Navio de desembarque de doca Argelino Kalaat Beni- Abbes

navio de desembarque doca Kalaat Beni- Abbes (1)

Navio de desembarque de doca Argelino Kalaat Beni- Abbes

Sugestão: Rustam, Moscou.

Tradução e adaptação: E.M.Pinto

Em Janeiro de 2014, o estaleiro italiano Fincantieri em Riva Trigoso (Genova) realizou a cerimônia de  transferência da doca para a barcaça de transporte do navio de assalto construído para a Argélia, o navio de desembarque de doca Kalaat Beni- Abbes  474 . Após ser transferido para a barcaça Atlante que deve ser rebocada para a conclusão final no estaleiro  da Fincantieri, em associação  com a Muddzhiano (La Spezia) .

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Este navio foi encomendado pela Argélia em Julho de 2011 no âmbito do programa BDSL ( Bâtiment de Débarquement et de Soutien Logistique ) um contrato no valor de mais de 400 milhões de euros.

O contratante principal para a concepção e construção do navio é a empresa italiana Orizzonte Sistemi Navali ( OSN ), uma joint venture do grupo Finmeccanica e Fincantieri, originalmente criado para os programas Horizon e FREMM.

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O navio argelino foi projetado com base no LHD  italiano da classe San Guisto , introduzido na Marinha italiana, em 1994, porém o navio teve acrescida uma  ligeira capacidade de deslocamento 9000 toneladas em vez de 8.100 toneladas. Seu comprimento é de 142,9 m e a largura 21, 5 m).

O navio argelino possui uma invulgar e poderosa capacidade de armamentos, incomum para navios deste classe. Ele esta equipado com mísseis de médio alcance SAM MBDA SAAM – ESD- Zour  Aster 15 lançados a partir de silos verticais Sylver A50, posicionados logo atrás da superestrutura “ilha”. Também é equipado com canhões automáticos OTO Melara de 76-mm/62 e duas torres automáticas de  25 – mm .

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Os equipamentos eletrônicos são integrados ao sistema de radar Selex Sistemi Integrati Empar radar de longo alcance  e Athena- C CICS da mesma empresa . O navio tem uma suite EW da Thales e dois dispositivos de chaff- flare OTO Melara Sclar -H.

 Este LHD  tem um convés de voo contínuo com duas área de pouso para helicópteros pesados ​​nas extremidades e 30 toneladas de elevação na parte central da plataforma. A doca fornece a base para a operação de três embarcações de desembarque de carros de combate LCM. Além disso, o navio transportará três pequenos LCVP, um tipo de LCP (L) e duas embarcações semi- rígidas.

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Em um pequeno hangar no deck, o navio  pode acomodar até 15 veículos blindados ou cinco carros de combate T- 90SA . A tripulação do navio é composta por 150 integrantes, incluindo o grupamento aéreo, o navio transporta e acomoda ainda cerca de 440 tropas.

1 Comentário

  1. Interessante o navio…

    Impressiona o seu deslocamento de 9000 toneladas; pouco para essa classe tão distinta. Contudo, creio que este navio, pelo seu desenho, estaria mais próximo de um LPD que um LHD. Na verdade, acredito que até estaria em uma categoria distinta ( muito parecido com o Osumi, do Japão )…

    Quinze veículos de transporte de tropas BMP-2, por exemplo, somados aos 7 soldados que esses veículos possam carregar, equivaleriam a toda uma companhia transportada por meios mecanizados. E e número de 440 soldados poderia ser considerado como todo um batalhão… De fato, não é pouca coisa…

    Digno de nota também é o armamento defensivo, equivalente a uma fragata. Dotado de helicópteros ASW/ASuW, poderia perfeitamente desempenhar missões distantes da costa, independente de contar com escoltas.

    De toda sorte, como disse acima, considero essa uma solução bastante interessante.

    Caso seja impossível manter um porta-aviões na MB, deve-se perseguir alternativas para projeção de força e levar a bandeira a cantos distantes do mundo, em conformidade com as responsabilidades que certamente serão exigidas do Brasil em futuro próximo. A bem da verdade, creio que navios como esse teriam uma importância tão grande ( ou talvez até maior ), dentro do contexto participativo que o Brasil pretende assumir, sendo uma prioridade tão grande quanto renovar os meios de combate.

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