso no Brasil mostra desconhecimento das nossas instituições e do famoso “livrinho”. Mas é só um toque….

      • Caro S-88, como advogado devo discordar do Sr.

        Nosso país precisa acabar as investigações carnavalescas, onde um processo em curso acaba sendo amplamente divulgado pela imprensa com a bandeira “exclusividade”. Todo e qualquer vazamento de informações é, de fato, um ato criminoso, não importa se é feito pelo advogado das partes, membro no Ministério Público, ou, ate mesmo, pelo juiz da causa (Principalmente criminoso este, já que um juiz singular não presta “esclarecimentos” a população, esta é uma atribuição do tribunal).

        A negociação em bloco não impede os atos bilaterais, lembrando que todo e qualquer país é soberano, independente de decisões de organismos supranacionais. O Mercosul não tem, nem foi constituído para ter a força de um bloco (e tudo falado o contrário se chama propaganda), já que estamos em uma realidade fragmentada na America Latina e tais questões sempre foram a barreira para a constituição de um bloco pleno.
        O Mercosul, nada mais é que um sistema de mutua cooperação econômica, onde o Brasil é (ou deveria ser) o país central, mas ainda é o responsável por manter nossos pequenos e médios empresários com as contas em dia, sendo o Mercosul extremamente superavitário para o Brasil.

        Em relação a Honduras, ocorreu o que se espera do Brasil, acolhemos uma pessoa que foi expulsa de seu país por forças internas e inconstitucionais, lembrando que o ocorrido no país foi considerado um Golpe de Estado pela OEA (resolução 953) e pela Assembléia Geral da ONU. Vamos lembrar que a CF 88 garante esse tipo de ação.

        E uma ultima questão do “Golpe”. Vamos lembrar que o STF ao analisar o mérito dos trabalhos, apenas analisa a forma dos ritos e não seu conteúdo. E existindo uma discussão sobre “é crime/não é crime”, ambas com amplos argumentos jurídicos, sem dos quais não existir uma maioria, ou, ate mesmo uma legislação chamando esses atos de Crime, não existe causa para o impeachment.

        E dois pontos prezado S-88.
        É golpe, quando um partido da oposição se torna situação e membro do governo sem eleições.
        É golpe quando um vice presidente (presidente de seu respectivo partido) retira seu partido da base do governo e não entrega seu cargo.

        Mas vamos voltar ao que interessa…
        Enquanto estamos morrendo na questão diplomática, já que falamos grosso com a Bolívia e fino com os EUA, correto esta o Uruguai, que faz negócios com todos.

      • Caro Fábio Vargas, fazer alusão à profissão que exerce no intuito talvez de tentar obter alguma vantagem no debate não me parece um expediente lá muito produtivo até porque aqui no PB existem outros advogados comentando que sabiamente não declaram serem eles operadores do direito……

        Interessante você vir falar aqui em investigações “carnavalescas” pois com esse adjetivo em mente a primeira lembrança que me veio à cabeça nada tem a ver com a Lavajato mas sim com a malfadada operação Satiagraha, um verdadeiro carnaval onde o delegado responsável (que depois perdeu o cargo como efeito de sentença penal condenatória) dava entrevistas onde fazia amplo juízo de julgamento (a ponto de declarar que o principal investigado era “um dos maiores corruptos do universo”), onde informações privilegiadas sobre a mesma foram vazadas para os sedizentes “blogueiros progressistas” (um deles responde a processo judicial junto com o ex-delegado) e houve indiscriminado uso de provas colhidas de meio ilícito como dois agentes da ABIN que nela atuaram sem ter sido requisitados da agência, e até mesmo investigadores particulares participaram. Como resultado não restou ao STJ outra opção senão anular a operação tendo em vista a flagrante ilicitude das provas, o que foi posteriormente confirmado pelo STJ.

        E no que diz respeito ao juiz Sérgio Moro ele não “vazou” nada mas apenas retirou o sigilo sobre as gravações onde a atual presidente afastada falava algumas indiscrições com o ex-presidente queixoso embora posteriormente o relator da operação no STF tenha invalidado as mesmas pois o entendimento da Corte é que a presença de autoridade com foro por prerrogativa de função atrai imediatamente a competência do mesmo, ainda que a descoberta da mesma tenha se dado fortuitamente, tornando nulas as diligências efetuadas.

        Ressalte-se na oportunidade que o STJ entende de forma diversa ou seja, a mera presença de autoridade com foro por prerrogativa de função, embora atraia a competência, não nulifica a prova produzida.

        Outrossim,a menção de que um juiz singular não presta “esclarecimentos” à população é mais uma tentativa de tentar emplacar a tese do “controle social”, expediente comumente defendido pelas esquerdas com a finalidade de impor constrangimentos aos demais poderes, em especial o judiciário. E cabe lembrar que além das corregedorias e conselhos de magistratura dos Tribunais, existe também o CNJ, previsto constitucionalmente, e cuja função é controlar a atividade dos magistrados. Inclusive os deputados do ParTido da presidente afastada ingressaram com uma dúzia de representações contra o Juiz Sérgio Moro, todas elas rejeitadas.

        Ao contrário do que você afirma, e tendo em vista que o MERCOSUL é uma união aduaneira e não uma área de livre comércio, os países dele integrantes não podem firmar acordos bilaterais de comércio pelo fato de que uma união aduaneira tem por finalidade criar uma política externa e de comércio exterior comum para os países integrantes do bloco. E os próprios estatutos do MERCOSUL, internalizados em nossa legislação, impedem a celebração desse acordos bilaterais em separado. Como consequência apenas três acordos de livre comércio foram celebrados pelo MERCOSUL e apenas um está implementado (Com o Estado de Israel).

        No que diz respeito à Honduras o art. 4º da Carta Magna aduz que a concessão de asilo político é um princípio a reger nossas relações exteriores. Ocorre que Zelaya ao adentrar na nossa embaixada não foi requerer o mesmo mas sim usá-la como palanque político o que configurou violação a outro princípio da nossa política externa, a não- intervenção. E quanto às resoluções da OEA, não são bulas papais. Basta lembrar que a Corte Interamericana de Direitos Humanos da mesma OEA decidiu que o Brasil deveria rever a Lei de Anistia, e corretamente o nosso país deu de ombros para essa decisão.

        Agora, falando de impeachment, o papel do STF não é meramente o de analisar a forma dos ritos mas sim é o guardião da legalidade e da constitucionalidade do processo, cristalizada na presença do presidente da corte como presidente do referido processo. E sendo o processo de impeachment, conforme os conceitos trazidos da doutrina constitucional norte-americana, um processo de natureza eminentemente política, não pode a corte adentrar no mérito do processo. E ao contrário do que você afirma existe sim a Lei 1079/50 que tipifica os crimes de responsabilidade, expressão essa que na verdade é retórica constitucional pois não se tratam de crimes como previstos nas leis penais, tratando-se de infrações de cunho político-administrativo. Inclusive não há pena de prisão para os mesmos e sim perda dos direitos politicos e inabilitação para exercício de cargo público.

        Por fim, não é golpe. O partido que era de oposição se tornou situação pelo fato de existir no Brasil um presidencialismo de coalizão, onde se faz necessário negociar apoio político. A desculpa de que ele “se torna situação sem eleições” não se aplica. E quanto a vice-presidente, tendo ele sido eleito na mesma chapa que a presidente ora afastada, não poderia e nem deveria simplesmente “entregar o cargo” pois a única forma de fazê-lo seria renunciando.

        Quanto à nossa diplomacia, agora deixou de fingir que fala grosso com os EUA e de falar fino com a Bolívia….

  1. ENTENDO QUE DEVEMOS TER …
    _____________________________________________________
    Jorge Knoll – Comentários é em minúsculas. – Plano Brasil

  2. como é q é mesmo aquele comentário, q eu achei sensacional
    “é q o Uruguai tem opinião própria, e não se submete as chantagens de golpistas”

    nessas horas eu queria ser uruguaio rsrs.. poxa vida, tivemos 13 ANOS pra ter opinião própria e não aceitar as chantagens e ACEITAMOS de cabeça BAIXA !

    Uruguai nos dando uma lição, deve ser a tal raça uruguaia !!

  3. Eu desejo aos futuros Brasileirinhos[as] do amanha,um Otimo Plantio

    Pois os de Ontem,esta a colher o Hoje.

    Independente de Esquerda – Centro – Direita.

    Certamente Estarei do Outro Lado.so Observando.

    Familia – Estudo – Atitude.

  4. Um passo importante para a diversificação de alianças, isso torna as vias de acesso muito mais fáceis, em miúdos, permite as forças uruguaias trocarem experiência com as forças russas, e não obstante, reparar nos seus equipamentos, criando perspectivas para suas necessidades com base no parque industrial russo, muitos oficiais de alta patente utilizam estes exercícios para analisar material alheio, e com o Uruguai não deve ser diferente.

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