Japão comissiona porta-helicópteros Izumo

O Ministro das Forças de Autodefesa do Japão comissionou em março passado o navio de transporte de helicópteros Izumo, no momento em que o país amplia a sua defesa marítima ao redor das ilhas remotas localizadas a sudoeste do Japão.

Com 19,5 mil toneladas e medindo 248m de comprimento e 38m de largura, o navio permite a operação de cinco helicópteros a partir do convoo de maneira simultânea. Também poderá receber e operar com o MV-22 Osprey, adquiridos pelo Japão.

 

 

Com o custo de US$ 1 bilhão, o navio deve entrar em serviço em 2017. A expectativa é que o navio sirva também para apoiar em situações de emergências, desastres naturais e calamidade pública.

Fonte: C&R

Japão anuncia novas diretrizes de defesa para papel mais ativo no mundo

Japão e Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira novas diretrizes para cooperação de defesa, destacando a disposição dos japoneses em assumir uma postura internacional mais presente em tempos de crescente poder da China e das preocupações em relação ao poder nuclear da Coreia do Norte.

Washington disse aos líderes japoneses que seu compromisso com a segurança do Japão continua “firme como aço”, abrangendo todos os territórios sob o controle do governo de Tóquio, incluindo as pequenas ilhotas do Mar do Leste que são disputadas entre o Japão e China.

Um do principais temas da visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, aos EUA nesta semana, as diretrizes fazem parte de uma indicação mais ampla de Abe de que o Japão está pronto para assumir uma maior responsabilidade pela própria segurança, diante de uma China que moderniza seu poderio militar e exibe seu poder na Ásia.

As diretrizes permitem uma cooperação militar global, indo desde sistemas de defesa contra mísseis balísticos a ataques cibernéticos e pelo espaço e segurança marítima. O texto atende a uma resolução, feita no ano passado, que reinterpretou a Constituição pacifista pós-Segunda Guerra do Japão.

A resolução permite o exercício do direito de “autodefesa coletiva”. Isso significa, por exemplo, que o Japão pode derrubar mísseis que se dirijam para os EUA e que aja em defesa de outros países sob ataque.

Em entrevista coletiva conjunta com os ministros de Defesa e Relações Exteriores do Japão, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chamou a primeira revisão das diretrizes desde 1997 de “uma transição histórica”.

Em mensagem direcionada a Pequim, em face da crescente assertividade chinesa no nordeste e sudeste asiático, Kerry disse que os EUA rejeitavam qualquer sugestão de que a liberdade de navegação e sobrevoo sejam “privilégios que países grandes concedem aos pequenos, submetidos ao capricho e conveniência do país grande.”

As diretrizes devem levar a uma maior coordenação entre Japão e EUA para garantir a segurança no Mar do Sul da China, onde a China e outros países possuem reivindicações conflitantes sobre ilhas espalhadas.

No entanto, em entrevista coletiva, o chanceler japonês, Fumio Kishida, e o ministro da Defesa do Japão, Gen Nakatani, se esquivaram repetidas vezes de perguntas sobre a possibilidade de um patrulhamento conjunto das vias marítimas na Ásia, dizendo que a legislação no Japão ainda precisava ser trabalhada e outros países da região, consultados.

Kerry deixou claro que Washington estava pronto para cumprir suas obrigações assumidas em tratado com o Japão, afirmando que “nosso compromisso no tratado de segurança com o Japão continua firme como aço e cobre todos os territórios sob administração japonesa”.

As diretrizes eliminam as restrições geográficas que vinham em grande medida limitando um trabalho conjunto de defesa, restringindo-o geograficamente ao Japão e seus arredores, disse uma autoridade de alto escalão do governo dos EUA.

“Vamos poder fazer globalmente o que somos capazes de fazer na Defesa do Japão e regionalmente”, disse a autoridade.

Arshad Mohammed

REUTERS

Fonte: Terra

6 Comentários

    • Caro giancarlos,

      Já disse isso e não custa repetir: o samurai está só dormindo… E convêm deixa-lo como está…

      Apenas a interferência americana impediria os japoneses de dispor de um arsenal nuclear em curto tempo, pois tecnologia e recursos eles tem… E os coreanos do sul não ficam muito atrás…

  1. Interessante, o Izumo tbm poderá operar caças Vtol, o F-35 poderá utilizar ele como plataforma de voo, só não sei se poderia e teria como armazenar caças dentro dele, pois aí vai depender dos elevadores e outras coisas mais.

    • ARC,

      Que ele pode armazenar caças em seu interior, isso ele pode… Ocorre que certamente a quantidade será muito limitada, posto o propósito desse navio ser diferente em relação a um NAe tradicional…

      Mas seja como for, esse navio, dotado de F-35B, poderia ser considerado um excelente meio de controle de área marítima.

  2. ,.. EUA USARÃO ARMAS NUCLEARES PARA DEFENDER O JAPÃO CONTRA A CHINA (Ministério Libertar )

    29 de abr de 2015 Postado às 00:20

    De acordo com um comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira, os Estados Unidos estão prontos para usar armas convencionais e nucleares na defesa do Japão.

    Os Estados Unidos estão prontos para usar todas opções militares — incluindo armas nucleares — na defesa do Japão, seu aliado. A base da Marinha americana em Yokosuka armazenará mais navios de guerra com mísseis de defesa até 2017 e receberá um superporta-aviões movido a energia nuclear em 2015, de acordo com um comunicado conjunto divulgado pelos dois países nesta segunda-feira.

    “Os ministros (de Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, e da Defesa, general Nakatani) receberam com bons olhos o plano dos EUA de enviar mais navios Aegis para a base naval de Yokosuka até 2017, assim como a troca do porta-aviões USS George Washington pelo mais avançado USS Ronald Reagan ainda este ano”.

    No dia 6 de abril, o departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou que iria posicionar 60% de sua flotilha militar nos oceanos Índico e Pacífico, com sistemas de armas mais modernas e eficazes sendo aplicados primeiro na região Ásia-Pacífico.

    As atividades da flotilha dos Estados Unidos na base naval de Yokosuka, localizada ao sul de Tóquio, foram iniciadas em 1945. a base é a maior instalação naval dos EUA no mundo e é considerada uma das mais importantes do país do ponto de vista estratégico, segundo a Marinha americana.

    “Os ministros também ratificaram que as Ilhas Senkaku são territórios sob a administração do Japão e, portanto, fazem parte dos compromissos no artigo 5º do Tratado de Cooperação Mútua e Segurança de Estados Unidos e Japão”, diz ainda o comunicado.

    As ilhas Senkaku — ou Diaoyu — foram durante muito tempo objeto de disputa entre China e Japão. Tóquio alega que ocupa as ilhas desde 1895, enquanto Pequim argumenta que as ilhas foram reconhecidas como chinesas em 1783. Os ministros afirmaram que “se opõem a qualquer ação unilateral que busque subestimar a administração japonesa dessas ilhas.”

    == Já usaram armas nucleares antes, pq ñ uma 2 ª x?!?!Esse é o meu medo e deveria ser o de td o planeta…são loucos…Sds. 😉

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