FAB PÉ DE POEIRA: Infantaria da Aeronáutica e sua participação na missão de paz da ONU no Haiti.

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A Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) foi criada por Resolução do Conselho de Segurança da ONU, em fevereiro 2004, para restabelecer a segurança e normalidade institucional do país após sucessivos episódios de turbulência política e violência, que culminaram com a partida do então presidente, Jean Bertrand Aristide, para o exílio. O Brasil comanda as forças de paz no Haiti, que tem a participação de tropas de outros 15 países, mantendo na ilha um efetivo que varia entre dois mil quatro capacetes azuis da Marinha, do Exército e da  Força Aérea que formam junto com tropas outros  países o contingente militar da MINUSTAH (sigla em francês para Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti).  Acompanharemos por meio deste artigo como foi a participação da Infantaria da Aeronáutica nessa missão, o seu dia-a-dia e com o que eles se deparam na árdua tarefa como “peacekeepers” das Nações Unidas.

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 O Inicio

Cinco dias após o terremoto que assolou o Haiti, o Ministério da Defesa em conjunto com o Comando da Aeronáutica decide enviar o Hospital de campanha da FAB para ajudar a socorrer as vitimas do terremoto. Para que o HCAMP tivesse condições de operar, foram deslocadas ao Haiti uma Unidade Celular de Segurança e Defesa  composta por um Pelotão de Infantaria de Aeronáutica (PINFA) composto por militares da Policia da Aeronáutica e Membros do Pelotão de Operações Especiais Punhal. Sua Missão era prover a segurança ao Hospital de Campanha e da unidade celular de intendência montados pela FAB para atender o povo haitiano por ocasião daquela catástrofe. Esse pelotão da Infantaria foi integrado a MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti)  que alem da missão de segurança das instalações da FAB passou a Realizar patrulhas com os efetivos do EB e do CFN a fim de garantir a segurança do Povo Haitiano que naquele momento se encontrava em meio a um caos generalizado tornando-se assim a primeira tropa da infantaria da Aeronáutica a cumprir missão no exterior. O Envio de uma tropa de infantaria para o exterior só foi possível graças as  novas Diretrizes de Emprego da FAB e o relançamento da doutrina da  Subchefia de Segurança e Defesa que permitiu aumentar o ramo de emprego da Infantaria da FAB. O Primeiro “Contingente’ da Infantaria da FAB no Haiti permaneceu naquele pais de Janeiro a Maio de 2010 período de operação do HCAMP/FAB. Após assa primeira participação o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) através da Subchefia de Segurança e Defesa acordou com o Ministério da Defesa  a Participação da Infantaria da FAB na Minustah. Em Fevereiro de  2011 foi enviado o Primeiro contingente regular da Infantaria da FAB para o Haiti.

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Antes do  Embarque para o Haiti cada Pelotão da FAB passou por instruções básicas dos quais foram divididos em diversas fases onde contou com instruções básicas com o apoio do Comando do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais . No caso dos comandantes dos pelotões, as instruções foram realizadas no  Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB). Os militares também tiveram instruções específicas. Eles aprenderam como funciona a estrutura da ONU, os deveres dos peacekeeper, Direito Internacional e Direitos Humanos. Os pelotões tiveram, ainda, instruções de regras de engajamento no Haiti, instruções táticas de combate em ambiente urbano e em localidades, controle de distúrbios civis, garantia da Lei e da Ordem,  Segurança de autoridades, estabelecimento de “checkpoints”, Patrulha mecanizada, Patrulha a pé,  Segurança de comboios, Defesa de instalações entre outras.

Contingentes da Infantaria da Aeronáutica no Haiti

Unidade Celular de Segurança e Defesa (UCSD)/ Janeiro de 2010

Eqquipe da Unidade Celular de Segurança e Defesa (UCSD) na Base Aerea do Galeão no momento do embarque para o Haiti.
Equipe da Unidade Celular de Segurança e Defesa (UCSD) na Base Aérea do Galeão no momento do embarque para o Haiti.

A Unidade Celular de Segurança e Defesa foi composta por Trinta e um militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial do Rio de Janeiro (BINFAE-RJ). Os militares da tropa de infantaria, foram divididos em grupos de combate e contou com efetivo da polícia aeronáutica e do Pelotão de Operações Especiais Punhal. A unidade de segurança e defesa faz parte de uma das células do Escalão Móvel de Apoio (EMA), que abrange a Unidade Celular de Intendência (UCI) e o Hospital de Campanha da Aeronáutica . A Área de atuação da UCSD  foi de 6.500 metros quadrados, abrangendo todo o perímetro de segurança do local onde está instalado o Hospital de Campanha da Aeronáutica. O militares  trabalharam dia e noite, realizando patrulhas das 19h às 7 horas do dia seguinte. Nos cinco postos de segurança, militares utilizam armas de munição não letal, seguindo as regras de engajamento da ONU.

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Primeiro Pelotão/Fevereiro de 2011

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O Primeiro Pelotão de Infantaria de Aeronáutica chegou ao Haiti em Fevereiro de 20011 permanecendo ate agosto do mesmo ano. Seu efetivo era composto por militares pertencentes as unidades de Infantaria da Área do Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR).Os militares foram cedidos pelo Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Recife (BINFAE-RF – Batalhão Guararapes),  Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Base Aérea de Fortaleza  (BINFA 42 – “Batalhão Carcará”), Batalhão de Infantaria da Aeronáutica da Base Aérea de Natal (BINFA-22 –  “Batalhão Pitimbu”) e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CINFAI-CLBI).

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Segundo Pelotão/ Agosto de 2011

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O Segundo Pelotão de Infantaria da FAB a embarcar para o Haiti foi composto por militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Manaus (BINFAE-MN – Batalhão Uiruuetê ) que e subordinado ao Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR). Em Porto Príncipe, o Pelotão foi responsável pela manutenção da estabilidade e da segurança da área de Delmas, que é onde estão localizados 64 acampamentos que abrigam a população que foi deslocada após o terremoto. Na região, também está incluída a área do Aeroporto. Entre as atribuições do grupo, estão missões de guarda, segurança, escolta auxílio a organizações não governamentais e apoio a ações da ONU.

Terceiro Pelotão/Março de 2012

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O Terceiro Pelotão da Infantaria da Aeronáutica a ser enviado para o Haiti foi composto por militares  do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica de Brasília (BINFAE-BR) que esta subordinado ao Sexto Comando Aéreo Regional. Os militares embarcaram em 29 de Março de 2012 retornando ao Brasil  em novembro do mesmo ano, quando embarcou o quarto contingente da FAB, Pelotão de Infantaria da Aeronáutica, composto por militares das Guarnições de Aeronáutica de Natal, Recife e Fortaleza, que substituiu o pessoal do BINFAE-BR.

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Quarto Pelotão/Novembro de 2012

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Para compor o quarto Pelotão de Infantaria a FAB selecionou novamente o Segundo Comando Aéreo Regional para fornecer efetivos para formar o quarto  Pelotão de Infantaria.  O Mesmo embarcou para o  Haiti em 10 de novembro de 2012. O pelotão foi composto por 18 militares da Base Aérea de Natal (BANT), do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial do Recife (BINFAE-RF – Batalhão Guararapes), do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica da Base Aérea de Fortaleza  (BINFA 42 – “Batalhão Carcará”), Batalhão de Infantaria da Base Aérea de Salvador (BINFA-50 “Batalhão Atalaia”) e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI (CINFAI-CLBI),

Quinto Pelotão/ Maio de 2013

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O quinto pelotão  da FAB a participar da Minustah embarcou para o Haiti em 29 de maio de 2013. O grupo foi composto por quatro militares da Base Aérea de Campo Grande e 25 dos batalhões de infantaria da Guarnição de São Paulo: Escola de Especialistas de Aeronáutica –EEAR ( BINFA – 74), Parque de Material de Aeronáutica de São Paulo -PAMA-SP (CINFAI-PAMASP ), Grupo de Infraestrutura de Apoio de São José dos Campos -GIA-SJ (BINFA-64), Academia da Força Aérea – AFA (BINFA-89), Base Aérea de São Paulo – BASP (BINFA-54), Quarto Comando Aéreo Regional -IV COMAR (BINFA-14 “Batalhão Bandeirante” e Núcleo da Base Aérea de Santos –NUBAST (CINFAI-ST). Seu efetivo permaneceu no Haiti ate novembro de 2013.

Sexto Pelotão/ Novembro de 2013

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O sexto pelotão de infantaria da Força Aérea Brasileira  embarcou em 26 de Novembro de 2013, na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, rumo ao Haiti para integrar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Os 29 militares que compõem o pelotão integram os batalhões de Infantaria Especial da Aeronáutica sediados no Rio de Janeiro, (BINFAE-RJ, BINFAE-GL e  BINFAE–AF), além do Batalhão de Infantaria da Base Aérea de Santa Cruz ( BINFA 43 – “Batalhão Santa Cruz”) organizações subordinadas ao Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR). O sexto Pelotão de Infantaria permaneceu no Haiti ate Maio de 2014 quando retornou ao Brasil.

Sétimo Pelotão /Maio de 2014

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O grupamento  foi constituído por um efetivo de 27 militares do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Belém (BINFAE-BE), o Batalhão Marajó que esta subordinado ao  Primeiro Comando Aéreo Regional (ICOMAR), e de dois militares do Centro de Lançamento de Alcântara –CLA (CINFAI-CLA) subordinado ao Segundo Comando Aéreo Regional (IICOMAR). O embarque para o Haiti foi em 29 de Maio de 2013. O efetivo do sétimo Pelotão permaneceu no Haiti ate  Dezembro de 2014.

Oitavo Pelotão/ Dezembro de 2014

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O Oitavo Pelotão de Infantaria de Aeronáutica   foi composto por militares pertencentes Guarnições de Infantaria da Região sul do Brasil pertencentes a  área do V COMAR: 20 do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Canoas (BINFAE-CO  “Batalhão Cruzeiro do Sul”), 4 do Batalhão de Infantaria da Base Aérea de Santa Maria (BASM) e 5 do Batalhão de Infantaria da Base Aérea Florianópolis (BAFL). O pelotão embarcou para o Haiti em 9 de dezembro de 2014 retornando ao Brasil no dia 5 de Julho de 2015.

No Haiti

Cada Pelotão,  era formado por três Grupos de Combate, entre soldados, graduados (da especialidade de Serviço de Guarda e Segurança) mais o oficial comandante do pelotão (da especialidade de  Infantaria da Aeronáutica ). Todos realizam as mesmas funções e se revezam no cumprimento das missões. Cada pelotão também contava com uma força de reação composta por Membros das Forças Especiais da FAB sendo empregada quando é necessário o emprego de ações táticas de Operações Especiais, atuando exclusivamente para esse fim.  O Contingente da FAB foi alocado nas instalações do Exercito Brasileiro na Base General Bacellar  localizada nos arredores do aeroporto de Porto Príncipe, é a maior do complexo militar, onde concentra o comando da missão. Os Pelotões da FAB foram sempre alocados ao efetivo de uma Companhia de Fuzileiros de Força de Paz dentro do Batalhão de Infantaria de Força de Paz  (BRABAT)

Os óculos de visão noturna (NVG) ajudavam os herois nas patrulhas durante a noite escura de Cité Soleil, em locais sem luz controlados por gangues.
Os óculos de visão noturna (NVG) ajudavam os herois nas patrulhas durante a noite escura de Cité Soleil, em locais sem luz controlados por gangues.

Os militares da Infantaria da Aeronáutica atuaram dentro do âmbito da MINUSTAH na obtenção e manutenção de um ambiente estável e seguro e na garantia dos direitos humanos da população. Devido ao seu pequeno efetivo a tropa da Aeronáutica possuía uma área especifica de atuação principal de cerca de vinte quilômetros quadrados e quatro Campos de Deslocados Internos (IDPs). Desde o terremoto de 2010, cerca de 400 mil pessoas, ou seja, 4% da população haitiana continuam vivendo em IDPs. Dentro dessa área o PINFA (Pelotão de Infantaria de Aeronáutica ) teve a incumbência de guarnecer checkpoints e postos de segurança estáticos, além de realizar missões eventuais de acordo com as necessidades do comando da MINUSTAH.

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As principais atividades desenvolvidas pelo pelotão da Aeronáutica na missão foram patrulha a pé e motorizada 24 horas por dia nas áreas de responsabilidade; pontos de checagem nas principais avenidas e entroncamentos da cidade, além de operações conjuntas com a Polícia Nacional do Haiti (PNH) e a Polícia da ONU (UNPOL). Para a realização dessas missões  o Exercito brasileiros disponibilizava viaturas de transporte não especializado  Além disso, o Exército ainda dava o apoio em caso de necessidade com blindados Engesa EE-11 Urutu, para as situações onde se faz necessário um veículo armado e protegido, conferindo a mobilidade e blindagem necessárias para o cumprimento das tarefas. Outro ponto interessante que vale ressaltar foi que o efetivo da FAB durante toda sua operação no Haiti utilizou armamentos provenientes do Exercito Brasileiros como  Fuzis PARAFAL 7,62mm , pistolas 9mm. Escopetas calibre 12 e armamento não letal.

 Uma Experiência Única

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O pequeno Junas nasceu na viatura de uma patrulha no Haiti, com a ajuda dos soldados brasileiros
Demorvã Diego Canton e Kaue Correa dos Santos Frois.

Ernesto e Rebeca Delise vagavam pelas ruas de Porto Príncipe à procura de socorro. Grávida, com fortes contrações, a jovem e o marido tiveram de parar em uma das avenidas escuras da capital Porto Príncipe. Deitada na calçada, os dois esperavam. Na história desses pais haitianos, um encontro foi decisivo para o final feliz. Nove militares da Força Aérea Brasileira em missão rotineira de patrulha, viram a cena e socorreram a mãe.

Os primeiros atendimentos aconteceram ali mesmo. Os militares embarcaram a jovem mãe haitiana na viatura e partiram em busca de socorro, rumo a postos médicos de entidades que prestam apoio à população haitiana. Não deu tempo. O pequeno Junas Delise nasceu às 5h do dia 18 de Julho, na viatura da patrulha, com a ajuda dos soldados brasileiros Demorvã Diego Canton e Kaue Correa dos Santos Frois, que receberam treinamento de primeiros socorros antes do embarque para a missão. Com o menino nos braços da mãe, a equipe da FAB seguiu para o Centro de Referência de Urgências Obstétricas da ONG Médicos Sem Fronteiras. Os dois passam bem. “No momento mantivemos a calma para trazer uma nova vida ao mundo. A emoção foi muito grande. Fizemos o que fomos treinados. Foi uma lição que vamos levar por toda a vida”, afirma o soldado Demorvã. Frois diz que a experiência está sendo única, mas para ele “somente este fato já faz valer a pena toda a missão”.

 Missão cumprida

 Ao todo, cerca de 250 militares de oito pelotões da FAB se revezaram nas atividades desenvolvidas nas ruas de Porto Príncipe, capital haitiana. Após quatro anos de atuação, a Infantaria da Aeronáutica encerrou em Julho de 2015 o ciclo de participações na Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Para a infantaria da Aeronáutica a experiência adquirida durante sua passagem pelo Haiti foi muito boa. As unidades que enviaram efetivos para o Haiti tiveram um grande ganho operacional onde a  experiência adquirida esta sendo repassada para as demais unidades.  Um Grande diferencial foi à oportunidade de desempenhar atividades não habituais para a Infantaria no conceito de emprego, em qualquer tipo de cenário, inclusive em Operações de Paz, especialmente no ambiente urbano. Ou ponto que podemos destacar foi  operação em viaturas blindadas de transporte de pessoal sobretudo nos modelos Engesa EE-11 Urutu. A atuação com veículos blindados deu as tropas da FAB uma oportunidade única de conhecer o emprego e operação desse tipo de viatura uma vez que a FAB não dispõem das mesmas.

Militares da UCSD juntamente com um Veiculo Blindado 6X6 EE-11 Urutu. No Cenario Haitiano a Infantaria da FAB teve a oportunidade de Opera com veículos blindados. Onde o ganho operacional esta sendo repassado para a força. Dando inicio ao desenvolvimento da doutrina na FAB.
Militares da Unidade Celular de Segurança e Defesa – UCSD juntamente com um Veiculo Blindado 6X6 EE-11 Urutu.  No Cenário Haitiano a Infantaria da FAB teve a oportunidade de operar com veículos blindados onde o ganho operacional esta sendo repassado para  o resto da força dando inicio ao desenvolvimento da doutrina na FAB.

A avaliação geral é que essa missão trouxe para o  âmbito da Infantaria da Aeronáutica foi um  melhor conhecimento de como é o funcionamento da Organização, estando mais bem preparados para defender os interesses do Brasil. No âmbito interno, a missão foi  uma oportunidade única de integração das forças armadas e de aprimoramento de nossa doutrina de operações combinadas. A experiência no Haiti  deu a FAB uma boa experiência para se engajar em outras missões de grande porte aqui no Brasil, como foi no caso da Copa do Mundo em 2014 e futuramente nas Olimpíadas de 2016 ou no exterior em futuras operações de paz. As experiências adquiridas neste ambiente altamente complexo e real que envolveu a Infantaria da FAB, certamente não serão esquecidas por nenhum de seus homens que tiveram a oportunidade de participar, direta ou indiretamente, na preparação, na execução ou no apoio à missão. A Força Aérea Brasileira também apoia a MINUSTAH com suas aeronaves. Somente em 2014, um total de 189 toneladas de carga e 1.058 passageiros foram transportados entre o Brasil e o Haiti em aviões da FAB. Na época do terremoto, além de militares, material de apoio e a estrutura do Hospital de Campanha, foram transportados comida, remédios e até água.

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CINFAI – Companhia de Infantaria da Aeronáutica Isolada

PINFA – Pelotão de Infantaria de Aeronáutica

BINFA – Batalhão de Infantaria de Aeronáutica

BINFAE – Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial

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3 Comentários

  1. Muito boa informação para nosso conhecimento. O comprometimento do país com o auxilio ao Haiti é notório, inclusive pelos resultados que já apresentou. Devemos (brasileiros ok?) nos orgulhar por emprestarmos solidariedade a esse país, que teve sucessivos representantes da ONU em seu território, que pouco ou nenhum beneficio conseguiram levar a esse povo. E, por mais que possa parecer contraditório, a prova do sucesso desse empreendimento fica demonstrado justamente no interesse que levas de Haitianos tem em migrar para nosso país.
    Apesar desse sucesso acredito que já está passando da hora de passarmos o bastão para que outros possam dar sua contribuição no auxilio a esse país.

  2. Bom, já disse muitas vezes que a infantaria da FAB mudou e evoluiu muito. Um bom intercâmbio seria um grupo passar lá na Síria e ver como funciona a proteção do aeródromo deles, que a proteção ali, em área de risco , deve ser feita em faixas perimetrais usando equipamentos eletrônicos, drones e satélite , serviço da Infantaria de Guarda, claro saber o que eles estão usando para incêndio e salvamento .
    Bom, o Brasil e Rússia andaram assinando intercâmbio militar e o MINISTRO DA DEFESA sabemos muito bem tem uma “”leve “” caidinha para a esquerda e que nesse momento nos será propício , e o Putim , tenho certeza , não vai se miguelar nessa parada .
    Tá falado.
    Abs.

  3. Já passou a hora dos generais pararem de insistir com essa história q militar não pode exercer papel de polícia, servi no Haiti, e o q mais fazíamos era patrulhas e check points. Por q o combate lá nada mais é q combater gangues, lá da certo aqui não funciona por q???? Uma boa faxina na criminalidade, em todos os níveis.

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