Quem era o misterioso caça avistado na Mongólia Interior?

Yak-141
Yak-141

Red Dragon (Taiwan especial para o Plano Brasil)

Tradução e adaptação: E.M.Pinto

A mídia japonesa e especialmente a norte-americana especializada em assuntos de defesa têm especulado sobre um terceiro projeto chinês de um caça de quinta geração, que juntamente com outros dois programas em desenvolvimento <J-20 e J-31>, viria a consagrar a entrada da China no seleto grupo das grandes potências aeronáuticas mundiais. A nova arma stealth atende pelo código J-18.

A mídia japonesa Asahi Shimbun foi a primeira a publicar um artigo afirmando sobre o voo de testes bem-sucedido do J-18 no início de 2013, o alegado voo segundo o periódico, se referia a uma nova aeronave, totalmente diferente dos protótipos dos caças J-20 e J-31.

O artigo enfatizou, “a China começou a desenvolver a sua própria catapulta para o porta-aviões, mas não possui a tecnologia chave para fazer tal catapulta; portanto, a China descartou seu plano original e iniciou ainda em 2011 o desenvolvimento paralelo de aeronaves STOVL.

Segundo a mídia esta seria a aparência do alegado J-18
Segundo a mídia esta seria a aparência do alegado J-18

As informações eram desencontradas pois se por um lado relatava que o caça assemelhava-se ao Su-33 < o que bem poderia se tratar do desenvolvimento do caça J-15 Naval>, por outro o classificava como um “puro sangue” totalmente novo e  stealth, o que encontrava-se virtualmente fora das especificações tanto do J-15 enquanto do SU 33 especialmente no quesito Short Takeoff Vertical Landing (STOVL).

O que parecia ser elucubração da exagerada mídia japonesa, tornou-se uma suposição mais direcionada vinda nada menos do próprio EUA, a matéria publicada no periódico, Defense News, era muito mais específica e afirmava com veemência as características marcantes deste novo vetor.

O artigo ressaltava a crença de que a China estava a desenvolver uma aeronave de pouso a curta distância e decolagem vertical, Vertical Takeoff Landing (VTOL). Além disso o novo caça seria furtivo, de geometria muito diferenciada dos clássicos Sukhois ou seja, de maneira alguma poderia se tratar do alegado made in china Su-33.

O J-18 como foi referido, atendia pelo nome de ”Águia Vermelha”, seria VTOL e tratava-se claramente de um avião de combate, com a função de discrição soberba, seria equipado com radares AESA, baías de armas internas e dois motores vetorizados e com grande impulso.

Para muitos a descrição batia com o que veio a ser futuramente conhecido como o projeto J-31 da AVIC, de fato o protótipo do J-31 alçou voo em 2013, pelo menos para o público geral, a aeronave bem que poderia ser o protótipo alegadamente visto na Mongólia interior, não senão, por dois pontos e discordância.

AVIC J 31
AVIC J 31

1º O J-31 embora por todas as descrições se assemelhe ao reletado pelo Defense News, não é uma aeroinave VTOL, jamais poderia decolar verticalmente tal como se identifica uma aeronave desta natureza.

2º E mais importante e por incrível que pareça, passa desapercebido por quase a totalidade dos críticos e especialistas em defesa, o fato do periódico citá-lo como um “terceiro projeto” de caça 5G.

Matéria da Jane que apresenta a alegada aeronave J-18
Matéria da Jane que apresenta a alegada aeronave J-18

Traduções as vezes perdem-se em conteúdos e ai talvez “dormem” alguns problemas, mas é algo a se levantar, pois, hoje sabe-se que há dois programas em andamento na china são eles o J-20 e J-31. Porém nenhum deles possui as características de um caça VTOL ou VSTOL o que indica que se esta misteriosa aeronave chegou a existir ou simplesmente não passou de uma suposição da mídia, ela seria ainda mais misteriosa tendo em vista que as outras duas já eram de conhecimento do público especializado e não haveria razão para confundi-la com alguma delas.

Os únicos protótipos de caças chineses reconhecidos são o J-20 e J-31.
Os únicos protótipos de caças chineses reconhecidos são o J-20 e J-31.

Esta alegação foi inclusive apresentada pelo periódico The Avionist tratada como um “Myth Buster” dado que  as especificações do VTOL ou STOVL não condiziam com a aeronave apresentada

Partindo do pressuposto de que não houve um erro de nomenclaturas, e que a aeronave branca exibida na imagem realmente se trata de um projeto real, este novo terceiro projeto deixa mais dúvidas que respostas.

Vídeo o Misterioso J-18

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O mais provável no meu ponto de vista é que ela de fato nunca tenha existido, ou melhor, nunca tenha saído do papel.

Richard Fisher, vice-presidente do Centro Avaliação Internacional e Estratégia com sede em Washington, afirmou que “Em 2005, uma fonte da indústria de aviação chinesa da Chengdu Aircraft Corporation estava considerando um programa de um caça muito semelhante ao F-35B… e que devido as ambições de projeção do poder naval do PLA, é provável que desenvolveremos uma aeronave VTOL ou STOVL [decolagem curta e pouso vertical] < Há “muitos supostos programas na blogosfera chinesa.”> a afirmação repercutiu no renomado  Global Security e por isso merece atenção.

Embora os artigos japoneses e americanos, possuam uma natureza sensacionalista e pareçam por vezes apenas especulações. Até então, nenhuma evidência sobre a existência do J-18 seja lá o que fosse esta aeronave, havia vazado na mídia, até que a Jane´s Defense Review da Grã-Bretanha publicou um um artigo sobre o caça contendo uma foto recente copiada de um post de um fórum militar chinês na Internet (o tal caça branco) que para alguns tratava-se do 4º protótipo do J-20 (grey).

j20
Protótipo J-20 no padrão Grey, seria ele o canard branco?

A julgar pela foto da Jane, e pelos seus relatos, o suposto J-18 teria quase que a mesma aparência do J-31, exceto pela sua estrutura canard semelhante ao J-20 de fato. Isto dá às pessoas a impressão de que é uma versão VTOL do J-31. Mas como e onde fazer do J-20 um caça VTOL ou STOVL? Pareceria mais razoável o desenvolvimento de uma versão VTOL do J-31, pois é melhor dimensionado e economizaria recursos no desenvolvimento de uma aeronave a partir do nada. Tal como os EUA o fizeram no programa F-35 que possui três versões, incluindo uma versão STOVL.

Porém ai residem alguns problemas, o J-31 não possui canard. Suspeita-se que a aeronave é um projeto nacional e poderia se tratar apenas de um demonstrador ou aeronave de ensaios tecnológicos, mas fica aqui mais uma pergunta, porque instalar um canard num protótipo que está em desenvolvimento e não numa outra bancada de testes?

Apesar de que, um dos setups de caças do  mesmo fabricante possuía a estrutura em canard, mas sabe-se que tal projeto foi abandonado ainda na fase de concepção, dando lugar ao que se finalizou como o J-31 que vemos hoje. Não há indícios de que o misterioso canard-fighter possa ser uma retomada de projeto da SAC.

J31
J 31 em voo, esta aeronave se assemelha ao modelo americano F 35, porém, em nada possui capacidades de pouso e decolagem vertical.

A foto que mostra o suposto J-31-canard, também é equipado com dois motores, talvez devido à falta de um motor potente o suficiente para alimentar o caça. Mas alguns analistas acreditam que dois motores são mais seguros do que um único motor o que reforçaria a sua natureza “Naval” dada a necessidade de potencia adicional e segurança para voos a partir dos Porta-Aviões ou navios de assalto.

No entanto, há aqui mais uma pergunta? Desde que a China construiu com sucesso um porta-aviões, por que ela deve desenvolver VTOL STOVL furtivos? A resposta pode estar relacionada a existência de projetos de menores navios de guerra de ataque anfíbio transporte de aeronaves VTOL para complementar os grandes porta-aviões que a China pretende construir no futuro.

Pessoalmente não acredito nisso. O ponto de vista geralmente aceito é que a China vai seguir os EUA como uma “polícia mundial”, de modo que serão necessárias frotas de porta-aviões enormes capacitados a capitanear e sustentar o envio  de tropas chinesas ao nível global, longe, de modo a travar batalhas em outros países. uma resumida frota de pequenos navios anfíbios não justificaria o desenvolvimento de um vetor que seria específico para estas funções.

Porém a notícia ecoou quando afirmou-se “a China tem atraído a atenção da comunidade internacional de defesa após o desenvolvimento de um terceiro caça stealth com a capacidade de decolagem vertical e pouso”, informou o periódico chinês Quer Daily. Para alguns aeronaves com estas capacidades seriam ideais para  defesa das ilhas do mar meridional da China, pois operariam a partir de apertados aeródromos e pequenos navios de assalto.

Como afirmo desde o início deste relatório, faltam indícios claros para se afirmar que este projeto realmente possa existir, porém, na minha opinião se o há, ressalto um detalhe lançado pela Jane´s que ao meu ponto de vista,  faz mais sentido.

Segundo a revista mensal, o “J-18 é montado com dois motores a jato vetorizados para impulso horizontal, embora ainda não se sabe se este novo caça adota o estilo de elevação empregado nos caças F-35 ou no cancelado projeto russo Yak-141.

O J-18 seria o terceiro protótipo caça stealth do país após o J-20 e J-31, o último dos quais completou seu vôo de teste em 31 de outubro. O desenvolvimento do J-18 relatado pelo Asahi Shimbun revelou que o avião já tinha terminado seu voo de teste em uma base secreta no interior da Mongólia.

A Jane´s vai mais além, afirma que o referido J-18 possui alcance de translado estimado em 2200 km, com uma velocidade de 2,5 Mach.

Paremos aqui no que considero o ponto crucial, desde quando a China teria a experiência para o desenvolvimento de uma aeronave de pouso e decolagem vertical?

Não há projetos reais que tenham comprovado esta capacidade, talvez aqui esteja a resposta para o mistério do J-18. É de conhecimento geral que em 2005, uma delegação de  técnicos e engenheiros chineses visitaram a rússia e voltaram de lá “com muitas idéias na cabeça “.

YAK 141
YAK 141

Entre as visitas, coube a uma delegação conhecer os projetos da Yakovlev a fabricante dos VTOL russos, não seria de se estranhar que não tenham se interessado na aeronave cujo projeto havia sido cancelado.

O Yak 141 que fez seu primeiro voo em 87  teve seu programa prematuramente cancelado por falta de verbas em 1991, porém o protótipo logrou ser a primeira aeronave VTOL a cumprir um voo supersônico, haviam muitas expectativas sobre o programa, porém ele também deixou muitas dúvidas quanto a sua real capacidade de combate frente as novas ameaças desenvolvidas pelo ocidente.

Equipado com os motores  Kuznetsov NK-321, a aeronave logrou o translado de 2100 km (2200 km segundo a Jane´s par ao J-18) o que é semelhante ao alegado pelos periódicos ser o alcance do J-18. Esta hipótese parece ser mais plausível, atualmente as cooperações russo-chinesas estendem-se aos mais variados espectros da defesa, não seria de se estranhar que os desenvolvedores russos por meio de consultorias atualmente mais frequentes na indústria chinesa não estivessem auxiliando no desenvolvimento desta aeronave <se é que ela existe>.

O caça de duas turbinas como o demonstrado pelo Global Security se assemelha mais ao J-31 mas não me parece ser um STOVL, não há indicações de que seus propulsores possam ser vetorizados para uma decolagem vertical. Para mim seria mais plausível o desenvolvimento de uma aeronave a partir de algo já existente, como já dito a china não possui a capacidade de desenvolver do zero, uma aeronave desta natureza < nota: o F-35B tem obtido sucessivos entraves no desenvolvimento, apesar da experiência americana e inglesa no projeto Harrier>.

Seja como for, a aposta por um projeto baseado no Yak -141 seria algo mais factível, porém, talvez não mais necessário, ou suficiente, esta talvez tenha sido as conclusões que os especialistas chegaram após analisarem o modelo russo e partirem assim para uma resposta mais ortodoxa, uma aeronave de asa fixa operada a partir de porta aviões baseada no consagrado caça Su-33, afinal teria o Yak-141 algum valor estratégico nos dias de hoje?

Esta hipótese também carece de comprovações, porém, ressalto que em outubro de 2013, o China Daily citando uma fonte da indústria militar russa  e o semanal americano Aviation Weekly News, afirmou que a China obteve da Rússia a tecnologia para o desenvolvimento de um caça VTOL, e provavelmente vai desenvolver uma versão VTOL embora o periódico aponte que este seria uma versão do J-20 <traduções? J- 31 também é muitas vezes referido como J- 19 ou J-21>.

O Periódico insiste que a tecnologia foi usada anteriormente no caça russo Yak-141  VTOL e afirma que um protótipo do motor R-79-300  usado no Yak-141 foi vendido para a China em 1996. Em 1998, a Rússia teria cedido a china a tecnologia relacionada ao bocal do motor.

2012-12-14 09.47.24 (1)
As tecnologias aplicadas no Yak-141, teriam sido transferidas para a china entre 1996 e 1998 entretanto, é muito duvidável que este país seja capaz de desenvolver uma aeronave deste perfil, frente aos desafios tecnológicos a serem vencidos.

O motor é um impulso vetorado com empuxo máximo de 8994 kg, pode ter sua potência aumentada para 15.500 kg, com reforço adicional e com uso de um after burner. Pode ser movido e virar 95 graus para baixo, e possui uma vida útil de 1.500 rotações neste eixo. O Yak-141 foi capaz de decolar a uma curta distância de 5 metros.

Estabeleceu muitos recordes mundiais para caças VTOL, inclusive elevou-se para 12.000 metros em 116,2 segundos com carga efetiva de 2.000 kg e 130,5 segundo com 2.000 kg e uma velocidade de 250 m / s a ​​partir da altura de 3.000 a 8.000 metros.

Terá a china real interesse e capacidade para desenvolver uma aeronave VTOL?  quem então seria este tal de j-18? quem seria o misterioso caça que foi avistado em voo na Mongólia interior?

Vídeo YAK -141 em voo

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Fonte:

qianzhan.com “Era J-18 vôo de teste na Mongólia Interior pura imaginação? Defesa de Jane

Globalsecurity

China developing its third stealth fighter jet

China Daily

17 Comentários

  1. “As tecnologias aplicadas no Yak-141, teriam sido transferidas para a china entre 1996 e 1998 entretanto, é muito duvidável que este país seja capaz de desenvolver uma aeronave deste perfil, frente aos desafios tecnológicos a serem vencidos.”

    diziam o mesmo em relação a capacidade deles de desenvolver um caça de quinta geração/tecnologia istelpfi e hoje vemos ai 2 sendo desenvolvidos ao mesmo tempo..um tapa na cara do ocidente..a mídia ocidental como de praxe com suas guerras de propagandas bisonhas e ridículas…sempre retratando seus inimigos/alvos de forma negativa e inferior…como fracassados e incapazes que nada jamais conseguirão…bem ao estilo das propagandas demonificadoras dos ditadores pops deste mundo…rs..como diz o ditado: O Tempo é o senhor da Razão… 🙂

  2. Quer dizer então que Xing Ling Solta pecinha , né ????
    Bom é nóis com o Troglodytes Musculus, vulto Corruíra . …

  3. por LUCENA
    .
    .
    Essa é uma daquelas em que a cópia é melhor do que a original, espero que essa cópia chinesa do F-35 não vaze óleo como a original e nem precisem chamar o padre Quevedo para explicar o Poltergeist no projeto F-35 ( fogo sobrenatural ) …. sarava !!!
    .
    E quem sabe, o governo americano procure os técnicos chineses para resolver a aracubaca no F-35 … hahhahah

  4. Os Chinese já foram acusados de rackearem o projeto do F-35, se verdadeiro veremos em curto espaço de tempo. Juntando os Yak 141 dos Russos + essa tecnológia ianjkss; os Sinos estão, juntos c os Russos recriando o projeto do 141 melhor , atual e c baixa visibilidade ao radares…Quem viver verá.Sds. 🙂

  5. “J 31 em voo, esta aeronave se assemelha ao modelo americano F 35, porém, em nada possui capacidades de pouso e decolagem vertical.”… DENOREX… parece, mas não é… 🙂

  6. “Quem era o misterioso caça avistado na Mongólia Interior?”
    ———————

    Não era ninguém…Posto que aviões não são pessoas!

    • Muito bem observado.

      Há realmente uma tendência em identificar equipamentos militares como um “ser” que tem vontade própria e consciência, daí “quem”. Ao menos nas páginas brasileiras na internet. Coisa absurda.

      • Em traduções são comuns e até normais estes erros, as vezes o próprio texto original está escrito da forma como foi traduzido,enfim…Más que ficou esquisito ficou…! 🙂

  7. Os EUA gastaram anos de P&D no F-22, além de milhões de dólares, pelo mesmo caminho vai o F-35.Rússia até hoje não concluiu o Pak-fa e faz de tudo par nos ter como parceiro para ajudar a financiar o projeto.
    Me causa espanto a China ter 3 projetos ao mesmo tempo de caças de quinta geração, tá certo que nunca se deve subestimar um inimigo potencial, porém há de se duvidar que os sinos tenham conseguido maturidade aeronáutica para projetos desta envergadura.
    Bom na II Guerra os ocidentais subestimarm a aviação japonesa e os zeros & cia causaram pânico na região do Pacífico, so retomaram a superioridade aérea com o Hellcat e Corsair e a resposta dos japoneses foram o Ki 84 e os N1K2 Shiden kai mas aí já era tarde demais para mudar o jogo.No cenário do Pacífico a guerra foi vencida na logística e enorme capacidade industrial dos EUA(também ao serviço de inteligência deles que quebrou o código de mensagens nipônico).Na época os nipônicos conseguiam rivalizar e até superar os melhores caças ocidentais porém a guerra entre a capacidade indústrial frente aos EUA estava perdida antes de começar.
    A China tem capacidade industrial e uma boa quantidade de matérias primas,mas ainda tenho dúvidas de sua real capacidade tecnológica, talvez daqui a uns 10 ou 15 anos chegue lá mas hoje eu não garanto.

    • Novo Brazuk,

      É certo que a industria chinesa revela considerável maturidade. Contudo, a questão não se resume em “fazer voar”. O F-35 é exemplo disso.

      Materiais para estrutura, componentes eletrônicos competentes, motorização adequada… São muitos os desafios a serem vencidos…

      Pegando um “gancho” no seu exemplo da SGM, os japoneses sempre tiveram projetistas aeronáuticos de primeiro nível. Tipos como o caça Shinden mostram o nível dos nipônicos… Contudo, faltava-lhes a capacidade técnica para desenvolver motores verdadeiramente competentes. O Zero, apesar de ser uma máquina muito bem desenhada, era sub potenciado; e os acréscimos realizados na versões posteriores comprometeram a performance ( de uma maneira geral ). Aliás, o próprio A6M2 somente foi o que foi por conta da adoção de medidas extremas para se reduzir o peso, como a ausência de proteção adequada para o piloto ( o que cobrou caro ao longo do conflito )… Enfim, é mais uma prova evidente de que o desenvolvimento de uma aeronave está atrelado a diversas áreas, e que a ausência de apenas uma delas pode comprometer todo um excelente projeto… E é o mesmo com os todos…

      Os chineses podem até fazer voar uma aeronave stealth, mas daí a ter um verdadeiro vetor de combate é outra história…

      • “_RR_
        8 de julho de 2014 at 10:23

        Os chineses podem até fazer voar uma aeronave stealth, mas daí a ter um verdadeiro vetor de combate é outra história…”

        Ter não significa operar..Vide o F-22 mal lançado e já fora de linha/aposentado e o F-35 já garantido o maior fracasso/fiasco da historia da aviação militar daquele pais…Há outros fatores importantes como a resposta operacional e o custo..tanto de aquisição como o de operação durante o ciclo de vida..De nada adianta ter vetores de alta capacidade e tecnologia…super fantásticos… se eles são deficientes nessas coisas…De nada adianta ter vetores de alta capacidade e tecnologia se o custo de desenvolvimento, aquisição e operação tornam o programa militar impraticável e inviável… a historia militar é cheia de exemplos assim…..o programa F-35 ainda tem um longo percurso a fazer para entrar em operação..esta muito longe ainda pelo o que vemos.. de ser operacional e funcional..ignorar falhas graves, percalços e erros táticos de projeto que levaram estes programas a se tornarem impraticáveis e inviáveis operacionalmente não muda fatos…não muda a realidade…isso vale tanto pra esses programas ai como para a seleção daqui..e não adianta se falar em escala em tempos que as prioridades mudam de foco devido ao cenário global atual…para se ter escala é preciso compradores e vendas..coisas que não virão como o esperado devido a crise econômica ocidental que assola e afeta o mundo..vários pretendentes clientes desistiram ou reduziram seus pedidos drasticamente devido a situação sócio econômica ocidental…são poucos os países do ocidente que se mantém firmes e fortes..como a Alemanha por ex…..os chineses e russos terão sucesso em seus programas pois escolheram sabiamente direcionar seus projetos de forma conservadora …não investindo em programas demasiadamente mirabolantes, caros, complexos e refinados..não cometendo os mesmos erros recentes da bombardier por ex….agora não tem mais como voltar atrás…o negocio é seguir em frente e pagar a conta dos prejuízos..como aqui neste pais..

        e o brazil mereceu perder mesmo..pois este pais é formado de um povo que não se valoriza…que não se respeita…que não se da ao respeito..povo assim jamais será respeitado ou valorizado..povo sem educação…que xinga e vaia time e torcida adversária na hora de seu hino..que não tem vergonha na cara…não respeita e comete fraudes contra pessoas especiais…que se passa por deficiente para conseguir ingresso mais barato e acompanhante sem pagar..que xinga e vaia a própria presidente e a comissão da fifa na abertura de um evento que é transmito para o mundo todo….não sou petralha/esquerdista mais fazer aquilo na abertura da copa perante ao mundo foi patético, falta de educação e respeito..coisa de povinho vagabundo e sem educação que não se valoriza e respeita…..povo viralata que se rasteja e paga pau para estrangeiros..enquanto que lá no países deles somos tratados e tidos como lixo, vagabundos e piranhas….mulas de curral eleitoral que chegam ao cumulo de torcer contra o próprio pais por causa de política..por causa de partido político….não é a toa que expressões como curral eleitoral e massa de manobra foram criadas..elas explicam como um povo ignorante, estúpido, animal e sem educação pode ser manipulado para interesses quaisquer..

        hoje nnããããooo…hoje nnãããooo….HOJE SSSIIIMMM…. 🙂

  8. Maquina ( 9 de julho de 2014 at 2:56 ),

    Concordo. Ter não significa operar. Contudo…

    O fato de uma aeronave ter encerrado sua produção não significa que deixará a linha de frente rapidamente… Muito provavelmente, ainda haverão Raptores voando por volta de 2040… Até porque, sequer se sabe exatamente o que o substituirá, haja visto que até aqui somente existem demonstradores de conceito do que seria uma sexta geração… No mais, ele já mostrou seu nível de operacionalidade nas diversas interceptações reais que já realizou e nos exercícios que participou, muito embora isso não mude o fato de que o Raptor somente tem adquirido um perfil multifuncional agora ( algo que sempre teria sido visto como secundário, haja visto o F-22 ter sido pensado como uma aeronave de superioridade aérea, em primeira instância )…

    Quanto aos projetos chineses e russos, não creio que existam ainda dados para que se possa fazer comparações com os caças ocidentais… O F-35 já ultrapassou o centésimo exemplar de produção e está em um estágio de desenvolvimento muito mais avançado, com a constituição de upgrades para software embarcado, ao passo que os projetos chineses e russo ainda estão em demonstradores de conceito e protótipos. No caso específico do projeto chinês, somente é possível dizer que eles chegaram em uma configuração final para seus projetos ao mesmo tempo em que desenvolvem outros parâmetros… Podem até colocar o J-20 ou o J-31 em operação antes de 2020 ( coisa que acredito mesmo que podem fazer ), mas daí a ter uma aeronave multifuncional completa do mesmo nível do F-35 é outra história…

    Para que uma máquina de guerra suplante a do adversário, ela deve inovar. Projetos por demais conservadores estarão fadados ao fracasso comercial justamente por não chegarem as metas estabelecidas para o que se espera dos combates no futuro previsível. Uma aeronave deve ser pensada para ter desempenho suficiente e potencial de crescimento para que a mesma possa se adaptar a futuros cenários; e não é possível conseguir isso com conservadorismo… Até se pode ser conservador em alguns quesitos ( visando principalmente custos ), mas a essência da aeronave deve apresentar um grau de inovação que a coloque a frente de seu potencial adversário… Basta observar tipos como o JF-17, que até agora não logrou um cliente externo ( mesmo sendo seguramente a opção mais barata e conservadora em sua faixa de desempenho ), para se entender o que eu digo… A verdade é que todas as forças aéreas que desejam ter alguma capacidade de projeção de força, partem para aeronaves cujos conceitos espelham as novas ameaças. Apenas aquelas realmente desprovidas de recursos é que buscam os tipos baratos ( e mesmo entre essas há exceções, com algumas delas dando preferencia a ter um equipamento de menor performance, mas que seja atual e que tenha maiores chances de sobrevivência em um cenário futuro ).

    Por fim, dos clientes do F-35, as únicas dúvidas seriam Canada e Dinamarca… Segue a lista com os demais clientes: EUA, Reino Unido, Itália, Austrália, Israel, Noruega, Holanda, Turquia, Japão e Coréia do Sul. Todos juntos totalizam mais de 2000 encomendas, garantindo a escala… Mesmo que haja alguma redução, ainda estamos falando de uma aeronave que ultrapassará os 1800 exemplares ( sendo pessimista ). Por tanto, mesmo com todos esses problemas, ainda tenderá a ser um verdadeiro sucesso comercial… No mais, creio que os reais valores para o custo operacional do F-35 somente serão conhecidos quando essa aeronave definitivamente entrar em operação, lá por volta de 2018…

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