Ministro britânico vem ao Brasil para assinar acordo de cooperação com a Marinha

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O ministro-adjunto britânico para Segurança e Estratégia Nacional chegou nesta terça-feira ao Brasil para uma visita de três dias. Gerald Howarth veio ao país entregar pessoalmente a oferta britânica para a construção conjunta de novos navios para a Marinha brasileira e a assinar um amplo acordo de cooperação na área de Defesa entre os dois países.

Após entregar a oferta de governo a governo ao comandante da Marinha do Brasil, almirante Júlio Soares de Moura Neto, Howarth concedeu uma entrevista coletiva no HMS Ocean, o maior navio de guerra da marinha britânica, que na semana passada realizou exercícios conjuntos com a Marinha do Brasil e e está agora ancorado no Pier Mauá, no Rio de Janeiro.

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O segundo ministro britânico a visitar o país em um prazo de duas semanas, Howarth enfatizou que o acordo de cooperação de defesa foi “projetado para reforçar o compromisso de longo prazo do Reino Unido com o Brasil”.

Estamos falando de programas práticos para colocar consistência a este tratado em torno de parceria para a construção de um novo navio global de combate. É um momento muito instigante para nós do Reino Unido e espero que também para o Brasil”, concluiu.

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Segundo o ministro, a Marinha Brasileira requer cinco navios de patrulha da costa, um navio de apoio logístico e cinco navios de escolta. A proposta governo a governo entregue em seu primeiro compromisso no Brasil, inclui um novo navio de combate global, com defesa antiaérea, com o qual o Brasil poderá se beneficiar de transferência de tecnologia.

Ao contrário de outros países, temos uma experiência real de transferir tecnologia, como fazemos com a Índia no setor aéreo. E esperamos que este navio poderá ser construído de forma modular, similar aos nosso Type 45 (Destroyer) sendo construído em vários estaleiros britânicos, que poderá ser benéfico para o Brasil, porque diferentes estaleiros poderão construir diferentes partes no Brasil”, acredita Howarth.

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O ministro também chamou atenção para a confiabilidade dos navios britânicos, muitos dos quais foram comprados no passado pela marinha brasileira: “Temos uma história de prover fragatas ao país e temos também uma necessidade no Reino Unido de construir novas fragatas para nosso uso. Acreditamos que através de um acordo de governo a governo com a participação da BAE Systems, podemos oferecer uma solução na qual os brasileiros podem confiar. Não é um ato de fé. Os brasileiros sabem que podem confiar no que entregamos”. A BAE construiu o HMS Ocean, um porta-helicópteros de assalto anfíbio, que participou na semana passada de exercícios conjuntos com o Brasil na Base Naval da ilha de Marambaia, no sul do litoral fluminense.

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Quando questionado sobre as ofertas anteriores, já apresentadas por outros países, para equipar a Marinha Brasileira com novos navios, Howarth admitiu que o Reino Unido está  atrás de outros países na oferta, mas fez questão de ressaltar que “um dos benefícios chave para os brasileiros é que eles serão capazer de influenciar o projeto, ao invés de receber um pacote dado a eles. E estamos oferecendo um projeto governo a governo. Minhas discussões com o embaixador do Brasil em Londres, na semana passada e com o almirante Moura Neto esta manhã, indicam que o Brasil está aberto para estudar nossa proposta. O que ilustra que os brasileiros consideram válido receber esta proposta do Reino Unido”.

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Acordo de defesa

Em relação ao acordo, que o ministro assinará em nome do governo britânico e o comandante da Marinha,  Howarth lembrou que o ambiente marítimo é absolutamente crítico e apontou para os atos de pirataria que acontecem atualmente no Oceano Índico: “Cerca de  90% do comércio do Reino Unido e do Brasil é realizado pelo mar, o que torna extremamente importante manter as linhas marítimas abertas.”

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O acordo guarda-chuva estabelece um arcabouço de cooperação na área de defesa para os campos de tecnologia, informação, logística e treinamento, dentre outros.

Para o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alan Charlton, “este tratado de defesa que vai ser assinado hoje é parte de um esforço muito maior do governo britânico de coalizão para fortalecer o relacionamento com países emergentes chave como o Brasil. É por isto que tivemos há duas semanas uma outra visita de um ministro, Vince Cable, de Negócios e Inovação, que esteve com o ministro Nelson Jobim – há bastante ligação entre o ministério da Defesa do Brasil e o ministério de Negócios e Inovação britânico.

O embaixador fez questão de lembrar que “há muitas outras áreas em que o governo britânico quer estreitar as relações com o Brasil nos próximos meses e anos: nas relações políticas, econômicas, militares, culturais, educacionais e tenho que mencionar, como estou no Rio – em esportes. Teremos as Olimpíadas acontecendo em Londres em 2012, no Rio em 2016, a próxima Copa no Brasil e contamos com o voto do Brasil para realizar a Copa de 2018 no Reino Unido.

Ainda segundo Charlton, “este é um tratado de defesa muito importante e o próximo passo será trabalhar os detalhes em áreas chave que iremos desenvolver a parceria. O ministro mencionou algumas delas, mas o importante é que ele é um acordo guarda-chuva que estabelece um arcabouço para a relação forte que queremos ter no futuro e não tenho dúvidas que poderei falar nisto em mais detalhes em alguns meses.

A assinatura do acordo bilateral de Defesa acontece em cerimônia fechada, às 20h30 desta terça-feira (14 de Setembro), antes do jantar oferecido pelo ministro Howarth no HMS Ocean para 150 convidados. Do Rio, o ministro segue para Brasília (DF).

Nota konner:  Circulam rumores de que o navio poderá ser oferecido ao Brasil.

Nota Editor: Não vejo vantagens, o Navio é muito bom e muito moderno, mais do que estamos acostumados a ver na nossa marinha, porém não esqueçamos que a Marinha quer 4 LHD e 1 Ocean só não faz verão.

Sei que as “Rainhas da sucata ” vão me condenar por esta minha posição, e repito, o Navio é muito bom, mas não se adequa o que queremos, o que queremos?

Construir no Brasil nossos próprios navios e empregrar knowHow aos nossos estaleiros, queremos 4 navios e o ideal é que todos sejam da mesma classe para que possamos minimizar custos logísticos.

Na minha preferência estão os Mistral Francês, mais barato e o novo LHD italiano, sendo que o último é o meu preferido.

Para mim os casacos vermelhos chegaram tarde e a menos que tenham um truque na manga como por exemplo pararem de sabotar o nosso programa de submarino nuclear, vai ser difícil eles levarem esta.

Repito é louvável e célere que continuemos nossas parcerias com os Britânicos, a origem da nossa Marinha está neles, seus navios são o que de melhor temos e sempre foram nossos parceiros, mas as nossas necessidades são outras e requerem outras soluções.

E.M.Pinto

Fonte: Tecnologia&Defesa

19 Comentários

  1. Me perdoem a ignorância, mas o Brasil já não conta com projetos bem sucedidos de navios patrulha, corvetas, fragatas e submarinos ?? O Submarino eu até entendo que seja um desenho completamente diferente e envolvva processos de produção mais complexos. Mas os demais navios não contam com desenhos razoavelmente modernos ??

  2. Korner eles estão correndo atrás,se arrependimento matasse eles certamente estaria mortos,afinal foram consultados quanto ao casco do nosso sub nuclear,a frança teve a visão e montou um pacote para passar o repasse,agora com a economia crescendo e dentro de 5 anos mantando as taxas teremos um PIB maior que o da Inglaterra ou até mesmo da frança,nos tormariamos um mercado em potencial e ainda com capacidade de influenciar os vizinhos.
    Eu gosto dos navios ingleses eles tem o DNA dentro deles de grandes fábricantes de navios,se eles oferecerem uma grande transferencia e um pacote acima do normal em relação aos outros não vejo porque não aceitar.
    Quanto ao Ocean estamos em crise internacional,dá pra marinha pedir um descontinho bacana pra fortalecer a amizade,e uma transferencia de tecnologia assim quando e se licitarmos os franceses vão tb oferecer transferencia de tecnologia.

  3. Só uma nota,a marainha tá dando um show na FAB,sem disse me disse,sem relatório antigo vazado.
    Parabéns a marinha,acho que a marinha entende mais de compra de equipamentos e de negociação que a FAB.

  4. eu acho que seria bom para o brasil, fazer parceria com os ingleses tb, pois o brasil so tem a ganhar com a tranferencia de tecnologia.

  5. Outra coisa que me lembrei,a moderna Marinha Japonesa teve seu nascimento baseado na Marinha Inglesa,eles ofereceram o treinamento e uma certa transferencia de tecnologia,na Batalha de TSUSHIMA,os navios era ingleses,as tripulações atuavam nos padrões ingleses,a tática era dos japonesaes mas o modo operante era ingles!

  6. Só uma questão,gostaria de saber dos amigos o seguinte: O Brasil assinou com a Itália no último dia 24/06 um pacote de US$ 12,7 bilhões para a compra de 18 fragatas multimissão ítalo-francesa FREMM e dez navios-patrulha da classe Comandante, com capacidade de transportar helicópteros EC 725, foi incluso também no negócio um navio de apoio Etna, que servirá para ações como abastecimento e carregamento de munição. Correto !
    Esse novo acordo com a Inglaterra cancela esse acordo assinado com a Itália ou é outro acordo ?

  7. Só acrescentado esse acordo anterior assinado com a Itália também incluia ou inclue essa é minha dúvida: Desenvolvimento de Sistemas de Combate, Navegação, Armamentos e Radares.

  8. O Ocean é um navio espetacular, mas já é sucata ._.
    Brasil é famoso por comprar coisas de 2° e 3° mão (Leopards.. cof cof)

  9. Sou um pouco leigo em assuntos destinados a Marinha, são tantos contratos, licitações, promessas e bolas de cristal.
    Afinal, o que já está confirmado e o que não está?

  10. Para mim, o Brasil ( não estou falando só da MB) precisa de no mínimo dois porta helicopteros ( um operando outro em standby) para casos de apoio logístico de emergência. Lembram do Haiti??? Houve terremoto lá e o Brasil teve que aceitar ajuda dos americanos que tinham um porta-aviões do lado com todos os suprimentos. As vezes não basta vontade política, tem que haver meios físicos rápidos de transporte para valer a nossa presença.

  11. E.M.Pinto faço minhas as suas palavras, além do que os Ingleses não são confiaveis. O que podemos é comprar alguns navios deles se realmente transferirem tecnologia, bem como da França, Itália, Koréia e outros, mas se meter com os Ingleses em política de segurança e cooperação muito estreita é um furo enorme. Os Ingleses são mentores de muitos conflitos hoje no mundo e de muitas das encrencas que o Brasil e outros países emergentes estão enfrentando. A Raça Inglesa, diga-se: EUA, Inglaterra, Canada, Australia e Nova Zelandia participam de um clube fechado que sómente quem é Ingles ou de origem inglesa pode participar, é um clube que foi fundado num unico interesse da própria raça, a dominação incondicional do mundo, é rigorosamente fechado a qualquer outra raça. Um dos projétos de autoria destes terroristas é chamado de “projeto H.A.A.R.P”. Foi idealisado com o objetivo de conquista superior, incondicional das outras raças, dizem(os ingleses) que com este projeto, podem criar terremotos, maremotos, tornados, tempestades pra todos os gostos ou secas, também dizem que podem influenciar mentes humanas, como modificar pensamentos para proveito próprio. Também dizem que podem, com estas gigantescas antenas, captar e analisar todas as conversas telefonicas do mundo todo. Ninguém consegue escapar deste fantastico projeto, nem os espiritos. Macumbeiros, espiritas, astrólogos, feiticeiros, são coisas do passado, agora chegou H.A.A.R.P o seu feitiço de bolço, em vários sabores, basta clicar e pedir qualquer informação que será enviada via e-mail, nunca uma informação foi tão barata e completa. Se voce quer saber o que sua namorada esta pensando, se seu patrão pensa em demiti-lo ou se quer saber as respostas certas do vestibular, basta ligar e teras uma resposta instantanea….mais um produto TABAJARA.

  12. Nelson este contrato que o Sr fala, assinado em 24/06, foi de compra? Ou intenção de compra?

    Até onde sei, e não é muito, rsrsrs, não compramos nada ainda dos Tifozis.

  13. BARCA :Só uma nota,a marainha tá dando um show na FAB,sem disse me disse,sem relatório antigo vazado.Parabéns a marinha,acho que a marinha entende mais de compra de equipamentos e de negociação que a FAB.

    Realmente está de Parabéns.

    mas este show não é tão grande assim, pois tem seus problemas iguaizinhos aos da FAB: lembram quando o Presidente falou que compraria os navios da Itália, surpreendeu o mundo inteiro, literalmente, pois a MB já tinha pedido RFI para TODOS os principais estaleiros do Mundo. Te lembra alguma coisa?!?!?!?!

    O problema não está nas FFAA e sim no GF. E não é “privilégio” de brasileiros, este tipo de “política” é realizado no mundo todo. Nem sempre as FFAA têm o que querem pois seus governantes decidem pela política.

  14. carlos argus :sr.Fernando Gonzales, faço meu os seus comentários, eu vejo e pnso extamente assim.Ingleses/ianks efígie de uma mesma moeda, de sangue alheio.Sds.

    E Franceses cara pálida, são confiáveis? Creio que bem menos que os ingleses. Caso não saiba o Know How que nos permitiu construir as Corvetas da classe inhaúma e Barroso, além do navio escola brasil, foi nos repassados pelos ingleses quando do contrato das Niterói. Já os franceses fingem que irão construir os helicópteros aqui quando na verdade serão meramente montados em regime CKD em Itajubá e enrolam a gente com essa história que irão transferir irrestritamente a tecnologia do Rafale.

  15. Ingleses sao ums Parasitas atras de poder

    sempre se axarao so melhores

    thanks os Franceses unica nacao latina que mostro a eles que eles nao podia domina Europa sozinha

    eu vejo e pnso extamente assim.Ingleses/ianks efígie

    penso da mesma forma

  16. KLM :
    Ingleses sao ums Parasitas atras de poder
    sempre se axarao so melhores
    thanks os Franceses unica nacao latina que mostro a eles que eles nao podia domina Europa sozinha
    eu vejo e pnso extamente assim.Ingleses/ianks efígie
    penso da mesma forma

    Acho que o ilustre colega perdeu essa aula de história pois na verdade foram os ingleses que derrotaram os franceses e impediram que os queijos fedidos dominassem a Europa. Será que você desconhece as palavas Trafalgar e Waterloo?

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