Mortos em conflito na Síria já superam 191 mil, diz ONU

Feridos (AFP)

Milhares de civis foram atingidos pelo conflito; milhões se refugiaram em países da região

O conflito de três anos na Síria já deixou mais de 191 mil mortos até abril, disse nesta sexta-feira a Organizações das Nações Unidas (ONU). É mais que o dobro do número estimado pela ONU um ano atrás.

A comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, qualificou a estimativa de “escandalosa”. Ela acusou o governo e grupos rebeldes sírios de crimes de guerra e criticou o que chamou de “paralisia internacional” na questão.

“Tragicamente, este número provavelmente subestima o número verdadeiro de pessoas mortas durante os três primeiros anos desse conflito assassino”, disse Navi Pillay.

A porta-voz da ONU criticou ainda o Conselho de Segurança da organização, dizendo que a falta de ação do órgão permitiu centenas de milhares de mortos em zonas de conflito.

“Os assassinos, destruidores e torturadores na Síria foram fortalecidos pela paralisia internacional”, disse.

A estimativa foi baseada no cruzamento de dados de quatro diferentes grupos de monitoramento e do governo. O maior número de mortes foi registrada na província de Damasco, com 39.393 mortes, e em Aleppo, com 31.932.

A ONU havia interrompido a contagem de mortos em julho de 2013 alegando que não poderia verificar suas fontes.

Rebeldes sírios (Reuters)

Rebeldes sírios têm perdido terreno nos últimos meses no confronto contra forças do presidente Assad

Ferido (Reuters)

Conflito, iniciado em 2011, destruiu as principais cidades sírias

Aniversário de ataque

Grupos opositores enfrentam forças do presidente Bashar al-Assad desde 2011, mas têm perdido terreno nos últimos meses.

Há um ano, um ataque químico com gás sarin nos subúrbios da capital síria, Damasco, matou centenas e quase desatou ataques aéreos americanos.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou Assad de ter cruzado uma “linha vermelha” ao lançar um ataque químico contra sua população.

Mas um acordo diplomático, apoiado pela ONU, evitou a retaliação, exigindo que Assad entregasse seu armamento químico.

Desde então, o equilíbrio do conflito tem favorecido Assad. O regime mantém – e recuperou – partes significativas do país.

O correspondente de Defesa da BBC, Jonathan Marcus, disse que o conflito aguçou o sectarismo na região, levando os combatentes mais extremistas a se reunir em torno do autodenominado Estado Islâmico (EI), que formou um califado em partes da Síria e do Iraque.

Para Marcus, “o fracasso em conter a desintegração da Síria agora ameaça a integridade do Iraque também”.

Os jihadistas continuam a se expandir e ameaçam grupos considerados pelo Ocidente como “oposição moderada”.

Fonte: BBC Brasil

4 Comentários

  1. O servico de propaganda britanico, BBC, esta acelerando a campanha publicitaria de preparar a opiniao publica para o ataque militar contra Assad. O governo norte americano nao abandonou seu plano de destruir o regime de Assad. O ISIS esta trabalhando no Iraque para CIA, criar caos e o objetivo, dividir o Iraque, a Siria, o Libano, a Arabia Saudista, o Egito, o Irao, e parte do plano sionista-norte americano formulado quase 20 anops atras. Este plano esta em andamento. Eu creio, que dado o fracasso norte americano na Ucrania, os neo-conservadorres vao atacar Siria, como uma forma de atacar Putin. 90 por cento do que a midia comenta sobre a Ucrania e o Iraque e propaganda. e desinformacao. ISIS e asset da CIA.e YouTube, FaceBook, Twitter nao sao independentes do Pentagono. E o ISIS, como asset da CIA, .usam esses meios para fazer propaganda e desinformacao,Tudo calculado, planejado, incluindo operacao Bandeira Falsa, para inventqar uma justifictiva para atacar Assad.Ate a suposta decapitacodesse jornalista e parte da propagamda. Porque censuraram a cena da suposta decapitacao no YouTube? Razao simples, tem muita gente,com conhecimento tecnicos, que estao dizendo, e explicando, que,a cena no YouTube, onde um jiradista parece estar decapitando o jornalista e fake, isto e falsificacao. E agora os chefes militares ianques estao dizendo que e preciso atacar o ISIS na Siria.Isto e atacar Assad como pretexto para atacar o ISIS. Tem mais nada nao.

  2. por LUCENA
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    Sr.JOJO
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    O sionismo hoje no século XXI é a mesma coisa que o nazismo foi para o século XX.
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    Basta vê o estado de Gaza e compara o a Varsóvia quando fora ocupada pelos nazista, é impressionante a semelhança no modus operantes.

    • Nao sei se voce ja ouviu no YouTube o discurso de Benjamin Freedman pronunciado em 1961. Ele era judeu norte americano que se converteu ao catolicismo quando se aproximava os 60 anos de idade. Nao pode ser considerado anti semita.

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