HÉRCULES

 NAVIOS CARGUEIROS E DE APOIO LOGÍSTICO

Concepção artística do Navio cargueiro e de apoio logístico NCL proposto no programa HÉRCULES.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROGRAMA

Os Navios Cargueiros de Apoio Logístico NCL, são essenciais às forças militares, pois são os responsáveis pelo transporte e distribuição de suprimentos, transportando de tudo o que é necessário à uma operação a qualquer lugar do mundo. Funcionando como verdadeiras “Carretas” navais  estes navios operam nas mais variadas funções ao seriço das forças de apoio logístico.

Para garantir o abastecimento de suprimentos às tropas deslocadas em posições longínquas ou mesmo para o translado de suprimentos e meios mecanizados, uma força naval necessita de um navio cargueiro estratégico dimensionado e adequado para suas reais necessidades.

Nos recentes deslocamentos para o Haiti, as unidades Brasileiras partiram a bordo dos navios da Força Naval, no entanto ficou latente a necessidade de um cargueiro estratégico de dimensões e características, capaz de fazer em uma única “pernada” o transporte de suprimentos, veículos e pessoal para execução desta importante missão.

É certo que o polémico PRM considerará a adoção deste tipo de navios, e quase que certo que a nossa Marinha vai partir para uma aquisição de oportunidade, adquirindo navios de segunda mão provenientes de empresas civis de transporte de carga, ou mesmo de outras Marinhas.

Seria um sonho se nossa Marinha adquirisse navios como os da classe TAKR – BOB HOPE operados pela US-NAVY, porém diversos fatores jogam contra esta hipótese, primeiro estes navios não estão disponíveis e segundo acreditamos serem demasiado caros para os nossos orçamentos.

Porém os HOPE seriam sem dúvida um bom exemplo de um navio o qual poderia servir de base par o desenvolvimento de um navio deste tipo dimensionado e adaptado as nossas necessidades, menor mais leve e mais barato e acima de tudo produzido nacionalemente.

Em nossa visão, conforme simulamos, acreditamos que a Marinha do Brasil poderia por volta de 2025 operar uma frota composta por uma unidade de apoio logístico equipada com uma força de 6 à 8 navios desta natureza.

Os conceitos utilizados nos grandes navios Norte Americanos da classe USS-BOB HOPE, são boas referências para  desenvolvimento de um navio desta categoria, portanto adotamos os seus conceitos no projeto HÉRCULES.(foto-Naval-Tecnology)

Claro todas estas especulações só seriam válidas num panorama diferente onde os investimentos fossem canalizados para o desenvolvimento de tecnologias e soluções próprias, nossa Marinha poderia partir para uma solução um pouco diferente.

Tal como propomos no programa MARINAS DE POSEIDON, este navio derivaria de uma família de navios projetada para possuir o máximo de itens em comum entre si e nesse aspecto, estes navios beseariam-se no casco da variante maior, o mesmo adotado para o grande NAA descrito no projeto TIAMAT.

No entanto, para a completa execução das funções as quais estes navios se destinariam, outras exigências deveriam ser consideradas: Exigências estas que esbarrariam em algumas especificidades e necessidades futuras, as quais somente um projeto conduzido desde o princípio seria capaz de sanar e com isto conceber uma embarcação adequada às necessidades das futuras forças e unidades de logística.

SOBRE O PROJETO

Em nosso ponto de vista, um navio desta categoria poderia ser facilmente projetado e construído no Brasil, acreditamos que seria necessário um projeto novo o qual contemplariam algumas novas características e que perfeitamente seria conduzido por nossas indústrias dadas as capacidades e experiências dos nossos estaleiros em produzirem petroleiros e navios cargueiros de grande porte.

Sobre este ponto de vista, consideramos o projeto HERCULES, como uma proposta a qual contempla a construção de uma pequena frota deste tipos de navios, os quais operariam sobre a égide do Comando Conjunto de Logística e Transporte Naval ,CCLT-N, o qual por sua vez estaria associado aos seus congéneres Aéreo e Terrestre, CCLT-A e CCLT-T. Estas forças seriam compostas por unidades comuns as três forças e seriam criadas de forma a dispor a elas todos os meios e pessoal especializados nestas funções, de forma a agilizar, melhorar a interoperacionalidade e racionalizar meios e recursos.

Como nos demais programas, todos os avanços tecnológicos alcançados nos desenvolvimentos dos demais navios do projeto MAR DE TITÃ seriam compartilhados e introduzidos ao projeto destas embarcações.

Concepção artística do plano de modularidade dos navios  propostos no projeto HÉRCULES. idéias como estas baseadas no projeto Holandês ENFORCER, servem como referência para nossa indústria (Arte-E. M. Pinto).

É de se destacar que projetos desta magnitude capacitariam ainda mais a nossa indústria a projetar e produzir navios super cargueiros e petroleiros para fins civis, mercado este que se encontra em franco crescimento no nosso país dadas as recentes descobertas de jazidas de petróleo e gás, os quais exigirão o desenvolvimento de embarcações de apoio e transporte de forma a suprir as necessidades desta indústria.

ESTRUTURA

Os NCL em questão, seriam construídos em casco modular utilizando seções comuns aos demais navios de sua família, teriam 210 m de comprimento, 36 m de largura e 8 m de calado.

No tocante ao seu casco, alguns estudos e avanços seriam direcionados ao desenvolvimento de um casco capacitado a operar em águas rasas. Isto porque o projeto destes navios objetivaria suas operações em regiões desprovidas de portos, ou mesmo mau preparadas para o recebimento de navios cargueiros de grande porte.

Estas embarcações seriam ainda capacitadas a entrar em rios, golfos e baías, as quais não possuíssem infra-estrutura instalada para efetiva execução de suas missões.

Os navios seriam capacitados a operar nos modernos terminais de embarque dispostos nos mais modernos portos pelo mundo a fora, pois em específicas missões poderiam servir à operações de cunho civis.

Estudos seriam conduzidos de forma a projetar um casco capaz de absorver a massa total do navio de forma a permiti-los operar em águas rasas (figura-Polycad)

Seriam concebidos de forma a operarem também em portos modernos, desembarcando e recolhendo todos e quaisquer tipos de cargas e materiais. Para isto operariam com 4 gruas pesadas, capazes de suportar cada uma cargas de até 120 toneladas. Teriam também a capacidade de armazenar containers em seu interior e em sua estrutura superior a qual seria reforçada para suportar tais pesos.

Concepção artistica de um cargueiro operando em um porto, mostra-se aqui as gruas e as rampas laterais as quais permitem embarques e desembarques de veíulos e suprimentos de forma mais rápida. Os NCL seriam concebidos a transportarem containers tal qual Concepção um cargueiro civil porta containers como este representado na imagem.

Para versatilizar suas operações, estes navios teriam quatro rampas basculantes posicionadas nas laterais, estas rampas lhe permitiriam embarque e desembarque de cargas de alta tonelagem, permitindo ainda operações mais rápidas e seguras de veículos e suprimentos.

Vista superior do NCL, observa-se na popa do navio a rampa que facilita o embarque mais rápido de veículos e suprimentos. Estacionados nos portos estes navios poderiam ser carregados com containersvia terminais de gruas. Ao centro da nau obsterva-se a rampa lateral utilizada para o embarque no porão interno, ftodos estes meios seriam necessários pois permitiriam operações mais seguras e versáteis diversificando as capacidades operacionais dos navios.

A proa da Nau também seria dotada de uma destas rampas, no entanto, esta seria de maiores dimensões e seria concebida para poder ser direcionada em quaisquer direções, o que lhe capacitaria a “desovar” cargas com mais flexibilidade em qualquer ponto até mesmo em portos despreparados.

O navio seria caracterizado pelo seu grande porão interno cujas seções seriam diferentes dos demais navios de sua família, este grande porão seria ocupado por todas e quaisquer tipos de cargas e seria adaptado para receber quando necessário módulos e conjuntos de conteiners. O acesso a este seria feito ou pela aberturas superiores ou pelas rampas laterais ou ainda pela doca via Hover Craft.

Na proa do navio abaixo da superstrutura se situaria ainda outro depósito de suprimentos o qual teria acesso ou pelo convés via embarque por gruas ou pela rampa traseira ajustável as necessidades.

Os NCL, deveriam possuir relativa capacidade de trasnporte de containers dado que estes sistema além de ser acessível aos portos pelo mundo a fora é também muito prático e permite operações mais seguras especialmente no que tocam artefatos explosivos, na figura a concepção artística de um navio porta container sendo carregado por duas gruas automáticas (Arte-Kalmarind)

A ilha do navio se situaria a central de comando que tal como no projeto TIAMAT seria concebida adotando soluções encontradas na indústria civil, com isto a expectativa é de que uma reduzida tripulação de apenas 9 integrantes fosse capaz de colocar o navio em operação.

Seguindo ao conceito de automação de sistemas, o navio seria concebido para operar com apenas 36 integrantes os quais seriam acrescidos com 12 integrantes do grupamento aéreo e de apoio.

As demais dependências do navio seriam dispostas a proa da embarcação seguindo os conceitos do programa TIAMAT, onde se encontrariam, cozinhas restaurantes, enfermarias, salas de recreação e dormitórios para a sua tripulação e tripulações extras embarcadas.

DESTACAMENTO AÉREO EMBARCADO

Para apoiar as operações de logística estes navios operariam um helicóptero pesado CH-72, o qual seria destacado pelo CCLT-A para efetuar as operações de translado e transporte de peças e equipamentos e pessoal.

O navio teria a disposição toda a estrutura de Hangar, tanques de combustível, camarotes para os tripulantes do grupamento aéreo bem como depósito de suprimentos de forma a manter constantemente uma aeronave destas e suas equipagens.

Concepção do Navio de Apoio Logístico proposto para o programa HÉRCULES, apresntando as difernte seções internas do navio onde se obserava proa da nau, as suas gruas, ao centro, as suas rampas de embarque lateral. A popa pode se ver o heliponto para helicópteros pesados bem como a rampa de desembarque de carga, logo abaixo o vículo VDT-60 de desmbarque em sua doca/garagem.(Arte-E. M. Pinto)

VEÍCULOS DE APOIO

Para aumentar suas capacidades e flexibilizar ainda mais as suas operações, uma doca interna seria introduzida ao projeto. A partir desta poder-se-iam operar um veículo de desembarque de suprimentos VDT-60. A adoção destes veículos tornaria a operacionalidade destes navios ainda mais flexível, quando em operações de descarga de suprimentos em auto mar pois estes poderiam realizar mais rápida e flexivelmente as missões de translado de cargas de até 60 toneladas sem a necessidade do emparelhamento do navio ou mesmo a parada de ambos, o receptor e o cargueiro.

As gruas dos navios seriam concebidas a operarem com sistemas seguros de transporte de containers e seriam adequadas as inovações introduzidas nos modernos terminais conteiners dos portos atualmente em contrução.

Detalhe dos sistemas de transporte de containers, os quais permitem operações mais seguras, os navios do projeto HÉRCULES seriam concebidos para operarem tanto a partir de locais sem preparaçã assim em modernos terinais terminais de cargas (Arte-Hattons)

Os navios contariam ainda com quatro veículos do tipo BP-120 e ou ENTP-01 destinados a segurança do navio em regiões portuárias e mesmo para inspeções à embarcações suspeitas em auto mar.

SISTEMAS DE PROPULSÃO

Para movimentar tamanha estrutura e deslocar pesadas cargas, este navio empregaria um grupo propulsor composto por 4 sistemas AZIPOD, posicionados à ré. Estes sistemas seriam semelhantes aos sistemas adotados nos demais projetos do MAR DE TITÃ.

Devido à característica das operações executadas por estes navios, o fator velocidade poderia ser negligenciado, em troca disso, seriam obtidos maior potência e menor consumo de combustível e consequentemente maior alcance.

Sendo assim estes navios seriam concebidos a deslocar-se de 50 km/h, à distâncias de até 36 000 km.

Seu deslocamento Bruto seria de 24 000 toneladas e seria concebido para transportar uma quantidade máxima de até 3 000 containers ou um equivalente cúbico em cargas.

Outra proposta seria a adoção de motores a diesel da qual poder-se-ia adotar 2 propulsores COLT PIELSTICK 10 PC 4.2V à biodiesel de 47,89 MW impulsionados por dois conjuntos de prolpulsores AZIPOD.

Três vistas do navio proposto neste programa HÉRCULES Ilustração de uma operação de embarque de containers, os navios do projeto HÉRCULES seriam concebidos para operarem a partir de locais sem preparação  e estariam capacitados a operar até mesmo dentro de rios de profundiade próxima a 10 m (Arte-E. M.Pinto)

SISTEMA ELETRÔNICOS

A navegação do NCL seria garantida por sistemas de de GPS, sonares, radares e demais sistemas encontardos nos demais navios de sua família. Os navios contariam com um avançado sistema de comunicação por satélite e também de sistemas de contra-medidas, disparo de chaff flares, detectores RWR e IV.

Os navios seriam equipados com o que há de mais moderno em sistemas de navegação, garantindo-lhes uma navegabilidade mais segura. Suas instalações também seriam concebidas de forma a propiciar maiores índices de conforto às suas tripulações.

SISTEMAS DE ARMAS

Os únicos sistemas de armas fixos nestes navios seriam 3 reparos de canhões 6×30mm os quais operariam conjugados aos 4 lançadores opcionais quádruplos de mísseis MAC-30-IV/RD para defesa de ponto quando em caso de guerra.

FICHA TÉCNICA

Tipo: NAVIO CARGUEIRO DE APOIO LOGÍSTICO – NCL

Tripulação: Padrão 36 tripulantes +12 integrantes do grupamento aéreo, + 12 integrantes dos grupamentos de apoio.

Deslocamento: 24 000 toneladas.

Comprimento: 210 m.

Calado: 8 m

Boca: 36 m.

Largura do convés: 40 m.

Propulsão: 2 turbinas GENERAL ELECTRIC GENX-BR, ou 2 propulsores COLT PIELSTICK 10 PC 4.2V à biodiesel de 47.89 MW impulsionados por 4 conjuntos de propulsores AZIPOD.

Alcance: 36 000 km .

Sensores: Sistema de radar metereológico, sistema de busca de superfície e receptores RWR, detectores de Infra-vermelhos. 4 sistemas de disparo de chaff flares.

Armamento: opicional, 3 baterias de canhões 6×30mm com cadência de tiro de 6 000 projéteis por minuto e alcance máximo 6 km, 4 lançadores quadruplos de mísseis MAC-30-IV/RD.

Grupo aéreo embarcado: Máximo de 2 helicópteros pesados CH-72, padrão de um CH-72.

Embarcações de apoio: 1 veículo Hover Craft VDT-60 de transporte e apoio logístico e 4 barcos de apoio e vigilância BP-120.

Estações de embarque: 4 gruas com capacidade para 120 toneladas cada uma, uma rampa Azimutal de acesso traseria para embarque de cargas até 240 toneladas, 4 rampas de acesso ao piso inferior para cargas de até 240 toneladas cada uma. Um heliponto para helicópteros pesados de transporte. Convés reforçado para o recebimento de cargas pesadas e capacidade para até 3000 containers.

3 Comentários

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