Primeira imagem do Sukhoi Su-30SME da Força Aérea de Myanmar

Por Tito Lívio 

Segundo imagens divulgadas pelo ASEAN Military Defense Forum onde mostra possivelmente a primeira aeronave Su-30SME destinada a Myanmar. Segundo Informações a aeronave que ainda esta sem pintura estava na Irkutsk Aviation Plant onde estava realizando os últimos testes de solo antes de realizar seu primeiro voo. O Su-30SME é a variante de exportação do Su-30SM que foi desenvolvido para a Russia com base no Su-30MKI.

Em 22 de janeiro de 2018, a Força Aérea de Myanmar (Tatmadaw Lei) realizou a encomenda de 6 caças multifuncionais Sukhoi Su-30SME, versão de exportação da nova geração do Su-30SM (uma derivação russa do Su-30MKI indiano), o valor do contrato não foi informado, segundo a agência russa TASS.

Além dos Su-30, vale lembrar que Myanmar realizou aquisições recentes de 31 caças táticos médios Mikoyan-Gurevich MiG-29 em 2001, 2002 e 2009 (sendo 24 MiG-29A e 6 MiG-29S); 16 caças leves Chengdu FC-1/JF-17 encomendados em 2015; e treinadores avançados Yakovlev Yak-130 com considerável capacidade de ataque ao solo, com a compra de 12 aeronaves.

Desde 2000, Myanmar já importou mais de US$ 3,5 bilhões em armamentos, tendo em ordem decrescente, a Rússia (1,57 bi), China (1,5 bi), Ucrânia (98 mi), Israel (94 mi), Índia (69 mi), Sérvia (65 mi) e Bielo-Rússia (57 mi) como seus principais fornecedores. Mesmo com as sanções aplicadas pela União Europeia por “violações a direitos humanos” contra minorias étnico-religiosas, houve aquisições de equipamentos da Alemanha, Países Baixos, França, Bélgica e Coréia do Norte. Segundo dados coletados da SIPRI.

Muito desse ambicioso programa de reaparelhamento das Forças Armadas de Myanmar (Tatmadaw) se deve a graves problemas internos – como as insurgências dos Rohingya, minoria muçulmana no oeste do país, perto da fronteira com Bangladesh, e dos Karen, minoria étnico-linguística no leste, na fronteira com a Tailândia; mas também deve-se destacar o crescimento econômico do país (média de 6% desde 2015) devido a pesados investimentos chineses em sua infraestrutura rodoviária e portuária para escoamento de seus produtos (evitando o estrangulamento no estreito de Malaca, em Singapura) e suas exportações de gás natural para a China e Índia.


As recentes aquisições permitirão ao Tatmadaw se impor como uma das forças mais modernas e equipadas do Sudeste Asiático, fazendo esse pequeno país se colocar como uma importante força militar regional perante a rivais muito maiores e desenvolvidos economicamente, como Tailândia, Vietnã, Malásia e Indonésia. Além de dissuadir outros atores regionais como Bangladesh, Índia e China.