Pantsir-s1 para a defesa antiaérea dos navios da Marinha do Brasil. Tal sugestão é viável?

Pantsir1O blog Poder Naval, noticiou que “sistemas russos Pantsir-S1 de defesa antiaérea de média altitude deverão ser operados pelas três Forças Singulares (MB, EB e FAB) e deverão ser negociados conforme novos Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) publicados em julho de 2013, e que substituíram outros publicados em 2012.”; e

Para saber o que mudou dos requisitos formulados em 2012, sugeriu que se acessasse os novos requisitos: “Forças Terrestes/Pantsir-S1: o que mudou nos requisitos da nossa futura defesa antiaérea de média altura?”

Por sua vez, o Poder Naval, formulou a seguinte questão para bedate:  Em que navios da Marinha do Brasil, existentes ou futuros, a versão naval do Pantsir-S1 poderia ser instalada?” 

No primeiro comentário da matéria proposta no Poder Naval para o debate, Fernando “Nunão” De Martini, disse em 10 de setembro de 2013 ás 11:10:

 Pantsyr-S1

Fernando “Nunão” De Martini disse:

10 de setembro de 2013 às 11:10

 PANTSIR-S1

No blog das Forças Terrestres começou uma discussão interessante sobre os navios nos quais poderia ser instalada a versão naval do Pantsir (que nada mais é que o sistema que combina numa torreta os lançadores de mísseis, canhões e direção de tiro, só que ao invés de instalado sobre um veículo terrestre, é instalado num navio).

Uma das possibilidades aventadas lá é equipar as futuras corvetas “Barroso Mod”. Solicitei que a conversa a respeito fosse transferida do blog das Forças Terrestres para este post do Poder Naval, onde estaria mais adequada.

Sobre instalação em futuras “Barroso Mod”

Não sei qual o peso do sistema em sua versão naval, e creio que precisaria checar qual esse peso, se alguém souber os dados (tanto na posição provavelmente elevada que ocupará, como também o peso dos demais sistemas de controle, alimentação etc a serem instalados mais abaixo e as dimensões requeridas), para a discussão ser interessante.

Imagino que a única localização possível seria sobre o hangar, ocupando a posição do reparo Bofors Trinity de 40mm.

Essa é uma discussão que envolve o médio prazo ou até mesmo o longo prazo, afinal, a “Barroso Mod” ainda é um projeto, que precisa vingar.

Mas e no curto prazo? Eu arrisco dizer que um navio em especial teria reserva de estabilidade mais do que suficiente para receber o sistema em relativamente curto prazo, caso o próprio navio fique pronto para sua atividade-fim, obviamente, o que por si só já tem demorado bastante. Seria uma forma de, enfim, esse navio ganhar uma defesa antiaérea bem melhor que a atual.

Estou falando do navio-aeródromo “São Paulo”.

Pelo menos dois sistemas (num dos bordos à proa e no bordo oposto à popa, como era o caso do sistema Crotale à época em que era o “Foch”) já trariam uma boa cobertura AAe para o navio, na minha opinião. Os outros dois “cantos” poderiam continuar com os reparos duplos Simbad de mísseis Mistral ou ganhar reparos Trinity Bofors de 40mm.

No caso de retirada efetiva dos três reparos Simbad (*), estes poderiam ser transferidos para outros navios, caso haja espaço / área livre de interferências neles.

Por exemplo, um ou dois poderiam ir para os NDCC, ou mesmo um ou dois poderiam ser instalados em alguma posição possível na atual Barroso.

Ou mesmo um reparo em cada um dos três novos navios-patrulha classe “Amazonas”, recentemente incorporados. A conta daria exata…

Afinal, quanto a esses últimos, pode ser que no futuro eles realizem algumas de suas patrulhas ou mesmo desdobramentos para operações com outros países (sim, navios-patrulha oceânicos fazem isso e deverão fazer cada vez mais) em alguma área onde uma proteção antiaérea mínima seja desejável.

Vale dizer que as fragatas de vigilância (nome pomposo para navio-patrulha oceânico ou aviso hangar e convoo…) classe “Floreal” franceses têm reparos Simbad de mísseis Mistral instalados, assim como avisos A69 já tiveram (quem sabe algum ainda tenha). Veja bem, para não confundir: estou agora falando dos três reparos Simbad de mísseis Mistral, e não dos Pantsir.

Mas, voltando ao Pantsir, sua futura instalação em navios da MB é algo a se discutir, já que entre os Requisitos Operacionais Conjuntos há um que especifica que, instalado em navios, os sistemas deverão ser capazes de vigiar o espaço aéreo “em condições de mar de até 6 (seis) da escala Berufort.”

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(*) NOTA DO PLANO BRASIL: A Marinha do Brasil adquiriu dois lançadores Simbad para o ex-NAeL Minas Gerais A-11 em setembro de 1994. O Simbad entrou em operação em 1996 no lugar de dois reparos quádruplos Mk 2 e um reparo duplo Mk 1, totalizando 10 canhões Boford L/60 de 40 mm, que eram controlados por um sistema de direção de tiro Mk 63 (GFCS) por intermédio de dois radares de direção de tiro SPG-34, que se encontravam instalados dos dois reparos quádruplos Mk 2.

SIMBAD instalados durante uma modernização do antigo NAeL Minas Gerais em 1994

Maiores informações, acesse Sitema de Armas/MBDA Mistral” e Segurança e Defesa/Mísseis AAé na Marinha do Brasil” 

Pantsir S1 Air Defense missile gun system SA 22 Greyhound Russian

O assunto é relevante e do interesse de todos.

Com a Palavra os senhores Comentaristas do Blog Plano Brasil!

8 Comentários

  1. Na minha humilde opinião, o sistema deve equipar uma bateria de apoio antiáereo dos fuzileiros navais e não as fragatas.
    mas como sistema de defesa de ponto eu o acho bastante interessante caso venha a ser usado nos navios.
    sds
    E.M.Pinto

    • Se o sistema S-400 serão instalados nos cruzadores russos da classe Kirov, por que os Pantsir não poderiam futuramente desde que houvesse espaço e estabilidade, estarem integrados às belonaves brasileiras?, digo isso por que pelo que sei, o Brasil compraria 3 baterias e fabricaria outras localmente, dessa forma teria teoricamente a opção de empregá-lo de mais de uma maneira.

      Se eu disse alguma besteira, agradeço as correções.

    • E.M.Pinto,

      Concordo… Não creio que haveriam problemas específicos em se adaptar o Pantsir ao meio naval.

      Contudo, creio que o melhor seria a adoção de um sistema que originalmente pudesse ser lançado na vertical, de um silo no convés. Isso permitiria um desenho mais “limpo” do navio. Há uma variante do Tor que considero bastante interessante: a 3K95 Kinhzal. Um desenvolvimento do mesmo seria menos trabalhosa que a adaptação do Pantsir…

      A adoção de um sistema que compreenda mísseis com cabeças de guiamento próprias também acredito ser mais vantajosa, tais como o VL MICA-M ou o Aster 15…

  2. E.M. Pinto

    Creio que os pantsir irão tb para os fuzileiros

    Lembrando que os fuzileiros adquiriram os astros 2020

    Com sistemas anti aéreos próprios e mísseis de cruzeiro, os nossos fuzileiros serão uma unidade expedicionária de respeito

  3. Não sei se seria viável a instalação desse sistema em navios de nossa esquadra sem que isso vire uma gambiarra feia,porém nossa esquadra padece de defesa antiaérea e como as coisas aqui funcionam no esquema “não tem tú , vai tu mesmo” não duvido nada que sejam embarcadas.

  4. Edilson.Ja estudaram ate usar a plataforma do Gepard embarcada.
    O uso da plataforma do Pantsir pode ser viável sim.
    Temos um NAe que não dispõe de defesa própria e que depende de disponibilizarmos parte da esquadra simplesmente para defende-lo.
    Então para termos F18 ou Rafale embarcados no NAe SP teríamos de abrir-mos mão de capacita-lo de defesa própria.
    Em um NAe tudo o que se acrescenta diminiu-se na mesma proporção espaço operativo.
    Estou citando o NAe SP por ser a belonave mais problemática.
    Ate mesmo a plataforma do Astros 2020 cogita-se a possibilidade de poder embarca-la.
    Não nos esqueçamos das plataformas tanto para autodefesa ou ate mesmo por estratégia poder dota-las de plataformas de defesa.

  5. Edilson.Ja estudaram ate usar a plataforma do Gepard embarcada.
    O uso da plataforma do Pantsir pode ser viável sim.
    Temos um NAe que não dispõe de defesa própria e que depende de disponibilizarmos parte da esquadra simplesmente para defende-lo.
    Então para termos F18 ou Rafale embarcados no NAe SP teríamos de abrir-mos mão de capacita-lo de defesa própria.
    Em um NAe tudo o que se acrescenta diminiu-se na mesma proporção espaço operativo.
    Estou citando o NAe SP por ser a belonave mais problemática.
    Ate mesmo a plataforma do Astros 2020 cogita-se a possibilidade de poder embarca-la.
    Não nos esqueçamos das plataformas maritimas tanto para autodefesa ou ate mesmo por estratégia poder dota-las de plataformas de defesa.

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