COLOSSUS

NAVIO DIQUE OCEÂNICO

colossus-capaCONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO

Num momento em que se anuncia o renascimento da indústria naval do Brasil, com os recentes anúncios da reativação de programas de construção de navios para satisfazerem as necessidades da Frota Nacional de Petroleiros, bem como dos demais navios da Marinha mercante, muitas questões são colocadas e nos levam a pensar se o nosso país tornar-se-á meramente a futura linha de montagem de super navios, ou se será dado atenção especial para o desenvolvimento tecnológico aproveitando o momentâneo boom de investimentos de forma a modernizar e capacitar o parque industrial tornando o mais especializado e competitivo?

Sim porque existe um hiato muito grande entre montar navios e projetá-los, a gama de subsistemas; peças de maquinaria, motores, sistema de segurança, de navegação, hélices, bombas hidráulicas, sistemas eletrônicos entre outros, por via de regra são importados e consomem grande parte dos recursos aparentemente direcionados a indústria local.

Por outro lado, desenvolver estas tecnologias requer um investimento acima das nossas capacidades, o que forçosamente obrigaria as empresas locais restringirem seus campos de atuação.

Isto porque este momento de “desenvolvimento” pode ser passageiro, algo segundo alguns especialistas que se estenderá por um período estimado entre 20 e 30 anos segundo as expectativas mais otimistas, a pergunta que se faz então é: e a partir daí? O que fazer com o parque industrial instalado apenas para suprir uma necessidade passageira?

O maior desafio econômico tecnológico da história do Brasil, o Pré Sal exigira ume esforço antes nunca considerado, os desafios serão mega dimensionados e para que este sonho torne-se verdade será necessário um correto e bem   planejado desnvolvimento tecnológico o qual pode se transformar num divisior de águas na história do país.

É de se pensar se agora não é o melhor e mais adequado momento para fomentar o desenvolvimento da industria naval, galgando-o no investimento a pesquisa e à parcerias internacionais de forma a deixar como herança uma indústria auto-sustentada e não mais dependente de fatores conjecturais, tal como a dependência única e exclusiva do bom momento de novas descobertas de jazidas de petróleo e gás do qual o nosso país tem afortunadamente experienciado ultimamente.

Com a revolução provocada pelos bio-combustíveis e com as recentes descobertas de gigantescas reservas de petróleo e gás no litoral, o Brasil fatalmente tornou-se a referência mundial e neste campo e muito em breve, será o destino de uma frota de navios especializados nos mais diferentes tipos de transporte de combustível.

Nosso governo e empresas não podem perder a oportunidade de se lançarem a frente dos demais países no que tange ao transporte e armazenamento destes combustíveis, pois este será um mercado extremamente rentável e concorrido.

Para isto, o desenvolvimento e detenção de uma frota moderna e especializada de navios não poderá ser negligenciada e ainda, deve-se considerar não somente a construção de navios para este fim, mas sim o domínio das tecnologias empregadas nestes, pois o concorrente mercado internacional certamente vai se lançar de maneira agressiva, visando as oportunidades de negócio.

As empresas Brasileiras que não se adequarem e se modernizarem perderão espaço neste mercado promissor e estratégico, e neste contexto, a única forma destas se manterem competitivas, será lançando mão de parcerias e investindo em tecnologias de forma a superarem as suas futuras rivais.

Não podemos perder de vista, a necessidade de se praticamente reequipar a FRONAPE, Frota Nacional de Petroleiros da PETROBRAS, bem como a frota da Marinha Mercante.

A renovação da FRONAPE, e os desafios do pré-sal exigirão entre outras coisas a concepção de navios mais modernos e econômicos, na foto um navio de transporte de gás, navios como este, serão frequentadores assíduos dos portos e estações de embarque de combustível ao longo do litoral Brasileiro. è necessario e importante se o nosso país desenvolvesse o seu parque industrial de forma a capacitá-lo a produzir os mais variados tipos de embarcações.

Ambas exigirão de igual forma um número navios vezes superiores aos atualmente em operação, mas que acima de tudo dadas as exigências do mercado mundial deverão ser navios mais modernos, económicos e seguros, equipados com os mais modernos sistemas de bordo.

Este sem dúvida é um prato cheio para empresas que queiram se lançar ao mercado internacional propondo produtos das mais variadas aplicações e graus tecnológicos.

Mas para que isto ocorra, faz-se necessário o desenvolvimento de tecnologias no próprio país, construção nacional de navios, plataformas, refinarias de gás, petróleo e de bio-combustíveis.

De olho neste foco, o Plano Brasil chama atenção para o fato de que além da demanda dos Pré-sais, atualmente a Marinha do Brasil tem em andamento um extenso programa de revitalização o qual prevê quase que a substituição total da frota atual nos próximos 10-15 anos.

Isto porque a obsolência em massa e a falta de manutenção adequada necessária aos meios, inviabilizou em alguns casos a extensão da vida útil de algumas embarcações.

É com alívio que vemos o que parece ser o fim deste período negro de falta de recursos e ingerências os quais quase que comprometeram irremediavelmente a operacionalidade desta força que tem entre outras atribuições, manter a segurança e garantir o fluxo naval no Atlântico Sul, porta de entrada de cerca de 85% do nosso Produto Interno Bruto.

Os ambiciosos planos almejados por nossas autoridades prevêem a incorporação de novos e modernos meios navais, reforma de seus centros de instrução e até mesmo modernização de seus Arsenais de Marinha.

Todo este grande programa visa literalmente fazer renascer nos próximos 20 anos uma nova Marinha de Guerra no hemisfério sul, mais moderna e efetiva.

Entretanto para que este plano seja posto em prática, será necessário um investimento brutal por parte do governo, estimativas mais modestas apontam para uma necessidade de investimentos da ordem de algumas dezenas de bilhões de dólares.

Os maiores críticos deste ambicioso programa no entanto tem corretamente se valido da letargia e falta de não comprometimento histórico dos governos Brasileiros no que se refere a soluções definitivas para os problemas e em especial a questão militar.

Os gigantescos FPSO são cada vez mais presentes no litoral do Brasil, atualmente tem-se recorrido aos estaleiros extrangeiros para a construção destes navios, entretanto,  o desenvolvimento completo da industria naval traria um importante contributo ao desenvolvimento do país uma vez quee stes navios pudessem ser prodozidos em solo Brasileiro.

Ao longo de nossa história inúmeras mazelas e decisões esdrúxulas têm justificado esta descrença por parte de alguns.

Reside ai a suspeita de que este ambicioso plano não seja realmente efetivado, devido a questão do orçamento destinado a operacionalidade da força.

Pois segundo alguns, ainda que o governo passasse a investir corretamente e garantir os recursos necessários para execução dos projetos almejados, estes correriam o risco de não poderem ser efetuados devido ao crescente custo operacional, do qual não teríamos condições de sustentar.

Os profissionais que atuaram na elaboração deste programa certamente não teriam apresentado um programa não factível e portanto, acreditamos que o que foi apresentado é algo do qual temos condições de efetuar.

Porém o autor também concorda com a crítica de que a falta crônica de recursos não se deve somente ao fato do governo não cumprir as suas responsabilidades, muitas por vezes esta falta de recursos resulta da má administração e de escolhas equivocadas que em muitas vezes inviabilizam a efetivação dos programas, por isso o planejamento a longo prazo faz-se necessário pois o amadurecimento de um programa requer adaptações e reavaliações consoante as necessidades vigentes.

O autor concorda com a crítica de que gerir e manter uma frota como se pretende demandará altíssimos investimentos, mas discorda de que seja impossível operá-la de maneira eficiente e acredita que uma gestão mais moderna de determinados setores, inclusive com parcerias à iniciativa privada possam ajudar a minimizar os custos de operação de determinados navios e sistemas os quais na atualidade servem única e exclusivamente para as funções militares, mas que poderiam servir a entidades civis, mediante convênios de serviços que poderiam cobrir parte do custo operacional dos meios.

Algumas embarcações e equipamentos de alto custo de aquisição e manutenção são extremamente necessários a operacionalidade de nossa Marinha entretanto dado a natureza do seu emprego, estes permanecem por períodos prolongados sem utilização o que acarreta o seu inviável custo operacional o qual pode ser encarado como “prejuízos” financeiros, uma vez que setores da iniciativa privada necessitam de seus serviços e muitas vezes acabam recorrendo a contratos em empresas especializadas no estrangeiro.

Um destes equipamentos é o Dique Flutuante, embarcação de extrema necessidade o qual a Marinha do Brasil diga-se de passagem, frequentemente os presta à serviços ditos “externos” mediante contratos à empresas privadas.

A Marinha dispõe atualmente de um pequeno número de Diques Flutuantes oriundos de aquisições de oportunidade e que prestam um valoroso serviço.

Estas embarcações embora tenham em média aproximadamente 60 anos, estão muito longe do seu merecido dia de descanso, e uma vez modernizados podem operar por algumas décadas.

A transferência, para a Estação Naval do Rio Negro, do Dique Flutuante Alte. Jerônimo Gonçalves deu grande autonomia ao CNAO no apoio e reparo dos navios da FlotAM.

Entretanto, o autor chama a atenção para o fato de que a adoção de embarcações mais modernas poderiam complementar os serviços prestados pelos Diques, encontrando no setor civil uma complementaridade operacional a qual viabilizaria a sua aquisição e operação pela Marinha do Brasil.

Este é o tema deste artigo, no qual o autor propõe demonstrar a viabilidade do uso civil de alguns desenvolvimentos e projetos destinados a Marinha de Guerra, projetos estes que seriam factíveis desde que, para isto fossem adotadas medidas que visassem o desenvolvimento nacional de nossas empresas e das referidas embarcações.

Não se defende aqui a terciarização da Marinha em prol da iniciativa privada embora no entanto o autor concorde que para suprir determinadas necessidades a Marinha do Brasil deva recorrer à contratação de empresas civis para a operação de navios cargueiros e navios de transporte de combustíveis para executarem missões tipicamente militares apoiando as unidades de logística do Ministério da Defesa.

A proposta apresentada defende sim, a operação conjunta de determinados meios os quais serviriam de forma complementar a ambos os setores.

Estes navios estariam ao serviço tanto da Força Naval, como de empresas estatais e privadas da área petrolífera, exploração submarina, Universidades, centros de pesquisa, toda a gama de ministérios e secretarias os quais manifestassem interesse e necessidade.

Prestariam assim, assistência as operações offshore por meio de contratos envolvendo a Marinha do Brasil e a empresa interessada sem no entanto deixarem de servir a Armada Brasileira.

Porém o ponto fulcral do qual o autor salienta e defende é a possibilidade destas embarcações serviriam de banco de prova para aperfeiçoamentos tecnológicos os quais manteriam ativas e atualizadas as empresas envolvidas, ressuscitando em alguns casos as capacidades e competitividades perdidas pelos estaleiros e empresas devido ao sucessivo descaso e falta de recursos destinado a este importante setor da economia e do desenvolvimento do país.

Os navios propostos no projeto COLOSSUS, foram idealizados levando-se em consideração a sua aplicação para missões civis, para tanto, estes prestariam serviços de manutenção primária a clientes na indústria Naval, petroleira bem como para o transporte de gigantes moinhos eólicos para suas afixações em alto mar.

Do ponto de vista do autor este tipo de projeto como o proposto, pode servir de plataforma de testes e de aprendizados para tecnologias aplicáveis ao mercado civil e seriam de fundamental importância para o desenvolvimento sustentado do país.

Seria necessária uma mudança radical inclusive em questões legais de forma à se permitir a elaboração de medidas que facilitassem a operação e gestão mista destes meios, através de uma política de reengenharia administrativa, da qual o autor deixa em aberto para discussão quais seriam as melhores formas para isto.

Focando-se no ponto referente a propriedade, as embarcações poderiam pertencer a Força Naval, no entanto prestariam serviços aos terceiros, mediante contratos. Estes serviços possibilitariam a arrecadação de recursos extras e reduziriam os custos operacionais, desta forma o gasto com suas operações seriam parcialmente liquidados.

Quem poderia se beneficiar disto?

A própria Marinha e como é claro uma gama infinda de empresas tais como Vale do Rio Doce, Fronape e Petrobras, bem como demais empresas do ramo de transporte naval.

O autor acrescenta que baseando-se nas atuais conjunturas um programa destes seria inviável, entretanto deve-se considerar o ambiente projetado para os próximos 20 anos, onde se prevê um frenético movimento de navios dos mais variados tipos e tamanhos os quais irão multiplicar por dezenas e senão por centenas de vezes as frequências de traslado nas rotas do Atlântico Sul, graças a crescente demanda advinda dos recentes descobrimentos de jazidas de petróleo e gás, mais precisamente no litoral do Brasil e da África setentrional.

Com isto haverá um crescente mercado de empresas de apoio às operações offshore e crescentes oportunidades para os mais variados tipos de empresas.

Estas empresas se serviriam das operações conjuntas, usufruindo (pagando para isto) da disponibilidade destes navios sem ter que recorrer a empresas estrangeiras como é habitual.

Devido as conquistas e sua vocação, a Petrobras tornou-se líder mundial em exploração em águas profundas, sendo esta a detentora de recordes ainda longe de serem alcançados por suas rivais exigindo do mercado o desenvolvimento e construção de super plataformas cada vez maiores.

 

Isto porque quanto mais distante da costa e da infra-estrutura nela instalada, maiores as necessidades e reservas necessárias para a efetiva e segura operação das tripulações destas cidades flutuantes que se proliferam ao longo do nosso litoral.

Esta peculiaridade faz com que a Petrobras, esta gigante da indústria Petrolífera seja também o operador das maiores plataformas de petróleo hoje existentes.

O desafio do Pré-sal prevê consigo o surgimento de diversas “metrópoles” no Atlântico Sul, Hotéis de trânsito, armazéns, centrais de controle ao impacto ambiental, estações hospital, heliportos entre outras infra-estruturas cuja necessidade de translado transformará este seguimento num negócio muito lucrativo.

É fácil perceber que devido a sua expansão, por volta do ano 2020 a Petrobras necessitará ainda mais de meios fiáveis para o transporte destas super plataformas. A solução vigente até então, é a de sub-contratação de empresas estrangeiras especializadas para prestação de serviços.

Neste campo existem grandes transportadoras cujo know how as fazem líderes mundiais, como a transportadora DOCKWISE empresa a qual a Petrobras recorre frequentemente para o transporte de suas plataformas.

O plano Brasil defende que este tipo de serviço ou parte dele possa ser executado pela Marinha do Brasil em parceria com a iniciativa privada de forma a angariar recursos os quais manteriam operacionais os navios que de outra forma não se justificariam as aquisições.

A gama de servissos da Dockwise, estende-se inclusive ao  transporte trans-oceânico de luxuosos Iates, a gigantesca gama de serviços possíveis de serem prestados por estes navios certamente viabilizariam a sua operacionalidade na Marinha do Brasil.

Baseando-se nisso, elaborou-se neste artigo denominado projeto COLOSSUS, a proposição do desenvolvimento nacional de um navio dique flutuante ou de doca seca, como é chamado, o qual se destinaria a complementar e em certos casos, substituir os atuais Diques Flutuantes em operação.

Esta proposta visa conciliar ambas operações de forma a se obter o melhor uso de uma embarcação que ficaria ociosa por determinados tempos se fosse única e exclusivamente utilizada para os fins militares.

Os navios seriam empregados pelos serviços de manutenção da Marinha mas também nas funções de transporte e de logística atuando como navios cargueiros para transporte de estruturas e peças de grandes dimensões, servindo também no auxílio a instalação da infra-estrutura necessária aos programas de desenvolvimento como o Pré-sal.

 

SOBRE O PROJETO

 

É verdade que embarcações como estas são apropriadas ao transporte da carga pesadas e de volumes colossais, mas não se pode desconsiderar a possibilidade destas servirem ainda como docas secas móveis capazes de alcançarem áreas remotas à qualquer lugar do globo terrestre e/ou subsequentemente transportar embarcações sinistradas, danificadas ou mesmo em construção, cuja montagem final fosse efetuada em um local distante.

Neste projeto consideramos o desenvolvimento nacional de um navio Dique Flutuante baseado em modelos já existentes e cuja missão básica seria a do transporte e mobilização, apoiaria as missões coordenadas pelo Comando Conjunto de Logística e Transporte Naval, CCLTN, transportando pesadas e volumosas cargas e equipamentos podendo ainda servir de navio socorro para o transporte dos navios da Força Naval.

 

 

 


Translado de uma plataforma de Petróleo, meios como estes, são frequentemente utilizados pela PETROBRAS devido a necessidade de se transladar suas super plataformas para alto mar (http://www.dockwise.com).

 

Atuando como navio de socorro os Navio diques flutuantes socorreriam praticamente quaisquer navios da Força Naval, exceptuando-se os pesados , na foto o resgate do USS- Cole Destroyer da classe Arleigh Burke Norte Americana atacado no Iemen e cujo o atentado foi reclamado pelo grupo terrorista Alqaeda.

 

Estes navios poderiam suprir uma variada gama de necessidades, incluindo o translado de meios navais para operações militares de oceano para oceano ou mesmo transladando-os para regiões de conflitos ao redor do globo, fornecendo a ligação e a mobilidade rápida do equipamento militar de dimensões e pesos avantajados, apoiando as forças de cargueiros logísticos da Força Naval.

Em operações de salvamento de navios sinistrados, os Navios Diques Flutuantes seriam desdobrados para efetuar a recuperação e repatriação das embarcações, levando-as para regiões mais seguras, podendo inclusive servirem de estaleiros móveis onde se poderia efetuar reparos e manutenções durante o próprio translado.

Seu largo convés poderia ainda servir de convôo para helicópteros em operações de salvamento ou de calamidades públicas, servindo de base aérea e naval para as operações militares.

Através da inserção de módulos estruturais especiais, estes serviriam de hotel flutuante, acomodando um efetivo de tropas ou de suprimentos para operações em operações longínquas.

Os navios em questão seriam do tipo semi-submersíveis, cujo princípio de operação se caracteriza por submergir a uma dada profundidade, permitindo a movimentação de uma carga que se deseje transportar. Geralmente a manobra destas cargas é efetuadas por rebocadores, mas em certos casos a própria carga efetua o seu deslocamento e posicionamento sobre o convés submerso.

Uma vez que a carga encontre-se devidamente posicionada e “calçada” de forma a se estabilizar sobre o navio, este emerge, fazendo uso da drenagem da água armazenada em seus tanques de lastros, acionando para isto os seus motores e bombas de drenagem posicionadas ao longo do casco do navio.

Might Servant III da empresa Dockwise, em operação submerso,e uma animação na qual pode-se ver a demonstração do procedimento de submersão do navio o qual permite o posicionamento do navio em preparação para receber a carga pesada .

 

ESTRUTURA

Os grandes navios semi-submersíveis caracterizam-se por possuir uma estrutura peculiar a qual os distingue de quaisquer outros navios empregados no transporte de cargas.

Sua silhueta é bastante peculiar por parecer um navio inacabado devido a ausência de uma superstrutura em dadas seções do casco.

Pode-se dizer que em certos aspectos estes se assemelham a carretas, cuja doca seca seria serve de plataforma onde se transporta a carga propriamente dita, esta consiste em uma ampla e plana plataforma, enquanto as seções habitadas posicionam-se em geral na proa do navio numa super-estrutura semelhante à dos demais navios cargueiros.

Foto do mega cargiuiro Blue Marlin,  da empresa Dockwise, nesta imagem fica nítida a característica silhueta deste tipod e navios onde se observa a gigantesca docaseca e a superstrutura bem definidas.

Para o projeto COLOSSUS, o Plano Brasil idealizou um navio de dimensões e capacidades os quais os permitiriam transportar grandes plataformas petrolíferas dentre outras cargas de iguais volumes e massas.

O navio proposto seriam os mais pesados navios da frota, com um peso vazio de 27 000 e carregado de 65 000 toneladas, teriam 240 metros de comprimento e 54 de largura bem como 12 de calado.

 

INSTALAÇÕES

As seções habitadas seriam capacitadas a abrigar a sua tripulação, os navios seriam providos de camarotes, salas de recreação, cozinha e enfermaria tal como os modernos navios civis em operação nas companhias especializado as neste tipo de transportes mundo a fora.

Os navios idealizados para o projeto COLOSSUS, teriam tripulações composta por 36 integrantes sendo que este número poderia ser estendido para mais 12 membros do grupo aéreo e 12 das unidades do comando de logística embarcados em ocasiões de operações militares do navio, entretanto os navios possuiriam ainda acomodações extras para outros 60 tripulantes se necessários.

Em ocasiões de socorro a calamidades módulos de abrigo para resgatados seriam embarcados, e estes ampliariam o número de pessoas a bordo para algumas centenas de passageiros.

DOCA SECA

A doca seca compreende a região utilizável para o transporte propriamente dito, propõe-se no projeto COLOSSUS um navio de dimensões semelhantes ao MIGHT SERVANT III, operado pela empresa especializada DOCKWISE, portanto, este navio disporia de uma doca aproveitável de cerca de 180 metros de comprimento e 9 000 m2.

Em missões militares, esta doca teria função de servir de dique flutuante para manutenção, reparo ou transporte de embarcações, no entanto esta poderia ainda se utilizada para o transporte de suprimentos e tropas.

Tomando como exemplo a solução Britânica adotada no ATLANTIC CONVEYOR na altura da guerra das Malvinas, estes navios poderiam ser transformados em porta helicópteros recebendo módulos e estruturas especiais que os capacitassem ao armazenamento de suprimentos e de aeronaves as quais poderiam operar a partir da sua doca a qual serviria de heliporto.

Dada a capacidade de transportar outras estruturas, estes navios poderiam ser convertidos facilmente em “hotéis” para forças militares em trânsito, bastando para isto o acréscimo de módulos de habitação especiais, tal como sistemas transportados em contairnes permitindo o transporte de tropas e suprimentos.

É fácil ver o grande número de aplicações e as mais variadas adaptações as quais um simples navio cargueiro como este poderia sofrer para efetuar missões militares, no entanto destaca-se as possibilidades de seu uso em operações puramente civis, tal como no apoio à calamidades, construção de infra-estruturas em alto mar, reparações entre outras tarefas.

TANQUES DE LASTRO

Para submergir o navio, este faz uso de um sistema controle eletrônico de bombas hidráulicas e de compensadores de forma a assegurar a semi-submersão sem no entanto por em risco a integridade do navio e de sua tripulação.

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Ilustração do procedimento de submersão dos navios semisubmersíveis, na primeira figura o navio em seu nível operacional usual, e na segunda o navio semi-submergido com os seus tanques de lastros compelatamente cheioss( Por-E.M.Pinto).

Logo abaixo da doca encontram-se posicionados os tanques de lastros que se estendem ao longo de todo o navio. Junto a estes encontram-se a maquinaria pesada, Bombas hidráulicas e a praça de máquinas do navio.

Estes tanques são enchidos de água do mar de forma a submergirem o navio sendo esvaziados quando necessário de forma a permitir que o navio volte ao seu nível operacional.

Transporte de uma plataforma radar do sistema anti-mísseis balísticos Norte -Americano. Para a defesa da chamada Amazônia Azul, o Plano Brasil proporá em breve o projeto ATLÂNTIDA que visara a adoção de sistema de defesa baseados em plataformas integradas à Satélites, Radares, Sonares e aos demais sistemas de defesa, O transporte de sistemas como estes poderia ser efetuado pelos navios Dique flutuantes tal como propostos no projeto COLOSSUS.

 

HELIPORTO E HANGAR

Os navios seriam equipados com um heliporto capaz de abrigar um helicóptero pesado do tipo H-72 (projeto OSIRES- em breve).

A aeronave baseada no navio tem por função auxiliar nas operações de embarque de tripulantes e ferramental necessário, bem como no transporte de peças específicas que exijam este tipo de transporte.

O uso de helicópteros flexibiliza as operações, uma vez que a aeronave pode ainda auxiliar as missões de recuperação de embarcações em alto mar.

VEÍCULOS DE APOIO

Os navios desta categoria não costumam transportar outros veículos de apoio senão embarcações do tipo ZODIAC as quais auxiliariam as tripulações.

No entanto em certas ocasiões estes navios transportam consigo navios rebocadores os quais auxiliam no embarque de suas cargas.

168f6588a6-c834-442d-b9e7-a8bfc7e09f57largeEm ocasiões específicas os Navios Dique Oceânicos transportariam em sua doca os Rebocadores necessários para a efetuação das manobras das cargas sobre o seu convés.

PROPULSÃO

Contrariamente aos demais navios da frota, neste programa não levamos em consideração a necessidade do incremento da velocidade, no projeto COLOSSUS consideramos um navio que se desloque a velocidades equivalentes à dos navios similares atualmente em operação neste tipo de funções.

Embora o incremento da velocidade fosse um fator positivo para a operação deste tipo de navio, dado que este poderia executar um maior número de operações por ano, acreditamos que o mais importante no caso específico de navios dique flutuantes, seria a sua estabilidade frente às adversidades do Mar e o aumento da sua autonomia, pois isto permitiria ao navio executar missões de maior durabilidade permitindo traslados transoceânicos com maior segurança. Portanto neste caso a velocidade seria um fator complicador, pois influenciaria nos movimentos e instabilidade do navio e suas cargas.

Portanto neste projeto trabalhou-se com a hipótese de que os navios seriam concebidos para operarem em velocidade de cruzeiro, 36 km/ h e máxima 40 km/h, no entanto, teriam autonomia de até 60 dias.

Em ocasiões especiais como por exemplo a necessidade de se deslocar para outro ponto do planeta, estes transportariam em módulos especiais o seu próprio combustível, armazenados em containers em sua doca, com isto estes navios estenderiam ainda mais o seu alcance permitindo alcançar pontos em qualquer parte do planeta.

Seu sistema de propulsão seria baseado em 2 grupos motores à bio-diesel COLT PIELSTICK 10 PC 4.2V de 47,89 MW o mesmo sistema proposto para os navios cargueiros do projeto HERCULES.

Os navios seriam impulsionados por quatro propulsores AZIPOD posicionados à ré e por 4 grupos propulsores acionados por motores elétricos, posicionados aos pares em cada lado da proa, responsáveis por permitirem melhor manobrabilidade, correção e agilidade quando nas operações de embarque e transporte de cargas.

SITEMAS ELETRÔNICOS

Os navios contariam com eletrônica adequada à navegabilidade e posicionamento por geo-referenciamento. Utilizariam sistemas de posicionamento por GPS, avisos de colisão e sistema de controle dinâmico acionados eletrônicamente de forma a minimizariam as possibilidades de choques entre estes e suas cargas e permitirem operações mais seguras e rápidas, melhorando a eficiência e segurança das operações navais.

Seriam equipados com radar meteorológico bem como sonares e radares de navegação e sistemas de comunicação por satélite.

 

kolossus-doConcepção artística do navio do projeto COLOSSUS em 3 vistas (por-E.M.Pinto).

FICHA TÉCNICA

Tipo: NAVIO DIQUE OCEÂNICO- NDO

Tripulação: Padrão 36 tripulantes +12 integrantes do grupamento aéreo, + 12 integrantes dos grupamentos de apoio.

Deslocamento: máximo de 65 000 toneladas.

Comprimento: 240 m.

Calado: 12 m

Boca: 54 m.

Largura da doca seca: 54 m.

Propulsão: 2 propulsores COLT PIELSTICK 10 PC 4.2V à bio-diesel de 47.89 MW impulsionados por 4 conjuntos de propulsores AZIPOD.

Autonomia: 60 dias.

Sistemas eletrônicos: Sistema de radar metereológico, sonar de navegação, sistemas de comunicações por satélite e sistemas de posicionamento dinâmico.

Grupo aéreo embarcado: 1 helicóptero pesado OH-72.

Embarcações de apoio: 4 barcos de apoio e vigilância BP-120.

Estações de embarque: 2 gruas com capacidade para 120 toneladas cada uma 1 heliponto para helicópteros pesados de transporte. Convés reforçado para o recebimento de cargas pesadas.

 

6 Comentários

  1. Sou estudante de logística, na Faculdade Promove em Sete Lagoas-MG, estou fazendo um trabalho avaliativo sobre: Como transportar cargas pesadas em návios, achei muito interessante esta matéria e gostaria de receber por e-mail esta reportagem acima, para que eu possa executar este trabalho e apresentar em sala de aula para os meus colegas, o meu endereço de e-mail está citado acima.

    Grato.

  2. Estou fazendo uma pesquisa para um exército avaliativo na faculdade promove da minha turma de logística, e estive lendo esta matéria e gostaria de recebê-la, haveria a possibilidade de poder me enviar essa matéria no meu e-mail,

    Desde já agradeço a colaboração.

    Atenciosamente

  3. Prezados companheiros interessados em assuntos de interesse da Defesa Nacional e da Estratégia Militar …
    gostaria de convidá-los a se integrar à Comunidade verde-Oliva, que um e-group com a pretensão de ser um fórum de troca de idéias sobre os assuntos acima.

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