O mini Hecate II, o novo fuzil de precisão francês destinado às forças especiais

Mini Hecate II .338 Lapua Magnum
Tradução Filipe do A. Monteiro.
Por Laurent Lagneau, 17 de junho de 2018.
Ao contrário do que supostamente seria a substituição do FAMAS pelo alemão HK-416F, ainda existem armeiros franceses capazes de projetar e fabricar fuzis para as forças armadas. Pelo menos é o caso da PGM Précision, uma empresa sediada em Poisy, Haute-Savoie. No entanto, este último, reconhecido mundialmente, opera no chamado mercado de “nicho”, isto é, no tiro de precisão.
Fundada em 1991, a PGM Précision fornece os fuzis Hecate II às forças especiais (onde substituiu o McMillan M87), GIGN e RAID. Essa arma também equipa outras unidades de elite estrangeiras, incluindo o Grupo de Reação Operacional e Manobras polonês, o Destacamento de Reconhecimento 10 do Exército na Suíça ou também o Batalhão de Operações Especiais da Marinha do Brasil.
“Em 1995, em meio ao conflito bósnio, o exército francês encomendou o Hecate II, considerada a melhor arma do mundo no seu calibre”, diz a PGM Précision.
No início de junho, pouco antes da edição de 2018 da exposição de armamento terrestre Eurosatory, a PGM Précision lançou o mais recente nascido de seu catálogo: o mini Hecate II, cujo desenvolvimento exigiu mais de cinco anos de trabalho.
Menos pesado e mais ergonômico, o mini Hecate II, calibre 338 LM (Lapua Magnum), foi especialmente projetado para atender às necessidades de forças especiais. Com um alcance de 1.400 metros, esta arma é feita para “tratar objetivos intermediários entre os 308 W e o calibre 50”, clarifica o armeiro.
“A modularidade inovadora do bipé posicionável em dois pontos bem como a coronha rebatível no lado da culatra fazem desta arma a ferramenta tática para todas as missões”, acrescenta.
A priori, este novo fuzil de precisão já foi testado pelo Comando de Operações Especiais [COS]. Como sublinhou François Brion, diretor da PGM Précision, em entrevista ao diário Les Échos em 2015, o exército francês é “uma vitrine” e “não há uma unidade na França que não esteja equipada com uma das nossas armas”. E lembrou que “é também com a França que nossa atividade nasceu. “
Para garantir a produção de suas armas, o armeiro é apoiado pelo grupo francês Teissier, especializado em mecânica e usinagem de precisão, o tratamento de superfície de metais e montagem de peças mecânicas.
A PGM se beneficia da experiência deste grupo da Alta Sabóia com referências de prestígio no campo de armamentos, aeronáutica, robótica, medicina e luxo. Esse savoir-faire francês vem nas armas de alta precisão que a PGM projeta e melhora constantemente”, afirma a empresa.