General John Hyten alerta sobre ameaça de armas hipersônicas

E.M.Pinto – Adaptado e traduzido de Fonte: CNN

 

As armas podem não estar operacionais por vários ano

Numa entrevista e matéria assinada  por Barbara Starr, correspondente da CNN no Pentágono  o chefe do Comando Estratégico dos EUA ( US Strategic Command), General John Hyten fez importantes revelações sobre algumas polêmicas que rondam a rede mundial de computadores.

Em uma série de observações extraordinariamente sinceras, o General americano encarregado do arsenal nuclear dos Estados Unidos emitiu um alerta severo de que a Rússia e a China estão “desenvolvendo” agressivamente novas armas hipersônicas, das quais os EUA não possuem atualmente defesa.

Segundo ressaltou Hyten, as armas podem não estar operacionais ainda por vários anos, mas o o seu alerta caiu sobre a necessidade urgente de mudanças nas defesas antimísseis, especialmente porque segundo ele, nem mesmo os EUA serão capazes de detectá-las quando estiverem operacionais.

“A China testou as capacidades hipersônicas. A Rússia testou. Nós também. As capacidades hipersônicas são um desafio significativo… Vamos precisar de um conjunto diferente de sensores para poder detectar estas novas ameaças hipersônicas… Nossos adversários sabem disso “ disse Hyten.

Hyten e outros oficiais militares dizem que a atual geração de detectores de mísseis, satélites e radares não será suficiente para detectar essas armas de nova geração. Tal como se sabe e é igualmente relatado na matéria da CNN, o voo Hipersônico é geralmente definido como uma velocidade acima de aproximadamente 6170 km/h. Recentemente surgiram rumores de que uma nova arma hipersônica russa atingiria 12348 km/h.

Embora a informação de que a arma poderá estar operacional em alguns anos seja refutada ou meramente questionada por alguns analistas, ela seria um alvo difícil de detectar e quase impossível de abater por qualquer sistema vigente no planeta.

“Nós os observamos testar esses recursos, não temos nenhuma defesa que possa negar o emprego de tal arma contra nós, então nossa resposta seria nossa força dissuasora, que seria a tríade e a nuclear capacidades que temos para responder a essa ameaça “. disse Hyten com uma franqueza pública incomum sobre potenciais déficits militares dos EUA, ele reconheceu ao Congresso na semana passada. 

Mísseis hipersônicos voam para o espaço após o lançamento, mas depois descem e voam em alta velocidade em uma trajetória de voo semelhante a de um avião. Sua menor trajetória dificulta a detecção por satélites e radares de defesa antimísseis dos Estados Unidos. A Rússia declarou abertamente que está desenvolvendo mísseis lançados a alta velocidade, bem como drones hipersônicos e drones submarinos.

O Pentágono está atualmente escrevendo uma revisão de suas defesas antimísseis para ajudar a determinar quais novas capacidades podem ser necessárias para lidar com as novas classes de armas de ataque. Hyten deu ao Congresso uma pista do que pode estar nessa revisão afirmando que

“A primeira coisa que precisamos é de uma melhor capacidade de sensoriamento, melhores recursos de rastreamento para garantir que possamos caracterizar e responder a essa ameaça”.

Video-Fragmento da Entrevista

Ele também pediu por ogivas melhoradas para os EUA, essencialmente.

“O melhor é abater os veículos no topo de suas rotas, acima da dos interceptadores, onde estas armas se tornam cada vez mais letais”.

 O Pentágono também está trabalhando em conceitos para mísseis interceptadores que repelem uma barragem de mísseis de ataque inimigos. As atuais defesas contra mísseis dos EUA são projetadas para derrubar apenas um pequeno número de mísseis inimigos.

O foco dos EUA tem sido, em grande parte, trabalhar em tecnologias hipersônicas em toda a linha. Mas a Rússia está agora testando alguns de seus sistemas. No começo do mês, a Rússia mostrou um vídeo no qual o Kremlin disse ser um míssil balístico hipersônico lançado pelo ar.

Quando perguntado sobre a extensão do programa hipersônico russo, Hyten disse à CNN:

“Eu não quero colocar um vencedor na corrida, apenas direi que há uma corrida”.

Quando perguntado em quanto tempo os russos poderiam ter uma arma hipersônica operacional que pudesse chegar aos EUA, Hyten disse:

“É semelhante ao problema da Coréia do Norte. Se você continuar a buscar essa tecnologia, chegará lá. E os russos chegaram lá, os chineses vão chegar lá e nós vamos chegar lá – e teremos que descobrir como lidar com isso “.

Sobre  o Autor:

E.M. Pinto é Físico, Mestre em Física Aplicada e Doutor em Engenharia e Ciências dos Materiais, Professor Universitário editor do site Plano Brasil e de Revistas científicas  internacionais.


23 Comentários

    • E a MEDIA brasileira padrão informa ao povo alguma coisa que Interessa a Nação , a não ser como ontem ,o JN da GLOBO , ficar mais de Meia Hora , a falar de uma suposta ajuda de Temer a uma Empresa Portuária , e repetindo nomes minuto a minuto , sem nenhuma condenação e principalmente algum processo aberto , com isto ela joga o nacionalismo brasileiro no Chão e abre Espaço para a Ação Deletéria dos ENTREGUISTAS APÁTRIDAS VENDIDOS !!

  1. É aqui, nesta tecnologia, a hipersônica, que a FAB deve se dedicar com todo o empenho. Já temos uma ótima base teórica, laboratorial, e até um bom nível primário experimental com o X-14. Falta é maior foco e visão estratégica para colocar este projeto, factível, em resultados práticos. Pois é a possibilidade de atingirmos qualquer adversário e em qualquer canto do mundo. Esta sim é a dissuasão para as próximas décadas e futuras. Não podemos relegar esta tecnologia a um plano secundário de investimentos da FAB.
    Ahh! Vamos ter um caça no estado da arte logo logo, o Gripem E, sim isto é fato, mas como sempre em número insignificante contra os possíveis adversários poderosos e reais, que como na WW2 virão de outros continentes. E, além do mais, ter caças é mera obrigação de uma força aérea. Os avanços tecnológicos exigem muito mais, e isso sem falar que não possuímos nada de armamento nuclear dissuasório.
    — Esta tecnologia é uma oportunidade para deixarmos de sermos patos e gado nas tretas dos outros.—

    • ESSE É O ÚNICO CAMINHO… desenvolver tecnologia própria… o resto é blábláblá de sedizentes e mimizeiros de plantão…

    • Rússia e Índia desenvolveram o BRAHMOS , mas nós aqui estamos tentando desenvolver um Míssil de Tecnologia um tanto passada !!

      • jose luiz esposito

        Como assim…?

        A família MTC/AV-TM-300, de tudo o que já foi divulgado, está em consonância com o que há de moderno nessa área… Se ficar o que promete, estará em pé de igualdade em relação aos tipos dessa categoria até 300km. E são poucos os países no mundo que tem condições hoje de produzir algo dessa classe…

        O mais, é questão de doutrina e lógica.

        O AV-TM, com sua configuração, faz as vezes de um legítimo míssil de cruzeiro, a ser utilizado contra objetivos terrestres. Suas asas extensíveis, são próprias de mísseis destinados a irem baixa altura sobre terra. A outra configuração, similar ao ‘Exocet’ ( que é compartilhada pelo ‘Brahmos’ ), é mais interessante para mísseis que se destinem a rasar o mar.

      • Meu amigo , Míssil de Cruzeiro com alcance de 300 Kms , apenas é perigosos aos nossos próprios Pés , já o Brahmos é Supersônico , e de uso antinavio ! Porque não esticamos o alcance do tal Matador para 1500 Kms , o de 300 kms fica para algum comprador externo .Quer apostar que ficaremos neste aí ?

      • jose,

        A esmagadora maioria das forças armadas ocidentais tem artefatos com esse alcance para uso contra alvos em terra… RBS-15, Storm Shadow, SCALP, e por aí vai…

        Mesmo os russos não se furtam a ter mísseis subsônicos com esse alcance para uso tático.

    • ViventtBR,

      Primeiro, o dever de casa… Reequipar os esquadrões de caça e garantir a capacidade de monitorar o espaço aéreo vem antes de qualquer capacidade ofensiva…

      O fato é que o Brasil demorou demais para reequipar-se. E agora, a idade dos velhos ( e cada vez mais onerosos ) equipamentos se faz sentir. É o caminho mais penoso ( e talvez o mais caro ): manter equipamentos antigos e defasados funcionais ao mesmo tempo em que se busca adquirir novos.

      Não há falta de planejamento. Planos sempre existem… O problema é chegar o recurso onde tem que chegar para cumprirem os planos…

  2. “césar silva
    27 de Março de 2018 at 23:08

    espero que o brasil busque essa tecnologia não fique pra trás como sempre. alguém sabe sobre como andar o desenvolvimento x-14?”

    O pais esta tomado por estrangeiros….e sendo todo espoliado e desmantelado….estão acabando com o nosso programa espacial e entregando Alcântara…vc acredita mesmo que um negocio desse ira pra frente aqui?!…acho que vc ainda não tem a noção do que aconteceu por aqui…

    • O Programa espacial brasileiro mostra a falta de Sangue dos Militares brasileiros , dos Políticos da republiqueta a 128 anos sabemos que somente gostam de Dinheiro , por ele vendem as Mães , Mulheres e Filhos , é uma VERGONHA NACIONAL , o ALUGUEL da Base de Alcantara é uma VERGONHA , quem Assinar este contrato deveria entrar para História como um NOVO DOMINGOS FERNANDES CALABAR !!!!!!

  3. Devemos ter cuidado , pois tentarão nos fazer assinar algum Tratado de Limites dessa Arma , como FHC fazia ,assinando tudo e a tudo que o colocavam a frente . O deputado Rubens Bueno , queria porque queria que assinássemos o Tratado que nos proibiria de desenvolver , produzir , estocar e produzir Bombas Cluster , Gabeira também queria , a nossa sorte foi a atuação Chanceler Amorim !
    Eiu teria uma saída para qualquer tipo de pressão externa , colocaríamos que assinaríamos qualquer tratado , somente depois dos EUA , França e Reino Unido e romperíamos automaticamente o Tratado, caso qualquer um destes citados rompesse ou viesse a usar tal Arma , etc !!

  4. “Vamos pedir ao congresso mais alguns bilhões para nossos projetos militares”

    -Pô general ,falando assim não sai nada ali não hem, eles tem o discurso do defcit para seus eleitores e tals.

    “Tá então põe assim:”
    General John Hyten alerta sobre ameaça de armas hipersônicas

    • Correto Capa,
      Acrescento…
      Nossos militares deveriam fazer guerrilha psicológica com a sociedade e a mídia… De tempos em tempos um alto oficial tinha que declarar (apavorar) a sociedade brasileira informando sobre nossos inimigos, sobre nossa impotência, sobre a iminência de sermos esmagados e pulverizados até por Aliens, já que estamos defasados em muitos setores de Defesa.
      Exatamente o que seus colegas americanos fazem… Estão frequentemente “afirmando” que não estão fortes o suficiente, e que os seus inimigos estão se multiplicando e se fortalecendo pelo mundo.



      Sendo que o problema de comunicação de nossas FFAA para obterem o que precisam ainda é mais profundo:
      Esses lemas (“Braço forte”, “Asas que protegem o Brasil”, “Marinha do Brasil, protegendo nossas riquezas, cuidando da nossa gente”) são conversa para boi dormir e incoerentes. E apenas servem para tapear o povo. Ou seja, até nisto nossas FFAA estão erradas…
      Braço Forte – E se o inimigo também tiver seu braço forte e até mais que o nosso e aí o que fazer?
      Asas que protegem o Brasil – Sim, num estudo de comparação apenas contra Forças Aéreas nanicas, senão proteger como com um punhado de caças e armamento e mísseis limitadíssimos?
      Marinha do Brasil, protegendo nossas riquezas, cuidando da nossa gente – Mesmo caso da Força Aérea: Com que meios pífios conseguiria isso a não ser contra nanicos, mais fracos ainda que ela?

      Ou seja, se até em seus lemas nossas FFAA estão equivocadas e fizeram péssimas escolhas. Aí fica mesmo quase impossível conseguirem boas verbas, quando não sabem usar a opinião pública a seu favor.

      E, para não ficar numa crítica pura, que tal se o lema do exército fosse apenas um simples: Lutando e dando a vida pelo Brasil.
      Com o da Força Aérea no mesmo tom: Voando e dando a vida pelo Brasil.
      E o da Marinha idem: Navegando e dando a vida pelo Brasil.
      Neste caso seriam lemas honestos pois não se atribuem terem a capacidade de que podem “Proteger”, sem terem meios para tanto, mas unicamente que vão lutar e morrer se preciso for.

      Precisamos de Generais, Brigadeiros e Almirantes mais sagazes em termos de comunicação social que lhes traga bons resultados materiais.

      • Forças Armadas que gastam Dinheiro , mas não estão em Condições de Defenderem o País , para que servem ? Somente como Sumidouro de Verbas , até porque estão deixando de Desenvolver Tecnologias , comprando e aceitando Sucatas , por isso fazem o brasileiro pensar que o Inimigo seria um Vizinho , Amigo e Irmão da América Latina , como aparecem aqui , muitos Otários falando em Guerra com a Venezuela …

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