Fornecimento de armas dos EUA à Ucrânia poderá ‘obrigar Rússia a atuar’

Caso Washington comece na verdade a fornecer armas a Kiev, Moscou deve “intensificar a sua política” em relação à Ucrânia, afirmou o vice-presidente do Comitê da Duma de Estado para a região da CEI e integração euroasiática.

No domingo (25 de junho), o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, afirmou que, embora não se trate de fornecimento de armas “letais”, os EUA poderiam tomar uma decisão sobre o envio das armas “defensivas” a Kiev já neste ano fiscal.

A Rússia abordará este assunto com os EUA e os garantes dos acordos de de Minsk (França e Alemanha), embora tal “dificilmente tenha algum efeito”, confessou Konstantin Zatulin, deputado da câmara baixa do parlamento russo e vice-chefe do Comitê para as Relações com Países da Comunidade de Estados Independentes (CEI).

“Claro que vamos a chamar a atenção [a este fato], mas a meu ver, temos que nos preparar para que, apesar de qualquer diálogo, o assunto vá evoluir como já sucedia antes. Assim, é óbvio que teremos de intensificar a nossa política em relação à Ucrânia”, destacou o parlamentar.

Moscou terá que atuar conforme seus interesses nacionais, algo que “pode apresentar desafios sérios”, notou.

“[Os fornecimentos de armas] violam o espírito dos acordos de Minsk, que visam a retirada dos armamentos e não o envio”, explicou.

Quanto aos motivos da administração Trump para tomar decisão tão controversa, Zatulin afirmou que este é um sintoma de “preguiça em tentar entender o assunto”.

“Os funcionários de nível médio nos EUA se norteiam pelo princípio de ‘quanto pior para a Rússia, melhor’. E os dirigentes mais altos hoje em dia querem se livrar das acusações de ‘serem agentes do Kremlin’, permitindo a seus funcionários e seus sócios ucranianos ‘disparates’ deste tipo”, concluiu.

Foto: © Sputnik/ Stringer

Fonte: Sputnik News

 

 

10 Comentários

  1. ……………a Ucrânia não seria páreo para Russia por mais bem armada que esteja…. além disso os filo russos de Donetsk podem agir com mais intensidade se receberem armas da Russia unindo-se a mais filo-russos de outras regiões da Ucrânia e lutar corroendo a unidade do país….o Poroshenko deveria pensar melhor no momento em que receber armamento dos EU……não seria uma boa…………..mas………………………

    • Questionável isso Dilson. No começo dos anos 80 o Afeganistão não só resistiu, como deu uma surra memorável na antiga URSS. Durante uma década os soviéticos foram desgastados naquela guerra, e acabaram retrocedendo. E vejam que a Ucrânia é muito mais desenvolvida tecnologicamente que o Afeganistão, e a União soviética estava em seu ápice naquela época. É óbvio que os Ucranianos pagariam um preço altíssimo, mas, não se engane, também a Rússia pagará, porque os embargos seriam endurecidos.
      A questão aqui é que a economia Russa atual dificilmente suportaria duas frentes, uma na Síria e outra na Ucrânia, além de fazer frente à OTAN em outros lugares como o báltico, etc.
      A economia russa está em recessão, e Putin precisa oferecer a seu público interno resultados positivos, não maiores privações, se quiser se manter no poder.

      • Satyricon , não mistures estações , não conheces a Russia , Ucrania e Bielrus , todos têm a mesma formação surgiram em Kiev, seus povos estarão unidos pela Rússia , o Tio Satã esta enganado e se dará muito mal !!

  2. Meus caros,

    vejamos as peças do tabuleiro aqui e lá…

    O maior exportador mundial de gás natural liquefeito (GNL) do mundo enfrenta problemas de oferta com a aliança saudita que isola o comércio do país. Isso pode ajudar a Rússia no mercado europeu de gás.

    A furia saudita com Qatar pode ser sobre gás, não terrorismo.

    A frota de petroleiros do Qatar está impedida de usar portos e ancoradouros regionais, representando uma ameaça para os suprimentos de GNL do país.

    Os comerciantes estão preocupados com a Arábia Saudita e os aliados se recusam a aceitar os embarques de GNL do Catar e o Egito pode até impedir que os petroleiros que transportam a carga Qatari usem o Canal de Suez, apesar da obrigação do Cairo de acordo internacional para permitir o uso da via navegável.

    Se os suprimentos de GNL são interrompidos, a Europa terá que comprar mais gás da Rússia…

    A Gazprom está construindo novos oleodutos na Europa – Nord Stream-2 e Turkish Stream, mas obviamente os planos da Rússia enfrenta oposição no continente.

    A pedra angular é a extensão do Nord Stream, que duplicaria a capacidade existente do gasoduto para 110 bilhões de metros cúbicos por ano. O novo gasoduto, que ultrapassa a Ucrânia, abrangerá o consumo anual combinado de gás da Alemanha e da França. A Polônia é um dos adversários mais ferozes do Nord Stream e construiu um terminal de GNL no porto de Swinoujscie.

    O que se vê no horizonte é um domínio russo do mercado europeu de gás

    Enquanto a Rússia fornece cerca de 10 bilhões de metros cúbicos por ano do gás do país, o novo terminal polonês possui uma capacidade de 5 metros cúbicos que pode ser aumentada para 7.5 metros cúbicos.

    A Polônia comprou menos de 10% do seu gás no Catar no ano passado, mas as autoridades polonesas dizem que o país quer se tornar um grande vendedor do GNL Qatari na Europa.

    De acordo com o relatório GIIGNl 2017, o Qatar exportou 79,6 milhões de toneladas de GNL no ano passado, dos quais 52,7 foram para a Ásia. O Qatar entregou 17,9 milhões de toneladas para a Europa.

    Quem pode fornecer gás para a Europa? Tirando o Qatar, é a Noruega, os Estados Unidos e a…Rússia.

    Os europeus comprarão gás americano para diversificação. No entanto, os volumes são uma questão. O gás americano não é barato. A Noruega também não é barata. Os escandinavos precisam abrir novos projetos para aumentar as exportações, e isso é caro.

    Então…olha a Rússia aí. A Gazprom pode fornecer mais 150 bilhões de metros cúbicos dos campos de gás que já foram abertos. A Rússia agora exporta 178 bilhões de metros cúbicos. A Rússia poderia quase duplicar suas exportações. A situação desta peça aqui…afeta aquela peça acolá!

    Grato

    • Quando leio um comentário inteligente num site/blog brasileiro, confesso que fico chocado.
      O PB deveria aproveitar seu comentário e fazer um post com ele.

  3. A Ucrânia é soberana, escolhe comprar armas de quem quiser, se a Rússia tentar retalia-los por isso não seria uma intervenção ?

    Ah, mas nossos queridos amigos de esquerda não concordam, essa teoria só vale quando é com os EUA rsrs..

    é oq eu falo sempre, EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha são players globais, são TODOS iguais, todos tentam intervir em outros países, uns fazem mais e outros menos, uns tem mais competência e outros menos, o resto é CHORORÔ.

  4. veja bem , eu conheço o que se passa na Russia e Ucrania , ja para começar grande parte dos Habitantes da Ucrania , mesmo nascido lá, se consideram russos , já a uma pequena parcela dos Ucranianos se colocariam contra a Russia .Entao se tropas russas entrarem em Territorio Ucraniano , seriam muito bem recebidas , nao acredites na Imprensa Ocidental Vendida e ou Sionista !!!

    • parabéns ao luis

      ele esta correto e me atrevo a falar que não apenas a ucrania o leste europeu é cheio de russos com duplas cidadania ,

      os governos são iguais o nosso entreguistas e corruptos americanofilos

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