PROGRAMA ESTRATÉGICO DEFESA ANTIAÉREA – GEPARD

Santa Maria (RS) – O Projeto Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (PEE DA Ae), em conjunto com a 4ª Subchefia do Estado-Maior do Exército (4ª SCh EME), realizou, de 3 a 7 de abril de 2017, no Parque Regional de Manutenção da 3ª Região Militar (Pq R Mnt/3), em Santa Maria (RS), a Reunião de Trabalho para o Planejamento do Consumo da Munição 35 mm do Sistema Antiaéreo GEPARD.

Durante o evento, foram abordados os temas: processo de aquisição do sistema GEPARD, realização de contratos, constituição da munição 35 mm, situação de empaiolamento da munição e controle do ciclo de vida útil do armamento.

Além do Pq R Mnt/3 e da 4ª SCh EME, o grupo interdisciplinar teve representantes das seguintes organizações militares: Escritório de Projetos do Exército, Diretoria de Manutenção (D Mat), Diretoria de Abastecimento, 1ª Subchefia do Comando de Operações Terrestres, 3ª Divisão de Exército (3ª DE), 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, 6ª Brigada de Infantaria Blindada, 3º Grupamento Logístico, Escritório Leopard/Gepard, Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, Depósito Central de Munição, 5ª Região Militar, 13ª Companhia Depósito de Armamento e Munição e 6ª e 11ª Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada.

A atividade foi acompanhada, ainda, pelo Comandante da 3ª DE, General de Divisão Antônio Amaro dos Santos; pelo Chefe do escritório da D Mat em Santa Maria (RS), General de Divisão R1 Eduardo Segundo Liberali Wizniewsky; pelo Comandante da 3ª Região Militar, General de Divisão Valério Stumpf Trindade; e pelos Comandantes das organizações militares participantes.

Fonte: EB

36 Comentários

  1. É bizarro que para um exército de 200 anos seja novidade uma peça de artilharia antiaérea autopropelida…

  2. O pior que é uma tecnologia ultrapassada, além de poucas unidades 34 ou 35 ao todo..
    Poderia ser melhorada se ganha o auxílio de mísseis, postos 2 lançadores lado a lado.

    • Os Sul Coreanos tem um modelo interessante, o DOOSAN K3O BIHO de 30 mm, uma Torre que poder ser incoorporada em outro veiculos, usa dois canhoes de 30 mm e 4 misseis antiaereo. Creio que vai ate 8 km de distancia e 5 de altura . Seria uma boa opcao…

  3. E eu pensando que iriam anunciar a instalação/modernização com misseis MANPADs como o Igla. Isto sim ampliaria a capacidade de combate do Gepard (que ainda é válido para o nosso T.O).

  4. Eu me nego a comentar descritivamente sobre o assunto, é humilhante vivenciar um exército com sistemas defasados tratando de forma poética sua incapacidade operacional.

  5. Eu em minha modesta capacidade técnica; pegaria o M41 doados aos montes para países vizinhos, colocaria sobre eles uma torre como a TORC-30 mm e integraria a versão nacional do Igla -S que está ou estava em desenvolvimento na Mectron.
    Somaria a isso sistema o radar nacional Sentir -M20, integrado com o rádio RDS veicular nacional e o link BR2.
    Aí teríamos um veículo no estado da arte a um custo baixo.
    Pois além de dominamos todos os conhecimentos dos M41; poderíamos apenas trocar seu motor para termos um veículo muito útil.
    Mas estamos falando de Brasil,aqui as coisas nunca são simples;a não ser quando é para adquirir produtos estrangeiros.

  6. Gosto do Gepard. Quem for contra ele também deve ser contra sistemas similares, como o elogiado Phalanx.
    Porém…
    Ele foi desativado na Europa por ser considerado insuficiente para o cenário de superioridade aérea moderno. Ou seja, há sistemas mais efetivos que ele em uso pela OTAN. Ele se tornou obsoleto para uma eventual guerra na Europa,

    Num cenário em que o inimigo de grande distância lança um ataque, uma chuva, com centenas de mísseis e ou bombas guiadas, ou mesmo de queda livre, por grandes bombardeiros a alta altitude, ele é ineficaz para defender a tropa ou um local determinado. Seu alcance é só de 5000m. Contra este tipo de ataque moderno só AAA de longo, ou médio, alcance para uma real proteção.

    Como na América Latina é desconsiderado este tipo de ataque aéreo sendo originado a grandes distâncias, e se considera apenas batalhas a moda antiga (rsrsrs) com muitas operações apenas por terra, os Gepard desativados na Europa (Alemanha, Holanda e Bélgica) então vieram parar por aqui, no Chile e no Brasil, cerca de 30 e 34 entre nós respectivamente.

    O que isso significa?
    Que qualquer país, que possua um bom estoque de mísseis e bombas com alcances acima de 5000m (pois é o alcance dos tiros do Gepard), e vários caças bombardeiros (SU-34 nem se fala) já coloca por água abaixo a defesa deste sistema.
    Outra coisa… Quantos alvos o Gepard pode travar e neutralizar ao mesmo tempo?
    Pois é só bombardeá-lo com um número superior desses alvos. E como não temos AAA nem de longo e nem de médio alcance os bombardeiros inimigos podem executar um ataque as nossas tropas e saírem impunes etc.
    Ahh! Mas e nossa FAB para defesa aérea? Bem, pelo número de vetores e quantidade de munição, tem gente que a apelidou de Força Aérea de Brinquedo.

    Concluindo, ou resumo:
    Os Gepard são bons para defesa de ponto e só. Mas são ineficientes contra um inimigo atualizado quanto a guerra moderna.
    Mas para discutir sobre seus cartuchos se reuniram 3 generais, e mais uma enorme quantidade de oficiais d tudo que é departamento. Até parece que a reunião era sobre estratégia de ICBMs.
    Pobreza e auto enganação, foi isso né?
    Ou linda troca de poesias (como diria o colega acima), com tema de cartuchos de 35mm nas cores verde-azul-amarelo (que lindo!), em meio a cenários típicos da segunda e primeira guerra ainda?

    Preciso de um Engov!

    • ViventtBR,

      Na verdade, artefatos guiados de grande alcance já estão sendo gradativamente introduzidos no continente. É provável que em cerca de uma década, não haverá ambiente na América do Sul onde o ‘Gepard’ poderá operar com segurança de forma isolada ( exceto se for pra enfrentar Uruguai, Paraguai ou Bolívia )…

      Creio que mesmo um Super Tucano, utilizando o ‘ponto de impacto continuamente calculado’, pode lançar munições convencionais com considerável precisão acima do alcance desses canhões.

      Em suma, se pensarmos nesse sistema isoladamente, é evidente que ele não é nada ou muito pouco…

      Mas ocorre que tipos como o ‘Gepard’ seriam hoje peças dentro de um sistema de defesa muito mais complexo. No caso do Brasil, essa IADS já inclui ‘Igla’ e RBS-70, além de radares de vigilância SABER M60 ( combinado ao radar de vigilância original do ‘Gepard’ ), constituindo-se numa defesa de baixa altura bastante robusta, na prática.

      Evidente que só isso não basta, e daí segue-se uma camada superior, com autênticos sistemas de média altura ( como parece haver interesse pelo CAMM ou SPYDER ).

      Contudo, o que importa é que já está se criando alguma doutrina de operações AA dentro de um verdadeiro sistema integrado de defesa aérea, que é o primeiro passo. Quando ( e se… ) o SABER M200 entrar em serviço, já se terá meio caminho andado para uma autêntica IADS capaz de guardar a média altura, restando apenas sua adoção…

      • Estamos 50 anos atrasados em AAA modernas, contra vários tipos de ataques.
        Mal estamos começando agora a criar consciência da necessidade de atualização real.
        Ou seja, apenas defesa em baixa altitude serve para que tipo de adversário, para quem pode nos atacar, ou para aqueles vizinhos que jamais entrarão em guerra contra nós?
        Tudo bem que através dela estamos criando expertice básica, mas…
        Pena que não se trata ao menos de um passo de cada vez, mas de passinhos comprometedores para uma derrota feia.

      • O futuro da defesa aérea de baixa altitude na forma de canhões é ser empregada como meio C-RAM. seja com munições 3P ou AHEAD e consequentemente dar conta de drones, aeronaves e UAVs de força barata.

        MANPADS, V-SHORADS e SHORADS complementam os sistemas baseados em canhões e assim a baixa altitude está defendida e devidamente coberta.

        Esse o principal e mais importante para o EB. Com isso acima você tem defesa de ponto.

        Defesa de área é o próximo passo. Para isso o EB precisa de um sistema de média altura para defesa de área curta e do apoio dos caças da FAB para defesa de área longa.

        Seria interessante algo do porte de um Barak-8 (melhor ainda ASTER-30, utilizando assim o mesmo míssil da MB), que nos deixaria bem servido e com capacidade de atirar “no arqueiro” a longas distâncias, se estes passassem pelas aeronaves de caça, que são a defesa de alta altitude mais eficiente que podemos tem.

        É claro que nunca vamos ter as quantidades ideais para prover uma boa defesa para o Brasil. Mas pelo menos temos que tentar ter uma boa quantidade de sistemas de defesa de ponto, e tentar dar conta da defesa de área com caças. É o que se tenta fazer hoje.

  7. Gostaria de fazer uma pergunta ao demais.
    Qual situação do míssil piranha B, e o seu possível emprego em navios da esquadra e no Exercito através do uso de lançadores Astro dá Avibras.
    Seria possível essa integração?

    • É um bom míssil, de 4ºG, abaixo apenas da 5ºG, mas principalmente por ser nacional e evitar assim algum possível embargo. É destinado a combate aéreo de curta distância.
      Coloca-lo no Astros, fazer sua integração, não seria produtiva.
      Os astros são concebidos para artilharia e não AAA. Sua programação é para plotar, enganchar, alvos fixos em terra e não em movimento no ar.
      Além disso o alcance do Piranha seria inferior aos mísseis do Pantsir, por exemplo, um sistema pronto e especializado em alvos aéreos em movimento. Ou seja um AAA puro.

      Conclusão: Não vale a pena.

      • Em navios que já possuem sistema de enganchamento de alvos aéreos sua integração seria mais fácil, porém seu alcance é muito curto. Entretanto, o próprio sistema interno do Piranha, para travar no alvo, por infravermelho, complicaria ou impossibilitaria essa sua integração e efetividade de ação. Dificilmente a partir do navio ele teria visada na exaustão quente dos motores das aeronaves alvos, e a mira no capacete do piloto etc.
        Muito complicado isso tudo… Piranha saindo de sua função de combate aéreo.

        Conclusão: Não vale a pena.

  8. Caro Rodrigo;assim como o Spider Israelense;sim há possibilidades dessa façanha.
    Pois o Spider utiliza mísseis AAe Pyton etc..
    A própria MBDA estaria oferecendo uma parceria com a Avibras para integração no sistema Astros de um míssil.
    Para tal façanha; teríamos que implantar no Piranha -B um booster de motor foguete, modificar o software .
    No Astros teríamos que elevar seu azimute para algo como 180 graus,mas fora isso não teríamos grandes dificuldades.
    O problema é o seguinte, os de menta dos do GF / MD e FAA,s deixaram a Mectron fabricante do míssil morrer.
    Agora que irá produzir o míssil?
    E nossas FAA,s só possuem olhos para produtos e serviços estrangeiros,sendo assim nunca é viável nada nacional nesse país.
    Ou é herança cultural;pois a sociedade brasileira sempre se identificou como branca européia ou os serviço $$$$$ e produto $$$$$$ estrangeiros são melhores para oficiais e políticos.
    Kkkkk

  9. Deixarão para os políticos resolverem eles forao lá e comprarão essas sucatas da Alemanha a preço de ouro com tecnologia da década de 70 e cancelarão o Pantsir russo com tecnologia de ponta e assim roubarão pra caralho e ainda agradou os falcões de washinton deixando nosso exercito com sucata e gastando o pouco que tem de orçamento côm lixo e os militares satisfeitos tudo pra nao desagradar o pentágono !!!!!

  10. Obrigado pela atenção dispensada.
    Me dou satisfeito pelas respostas.
    Como militar do Exército não teria tido melhor análise.
    Grato.

  11. Boa noite a todos. Precisamos de plataformas de mísseis de médio e longo alcance para proteção de nossos pontos estratégicos. usinas nucleares, hidrelétricas e parque industrial como exemplos. precisamos de um bom número de caças(36 é brincadeira) pois nosso espaço aéreo é imenso. Precisamos de tudo porque dinheiro existe. Essa conversa de contenção de gastos já vem mais de 20 anos. enquanto isso a roubalheira e corrupção correndo a solta. o povo tem de entender que defesa e segurança são prioridades, geram trabalho, divisas. dizem os países são nossos amigos, não temos inimigos. ledo engano. países não são amigos e sim parceiros quando há interesse para ambos. Nossos recursos hídricos, minerais e agricultáveis estão aí e nós não damos a devida importância. Nossa Educação é uma das piores, Saúde, sempre capenga. Educação é a chave para tudo, com ela temos tecnologia parcerias, conscientização. Lembremos novamente Quincas Borba de Machado de Assis: …duas tribos, um saco de batatas, ao vencedor as batatas… Precisamos valorizar nossa Nação em tudo (Defesa, uma delas) para não sermos surpreendidos por qualquer investida ou pretexto de países ditos “amigos”.

  12. Caro Rodrigo;não entendi sua observação, se foi sincera ou sarcástica.
    Caso tenha sido sincera ,agradecemos.
    Caso tenha sido sarcástica, não é porque seja militar do EB ( caso seja mesmo), porque escrever qualquer um escreve e falar até papagaio fala; não quer dizer que seja engenheiro;físico etc..
    Pois são essas pessoas que entendem da viabilidade técnica ou não; mesmo não operando o sistema.
    E caso seja militar do EB realmente é esteja sendo sarcástico; só demonstra que está cego com uma realidade da força a qual serve; pois contra fatos não há contestação.
    Passar bem !

    • Caro Foxtrot,
      Fiz uma pergunta, onde fui respondido de forma satisfatória.
      Agradeço por educação e respeito as pessoas.
      Gosto desta página, acho as matérias interessantes.
      Infelizmente hoje às pessoas confundem educação com outras coisas.
      Espero que continuem torcendo por um Brasil melhore mais forte a cada dia, como eu brasileiro torço….
      Um abraço a todos.
      Brasil acima de tudo….

  13. Chega a ser ridículo para um general chamar de “estratégico” o que temos de AA no exercito brasileiro hoje, somos totalmente vulnerareis e indefesos neste quesito.

    • Vamos falar a verdade, caro CP… quem é que teria interesses em bombardear o Brasil na situação geopolítica atual ???… desconheço… o problema é que, se as coisa mudarem repentinamente, defesa aérea não se faz do dia para a noite… então temos sim que nos preparar, não necessariamente a toque de caixa… mas ficar na inanição é que não dá… temos que mexer o popozão e projetar um futuro da nossa DA para algo realmente digno de um país continental como o nosso…

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