Porque a China precisa desenvolver um bombardeiro nuclear de longo alcance?

H-6K with CJ-10K CALCMs
Concepção artística do bombardeiro H-6K com mísseis de cruzeiro CJ-10K

Sugestão: Red Dragon (Taiwan)

Tradução e adaptação: E.M.Pinto
O Aviation Industry Corporation of China tem vindo a  projetar a nova geração de bombardeiros furtivos de longo alcance para a Força Aérea do Exército da Libertação do Povo desde 2008, foi o que noticiou a estatal China Aviation News.
Segundo informou a China Aviation News, o Coronel Sênior Wu Guohui da National Defense University,  Pequim,  o bombardeiro furtivopossui pelo menos duas vantagens em relação aos mísseis balísticos intercontinentais.
A primeira é que os mísseis balísticos só podem ser acionados uma vez, enquanto um bombardeiro stealth pode decolar várias vezes e executar sucessivas missões. A segunda é que os mísseis balísticos não podem voltar para a base, como o bombardeiro stealth caso a sua  missão seja abortada.
A decisão do desenvolvimento desta nova geração de bombardeiros foi tomada após a anúncio de que os Estados Unidos passariam a investir US $ 1,2 bilhões por ano,  no desenvolvimento de um novo bombardeiro furtivo para a USAf, que viria  para substituir os Northrop Grumman B-2 Spirit.
Conforme informou Wu esta iniciativa por parte dos EUA foi decisória para o PLA, segundo ele estava mais que na hora da  China ter o seu próprio bombardeiro furtivo.
“Bombardeiros estratégicos convencionais, como o B-1 e o chinês Xian H-6 são alvos fáceis para os caças inimigos e mísseis anti-aéreos. A Rússia também está projetando a sua nova geração de bombardeiros de longo alcance para competir com os Estados Unidos e a China.”
H XX
Concepção artística do hipotético H-X, Bombardeiro Furtivo de longo alcance e supersônico.
Atualmente, os Estados Unidos são o único país do mundo a ter projetado e operado um bombardeiro furtivo, o B2, um bombardeiro de longo alcance. China e Rússia ainda não possuem em seus inventários estas máquinas capazes de infiltrar nas fronteiras inimigas sob rigoroso sigilo, dificultando a detecção pelas defesas inimigas. Por esta razão, a China considera o desenvolvimento de um bombardeiro furtivo de longo alcance como um fator de desbalanço do poder militar e um avanço para a indústria de aviação do país.
A China juntamente com os Estados Unidos e a Rússia, são os únicos países no mundo capazes de desenvolver um bombardeiro de médio ou longo alcance furtivo.
A Xian Aircraft Industrial Corporation e Shenyang Aircraft Corporation começaram a conceituar o projeto a mais de uma década atrás, de acordo com o relatório do PLA. No início do século 21, a Aviation Industry Corporation of China assumiu o projeto e continuou o desenvolvimento do próprio bombardeiro stealth da China.
De acordo com a China Aviation News, trinta anos após as reformas de Deng Xiaoping, a China tem mais recursos do que nunca para concluir este projeto.
Embora haja um programa de atualização dos bombardeiros H-6  para o Padrão “K”, esta solução é paliatva, tanto a Força Aérea como a Marinha do PLA necessitam de um bombardeiro de longo raio capaz de lançar ataques de forma invulnerável  sob o espaço aéreo inimigo, defender o litoral e a frota da PLAN e ainda exercer influência  dissuasiva e ativa no exterior, muito longe do abrigo e segurança das Bases Aéreas chinesas.

12 Comentários

  1. Há outra vantagem em específico: misseis de cruzeiro são consideravelmente mais furtivos…

    Bombardeiros como esses tem o conveniente de poderem utilizar uma variedade de misseis de cruzeiro, tanto com ogivas convencionais como nucleares e de potenciais distintos, sendo mais flexíveis no que diz respeito a projeção de força. Em suma, diferente de mísseis balísticos, que é uma coisa mais bruta, os mísseis de cruzeiro permitem ataques precisos com limitada projeção de força, o que é ideal em cenários de média e baixa intensidade ( que é como serão a esmagadora maioria das guerras no futuro previsível ).

  2. Por estes princípios expostos pela matéria, e outros, é que condeno a subserviência dos governos dos Tucanos… Porque Brasil se auto proibiu de produzir um míssil com alcance superior a 300Km. Não pode produzir minas terrestres e outras armas? Tudo isso é para garantir reserva de mercado aos Yankes?
    A Vassalagem é atitude aceita e não imposta.

    • Já li que esse limite de 300km não existe.

      Também, não existe limitação para um bombardeiro estratégico de longo alcance que porte mísseis com alcance menor.

      Não existe limite para armas que utilizem tecnologias e energias de última geração (inexistentes ainda), embarcando na nanotecnologia, nos materiais supercondutores, nas ligas de carbono e na hipervelocidade.

    • Alberto,

      Esse é um engano comum… O Brasil não se “proibiu” de ter mísseis com mais de 300km de alcance… O Regime de Controle de Mísseis visa basicamente a contenção da disseminação de mísseis com grande alcance, e funciona mais como um “acordo de cavalheiros”, no qual os signatários limitam a exportação de mísseis de cruzeiro a armas com esse alcance descrito acima e uma carga de 500kg. Isso também incluiria quaisquer tecnologias de hardware e software relacionado… Enfim, não gera obrigações de direito propriamente. Afinal de contas, não é um tratado propriamente dito… Mais recentemente, também incluiu uma limitação relacionada a mísseis balísticos.

      • Respeito o que você escreveu _RR_, porém o conteúdo interpreto de maneira prática. Por ter sido signatário do tratado MTCR, o Brasil sim, se auto proíbe de construir um míssil de alcance superior a 300 Km e com capacidade de carga acima de 500Kg. O que é isto então? Olha o grupo que propôs o tratado e depois de assinado falar é fácil em romper o acordo. Dizer que não gera obrigações de direito…barbaridade…é tapar o sol com VOIL=/voal/.
        LINK:
        http://en.wikipedia.org/wiki/Missile_Technology_Control_Regime
        Já li sobre o assunto em fonte melhor, não pela fonte do wikipedia, mas agora estou sem tempo para procurar.

        Walfredo, não disse que existe proibição para construção de bombardeiro de longo alcance. Misturou os assuntos.

      • Alberto,

        O MCTR não é um tratado formal… Não é uma lei internacional ou coisa que o valha. É tão e somente um acordo. Não tem qualquer valor jurídico…! Se Brasil quiser desenvolver seus mísseis de cruzeiro com 500km ou mais, pode faze-lo quando bem quiser, mas deve restringi-lo a uso próprio e não se permitir exporta-lo… Disso é que se trata o MCTR.

        Se o Brasil, por sua própria determinação, não deseja ter um míssil com mais de 300km de alcance, isso é uma decisão vinculada a outros pormenores, e não ao MCTR propriamente…

        http://www.mtcr.info/english/

    • é alberto você esta esta correto sabe por que

      porque se eu tenho aliados eu assinando esse tratado nefasto não posso armar eles pois assinei esse tratado ridículo

      e na época foi falado que o brasil não poderia fazer misseis nesse alcance

      então ele o Fernando entrega tudo assinou sim uma poda pois se você não pode exportar para que construir

      nos não vivemos o mundo capitalista !

      como construir se não podemos exportar , ele coloca um impecilio gigantesco na construção de misseis

      entreguista que mesmo tentando passar pano não fica lega

      outro ridículo foi o Collor que tampou o buraco na serra do caximbo e fez isso se mostrando como um correto esse ai também ridículo

      depois do leite derramado vem me dizer que sim podemos mas não podemos vender para quem quiser

      so isso já demostra ma fe do Fernando entrega tudo !!!!

      • Pé de Cão,

        O MTCR não é um tratado. É tão e somente um acordo informal… Ninguém está obrigado a nada ali, em primeira instância… Pelo que sei, praticamente todos os países que entraram no acordo, e estão limitando suas exportações, não encontram qualquer dificuldade em específico; pelo contrário…

        Na verdade, o ganho com as exportações dos mísseis limitados pode é impulsionar o desenvolvimento e a aquisição de variantes mais avançadas no próprio país de origem…

        Evidente que qualquer produção depende da demanda… Mas no que tange a mísseis, há uma variedade de itens que são comuns e que podem ser utilizados por variantes distintas. Isso, por si só, corta um custo significativo…

        O que o Brasil deve fazer, portanto, é adquirir o máximo possível de mísseis de cruzeiro AVMT300 e partir para uma versão “alongada” do mesmo, que tenha a maior quantidade possível de itens em comum…

  3. As vulnerabilidades do Xian H-6 são muitooooooooooo maiores que as do B1,nem se comparam,Xian H-6 é uma versão pirata do TUPOLEV 16 que entrou em serviço na década de 50,usar esse H-6 hj em dia é mais arriscado que uma missão Kamikaze,pois numa missão Kamikaze há a possibilidade de se sobreviver pois alguns sobreviveram,já com esse H-6 a possibilidade é bem menor,fico impressionado os caras nem uma versão pirata do B-1 e do Tupoleve BACK FIRE eles tem e já falam em desenvolver um super bombardeiro,etaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

  4. Tupolev 16

    https://www.google.com.br/search?q=tupolev+16&espv=2&tbm=isch&imgil=PM7SffznAXcSIM%253A%253B3bvsvvQLvN140M%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fpidivn.com%25252Fngoc-trinh%25252Ftag%25252Fmay-bay-nem-bom%25252F&source=iu&usg=__Hf74OEwlY9XB23o_sY-7ecIzNCg%3D&sa=X&ei=zlX1U4C2DI-_sQT5kYGABg&ved=0CIwBEP4dMAs&biw=1280&bih=622#facrc=_&imgdii=_&imgrc=PM7SffznAXcSIM%253A%3B3bvsvvQLvN140M%3Bhttp%253A%252F%252Fpidivn.com%252Fngoc-trinh%252Fwp-content%252Fuploads%252F2014%252F02%252Ftupolev-tu16-badger.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fpidivn.com%252Fngoc-trinh%252Ftag%252Fmay-bay-nem-bom%252F%3B800%3B550

Comentários não permitidos.