Uma reportagem do correspondente do site Jane’s Victor Barreira publicada no dia 11 de Outubro de 2016, noticiou que o Exército Brasileiro está se programando para iniciar os testes com os protótipos do fuzil de assalto Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil) IA2 em sua versão com calibre 7.62×51 mm.
Após a avaliação feita pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e sua devida aprovação pelo mesmo, um lote-piloto deverá ser adquirido pelo Exercito para uma nova fase de testes algo como já ocorre com o IA2 em sua versão calibre 5.56X45mm. Segundo informações divulgadas o Exercito Brasileiro já esta realizando testes com o IA2 na sua versão (Carabina) Ca 7.62mm IA2 desde Setembro de 2016.
O fuzil IA2 7.62X51mm, ficou mais tempo sem informações a respeito, não por problemas, mas sim pela ordem de desenvolvimento, que priorizou o calibre 5.56X45mm. O Fuzil IA2 7.62X51mm utiliza os mesmos conjuntos de guarda mão, pistol grip integrado ao guarda-mato. Porem a nova versão poderá ser enregue com coronha regulável em comprimento.
Dados técnicos:
Fuzil de Assalto IA2 7.62X51mm
- Capacidade de tiros: 20; carregador padrão FAL;
- Peso sem carregador: 4.030g; como comparação o Para FAL M964A1 tem 4.500g;
- Comprimento total: 920 mm;
- Comprimento com coronha rebatida: 670 mm;
- Comprimento do cano: 390 mm;
- Funcionamento: A e SA;
- Tecla de segurança: S (segurança); I(intermitente-Semi Auto) e A(automático-rajada)
Carabina IA2 7.62x51mm
- Capacidade de tiros: 20; carregador padrão FAL;
- Peso sem carregador: 3.760g;
- Comprimento total: 800 mm;
- Comprimento com coronha rebatida: 550 mm;
- Comprimento do cano: 265 mm;
- Funcionamento: SA;
- Tecla de segurança: S(segurança); I(intermitente-Semi Auto);
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Mudaram de novo a coronha?
Povo pra não se decidir
Legal, Plano Brazil
cortando as minhas falas
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Rafa_positron – Você estava mudando o tema da discussão. O assunto a ser debatido é: — “O fuzil IA2 em sua versão com calibre 7.62×51 mm”. – Plano Brasil
A Imbel poderia ter seguido o exempolo do Scar belga num só fúzil usar dois calibres diminuiria os custos e o preço do fúzil ficaria mais barato.
Na verdade o que eu entendi é que o novo 7,62 segue o mesmo esquema do Scar. Mesmo fuzil, 2 calibres possiveis. Não é isso?
Ou eles vao manter o velho esquema onde o 7,62 tem um acionamento (ferrolho rotativo?) e o 5,56 tem outro (gás?)
Luis,
O acionamento de ambos modelos é pela ação de gases (short stroke), só que no 7.62 o ferrolho é basculante, igual ao FAL, e no 5.56, ferrolho rotativo.
São fuzis bem diferentes entre si. Mesmo que o ferrolho fosse o mesmo, não bastaria uma mera troca de canos para alterar de um para outro calibre.
Abraço.
Vão usar os dois calibres de munição, ou não há nada decidido ? Qual a vantagem de um sobre o outro ? Grato.
Sds
ok, obrigado. Errei feio ao não pesquisar antes de fazer a pergunta. Ao menos deveria ter feito a pergunta certa. Mas o fato é q a minha lógica tem algum sentido. no caso do scar/fn herstal os 2 calibres usam o mesmo sistema da acionamento (gás/ferrolho rotativo). Mas no caso da imbel sao 2 sistemas diferentes pros diferentes calibres.
Luis, correto ambos apresentam trancamento por ferrolho, mas apesar disso o SCAR-L (5.56) e o SCAR-H (7.62) não são intercambiáveis, assim como o IA-2. O fuzil mais “modular”, i.e. que permite a toca de calibres e comprimento de cano (acho que no IA-2 não dá para mudar o comprimento do cano em condições de campo) com algumas trocas de componentes, no mercado é o Beretta ARX-160. Claro, ainda tem as diversas plataformas AR-15, que tem suas partes plenamente intercambiáveis (o que ainda no IA2 não é possível – a IMBEL está trabalhando nisso) entre os diversos fornecedores, o que permite a mudança do upper ou do lower receiver customizando a arma à necessidade do usuário.
Prezados leitores do Plano Brasil, vamos tentar trazer um pouco de luz sobre o assunto, se me permitem;
Primeiro uma pequena correção a respeito da terceira foto onde se diz que é a versão Fz Ass IA2 5.56, é na verdade um dos protótipos do Ca Ass IA2 7.62.
Segundo que por questão de maximização de projetos e facilidades de produção, o corpo técnico da Fabrica de Itajubá/Imbel optaram junto ao Alto Comando do Exército desenvolver o IA2 em 7.62 NATO baseado no sistema de trancamento por ferrolho basculhante(na verdade uma versão modernizada do FN FAL/IMBEL M964 com imputs do IA2).
Esta opção apesar de a primeira vista aparecer um retrocesso técnico, foi uma escolha muito feliz, haja visto que a familiaridade com o antigo FAL/IMBEL M964 tende a ser grande, e inclusive nas reformas de meia vida destes, podem vir a receber muitos dos desenvolvimentos do IA2 762.
Quanto a coronha apresentada, a mesma foi desenvolvida posterior a coronha fixa(sem ajuste de comprimento) rebatível em polímero, sendo esta uma opção para os usuários que optarem por ela, sua construção é um misto de duralumínio e polímeros, com capacidade de rebatimento e regulagem de comprimento.
E complementando, quanto a escolha de dois calibres, existem sempre a necessidade tática para ambos, conforme as necessidades operacionais.
O calibre 5.56X45mm NATO é um calibre difundido mundialmente, com um baixo recuo, um baixo peso, e consequentemente proporcionando ao soldado utilizador uma maior capacidade de projeteis transportado, mas o mesmo pode ser considerado “anêmico” para engajamento em algumas situações.
Já o 7.62X51mm NATO é o calibre que foi escolhido pós IIWW para uso pelos países ocidentais e tem por característica um grande desempenho balístico, proporcionando um otimo stopping power, assim como alcances maiores, porém tem como desvantagem o maior peso e volume, proporcionando algumas dificuldades operacionais como menores quantidades de tiros transportado, maior dificuldade para enquadramento de múltiplos alvos em regime de tiro rápido.
Mas todos os dois tem seus méritos operacionais.
Claudio, perfeito em ambos posts. Você não concorda que a IMBEL não podia desenvolver algo no calibre .300 BLK? Aí sim teríamos um fuzil modular (“plug-and-play”) pois se não me engano basta a troca de canos entre um e outro calibre. Este calibre apresenta uma solução intermediária entre o 5.56 e o 7.62. Na verdade é o projétil de um (.308) na estojo adaptado do outro (5.56).
Sds.
Jorge… O .300 BLK é feito em cartuchos de 7,62×39 (AK-47), portanto não pode ser usado em uma armação de AR-15 trocando apenas o cano, também deve-se trocar o ferrolho e “esperar” que a munição não trave no carregador da AR-15 ou que ocorra uma falha de alimentação… portanto toda a arma e seus carregadores devem estar adaptados para trabalhar em conjunto com esse calibre.
A balistica do .300 BLK está bem próxima do 5,56 e muito longe do 7,62×51.
Inicialmente o .300 BLK foi projetado para ser uma munição de baixa velocidade para ser usada em operações especiais em arma com supressor de ruido.
O .300 BLK tem uma munição com um projétil de 220 grains disparado a 310m/s e 675 joules (para armas suprimidas)… a munição mais forte tem um projétil de 125 grains a 675m/s e 1840 joules.
Sua balística é melhor que a 7,62×39 mas não chega perto da 7,62×51.
Um concorrente direto do .300 BLK é o .300 Whisper (susurro), que é feito em cartucho de 5,56. Possui uma munição com um projétil de 220 grains disparado a 320m/s e 717 joules (para armas suprimidas)… a munição mais forte tem um projétil de 125 grains a 640m/s e 1660 joules.
O Comando de Operações Especiais dos EUA (SOCOM) está a anos pesquisando uma munição com balística superior ao 5,56 e próxima ao 7,62×51… os concorrentes são:
– o 6,8 milímetros Remington SPC, em cartucho de AR-15;
– e o 6,5 Grendel, em cartucho de AK-47.
O 6,5 Grendel tem uma balística um pouco melhor que o 6,8 Remington, porém ele costuma causar algum tipo de travamento na arma e desgaste acelerado do ferrolho, sem contar que o carregador leva menos munição. Como a balística dos dois é muito parecida e muito próxima do 7,62×51, não compensa adotar o 6,5 grendel devido às grandes mudanças em todo arsenal americano de AR-15/M-4/M-16 e a adoção do 6,8 Rem apenas requisitaria a troca dos canos.
Os tipos de munição tanto da 6,5 Grendel quanto da 6,8 Rem são muito variados em peso, em velocidade e energia, algumas dessas munições chegam a ter mais energia terminal a 800m do que o 7,62×51, além de terem trajetórias mais planas.
Particularmente sou fã do calibre 7,62x51mm, desde o tempo do FAL ou FAP e MAG, utilizei muito esse calibre, quando estava no EB e confio muito na capacidade deste calibre, entre os 2 calibres eu, prefiro o 7,62, mas gosto é gosto em combate ainda prefiro a potência deste calibre, apesar do peso para transporte e algum desconforto no uso em regime full, mas tudo tem seus prós e contras. Gostei mais dessa coronha do 7,62, aguardemos os testes…
Me desculpem se estiver errado, mas a mira optica do fuzil empunhada pelo soldado não esta montada ao contrário?
Rogerio… a mira está na posição correta… trata-se de uma Meprolight MOR.
Existem algumas miras “red dot” que possuem lentes na parte posterior da mira e outras que possuem a lente na parte anterior… é questão de escolha de projeto do fabricante.