MAR

RECUPERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA INDÚSTRIA NAVAL

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SOBRE O PROJETO

Nesta seção serão apresentadas considerações a cerca do que julgamos serem necessárias para  o desenvolvimento tecnológico do Brasil e da recuperação e consolidação de sua indústria naval.

Este programa será apresentado em diferentes Níveis os que por contempla as três diferentes Forças navais, separadas e classificadas comforme os seus níveis de atuação, são elas, as forças dedicadas às operações Oceânicas, à  Força de Defesa Costeira e litorânea, e por último a froça de defesa Fluvial.

A opnião do autor sobre a necessidade de uma nação como o Brasil possuir forças armadas bem armadas, adestradas e adequadamente dimensionadas à sua importância econômica, política e geoestratégica, baseia-se no princípio de que sua integridade depende muito da sua capacidade de dissuasão e que a paz almejada por muitos, pode sim ser contestada a qualquer momento, principalmente em períodos de crises econômicas globais.

“A experiência histórica nos ensina que uma grande crise da economia mundial normalmente é acompanhada por um ciclo de guerras de duração e amplitude variáveis. Segundo Keynes, a recuperação econômica geralmente necessitaria de um “choque externo” – como o ocasionado pela 2ª Guerra Mundial em 1939-45”.

Eduardo Italo Pesce e Iberê Mariano da Silva.

A verdade é que, o fim da Guerra Fria e o consequente o colapso da ex-União Soviética (até então considerada a maior ameaça a paz no ocidente), não trouxe ao mundo a tão sonhada “era de paz e prosperidade”, como muito foi propagado pelos meios de comunicação.

Pelo menos no que tange à paz, o que se viu foram ações contrárias, pois o mundo assistiu a uma escalada ainda maior de poder militar e de uma silenciosa corrida armamentista, que até pouco tempo vinha sendo ocultada pelos meios de comunicação.

Porém as recentes tensões no Cáucaso parecem ter ressuscitado o temor de um conflito oriente-ocidente, transformando radicalmente o almejado período de paz o qual afirmava-se estávamos vivendo.

Essa escalada contraria totalmente a linha filosófica daqueles que, especificamente sobre o nosso país, repetidamente, afirmavam – “A partir de agora, o Brasil não precisa se preocupar com o fantasma de uma possível guerra”.

Desde o fim da Guerra-fria, o que se viu foi uma considerável redução dos recursos das Forças Armadas como dividendo da paz. Muito bonito no discurso, mas insano e impraticável, dada as conjunturas internacionais, simplesmente negligenciou-se o fato de que ainda nos dias atuais e, possivelmente, neste novo século, a civilização humana não ultrapassará a fase de resolução de conflitos por meios violentos.

Não se pode negligenciar a possibilidade de o Brasil, devido às suas características geográficas e políticas, sofrer agressões de nações estrangeiras, cujos interesses não estejam de acordo com os nossos.

Nosso País necessita vitalmente de possuir meios dissuasivos capazes de infringir danos àqueles que tentarem ultrajar a nossa soberania. Isso não significa sonhar em ser os “Estados Unidos da América”, mas sim exercer plenamente nosso direito de defesa, adotando, para tal, políticas e sistemas de defesas capazes de nos garantir a auto-suficiência e o “auto-poder” de proteção.

Os desafios são enormes e com certeza demandam muito esforço e planejamento, mas certamente sobrecairá na adoção de sistemas de defesa aéreos, terrestres e navais muito mais capazes do que os atuais em operação nas nossas Forças Armadas.

Particularmente, o Poder Naval, tema deste artigo, deverá ser considerado prioritário, e uma reestruturação das forças navais deverá ser implantada. Devido ao seu extenso litoral e à sua posição geográfica, o mar constitui-se em um ponto fraco para a defesa do país.

A possível ameaça de uma nação estrangeira, fatalmente, ocorreria pelo mar, pois esta faria uso da extensa linha costeira e da falta de recursos necessários para a sua defesa, para iniciar operações de desembarque e bloqueio naval, a fim de neutralizar as possíveis defesas.

Não obstante a isso, pelo mar transporta-se 95 % de nossas riquezas. Isso sem contar com as inexploradas plataforma continental e fluvial, que podem vir a ser, segundo os especialistas, a maior fonte de recursos econômicos para o nosso país.

Os potenciais de exploração petrolífera, gás, fauna, flora, turística, de navegação e de transporte, sequer estão em sua fase embrionária, as recentes descobertas do ouro negro vem para comprovar o que afirmávamos a pelo menos 3 anos, nosso país será mais cedo ou mais tarde alvo de ações beligerantes por parte de outros países, mais uma razão para que seja implantada uma nova política radical e inédita de defesa conforme sempre defendemos e que agora parece caminhar para sua elaboração, de forma a preservar e manter as nossas águas e o que descansa intocado debaixo delas.

Nesse contexto, apresentamos o presente artigo, o qual denominamos PROGRAMA MAR DE TITÃ, e cuja proposta engloba uma total reestruturação da nossa FORÇA NAVAL.

Apresentaremos este programa considerando os três níveis de defesa os quais julgamos serem necessários para a manutenção de nossa soberania, três Níveis de Atuação e de Forças de Emprego, os quais classificamos:

  • NÍVEL I – MAR PROFUNDO, correspondente às FORÇAS OCEÂNICAS, ou Forças de intervenção e combate com capacidade Oceânica, as quais empregariam forças de superfície, anfíbias e submarinas necessárias para garantir a defesa naval a qualquer momento em qualquer parte do globo terrestre.

  • NÍVEL II – PLATAFORMA CONTINENTAL, considera a adoção de uma FORÇA DE DEFESA COSTEIRA composta por navios, aeronaves, submarinos e sistemas de defesa capacitados à guerra costeira e litorânea destinada a defesa da plataforma continental, seus recursos tais como plataformas petrolíferas e recursos submersos, navios de cabotagem, bem como defesa de litoral e portos.

  • NÍVEL III – MANANCIAL, considera a adoção de uma FORÇA FLUVIAL composta por embarcações destinadas à defesa dos rios, estuários e baías.

Vale no entanto destacar que este esforço nacional pela busca de uma indústria autônoma seria a da produção de navios destinados às funções civis, tais como embarcações de salvamento de submarinos, navios faroleiros, diques flutuantes e rebocadores entre outros.

O PROGRAMA MAR DE TITÃ tal como o concebemos em 2005 seria, sem dúvida, o mais ambicioso e caro projeto de desenvolvimento já posto em prática pelo nosso país, mas, se considerado e praticado, nos capacitaria a desempenhar plenamente nosso papel como nação soberana.

É notório porém que, a manutenção permanente das capacidades militares necessita fundamentalmente de pessoal, doutrina, treino e aperfeiçoamento, mas, mais do que nunca, de investimento sustentado e continuado.

Este planejamento demandaria das administrações futuras a continuidade dos programas por um período de pelo menos 20 anos, de modo a manter os meios relevantes, quer por atualização, quer por substituição.

Os navios seriam projetados em ambiente CAD 3D, tal como faz a EMBRAER no desenvolvimento de seus aviões. Estes sistemas têm sido sub-utilizados por nossos estaleiros e devem ser considerados em programas futuros.

Isso permitiria melhores desenvolvimentos de projetos, mais baratos, rápidos e precisos, eliminando alguns ciclos e processos de construção e avaliação. Ao longo de 20 anos, período estimado para conclusão dos projetos, desenvolvimento, produção e entrega dos meios navais seriam coordenadas pelo DENAPROM, a qual englobaria a atual EMGEPRON e demais estaleiros nacionais, distribuindo as responsabilidades e construções, homogeneamente, pelo território nacional, de forma a capacitar ao máximo o desenvolvimento de nossa indústria.

O primeiro passo seria a avaliação da capacidade produtiva dos estaleiros traçando estratégias, prazos e necessidades de desenvolvimento industrial da estrutura individual dos estaleiros.

Estes, por sua vez, seriam classificados de acordo com a tonelagem dos navios e sistemas que seriam capazes de montar. Os grandes estaleiros seriam responsáveis pelos projetos de maior envergadura, tais com Navios-Aeródromos e cargueiros.

Os médios montariam navios de escolta e submarinos. Os intermediários montariam navios de patrulha, ficando os estaleiros leves responsáveis pela produção de embarcações menores, como lanchas e botes.

Acesse aqui aos projetos do autor para o programa  Mar de Titã

Projetos Mar de Titã


5 Comentários

  1. Queria expressar minha satisfação e orgulho em ver um projeto tão bem feito, mostrando que realmente há um caminho viável e moderno para o nosso futuro, e poderíamos pô-lo em prática, se não tivéssemos tantos gargalos e escoadouros, impedindo os recursos de chegarem onde realmente são necessários!

    Parabéns pelo trabalho!
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    Muito Obrigado Mauro, sim, continuamos acreditando que o Brasil tem um grande potencial.
    Não pretendo propor isto ai como verdade, mas sim gerar discussões sobre o tema, acho que as artes ajudam muito.
    As Artes ficaram muito boas mesmo, o Lucariny consegue transformar o conceito em algo muito próximod o real.

  2. primeiramente quero parabenisar este blog pois da uma irelevante contribuição a sociedade,e oportunidades de debates e troca de informações,realmente muito informativo,pelas viagens que tenho feito via internet e informações que tenho colhido,chego a uma triste conclusão,as forças militares de modo geral brasileiras comparadas com algumas potencias nos dis, que militarmente o brasil esta muito alem de se tornar uma potencia militar,para uma defesa que realmente de um poder de disuasão teria que se investir pesadamente,e garantir estes investimentos por longos anos,reestruturar a industria militar nacional e dar suporte,mas para isso á que aver uma concientisação nacional urgente,com estes novos planos sendo emplementado pelo presidente lula atraves do ministro jobin o a defesa brasileira começa a gatinhar,mas para poder ser posto em pratica e realmente funcionar é como ja disse teria que aver uma concientizasão nacional,teria que aver uma união,da parte politica do pais olhando para o futuro,uma união da oposição com o esecutivo e planejando ações que garantam recursos,para serem executados projetos urgentes na área de defesa nacional,e retirar os entraves burocraticos que só atrapalham o sesenvolvimento do pais,pois se nada atrapalhar só em 2021 teremos nosso primeiro submarino nuclear,emquanto que os americanos,só de uma clace tem 18 fora as outras que podem chegar perto de 60 a frança com um territorio praticamente do tamanho do estado de são paulo,conta com varios submarinos nucleares,os EUA SÓ SUPER PORTAAVIÕES TEM 12 com capacidade para 80 aéronaves cada um todos de ultima geração e estõa construindo mais,não desvejamos e nem temos uma vocação para a guerra como brilhantemente aqui foi colocado e nem queremos ter,mais a filosofia da guerra diz que sa não queremos guerra devemos estar preparados para ela,com conciencia de paz,as atuais descobertas no presal e o atual crecimento economico do pais indicam claramente e pedem urgencia principalmente em uma marinha muito mais capaz do que a que temos hoje,um cistema antiaéreo capaz e atualizado sempre pois este tipo de tecnologia se desfigura rapdamente, no atual cenario global,uma força aérea capaz que possa garantir o dominio do ar,pois a escaçes mundial se aproxima e a ganancia tambem,ainda mais com as catastrofes mundiais que estão ocorendo com mais frequencia,o risco fica muito maior,e para isto estamos que estar preparados e vigilantes e em condições de disuadir qualquer inimigo oculto que possa surgir.

  3. É um prazer imenso que eu tenho de está fazendo esse curso, com força e coragem nunca desisitirei da area militar, esse sempre foi meu sonho e vou seguir até morrer. Enfrentar o crime é uma das nossas missões.

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