Exclusivo: Grupo Britânico BMT revela o seu projeto de SSK oceânico Vidar 36

Plano Brasil

E.M.Pinto

Os escritórios de projetos navais britânicos BMT, acabam de revelar o seu mais novo projeto de um submarino diesel-elétrico que terá a possibilidade opcional de sistemas de propulsão AIP.  A BMT Defense Services, uma subsidiária do grupo TMO, revelou seu mais novo design o Vidar-36, um submarino de  3600 ton, o submarino será do tipo convencional SSK.

Segundo o porta-voz do grupo,  Philip James, a maioria dos submarinos diesel-elétricos são muito menores e variam entre 500 e 2.500 toneladas, enquanto que os submarinos nucleares começam em 5.000 toneladas.

De acordo com James, um submarino de  3.600 toneladas preenche  uma importante lacuna do mercado e o grupo  TMO pretende acessá-lo. Navios nesta tonelagem e categoria são indicados para  países com orçamentos de defesa reduzidos, mas que possuem extensas áreas do oceano para patrulhar.

Simon Binns, direto de projeto da BMT, afirmou que uma das características principais do novo projeto reside na capacidade opcional do sistema de propulsão independente do ar, AIP, por sistemas de célula combustível alimentada por oxigênio líquido reformado e metanol.
O sistema permitirá aos submarinos permanecerem submersos por até quatro semanas, contrastando como os convencionais diesel-elétricos que precisam vir a superfície com mais freqüência para reabastecer e recarregar.

“Isso significa que estamos diminuindo o risco de detecção”, disse Binns.

Outra característica do projeto é a sua modularidade, que permite uma maior flexibilidade para as marinhas clientes, dando-lhes a possibilidade de incorporar os sistemas e recursos que necessitam. “Em vez de uma tradicional sala de torpedos,  o projeto inclui um espaço reconfigurável que pode acomodar diferentes tipos de torpedos e diferentes de mísseis”, disse Binns.

O Vidar-36 tem seis tubos de torpedose espaço para recargas de outros  18 torpedos, mísseis, ou até 36 minas.

Seu desenho é modular e pode integrar vários modelos de mastros de comunicação, o que permite a incorporação de sistemas mais modernos e mesmo as suas atualizações para tecnologias mais recentes.

O Navio será equipado com um novo sistema de comunicação que permite-lhe permanecer submerso enquanto comunica-se em sistemas de alta freqüência, normalmente, um submarino teria que vir perto da superfície e levantar um mastro para se comunicar, com isto ele fica exposto as ameaças, quebrando assim a sua maior defesa a ocultação, o novo sistema de comunicação permitirá ao Vidar 36 comunicar-se sem necessitar emergir.

Os navios poderão lançar, operar e recuperar veículos submarinos autônomos e não tripulados.

Ficha Técnica

Comprimento: 79m

Boca: 8,4m

Deslocamento submerso:3600 ton

Profundidade de operação: +200m

Velocidade máxima submerso: 20 knt

Autonomia: 9 000 milhas náuticas com possibilidades de extensão com o uso do AIP

Sensores: Sonares ativos e passivos, detectores de minas e obstáculos, radar de superfície alça optronica e mastro equipado com sistemas de comunicação e ECM, lançamento e recuperação de veículos não tripulados submarinos

Tubos de torpedos: 6 para torpedos de 21 polegadas

Armas: 18 torpedos ou mísseis de cruzeiro ou de ataque naval ou 36 minas navais

Forças especiais: acomodação e lançamento e recuperação  para 10 comandos.

Mastro: 8 baias para mastros modulares e alças optronicas, radar ECM e sistema de comunicação por satélites,  sistemas de comunicação integrado via satélite, submarina e submarina superfície


A TMO é um parceiro do Ministério britânico da Defesa de longa data, sua experiência se estende desde os projetos dos submarinos da classe Trafalgar aos da classe Vanguard, atuando também no projeto dos novíssimos submarinos da classe  Astute.

O Vidar 36 está sendo concebido para realizar além da tradicional missão de caçar outros submarinos e navios de superfície, as importantes missões de coleta de informações, vigilância, reconhecimento, ataque a superfície, lançamento de comandos especiais  e patrulhas oceânicas de longo raio.

Mais informações clique aqui e acesse às informações da BMT

13 Comentários

  1. o Vidar 36 é um projeto da BMT para um SSK AIP que visa a exportação, porém diz-se nos bastidores que poderia vir a ser a futura classe de subs SSK dos EUA e mesmo do UK que tem tido muitos problemas não só de ordem técnicas com os Astute, mas também orçamentárias.
    o navio parece ser muito bom e muito semelhante ao U 214 e ao Scorpene em seus parâmetros operacionais.
    Pessoalmente vejo nele a semelhança quase que de um híbrido do U 214 e do Astute.
    Sds
    E.M.Pinto

  2. O texto cita o deslocamento submerso de 3600 T
    do Vidar 36, como um diferencial, porém os sub russos, da classe kilo, tem um deslocamento submerso que pode chegar até 3950 T.
    .
    Creio que é no sistema AIP e inovações na eletrônica, comunicações, sistema de armas e outros itens, que estarão as novidades.

  3. O Brasil está precisando de muitos submarinos, podem ser menores que esse para patrulhamento em áreas específicas sem grandes deslocamentos, a divisão do nosso mar territórial em áreas para a a força de submarinos diminui os custos.
    Está aí um site muito bom que é possível fazer comparações.
    —————-
    http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/ngb-new.htm

  4. E observando vídeo percebi que quando aparece o globo terrestre, o primeiro ponto de intervenção e pelo qual pretendem usar os submarinos é exatamente a América do Sul, e ainda, o último ponto o qual o vídeo mostra é que estão a caminho do polo sul, quanto ao ataque com mísseis me pareceu um ataque vindo do Oceano Pacífico.

  5. Creio que os clientes óbvios seriam os comewell, acho que o Canadá a África do sul e Índia estão na mira, mas vejo ai uma possibilidade de navios para a holanda, Reino unido, egito, Sauditas, emirados e aquela galera em geral que faz a reverẽncia a sua Majestade.
    Não discarto a possibilidade do navio ser a base para o futuro USS SSK que os EUA estão estudando.
    de olho na ECM e no novo sistema de comunicação subaquático, talvez semelhante ao Dip sirem da US Navy, mas este sim parece ser um diferencial, um detalhe importante o AIP parece não ser a opção dos Britânicos, isto seria disponível para os clientes que por ele optarem.
    agora teremos os ARmour, os Scorpene, os S 80, os SBR, os VIDAR, os U 214 provavelmente os S 1000 australianos e os Viking suecos, competindo particamente na mesma classe, os mares estarão tumultuados…
    Sds
    E.M.Pinto

  6. Hum esse projeto ainda no papel já dizem as más linguas que é melhor que o Scorpene é também é baseado no U-214 hum há melhor alternativa feita pelos alemães é também nos fizemos uns aqui no hangar da marinha fizemos o U-209, timbira,Tamoio,etc…se isso for verdade então o projeto do Gripen NG, que ainda ta no papel e melhor que um que ta voando como o F-18 ou o Rafale, se nossos pilotos são bons com o F-5 imagine com o Scorpene, U-boat-214 então posso afirma com habisoluta certeza teremos o melhor submarino da america do sul, com tecnologia alemão é francesa se bem que o ministro foi claro nossa parceria e para fortalecer nossas industrias, e quem vai fazer esses subnuks seremos nós vamos adquiri so a tecnologia de fazer o casco que é mais importante agora falar que um tecnologia não pestra se ao menos conhece-la ou ter o conhecimento de causa ou ainda de engenharia para afirma tal coisa é pura presunção de uma mente factil em vez de fica agradecido por nossas industrias adquirirem conhecimento para entramos nesses mercado aparece cada um aqui nesse blog que eu vou te conta…lembrando a auto-crítica ajuda mais demais prejudica é bom manera seus pensamentos para eles não serem criticados tambéml…

  7. O projeto nem saiu do papel e ja está sendo comparado com um concorrente ativo, e francês ainda por cima – que também tinha a opção pelo AIP! Temos que analisar o conceito estratégico do projeto que é oferecido. Tecnologia todos tem, temos que saber o quanto esse produto poderá ser útil para nossos interesses.
    O Scorpene é baseado em submarino nuclear, que alías, foi justamente um ponto de interesse da MB nesse navio. Incusive, pelo mesmo critério que desclassificou a tecnologia alemã, a Marinha também não aceitaria esse britânico: o tipo de casco (de uma categoria básica) não ajudaria a projetar uma estrutura que recebesse um reator. Se é para contruir um submarino desse tipo a própria marinha faz, a exemplo do Tikuna que é de última geração!
    Esse [[PROJETO]] britânico é interessante, mas não quer dizer necessáriamente que antenda aos interesses de nossa marinha. A própria instituição é quem deve analisar.

  8. Nunca seria uma alternativa ao Scorpene frances, porque os Britanicos nunca ajudariam a gente com o SSN como estão franceses.

    A coisa é mais profunda que decidir sobre esse ou aquele SSK

  9. País sério não compra tecnologia pronta de potências estrangeiras. Brincadeira comprar tecnologia britânica…Brasil 190 milhões de habitantes, não pode se humilhar e comprar tecnologias prontas. Ridículo

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