LAAD 2018: Ares Aeroespacial entra no ramo de blindados com o AC-1 4×4

Por Anderson Barros

A LAAD 2018  também dá oportunidade para empresas com projetos novos, e nesse sentido Ares Aerospacial projetou e desenvolveu o protótipo do seu conceito de viatura blindada 4×4, designada AC-1. A viatura foi desenvolvida por uma equipe liderada por  Odilon Lobo de Andrade Neto, ex-projetista da ENGESA (Engenheiros Especializados S.A.) para atender as necessidades das forças policiais, militares e de agências de segurança.

O novo veículo possui carroceria monobloco confeccionada em chapas de aço blindado com proteção balística que segue o Padrão OTAN STANAG 4569 nível 2 contra calibre 7.62×39mm API. Futuramente o mesmo poderá ter sua blindagem elevada para o Stanag 4569 nível 3  contra calibre 7.62 x 51 AP . O projeto básico não prevê o uso de proteção anti-minas no seu assoalho ( embora o projeto possa receber o mesmo no futuro).

De olho no suporte logístico em nível nacional, a Ares escolheu componentes de fabricação nacional como motor, câmbio, semi eixos e eixos de modo a otimizar a sua operacionalização em solo brasileiro. A utilização de um motor  Cummins 2.8 litros com 150 cavalos nacional facilita a manutenção e reduz custos de operação o que garante ao operador menor custo logístico e maior disponibilidade de sua frota, algo de suma relevância quando se fala em emprego no campo de segurança pública.

O veículo foi desenvolvido com o auxílio da Diretoria de Tecnologia e Modernização da Polícia Militar da Bahia (DTM PMBA) no qual a futura viatura que deverá equipar as unidades especiais da força policial que atuam na Caatinga e sertão baiano.

O  projeto apresenta flexibilidade para reconfiguração do veículo para atender a missões tais como reconhecimento, posto de observação avançado, posto de comando. O veículo possui alta mobilidade operacional, podendo ainda ser equipado com vários itens defensivos e/ou de ataque, com a configuração desejada pelo cliente incluindo a torreta REMAX, da Ares Aeroespacial nos calibres 12,7mm, ou 7,62mm.

Mercado

O Ares AC-1 chega ao mercado como um  conceito é simples, menor custo logístico e maior disponibilidade de sua frota algo extremamente interessante no campo de segurança pública. Porém , o mesmo vai disputar um mercado onde já existem outras propostas para sua categoria como por exemplo a Agrale possui o Marruá M27 fruto de uma parceria com a  OTT Blindados , a Inbra possui os veiculos Gladiador I e II e o Avibras Guará 4ws que é um projeto muito mais refinado e superior consequentemente mais caro.

Fato interessante é a participação da Polícia Militar da Bahia no projeto ao que tudo indica possa ser o seu cliente lançador. O AC-1 ainda se encontra na fase de protótipo o mesma sera avaliado e homologado pelo  Centro de Avaliação do Exército (CAEx) recebendo as modificações necessárias que eventualmente possa vir a surgir.

14 Comentários

  1. Já existem um monte de projetos semelhante a esses, mas na hora do vamos ver, os ”especialistas” escolhem algo fabricado no exterior que nem sempre é melhor !

  2. Cara, esse carro parece uma cópia do protótipo Gladiador 1 que a Avibras fez pra policia militar ( e que posteriormente resultou no Gladiador 2).
    Se bem que como a Ares (que pertence a Elbit) tem muito mais força economica que a Avibras, não me surpreenderia se comprassem isso ao invés de produto nosso.

  3. Exatamente parecido ao Gladiador-I.
    Aposto que agora que esse AC-1 é fabricado por um espelho de multi internacional (Elbit), o EB irá encomendar de cara umas 60 unidades.
    E muitos “especialista” aqui do fórum que criticaram o Gladiador-I, falando um monte de asneiras, irão apoiar a aquisição do veículo.
    E olha que o mesmo nem possue assoalho resistente a explosão de Minas como acontece no Guará 4WS e Gladiador-I e II.
    Se as FAAs nacionais adquirir esse veículo provará 2 coisas.
    Que temos oficiais super interessados em produtos estrangeiros e desinteressados com a autonomia nacional.
    E que a vida de nossos soldados não valem nada para esses oficiais, pois ao se colocar soldados em um veículo que não tem assoalho com proteção contra explosão de Minas e IED,s , é o mesmo que mandar um soldado para linha de frente em linha.
    Como acontecia nas guerras napoleônicas, guerra das 13 colônias etc..

  4. Esse veículo é derivado do Chivunk, que a empresa do projetista Odilon já trabalhava há muito tempo. O mais interessante é termos outra empresa nacional, a do Odilon, capaz de projetar o veículo.

  5. O Gradiador I e Superior a este puxadinho sobre rodas.
    http://4.bp.blogspot.com/-pmjnk8A28KE/Tb4TaIibE0I/AAAAAAAACXo/SwDcZK4qETo/s1600/1INBRAdl-gladiador.jpg

    E não foi para frente, pois a Imbrafiltro não deveria ter dinheiro para o Lobby de praxe no Ministério da defesa. não vai ser este que vai.

    A criação do ministério da defesa substituindo os ministérios da Aeronáutica, Marinha e Exercito mataram o o padrão técnico nas aquisições militares, em vez de generais, brigadeiros, e almirantes do ramo, foram todos substituídos por politicos civis na esfera estratégica ministerial. E politico brasileiro sabe fazer somente o que? Conchavo, se não rolar o “por baixo dos panos” a “caixinha pro partido” poder ser tecnicamente maravilhoso que não rola.
    Foi assim com os MI 35, que por mais capazes que sejam não eram escolha da FAB mas sim de treta politica.

    Se existisse ministério da defesa nos moldes de hoje, nos anos 70, nem Urutus e cascáveis da Engesa teríamos, mas sim qualquer outro estrangeiro que pagasse mais o Lobby.

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