FAB PÉ DE POEIRA: Infantaria da Aeronáutica Defendendo na Terra o Domínio do Ar !

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O Poder Aeroespacial é a capacidade resultante da integração dos recursos de que dispõe a nação para a utilização do espaço aéreo e do espaço exterior, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando conquistar e manter os Objetivos Nacionais.

A aplicação do Poder Aeroespacial depende, dentre outros fatores, da efetividade dos meios de Força Aérea que devem ser preservados para serem utilizados quando e onde sejam necessários. Além disso, a dependência de infraestruturas fixas, a vulnerabilidade de aeronaves parqueadas nos aeródromos e equipamentos e sistemas se tornam alvos compensadores para os inimigos. Assim, a Força Aérea deve se preocupar em adotar medidas de resguardo, de toda ordem, que garantam a sua sobrevivência ante a possibilidade de ter seus meios aéreos eventualmente atacados.

Ataques de superfície a bases aéreas continuam a ser uma realidade nos conflitos atuais. Isso evidencia a importância de que a Força Aérea disponha de uma estrutura de força capaz de executar ações ofensivas e defensivas, visando contribuir para o sucesso na aplicação do Poder Aeroespacial.

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Além disso, é fundamental que nestas ações estejam contempladas as capacidades de atuação não convencional que busquem a formação de militares com alto grau de treinamento, diferenciadas, portanto, daquelas características ao emprego normal de uma tropa. Essa capacitação deve estar focada na potencialização da defesa dos pontos sensíveis e de interesse para a FAB e no cumprimento de missões de grande valor em um eventual esforço de guerra, aí incluídas as de resgate em combate.

HISTÓRIA

A Infantaria da Aeronáutica (INFAER) existe desde os primórdios da Instituição, tendo sido criada com a finalidade de prover a Força Aérea Brasileira (FAB) de um segmento necessário para assegurar a “guarda, a vigilância e a defesa imediata de Bases Aéreas, Aeródromos, Campos de Pouso e Estabelecimentos da Aeronáutica”.   Com a denominação inicial de Infantaria de Guarda, surgiu de fato em 11 de dezembro de 1941, quando pelo Decreto-Lei nº 3.930, foram criadas as seis primeiras Companhias (Cia IG), sediadas nas cidades de Belém-PA, Fortaleza-CE, Natal-RN, Recife-PE, Salvador-BA e Galeão-RJ.

Cap Inf de Guarda da FAB - Joaquim Bueno Brandão. Recebendo novo oficial de Infantaria do CPOR do Exército para servir na ETAv. Os Oficiais de Infantaria da ETAv eram oriundos do CPOR do Exército; anos depois passaram para o quadro de Infantaria da FAB.
Cap Inf de Guarda da FAB – Joaquim Bueno Brandão. Recebendo novo oficial de Infantaria do CPOR do Exército para servir na ETAv. Os Oficiais de Infantaria da ETAv eram oriundos do CPOR do Exército; anos depois passaram para o quadro de Infantaria da FAB.

Inicialmente, a incumbência de comandar as Companhias de Infantaria de Guarda foi de Capitães Aviadores.   Essa situação durou até 14 de outubro de 1943 quando então foi emitido o Aviso interno nº 140 do Ministério da Aeronáutica determinando que o comando seria exercido pelo Oficial de Infantaria de Guarda mais antigo da Companhia.

O Quadro de Oficiais de Infantaria de Guarda da Aeronáutica foi criado em 29 de setembro de 1942, através do Decreto nº 4754, sendo inicialmente composto por um efetivo de 15 (quinze) 1º Tenentes e 20 (vinte) 2º Tenentes.

Para o preenchimento do Quadro, foram convocados Oficias da Reserva do Exército Brasileiro, complementados por Suboficiais e Sargentos da FAB por meio de concurso interno.

Até 1982, a formação dos Oficiais de Infantaria da Aeronáutica foi realizada pela Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEG), criada em 05 de junho de 1953 em Curitiba-PR pelo Decreto nº 33.053.   A primeira turma da EOEG formou-se em 28 de junho de 1955, sendo composta por 11 (onze) Oficiais de Infantaria.   A partir do ano de 1965, além dos Suboficiais e Sargentos aprovados em concurso, passaram a ser matriculados na Escola, Cadetes desligados do vôo . Em 1971, a sigla da Escola passou de EOEG para EOEIG.    Em 1983, a Escola encerrou suas atividades, sendo que a formação de Oficiais de Infantaria pela Academia da Força Aérea teve início em 19 de julho de 1982.

Uma sentinela da Polícia da Aeronáutica (PA), usando o uniforme azul, na ponte de comando na entrada da Base Aérea de Santos, em 1960.
Uma sentinela da Polícia da Aeronáutica (PA), usando o uniforme azul, na ponte de comando na entrada da Base Aérea de Santos, em 1960.

Além da criação da EOEG, o ano de 1953 marcou a implantação de uma série de medidas de interesse para a Infantaria, entre as quais, a aprovação das Tabelas de Organização, Lotação e Equipamento para as frações de tropa das Companhias.

A última grande mudança para a Infantaria em sua fase inicial de existência ocorreu em 1964 com a ativação dos Esquadrões de Polícia da Aeronáutica.

A denominação Infantaria de Guarda perdurou até 19 de março de 1980, quando por efeito de um Decreto Presidencial, foi alterada para Infantaria da Aeronáutica, marcando o inicio de uma nova fase de mudanças.

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Unidades especializadas do tipo “Batalhão de Polícia da Aeronáutica”, “Batalhão de Guarda e Segurança (BGS)” e subunidades isoladas (Companhias e Pelotões) foram ativados em 1983 nas diversas Organizações Militares (OM) da Aeronáutica, totalizando 49 unidades de INFAER.

No ano seguinte, todas as unidades de INFAER foram renomeadas para Batalhão, Companhia e Pelotão de Infantaria da Aeronáutica, respectivamente, BINFA, CINFA e PINFA.

A atividade de defesa antiaérea foi incorporada à missão da Infantaria em 1997 com a criação da Companhia de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (CAAAD), em Canoas-RS. Atualmente a Defesa Antiaérea e gerenciada pela Primeira Brigada de Defesa Antiaérea (1ª BDAAE), que mantem vinculado os três Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE)  da Aeronautica o 1º GDAAE (Grupo Laçador) em Canoas – RS, o  2º GDAAE (Grupo Ajuricaba) em Manaus – AM e o 3º GDAAE (Grupo Defensor) em Anápolis.

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A fim de centralizar o gerenciamento das atividades inerentes a Infantaria da Aeronáutica, foi criado em 22 de março de 1999, dentro da estrutura do Comando-Geral de Operações Aéreas, o Centro de Operações Terrestres da Aeronáutica (COTAR).

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Em 2001 foram criadas as primeiras unidades de INFAER com o status de Organização Militar, os chamados Batalhões de Infantaria da Aeronáutica Especiais (BINFAEs) de Manaus (BINFAE-MN Batalhão Uiruuetê ), Canoas (BINFAE-CO Batalhão Cruzeiro do Sul), Brasília (BINFAE-BR Batalhão Alvorada) e Afonsos (BINFAE-AF). Posteriormente foram criados os Batalhões de Infantaria da Aeronáutica Especiais em Belem (BINFAE-BE – Batalhão Marajó), Galeão (BINFAE-GL), Recife (BINFAE-RF – Batalhão Guararapes ), Rio de Janeiro ( BINFAE-RJ Batalhão Santos Dumont ).

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Apesar de serem formados pela AFA desde 1982, os Oficiais de Infantaria só passaram a ter acesso ao Generalato em 2007, após o reconhecimento do COMAER à importância das atividades de segurança e defesa e de operações terrestres no âmbito da Instituição.   O primeiro Oficial-General do Quadro de Oficiais da Infantaria da Aeronáutica foi Brig Inf Agostinho SHIBATA. 

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Desde sua criação, a, então denominada Infantaria de Guarda, hoje, Infantaria da Aeronáutica passou por reestruturações organizacionais, sempre com a ênfase de aumentar, gradativamente, sua capacidade operacional, a fim de atender às demandas da Força Aérea Brasileira.

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