Mergulhada no impasse pela aquisição do Rafale IAF encomenda mais 40 Su-30MKI

IAF su 30MKITradução e adaptação: E.M.Pinto

A Força Aérea Indiana (IAF) iniciou a aquisição de um novo lote de 40 Su-30MKI adicionais. A transação é estimada em cerca de  US $ 75 milhões para cada caça segundo as fontes diplomáticas Indianas.

A aquisição está sendo tomada como um follow-on para os 222 caças Su-30MKI já contratados e produzidos sob transferência de tecnologia à Hindustan Aeronautics Limited (HAL) ‘s divisão de Nasik.

Junto com as 50 aeronaves inicialmente adquiridas em uma condição fly away da Rússia no final de 1990, o mais recente acréscimo de 40 aeronaves elevará o número total de Su-30MKI para a ordem de 312 caças.

Este é um desenvolvimento significativo executado simultaneamente com o rápido progresso em negociações entre a Índia e a Rússia. A aquisição reforça o compromisso indiano no futurista caça de quinta geração (FGFA). A contribuição indiana o FGFA já atesta o seu compromisso na aquisição de pelo menos  60 caças.

A recuperação da Rússia neste jogo (opção pelos 40 Su-30MKI) realiza-se no meio de um contínuo impasse nas negociações entre a Índia e a França em relação aos preços para a importação de 36 aviões de combate Rafale para a IAF.

Especialistas também observam estes desenvolvimentos recentes como consequência de uma ação de retaguarda determinado pela Rússia para proteger seu território e reforçar a sua proeminência no mercado de defesa aeroespacial indiano. Tradicional domínio da Rússia, o mercado indiano tem procurado por ter sido desafiado pelos EUA, Israel e  Europa na última década e meia.

Do ponto de vista técnico, a confiança nos Sukhois prolonga a vida útil da linha de montagem Su-30MKI em Nasik por mais uma década. Estima-se que 175 dos 222 Su-30 MKI contratados para serem montados na Índia já foram lançados. A taxa de roll-out está entre 10 a 12 aeronaves por ano.  Este importante contrato mantém assim o complexo russo na HAL mantendo-o vivo e ativo para a fabricação licenciada do FGFA.

Curiosamente, a Índia e a Rússia estão a trabalhar para assinar um acordo para a entrega mais rápida dos Sukhoi para a IAF. O jornal The Economic Times havia informado no início de Dezembro de 2015, citando fontes da Sukhoi e do seu  Diretor Valery V. Chishchevoy, que uma delegação indiana foi enviada para deliberar sobre o negócio de peças de abastecimento no final desse mês e que o contrato para o mesmo seria assinado muito em breve.

O ressurgimento da Sukhoi e as incursões do FGFA irá impactar diretamente no mercado para o Rafale na Índia. Embora as negociações iniciais sejam para apenas 36 jatos Rafale para o IAF, a França já está a seguir um roteiro detalhado para poder fechar as vendas, mesmo para além do número original pretendidos para o MMRCA de 126. Os franceses trabalham também para oferecer o Rafale para a Marinha indiana,  informações confirmadas por fontes da própria Marinha Indiana.

É difícil ignorar o fato de que  Rafale é um caça excepcional porém demasiadamente caro para a defesa indiana carente de recursos. O Rafale é declaradamente duas e meia mais caro que o SU-30MKI, observa-se que os  40 caças foram contratados por US $ 3 bilhões, já as negociações com a França centram-se em 36 Rafales por um valor de US $ 7 – 8 bilhões. No entanto, o Marechal do Ar Arup Raha comandante da IAF deixou claro em mais do que um par de ocasiões que Sukhois não são um substituto para o MMRCA, sob o qual Rafale é o escolhido.

Fonte: Arming India

7 Comentários

  1. O Rafale é muito mais caro porque é a primeira compra e com ela vem transferência de tecnologia e equipamentos para sua montagem na Índia, já em uma segunda compra não seriam pedidos, o que levaria o preço do Rafale a muito próximo do Su-30MKI.

    • Carl,

      Mesmo que o custo de implantação passe, isso não muda o preço atual do Rafale em si, que se situa na casa dos US$ 125 milhões ( sem qualquer custo extra )… Mesmo um pedido com escala maior não tende a diminuir muito o custo por aparelho nesse caso ( diria que diminui no máximo uns 15%, e olhe lá… ).

      Onde o bicho pega mesmo é no custo operacional… Duvido que um Flanker custe menos que um F-15 pra manter no ar… Nesse ponto, pode ser que o Rafale, cujo custo estaria próximo dos US$ 18 mil por hora voada na França ( tem fonte que cita 13000 Euros, mas não creio que seja o custo total ), levasse alguma vantagem em uma posterior aquisição indiana, quando os custos de implantação já tivessem sido diluídos…

  2. “Observadores também observam” erros normais de tradução. Voltando à noticia… IAF compra logo tudo de Su-30 MKI e se livra dos rafales. N adianta ter 36 buggatis na garagem se quem leva nas costas o dia-a-dia são as Kamaz voadoras. Compra logo tudo de Kamaz, compra a mais e salva uma boa grana.

    ps: é claro que eles não vao colocar todos os ovos da cesta nos russos… mas de logistica eles “entendem”.

  3. Não entendo porque não compra o su35 ou o mig 35 tão não sei a quanto tempo nesta novela do rafale já poderiam estar com o su35

  4. A anos afirmo que este contrato jamais se concretizara.
    O unico interesse Indiano neste vetor é tecnologico e a França não cumpriria o acordo na integra repassando segredos e sensiveis .

    • Com os 125 milhões do Rafaleco, a india compra quase 2 SU30. E na compração entre as aeronaves o Rafaleco não é essa maravilha toda.

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