Obama tenta reforçar na ONU coalizão internacional contra o EI

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentará nesta semana na sede a ONU, em Nova York, reforçar a coalizão internacional que busca “degradar e destruir” os insurgentes sunitas do Estado Islâmico (EI). Em uma breve declaração na Casa Branca antes de embarcar para Nova York, Obama disse nesta terça-feira que os bombardeios na Síria, iniciados durante a madrugada (horário de Brasília), contam com a colaboração de vários países árabes e com o respaldo dos dois partidos no Congresso norte-americano.

“A força desta coalizão deixa claro ao mundo que esta não é só uma luta da América”, disse Obama. “Os povos e governos do Oriente Médio estão rejeitando o EIIL [outra sigla que designa o Estado Islâmico]”, acrescentou. Arábia Saudita, Emirados Árabes, Jordânia, Bahrein e Qatar participaram da intervenção na Síria.

O presidente alertou que o esforço contra o EI na Síria e no Iraque “levará tempo”, mas prometeu que os Estados Unidos farão “tudo o que for necessário” para derrotar o grupo sunita, que aspira a criar um califado no coração do Oriente Médio.

Obama explicou que os primeiros ataques na Síria tiveram como alvo não só o EI, mas também o Khorasan, um grupo que é afiliado à Al Qaeda e, segundo as autoridades norte-americanas, ameaça os EUA.

Para Obama, que autorizou unilateralmente a intervenção na Síria, é fundamental ressaltar que a operação conte com uma ampla coalizão internacional. O presidente disse que mais de 40 países já ofereceram ajuda contra os jihadistas no Iraque e na Síria.

Ao contrário do que ocorreu no caso do Iraque, em que o governo de Bagdá solicitou a intervenção dos EUA contra o EI, na Síria, os Estados Unidos atacaram sem pedir permissão, o que revela dúvidas sobre a legalidade da operação. Os EUA, por intermédio da sua embaixadora na ONU, notificaram o Governo sírio, mas não lhe pediram permissão nem coordenaram os ataques, segundo Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado.

Com os bombardeios iniciados na madrugada de terça-feira, os EUA se envolvem pela primeira vez na guerra civil síria, na qual mais de 200.000 pessoas já morreram, segundo alguns cálculos.

A intervenção ocorre após três anos de hesitações: em 2011, Obama pediu a renúncia do presidente Bashar al Assad; em 2012, disse que os EUA interviriam se houvesse provas de que o regime de Damasco usava armas químicas; em 2013, tudo estava pronto para um ataque contra Assad, mas, no último momento, a Casa Branca recuou; agora, a maior potência ataca, mas não o regime de Assad, e sim os seus adversários fundamentalistas do EI.

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Brasil se opõe aos ataques dos EUA contra jihadistas na Síria

CAMILA MORAES

Quando se encontrarem em Nova York nesta quarta-feira para 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Dilma Rousseff deixará claro a Barack Obama e ao resto do mundo que é contra os ataques aéreos na Síria pela coalizão liderada pelos Estados Unidos. A investida militar norte-americana começou na noite de segunda-feira com o objetivo de desmantelar a organização terrorista Estado Islâmico (EI) e combater células da rede al-Qaeda.

Durante sua participação nesta terça na cúpula de Mudança Climática das Nações Unidas, a presidenta declarou que “o Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU”, esclareceu.

Citando Iraque, Líbia e a Faixa de Gaza para exemplificar que as agressões militares podem ter resultados imediatos, “mas depois causam prejuízos e turbulências”, Dilma afirmou, ainda, que a ONU não tem respondido contundentemente à recente explosão de conflitos internacionais. “O Brasil acha que o Conselho de Segurança da ONU tem que ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo.”

Enquanto isso, Obama, em pleno processo de formar uma coalizão internacional contra o Estado Islâmico, confirmou a adesão de mais de 40 países na “luta contra os jihadistas”, incluindo as cinco nações árabes que participaram dos ataques aéreos na Síria — Bahrein, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Fonte: El País

9 Comentários

  1. por LUCENA
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    Mais uma vez, os EUA passam por cima da ONU, assim como fez com a invasão do Iraque.
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    O Brasil fez bem em não pactuar com essa malandragem americana afinal, criticar um grupo terrorista criado pelos EUA e mantido pela Arábia Saudita, com o propósito de cometer crimes e assim, justificar uma agressão desses pau-mandados e testas-de-ferro contra a Síria, é a coisa mais fácil;o certo é criticar os seus criadores. .. 😉
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    A criatura faz o que o seu criador manda, é simples e os EUA assim como a Arábia Saudita são responsável por tudo que o EI fez, faz e fará.
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    Devo lembrar que os EUA criaram a Al-Quaeda e o EI logo, os EUA são os maiores patrocinadores do terrorismo no mundo .
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    Porquê o Brasil teria que corroborar ou apoiar esses criminosos ? … só quem está apoiando essa empreitada de bucaneiros são aqueles que desde o início armaram esses mercenários jihadistas sunitas. 😉

  2. por LUCENA
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    O QUE É O QUE ASSUSTOU O NAVIO DE GUERRA NO MAR NEGRO ?
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    O Departamento de Estado, dos Estados Unidos, reconheceu que a tripulação do destroier Donald Cook ficou seriamente desmoralizada depois do seu encontro com o caça russo Su-24, que não transportava bombas nem mísseis, mas apenas um dispositivo com um sistema de guerra eletrônica. Que outros dispositivos de guerra eletrônica terão as Forças Armadas russas?
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    (*) fonte : http://www.voltairenet.org/article185355.html
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    (…)O destroier está equipado com o sistema de combate, de última geração, Aegis, um sistema integrado que reúne os meios de defesa anti-mísseis de todos os navios em que está instalado, numa rede geral, permitindo controlar e atacar centenas de alvos ao mesmo tempo. Junto às amuradas o destroier tem instalados quatro enormes radares universais, cujas antenas contam com uma potência semelhante à de várias estações de radar. Além dos mísseis Tomahawk, nos seus lançadores de proa e popa, conta com meia centena de mísseis antiaéreos guiados de várias classes. (…)
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    (…) Além do sistema Jibiny, o complexo industrial militar russo trabalha no desenvolvimento de vários dispositivos que podem desencorajar tanto as unidades de um inimigo clássico como as de grupos terroristas. As unidades das Tropas Aerotransportadas começaram a ser equipadas com sistemas Infauna. Instalado num tanque ou qualquer outro veículo militar, este sistema localiza e isola a comunicação de rádio inimigo, nas bandas de HF e VHF do espectro eletromagnético, «adormecendo» as suas armas de controle remoto. Essas armas chegam a disparar, mas só depois das colunas de tanques russos terem passado por elas e se terem afastado para uma distância segura. (…)

    • Texto divulgado pelas mesmas fontes anti-americanas de sempre.

      Você tem alguma fonte séria que explique o assunto ou são só os mesmos boatos de sempre?
      Interessante seria saber como o autor da matéria sabe o que se passou dentro do navio americano.

      O autor diz que os analistas militares não pararam de comentar o assunto, mas ao mesmo tempo não mostra um exemplo válido.
      O fato pode até ter sido verdade, mas pela a sua credibilidade e de suas fontes fica bem mais difícil de acreditar.

      Quem sabe você pesquisa mais um pouco e volta depois que achar um link confiável.

  3. Mais uma barrigada da politica externa brasileira , poderiam ter citado condiçoes aceitaveis de tais interdiçoes , mas preferiram como sempre arrotar de maneira generica como papagaios de pirata , eeeeetah naçao bosal , ateh o assad achou interessante esta ajuda inesperada ,somente o psitacideo arrotou como de costume !

  4. A primeira coisa que um presidente serio eleito no Brasil deve fazer (entre os candidatos atuais, nenhum) e retirar para sempre a candidatura a vaga do CS,
    tanto pela vergonha que isto já nos fez passar, quento por verificar que a ONU hoje e uma instituição falida, inutil, servil a interesses de grupos globalistas
    A ONU deveria ser extinta.

  5. Os aliados dos EUA, Australia, Inglaterra, Franca e Alemanha recusaram atacar Siria sem autorizacao da ONU, por causa da ilegalidade desse ato.. A coalizacao que os EUA consegiu formar e constituida por aqueles paises arfabes que participarfam na criacao, financiamento, treinamento e armamento do EI/ISIS, como parte da estrategia de destruir o regime de Assad.Eu estou dizendo isto desde que esse ISIS apareceu na cena. Quando o pessoal que escrevem para o P{lano Brasil comentavam sobre uma possivel alianca entre Iram, Assad e os EUA para combater o ISIS, eui dizia que aquilo so poderia ser desinformacao por parte da midia a servico da CIA.Eu repetindo ad nauseam o ISIS trabalha para o EUA. O objetivo e matar Assad. agora o http://www.zerohedge.com esta publicando notas que Israel juntou as forcas yanque, quatar, arabia saudista, jordania e paises do Golfo, derrubando um aviao sirio, que estava atacando os islamitas. Esse ataque militar dos EUA contra Siria expoem mais uma vez a bancarrota intelectual e moral desse pessoal que se diz pertencer a esquerda que vem regurgitndo a desinformacao propagada pela midia ocidental que diz que os EUA esta tentndo destruir ios islamitas radicais EI/ISIs..

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