Exército adota o reparo REMAX 3

REMAX (Reparo de metralhadora automatizada X) integrada a Viatura Blindada 8x8 Piranha IIIC do CFN.
REMAX (Reparo de metralhadora automatizada X) integrada a Viatura Blindada 8×8 Piranha IIIC do CFN.

O Exército Brasileiro concluiu as avaliações técnicas e operacionais do Reparo Automatizado de Metralhadora X, terceira versão (REMAX 3), formalizando sua adoção por meio da Portaria nº 006 – EME, de 08 de março de 2016.

A ação é decorrente da decisão tomada na 1ª Reunião Extraordinária do Conselho Superior de Transformação (CONSUT), encerrada em 03 de fevereiro de 2016.

REMAX

A REMAX (Reparo de metralhadora automatizada X) é uma estação de arma remotamente controlada, completamente estabilizada, para metralhadoras M2HB calibre 12,7 mm ou FN MAG 7,62 mm desenvolvido sobre os requisitos do Exercito Brasileiro. A estabilização das linhas de visada e de tiro possibilita um disparo preciso mesmo em condições de movimentação do veiculo. A mesma pode ser instalada em veículos blindados utilizados em combates, missões de patrulhamento, Operações de PAZ e da Garantia da lei e da Ordem (GLO). O sistema pode ser operado por apenas um operador que fica abrigado dentro do veiculo. A REMAX permite movimentos em azimute (360º) e em elevação (-20º a +60º) realizando de forma remota a pontaria e o disparo.

Hoje é uma realidade no Exército Brasileiro e já equipa as primeiras unidades da viatura blindada sobre rodas média VBTP-MR 6X6 Guarani ( também concebida para ser utilizada por viaturas 4×4, 8×8  e sobre lagartas M113). Até o presente momento o Exército já adquiriu 81 sistemas.

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CARCACTERISTICAS

  • Leve
  • Estabilizada em dois eixos
  • Operação remota protegida no interior da viatura
  • Operação em condições ambientais extremas
  • Operação manual em situações de emergência
  • Operação Diurna e Noturna
  • Sensores Ópticos e Laser de precisão para detectar, reconhecer e identificar alvos
  • Instalação não intrusiva
  • Alta precisão no tiro em movimento
  • Tipos de tiro – rajada, intermitente e total
  • Contador de tiros
  • Operação remota: pontaria, disparo e rearme
  • Mecanismo segurança
  • Total compatibilidade com as normas MIL
  • Tipos dea Metralhadoras
  • M2HB 12,7mm
    MAG 7,62mm
  • Armamento Adicional
  • Lançador de Granadas Fumígenas 76mm x 4 tubos
  • Sensores Ópticos
  • Câmera Diurna
    Sensor CCD
    Campo de Visada: 42° a 1,6°
    Resolução: 768 x 576 pixels
  • Câmera Termal
    Não refrigerada, 8 – 12µm
    Campo de Visão: 4,6° e 14,3°
    Resolução: 640 x 480 pixels
  • Telêmetro Laser
  • Tipo: Classe 1M Eye safe
    Cumprimento de Onda: 1,54µm
  • Amplitude de Movimento
  • Alcance: 50m a 5km ±5m (Alvo OTAN)
    Azimute: N x 360°
    Elevação: -20° a +60°
  • Precisão de Estabilização
  • >1 mrad (1σ)
  • Peso
  • Sobre o teto: 217 Kg (sem arma)
    Abaixo do teto: 42 kg
  • Altura da Torre
  • 863mm

 

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Fonte: Escritório de Projetos do Exército (EPEx), ARES Aerospacial

13 Comentários

  1. Muito bom….

    Além dos benefícios de uma torre remotamente controlada, como proteção da tripulação e precisão de tiro e instalação não intrusiva, ou seja, não ocupa espaço interno da viatura viabilizando sua instalação em diferentes tipos de veículos a torre REMAX ainda tem lançadores de fumígenos que proporciona contra-medidas a ATGMs guiados por laser.

    Ela deverá ser integrada ao sistema de alerta de laser (LWS) nas viaturas Guarani para reagir automaticamente quando a viatura estiver sendo iluminada por laser de armas anti tanque, cumprindo o papel de armamento primário na viaturas tipo VBTP, e arma auxiliar nas viaturas VBCI dotadas de canhão 30mm e nas futuras VBR 90/105 mm e ainda servindo como um sistema de contra-medidas soft kill.

    A torre UT30BR das VBCI já tem o sistema E-LAWS da Elbit instalado, assim como o gerenciador de ameaças… possivelmente se estas viaturas receberem a Remax estas não contarão com os lançadores de granadas fumígenas…

    Mas o melhor de tudo é que a tecnologia e fabricação são nacionais o que deixa maior independencia de meios externos no exército… Parabéns ao EB e a Ares.

    Próximo passo desenvolver um sistema de jammer eletro ótico tipo DIRCM para os veículos blindados do exército.

  2. Imagem difere do vídeo onde a estação está muito melhorada e os lançadores de granadas de fumaça estão a frente da estação e nas mais nas laterais.

  3. A falta de visão estratégica desse país é tão descomunal, que deixaram uma empresa importantíssima como a Ares ( fabricante da remax e futura torc-30mm); ser vendida para uma multi estrangeira.
    Ora amigos, nunca ouve nesse país, mesmo nos tempos áureos da industria bélica nacional; uma empresa que fabricasse torres para veículos blindados.
    Hoje tínhamos uma, e que no futuro não muito distante; poderá fabricar a torre automática de nosso futuro MBT.
    Mas infelizmente os dementados tomadores de decisões desse país, á venderam para os gringos; e isso após gastarem uma pequena fortuna nacional no desenvolvimento de um produto com grandes chances de sucesso comercial mundo a fora.
    Ou seja, deram o bolo já com a cereja em cima.
    Fico abismado com as coisas que acontecem nesse país !!!

    • Essa falta de visão não atinge só a industria de defesa em particular… Ter uma empresa como a Elbit atuando no Brasil não é o problema algum, o problema é não dar condições para que concorrentes nacionais surjam.

      O governo sempre jogou contra o empresariado, o demoniza pelos males do país e nunca fez nada para tirá-los deste buraco, para reduzir o custo Brasil e para liberar o mercado… Por conta disso sempre seremos o país do futuro…

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