Parceria naval para manutenção do NAe ‘São Paulo’ A 12

A-12_CVN-76O Navio-Aeródromo “São Paulo”, Capitânia da Esquadra da Marinha do Brasil, foi cedido pela Marinha da França, no ano 2000. Este navio foi projetado, construído e mantido pela DCNS durante toda sua vida, quando integrava a Marinha Francesa.

Através de um contrato de offset do PROSUB, a Marinha do Brasil (MB) conta com a assistência técnica fornecida por dois experts na Propulsão a vapor e na condução do navio, além de engenheiros acompanhando a manutenção das catapultas. Pedimos ao Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1) Francisco Mont’Alverne Pires, Gerente Técnico junto à Coordenadoria do Navio-Aeródromo, para explicar a atuação destes técnicos junto à MB.

Comandante, poderia descrever as atividades de sua Coordenadoria assim como a atuação dos assistentes técnicos da DCNS dentro da mesma?

– A Coordenadoria do Navio-Aeródromo (C-NAe), integrante da Direção-Geral do Material da Marinha (DGMM), tem como tarefa coordenar as ações de manutenção e modernização do NAe São Paulo. Para tanto, a C-NAe lança mão das Diretorias Especializadas, entre elas: a Diretoria de Sistema de Armas da Marinha (DSAM); a Diretoria de Engenharia Naval (DEN); e a Diretoria de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha (DCTIM), assim como do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), responsável pelas obras no Navio-Aeródromo e a coordenação e supervisão das indústrias brasileiras e estrangeiras subcontratadas. Por se tratar de um navio francês (com tecnologia a vapor), fizemos um contrato com a DCNS para que a mesma oferecesse assistentes técnicos para nos auxiliar principalmente na propulsão do navio. Esse contrato foi feito através do offset do programa PROSUB.

Hoje, temos dois assistentes técnicos integrados dentro do organograma da Coordenadoria do Navio-Aeródromo. Um engenheiro de propulsão a vapor e um ex-militar da Marinha Francesa, especialista na condução dos navios a vapor. Um complementa o outro, e os dois assessoram a DEN e o AMRJ, acima mencionados, assim como a indústria brasileira, tanto para as operações de manutenção como para o fornecimento de novos equipamentos para modernização. Eles também ficam a disposição da tripulação para os assuntos relacionados a operação de equipamentos e sistema de propulsão.

Como se passa a relação entre os assistentes e a MB?

– Socialmente, eles são muito bem aceitos e estão muito bem integrados. A MB confia em seus trabalhos. Eles possuem credibilidade. Já estão no Brasil há um ano e meio e, devido à satisfação da Marinha com seus serviços, seus contratos podem ser prorrogados. O sucesso desta relação, tanto profissional como amistosa, nos faz pensar em estender esse tipo de parceria em outros setores, para ganhar em conhecimento e eficiência.

NOTA DO PLANO BRASIL:

Em tempo, leia também: “NAe São Paulo A 12 será submetido a novo PMM a partir de 2015” (

Fonte: DCNS do Brasil via Poder Naval 

17 Comentários

  1. ”O Navio-Aeródromo “São Paulo”, Capitânia da Esquadra da Marinha do Brasil, foi cedido pela Marinha da França, no ano 2000.”

    Eu não gostei desse ”cedido”, porque passa uma ideia de ”doado”, mas mesmo que o fosse ainda seria caro para nós, infelizmente a marinha esta remendando pano podre ao tentar modernizar o NAe São Paulo A 12 !

  2. Visitei o A-12 quando esteve em Santos acho que já faz uns dois anos, um porta aviões mesmo pequeno impressiona , mas o A-12 estava muito mal mesmo, havia um gerador no porão que tornava o ar irrespirável, havia ainda uma pilha de sucatas, um Skyhawk inoperante , não fiquei otimista com essa nave .

    • stadeu eu por duas vezes tive a oportunidade de ver o São Paulo perto de um Porta Aviões americano aqui no RJ de Janeiro,e a primeira impressão que vc sente ao ver os dois é o gigantismo dos Porta Aviões Americanos,são realmente uma cidade Flutuante,o São Paulo impressiona pelo seu tamanho mesmo sendo pequeno comparado com os americanos.
      O São Paulo é um quebra galho espero que não seja permanente.

      • Nem dá pra comparar caro Barca, os EUA são referência mundial em logística de guerra (digo em termos qualitativos e quantitativos, pois eles são péssimos em vias de custo x benefício) já nosso país é uma piada perante as forças armadas das grandes potências, pois de fato o Nae São Paulo serve para treinamento, mas não mais do que isso, nos levando a conclusão de que já deveríamos ter feito uma encomenda de um novo Nae nos mesmos padrões (da DCNS) a anos. Sds

      • Barca , também compartilho da idéia de que sua permanência seja curta, já deu o que tinha que dar, exceto lucro para alguém que o reforma, na verdade nem sou um fã de porta aviões , acho-os grandes alvos, espero ainda que o Brasil escolha investir mais pesado em submarinos e meios aéreos como matadores e para policiamento ostensivo do pré – sal, navios menores que trabalhem em matilhas.

  3. Me desculpe o termo, mas essa bosta que flutua, só tem uma função, dar o preparo e treinamento para as forças navais, para quando chegarem (se chegarem, claro) os próximos Nae’s, estejamos mais capacitados a operá-los. Tirando essa função, não devemos gastar nem um tostão a mais nessa joça.

  4. Em último caso o país poderia construir um Nae de concreto como vez a China para adestrar a nossa aviação embarcada, ou retomar aquela suposta parceria para construção de NAes com a Rússia http://www.planobrazil.com/brasil-e-russia-rumo-ao-porta-avioes/ esse seria o momento ideal para retomar essa ideia !

    Pois reformar o NAe São Paulo é uma verdadeira furada, nós estamos enriquecendo os franceses com esses projetos furados !
    Durante anos a Marinha foi a mais sensata das 3 forças armadas do nosso país, pena que tera que carregar essa mácula chamada NAe São Paulo !

    • César Pereira,

      Replicar as instalações de um porta-aviões em solo até é possível. E algumas modalidades de treino podem ser realmente replicadas, tais como: procedimentos de emergência, manobras das aeronaves no convoo, etc… Contudo, no que diz respeito a lançar aeronaves, a coisa é bem mais complicada… Não é possível replicar com exatidão as condições de uma operação no mar em terra devido a diversos pormenores ( como vento relativo ), de modo que o adestramento não fica completo; ainda mais se levarmos em conta os procedimentos complexos para se lançar uma aeronave pelo sistema CATOBAR, que é o operado pelo Brasil.

      Para se haver um adestramento de fato, é necessário um porta-aviões…

      • Gostei das sua explicação RR, você explicou como funciona o adestramento da aviação embarcada em um porta-aviões em perfeito estado, que infelizmente não ocorre no nosso caso à respeito do NAe São Paulo !

        Daí a minha proposta de se construir um Nae de concreto, porque infelizmente o São Paulo,nunca oferecerá condições de treinamento ideais, ele chega a ser pior que Nae de concreto,essa embarcação já fez água a muito tempo,só esta servindo para consumir os parcos recursos destinados a nossa marinha e o pior ceifa a vida dos nossos marinheiros !

  5. Bacana não é mesmo então contam com sperts assessorando e essa porqueira continua docado mais quantos bilhões serão necessarios para essa porqueira navegar nivelado e sem soltar fumaça preta.
    No arsenal de marinha nem tem como trocar a caldeira porque teria de abrir um baraco enorme lateral e não tem espaço la para fazer isso.Então teriamos de envia-lo para outro local e ele ficar por la bom tempo drenando os cofres publicos.
    Uma idiotia para um pais que não tem necessidade de invadir pais nenhum projetando poder.
    Acaso serve essa porqueira para patrulhar ? Acaso serve essa porqueira para interceptar força invasora ?
    Esta porqueira serve apenas para beber dinheiro publico e ser o deleite de atiradores submarinistas e pilotos de caça.
    Nem mesmo capacidade de auto defesa possui.Não possui capacidade de apoio a operações aereas.Temos de destinar boa parte da esquadra comprometendo a mesma somente para defende-lo expondo as demais belonaves.
    Esse tipo de materia me cheira a lobby e nada a mais alem disso.

    • 1maluquinho,

      Um porta-aviões não é somente um meio ofensivo. Ele também é um meio defensivo, sendo capaz de proteger uma área que corresponde ao alcance efetivo de suas aeronaves, levando o poderio aéreo onde a aviação baseada em terra não é capaz de chegar rapidamente ( ou simplesmente não é capaz de ir ). Por tanto, um porta-aviões para o Brasil é tática e estrategicamente mais que justificável; é necessário.

      Da mesma forma que existe a necessidade de escoltas para o NAe, o mesmo também protege a frota com seu poderio aéreo ( quer seja com seus caças ou aeronaves ASW e ASuW )… Em suma, os navios se complementam…

      Contar com o poderio aéreo embarcado é a maneira mais segura de manter a própria frota preservada; principalmente quando ela está distante da costa. E a MB precisará desempenhar-se distante da costa, haja visto o Brasil ter territórios distantes do litoral…

      Não é tarefa simples para um submarino afundar um porta-aviões… Com o dito cujo navegando a mais de trinta nós, fica virtualmente impossível para um submarino convencional aproximar-se e atacar… Mesmo um submarino nuclear teria imensas dificuldades…

      Não são muitos os casos na história de porta-aviões que foram afundados por submarinos. Creio que os mais famosos são: USS Yorktown ( que já havia sido severamente danificado por bombardeiros japoneses e afundado enquanto estava sofrendo reparos no mar ); IJN Shinano ( afundado por um sub americano quando em transito para a base naval de Kure, antes mesmo de estar concluído ); e HMS Courageous ( afundado por um um submarino alemão nos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial, em uma patrulha anti-submarino, quanto sequer havia uma projeção adequada da ameaça submarina alemã… ). Ou seja, todas situações nas quais o navio estava terrivelmente vulnerável, ou não estava sendo utilizado dentro do que se consideraria correto ( HMS Courageous ).

      A partir do momento em que os porta-aviões passaram a ser utilizados corretamente, se provaram as armas mais letais de uma frota. Só os porta-aviões de escolta americanos da classe Bogue, por exemplo, afundaram, ou contribuíram para o afundamento, de dezenas de submarinos durante a Segunda Guerra Mundial, sendo que os aviões do próprio USS Bogue estão diretamente ligados ao afundamento de 11 submarinos…

      • Mas é justamente isso que eu falo meu caro e o NAe São Paulo é meio nenhum nem ofensivo nem defensivo nem meio do meio kkk.
        Em um NAe meu caro tudo o que se acrescenta ao mesmo diminiu na mesma proporção espaço operativo.Então uma compleya base flituante não tem apenas aeronaves,helicopeteros,fuzileiros e mergulhadores.
        Ele tem de ter capacidade de apoiar ofensivamente operações em terra e aereas e tem tambem de se defender.
        Para Brasileiro NAe é pista flutuante de pouso e decolagem e obrigam boa parte de nossa esquadra capenga simplesmente para defender o indefensavel essa banheira flutuante.
        Em todas as simulações essa banheira e suas escoltas foram a pique trocentas vezes.Sempre perderam,sempre perdem para os enferrujadinhos.
        Se nosso proposito é patrulhar,defender e negar navegação no Atlantico Sul nossa area de atuação estariamos melhores com trocentos submarinos diesel-eletricos Alemães do que com toda essa fanfarronice que a MB projeta.

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