Exclusivo: Desenvolvimento do ASBM DF-21 D chinês: Lições para o Brasil

“Esconder a sua força, esperar seu tempo e fazer o que puder.”

(Deng Xiaoping, pai da modernização da China).

Autor: Vympel 1274

Plano Brasil

1. Situação atual

A China quer atingir a capacidade para poder impedir que um grupo de batalha centrado em porta-aviões (CSG) da marinha dos EUA, intervenha na região no caso de uma futura crise no Estreito de Taiwan. Os chineses podem estar mais perto do que nunca de atingir essa capacidade com o desenvolvimento de mísseis balísticos antinavio baseados em terra (ASBM). Esses fatores sugerem que a China pode estar perto de conseguir este tipo de armamento, o qual é uma arma que nenhum outro país possui (os soviéticos desenvolveram arma semelhante, mas a guerra fria e o medo de iniciar uma guerra nuclear impediram seu desenvolvimento).

Pequim desenvolveu um ASBM com base no MRBM CSS-5/DF-21. O DF-21 D tem um alcance que poderia manter os navios dos EUA em perigo dentro de uma grande área marítima, além de Taiwan e do teatro do Pacífico Ocidental. No entanto, subsistem incertezas consideráveis ​​sobre a capacidade operativa real do ASBM chinês atualmente, o qual poderia afetar profundamente a dissuasão dos EUA, suas operações militares e o equilíbrio do poder no Pacífico Ocidental.

Alcance máximo de vários sistemas de armas desenvolvidos pela República Popular da China, partindo de suas fronteiras. Em amarelo, a área que o DF-21 D impõe a exclusão de plataformas de superfície dos EUA.  Alcance máximo de vários sistemas de armas desenvolvidos pela República Popular da China, partindo de suas fronteiras. Em amarelo, a área que o DF-21 D impõe a exclusão de plataformas de superfície dos EUA.

2. Taiwan como razão do desenvolvimento

Nas últimas décadas, a Marinha dos EUA usou grupos de batalha centrados em porta-aviões para projetar poder em todo o mundo, incluindo no estreito de Taiwan. A implantação do USS Nimitz e seus grupos de combate em resposta aos testes de mísseis da China em 1995/1996 e exercícios militares chineses no estreito de Taiwan foram situações em que o Exército de Libertação Popular (ELP) foi incapaz de se opor. O ímpeto por trás dos esforços da China de desenvolver o ASBM DF-21 D pode ser para evitar a repetição de situações similares no futuro.

3. Estratégia de negação de uso do mar

O ASBM DF-21 D seria apenas uma das muitas plataformas e sistemas de armas que a China vem comprando e desenvolvendo desde a crise do estreito de Taiwan em 1995/1996. Estes sistemas, em conjunto, irão permitir que a China disponha de um controle sem precedentes sobre sua periferia marítima contestada e suas áreas de interesse, com a intenção de negar o acesso ás forças dos EUA a áreas críticas próximas ao seu território em tempos de crise ou conflito. Eles fazem isso desenvolvendo táticas de emprego das forças chinesas para explorarem as características vulneráveis da marinha dos EUA.

É esperado que a República Popular da China venha a produzir centenas de mísseis DF-21 D, e um número semelhante de plataformas móveis de lançamento (TEL – Transporter Erector Launcher), para que possua uma grande reserva para ser utilizada em ataques de saturação contra seus alvos.

Em primeiro lugar, o desenvolvimento de um ASBM viria de mais de meio século de experiência chinesa com mísseis balísticos. Em segundo lugar, seriam móveis e lançados de plataformas terrestres de alta mobilidade​​. Em terceiro lugar, teria o alcance para atingir alvos a centenas ou milhares de quilômetros de seu ponto de lançamento. Esses fatores sugerem que a China é capaz de conseguir alcançar uma capacidade importantíssima, podendo impor a negação de uso de certas áreas do mar aos EUA, em zonas marítimas estrategicamente vitais e para além de suas 200 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (ZEE).

Leia também: Reflexões sobre a defesa nacional: Defesa do mar territorial e zona econômica exclusiva


Os TEL (Transporter Erector Launcher – Transportador eretor lançador) são veículos projetados por engenheiros da antiga União Soviética para fornecer mobilidade para os vários tipos de mísseis balísticos, aumentando assim sua capacidade de sobrevivência, pois nunca se sabe exatamente o local onde se localizam e irão disparar seus mísseis. Hoje, foram copiados por engenharia reversa por vários países, principalmente a China.

4. Desenvolvimento do ASBM DF-21 D

Diagramas esquemáticos chineses mostram uma trajetória de vôo do DF-21 D com trajetória de médio curso e orientação terminal. Aletas de controle seriam fundamentais na segunda fase para orientar o ASBM em sua fase terminal através de manobras para evitar contramedidas do alvo e para atingir um alvo móvel. Isso faz com que o ASBM seja diferente da maioria dos mísseis balísticos, os quais tem uma trajetória fixa. Estima-se que o míssil pode viajar a Mach 10 e atingir o alcance máximo de 2.000 km em menos de 12 minutos. No entanto, os especialistas chineses prevêem uma “sequência de destruição”, que seria uma sequência de eventos que devem ocorrer para que um míssil tenha sucesso em engajar e destruir/desativar o seu alvo (porta-aviões):

1) Detecção;

2) Rastreamento;

3) Penetração nas defesas do alvo;

4) Atingir o alvo em movimento;

5) Causar danos suficientes para destruir/desativar o porta-aviões.

Sequencia de fases do lançamento do DF-21 D. Diferentemente de um míssil balístico, a fase terminal é guiada, devido a existência de aletas de controle na ogiva, o que possibilita mudar seu curso, evitando defesas do alvo e guiar-se até o alvo móvel.


Um único link quebrado nesta sequência levaria o ataque ao fracasso completo. Qual seria a capacidade real chinesa de detecção e rastreamento com base no que é conhecido hoje e no futuro?

A China tem trabalhado em uma sofisticada rede de sensores de terra e espaciais, incluindo radares além do horizonte (OTH), satélites e equipamentos eletrônicos de detecção de sinais (ELINT, SIGINT e COMINT), radares de abertura sintética, vigilância oceânica e eletro-ópticos, que podem auxiliar a detecção do alvo e na orientação do ASBM. Localizar um porta-aviões tem sido comparado ao encontrar uma “agulha num palheiro”, devido á imensidão marítima. Entretanto, a “agulha” tem uma grande seção transversal de radar (grande reflexão de radar), emite ondas de rádio, e é cercado por navios de escolta. Um radar ativo é o sensor mais provável do ASBM DF-21 D, pois seus sinais podem penetrar através das camadas de nuvens. Basta olhar para a maior reflexão e poderá localizar o maior navio como alvo, e o maior navio será geralmente um porta-aviões. Além deste radar, seria necessário um sistema eletro-óptico para aumentar a precisão.

Em seus esforços para conseguir uma capacidade decisiva de detecção e rastreamento de alvos navais, a República Popular da China vem implantando radares além do horizonte (OTH) e radares de abertura sintética (SAR), eletroópticos e de vigilância oceânica baseados no espaço, do modelo Yaogan.

A China lançou recentemente uma série de satélites para apoiar os seus esforços ASBM

* Satélite eletroóptico Yaogan-VII, em 09 de dezembro de 2009;

* Satélite com radar de abertura sintética Yaogan-VIII, em 14 de dezembro de 2009;

* Satélite naval de vigilância oceânica Yaogan-IX (constelação de três satélites), em 05 de março de 2010.

Imagens de um radar de abertura sintética (SAR) baseado no espaço, de um grupo de navios de transporte de carga (acima á esquerda). No detalhe (acima á direita), a imagem aumentada do maior dos navios da formação, um porta-contêiner, demonstrando a possibilidade deste tipo de equipamento de diferenciar os vários tipos de navios através da análise de seu desenho e tamanho. Abaixo, o porta-contêiner em questão.

5. Necessidades especializadas

Questões críticas permanecem em relação aos sensores dos mísseis. A China possui meios de detecção que atualmente são capazes da detecção e orientação do ASBM? Mesmo se perdida a capacidade de detecção fornecida pelos radares baseados no espaço e nos radares terrestres, existem meios de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) para fornecer a detecção da frota inimiga e a orientação dos mísseis ASBM com precisão suficiente para que a força tarefa baseada em porta-aviões possa ser atingida? Como é que isso funciona? Como seria realizada a diferenciação dos alvos? Será que esta seria uma questão muito complexa? Será que a diferenciação dos alvos seria somente baseada em seu tamanho? Poderiam os navios de menor porte também serem atingidos?

A marinha dos Estados Unidos desenvolve atualmente o programa BAMS (Broad Area Maritime Surveillance – Ampla Área de Vigilância Marítima), no qual aeronaves RQ-4 Global Hawk e MQ-9 Reaper complementam as funções dos 737 MMA. Os chineses desenvolveram aeronaves não tripuladas com finalidades semelhantes para detectar a frota americana próximo de suas águas territoriais. Acima, a versão anterior do MQ-9, o MQ-1 Predator.

Raciocinando com um possível “backup” para os sistemas de detecção espacial/terrestre, os chineses estão diversificando seus esforços para detecção da força naval adversária em mar aberto. Desenvolveram meios de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) baseados em aeronaves não-tripuladas (UAV) com desempenho próximo aos Global Hawk e Predator/Reaper americanos, mas voltado para a vigilância marítima, o que já é um conceito existente á anos mas nunca implantado devido aos altos custos de desenvolvimento e o fim da ameaça da guerra fria.  O UAV Xianglong (Dragão Voador) tem um peso de decolagem de 7.500 kg e uma carga útil da missão de 650 kg. O UAV tem uma velocidade de cruzeiro de 750 km/h e  um alcance máximo de 7.000 km. Se equipados com sistemas de reconhecimento eletrônico (ELINT, SIGINT e COMINT), sistemas eletro-ópticos/IR ou radares de abertura sintética (SAR), seriam uma séria ameaça em nível regional para a marinha dos EUA, pois uma simples detecção de emissões eletromagnéticas associadas a certos tipos de navios de combate desta marinha, seriam suficientes para fornecer a posição da frota, deixando-a vulnerável ao ataque do DF-21 D.

O Xianglong UAV parece ser próprio para grande altitude e longa duração, para o reconhecimento estratégico, similar em tamanho e capacidade aos RQ-4 Global Hawk dos EUA. Mas ao contrário do Global Hawk, o Xianglong não possui capacidade de operação global . Destina-se apenas para operações regionais na Ásia e na região do Pacífico.

O que os especialistas chineses temem que possa dar errado, e talvez até mesmo deixar o ASBM inutilizável? A defesa contra mísseis das escoltas da força-tarefa? Outras coisas? A pesquisa chinesa na capacidade da ogiva do ASBM de manobrarem e evitar as defesas do alvo, juntamente com seus auxiliares de penetração (PENAIDS) para derrotar as defesas antimísseis, sugerem que esta é uma área de preocupação permanente.

Características semelhantes encontradas sugerem que o DF-21 D pode ter sido desenvolvido com alguma tecnologia proveniente do MRBM Pershing II, de fabricação americana (esquerda). O DF-15 SRBM chinês (centro) tem seu último estágio praticamente idêntico ao do Pershing II MRBM. Tal característica pode ter sido aproveitada pelo DF-21 D (direita), o qual necessita capacidade de manobra em seu veículo de reentrada, para poder atingir um alvo móvel (porta-aviões).

Segundo fontes americanas, o ASBM DF-21 D possivelmente seria baseado no MGM-31 Pershing II MRBM, o qual é semelhante ao DF-15 chinês. Na sequência do tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) de 1987, Washington e Moscou eliminaram todos os seus mísseis nucleares e convencionais com alcance entre 500 e 5500 km, incluindo os Pershing II. Pequim preencheu este vácuo, desenvolvendo seus próprios mísseis balísticos de alcance intermediário. Os Pershing II tem em seus veículos de reentrada, aletas de controle (para manobra em sua fase terminal). As fotografias do míssil CSS-5 fora de seu módulo de lançamento não são conhecidas, mas os mísseis DF-15 tem um veículo de reentrada (RV) praticamente idêntico ao Pershing II. Com base na forte semelhança visual, é possível que o DF-15 possa empregar tecnologia de manobra terminal semelhante à do Pershing II.

O que são auxiliares de penetração (PENAID)

Auxiliares de penetração são dispositivos ou táticas utilizadas para aumentar as chances de uma ogiva de um míssil balístico de penetrar as defesas um alvo. Estes podem consistir em dispositivos físicos dentro do ICBM, bem como táticas que acompanham o seu lançamento, e pode incluir uma ou mais das seguintes características:

  • Os veículos que transportam as ogivas: Podem ter alguma forma de tecnologia stealth, dificultando a detecção pelos radares do inimigo.
  • Fios metálicos “Chaff”: Podem ser implantados em uma grande área do espaço, criando uma grande área de reflexão de radar que vai obscurecer as ogivas atacantes no radar de defesa.
  • Chamarizes: “Decoys” produzidos com balões de mylar, que podem ser inflados no espaço e são projetados para ter as características das ogivas na tela do radar.
  • Fragmentos deliberados do foguete no estágio final podem obscurecer o radar do inimigo, projetando uma seção transversal do radar muito maior que as ogivas.
  • Interferidores de radar: Estes são os transmissores que podem ser implantados nos chamarizes e na ogiva, interferindo nas frequências utilizadas pelos radares de defesa.
  • EMP (Pulso eletromagnético): Um dispositivo EMP pode ser detonado, com seu raio de alcance suficiente para proporcionar um apagão no radar defensivo, que permitirá as ogivas passarem através das defesas do inimigo sem serem detectadas.
  • Veículos de reentrada manobráveis (MARV): Uma ogiva pode manobrar entre as defesas, tornando muito difícil sua interceptação, além de poder permitir atingir alvos em movimento.

Sequencia de lançamento de um ICBM dotado de sistemas auxiliares de penetração (PENAID). Os veículos de reentrada tem sua assinatura no radar de defesa obscurecida por refletores infláveis, chaff, interferidores ativos e outros chamarizes, específicos para cada fase da trajetória do ICBM. Tal tecnologia é também utilizada pelo DF-21 D, o que dificulta extremamente as defesas da força tarefa de interceptar e destruir a verdadeira ogiva do míssil.

7. Qual seria o serviço responsável pela operação do ASBM DF-21 D

O segundo corpo de artilharia, a força de foguetes estratégicos da China, já é responsável ​​pelos mísseis balísticos nucleares e convencionais baseados em terra da China (estes últimos desde 1993), provavelmente irá controlar qualquer ASBM que a China vier a possuir. Relativamente pequeno, com foco na tecnologia e extremamente secreto, o serviço é ideal para tal missão.

8. Orientação Doutrinária

Como é que o segundo corpo de artilharia utilizaria os ASBM em cenários operacionais? De acordo com a nova doutrina de emprego dos ASBM chineses, os grupos de ataque com mísseis convencionais ASBM devem ser utilizados em um ataque de saturação, como uma “bala de prata”, que é um termo chinês comumente usado para descrever as armas chinesas que são utilizadas contra os pontos fracos do inimigo, algo que é possivelmente extraído da doutrina de combate naval da União Soviética (batalha de única salva).

De acordo com seu manual, o segundo corpo de artilharia está pensando seriamente em pelo menos cinco maneiras de usar ASBM contra os grupos de combate baseados em porta-aviões da marinha dos EUA, pelo menos no nível conceitual:

Ataque direto (huoli Xirao) – Envolvem ataques diretos visando destruir/incapacitar navios pertencentes do grupo de ataque baseado em porta-aviões da marinha dos EUA, servindo como um aviso;

Fogo frontal de dissuasão (shezu huoli qianfang) – Envolvem salvas de intimidação disparadas á frente de um grupo de ataque baseado em porta-aviões, para servir como um aviso;

Expulsão por poder de fogo de flanco (yice huoli qugan) – Combina a intercepção de um grupo de ataque baseado em porta-aviões por forças navais chinesas, com salvas de intimidação projetadas para dirigi-los para longe das áreas onde a China se sente mais ameaçada;

Ataque de saturação (jihuo tuji) – Envolve uma impressionante concentração de mísseis diretamente contra o porta-aviões, como um “martelo de batalha”;

Ataque eletrônico (xinxi Gongji) – Implica atacar eletromagneticamente o sistema de comando e controle do grupo de ataque baseado em porta-aviões para desativá-lo, com possível utilização de ataques por guerra eletrônica ou ogivas contendo EMP (pulsos eletromagnéticos).

Muitos sistemas serão necessários

Tudo isso não significa necessariamente que a China já possua capacidade ASBM, mas sugere fortemente que eles buscam incessantemente o desenvolvimento desta capacidade, tendo alto nível de aprovação da liderança civil e militar da China. Se não possuem tal capacidade atualmente, com certeza a conseguirão no futuro.

9. Características da estratégia baseada em porta-aviões da marinha dos EUA

A doutrina de projeção de poder da marinha dos EUA depende totalmente de seus porta-aviões para a projeção de poder naval em todo mundo. Isso se deve a incapacidade dos navios de combate (destroieres, cruzadores e fragatas, além dos navios logísticos e de transporte de tropas) de se defenderem da aviação baseada em terra (principalmente contra ataques saturação com os atuais mísseis antinavio) e contra os submarinos nucleares e convencionais. Os porta-aviões fornecem proteção á longa distância as outras unidades constituintes da força tarefa, contra ameaças nas três dimensões (submarinas, de superfície e aéreas), ao mesmo tempo em que suas escoltas fornecem proteção ao porta-aviões a curta e média distância.

Ao destruir/neutralizar o porta-aviões de uma força tarefa, as demais forças de superfície constituintes ficam vulneráveis a ação inimiga, pois enfrentam forças baseadas em terra, de superfície e submarinas em superioridade numérica, pois estas lutam em seu próprio território ou próximo dele (que podem realizar ataques de saturação de mísseis antinavio, os quais dependendo de suas características podem sobrepujar até mesmo o sistema AEGIS AN/SPY-1 / SM-3 Standard que equipam os cruzadores e destóieres da marinha dos EUA). Isso acontece pela dramática redução na sua capacidade de alerta antecipado (fornecida pelos E-2C Hawkeye), ficando a detecção de um míssil antinavio do tipo sea-skimmer (de vôo rente á superfície do mar) restrita ao máximo de 150 km a partir do próprio navio, devido á curvatura da superfície terrestre.

A curvatura da Terra continua sendo um fator limitador do alcance dos radares dos navios, que possuem uma “zona cega” à baixa altura, a partir da linha do horizonte. Essa vulnerabilidade também está presente nos radares terrestres e é usada por pilotos de aviões do tráfico de drogas, por exemplo, para escapar à detecção.

Isto quer dizer que, se um míssil antinavio com uma velocidade de Mach 3, ou seja, 3.705 km/h (SS-N-22 “Sunburn”) o qual cobre a sua distância máxima de emprego em cerca de dois minutos e meio, deixaria para seu alvo um tempo de cerca de 25 a 30 segundos para reagir contra o referido míssil, usando meios eletrônicos e físicos antes do impacto. Imaginem agora reagir contra cerca de trinta dos mesmos mísseis ao mesmo tempo (transportados por trinta aeronaves do tipo SU-32 FN ou quatro TU-26, por exemplo), isso sem contar que existem mísseis antinavio mais rápidos ainda (Brahmos II, a nova versão do mesmo míssil com velocidade de Mach 5.26, ou seja, 6.500 km/h) ou mísseis mais potentes ainda (AS-4, AS-6 ou AS-16, estes transportados pelo TU-26 “Backfire”). E o que dizer ainda dos mísseis de igual capacidade e lançados de submarinos, vindos de direções diferentes e em ações coordenadas com os ataques aéreos?

O míssil antinavio Brahmos, baseado no míssil P-800 ”Oniks” de fabricação russa, foi desenvolvido em conjunto pela Rússia e a Índia. É atualmente, com certeza, o míssil antinavio mais poderoso do mundo, exceto quando comparado aos mísseis desenvolvidos especificamente para o uso no bombardeiro TU-26 “Backfire C”.

A Marinha dos Estados Unidos respondeu mudando seu foco de uma força de bloqueio baseada em águas rasas (Littoral Warfare), ao retrair seus porta-aviões e destróieres de defesa aérea para águas profundas. Os Estados Unidos também deslocaram a maior parte de seus navios de defesa aérea contra mísseis balísticos para o Pacífico, ampliou o programa de reequipamento de navios de defesa aérea com o sistema AEGIS BMD e aumentou a aquisição de mísseis RIM-161 Standard Missile-3 (SM-3). Os Estados Unidos também tem uma grande rede otimizada para acompanhar os lançamentos de mísseis balísticos que podem dar aos grupos de combate baseados em porta-aviões tempo de advertência para passarem longe da área alvo, enquanto o míssil está em vôo.

Se os chineses conseguirem a IOC do DF-21 D (IOC – Initial Operating Capability – Capacidade Operacional Inicial), certamente serão capazes de superar o sistema de defesa aérea americano AEGIS, simplesmente porque é mais simples e barato para eles aumentarem a quantidade de  ASBM lançados em um ataque de saturação (juntamente com seus auxiliares de penetração – PENAID) de dentro de seu próprio país do que para os Estados Unidos terem mais unidades do míssil SM-3 operando em seus destróieres da classe Arleigh Burke e Ticonderoga, e os mesmos estarem operacionais em quantidade suficiente no Pacífico Ocidental. Isto é uma grande verdade, principalmente levando-se em conta certos procedimentos operacionais, nos quais são necessários no mínimo dois mísseis interceptadores SM-3 para destruir  cada ASBM DF-21 D, como ocorreu com os SS-1 “Scud” iraquianos ao serem interceptados pelos MIM-104 “Patriot” durante a primeira guerra do golfo.

Sistema SM-3 “Standard” BMD (Balistic Missile Defense – Defesa contra mísseis balísticos). É a aposta da Marinha dos EUA para contrapor-se á ameaça representada pelo DF-21 D. Equipa os destroieres das classes Ticonderoga e Arleigh Burke. O objetivo da marinha dos EUA é ter 21 navios atualizados com o sistema até o final de 2010, 24 em 2012, 27 por volta de 2013 e 38 no final do ano fiscal de 2015.

10. Estratégia de dissuasão regional da República Popular da China

Ao decidir sua doutrina militar, a China entende como seu principal adversário os EUA, devido á sua capacidade de projeção de poder e do seu suporte militar e político á Taiwan. Esta ilha, de acordo com os recentes acontecimentos, com certeza será alvo de uma tentativa de reintegração pela China continental no futuro, por eles acreditarem que a ilha trata-se de uma “província rebelde” que faz parte de seu território. Tal anexação é fortemente combatida pelos EUA, que suportados pela sua economia e poder militar, vem frustrando essas pretensões chinesas á anos, através da dissuasão proporcionada por seus porta-aviões. Devido a impossibilidade de a China contrapor-se aos EUA, pelo menos fora de seu território, e de sua relativa inferioridade militar, os chineses desenvolveram sua doutrina regional baseada nos pontos fracos da marinha dos EUA, a qual tem nos porta-aviões toda sua capacidade de projeção de poder, o que vem sendo realidade desde o fim da segunda guerra mundial.

Esta doutrina americana, na verdade nunca foi posta a prova desde o fim da segunda guerra mundial, contra um país com um desenvolvimento militar e econômico proporcionalmente considerável (Ex. União Soviética/Rússia). Os desenvolvimentos de novos tipos sistemas antinavio associados á capacidade de detecção via satélite e de sistemas C4ISR (Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência em tempo real, Vigilância e Reconhecimento) em utilização por países com capacidade militar apreciável, associados a doutrinas baseadas nas fraquezas dessa força, podem muito bem anular em situações locais e regionais a superioridade da doutrina americana baseada em porta-aviões.

Interessante fotografia de um suposto sítio de testes de mísseis balísticos no interior do território da República Popular da China, mostrando o que poderia ser um convés de um porta-aviões como alvo. Observem a provável precisão do sistema empregado.

Tal direcionamento doutrinário relembra a doutrina naval soviética do período da guerra fria, onde a marinha soviética, tida como uma marinha em que seus navios de superfície serviam de proteção aos “santuários” de SSBN soviéticos, e seus SSN caçavam navios logísticos e de combate da OTAN em mar aberto (numa clara alusão a batalha do atlântico que ocorreu durante a 2ª GM), não sendo efetivamente uma “marinha de águas azuis”. Procurou impor a negação do uso do mar á marinha dos EUA, baseando-se em sua doutrina de “batalha de única salva”, onde uma força local, mesmo que inferiorizada militarmente, mas sendo treinada (em ações antinavio), equipada (com a dupla Tu-26 “Backfire”/AS-4 “Kitchen”) e direcionada para explorar as características vulneráveis da força naval adversária (dependência total dos porta-aviões) utilizando-se também de métodos assimétricos, conseguiria uma vitória, lutando nas proximidades de seu território e dentro de sua área de influência/interesse.

Prova disso é o exercício Millenium Challenge 2002, promovido pela marinha americana, no qual a utilização de métodos assimétricos e alternativos de combate, baseados nas fraquezas da força tarefa centrada em porta-aviões, resultaram no “afundamento” de dezesseis navios da força azul pela força vermelha (um porta-aviões, cinco cruzadores e dez navios anfíbios), causando a morte de cerca de 20.000 marinheiros americanos. Logo após a ofensiva de mísseis de cruzeiro, outra parcela significativa da força Azul  foi “afundada” por uma armada de pequenos barcos da força vermelha, que realizaram ataques convencionais e suicidas, o que demonstrou a incapacidade da força azul para detectá-los como já era esperado, provocando a suspensão do exercício, pois a força azul encontrava-se incapacitada no primeiro dia do exercício.

Em outras situações, um submarino convencional sueco da Classe Gotland participou de um exercício da OTAN chamado “águas azuis” no Oceano Atlântico. Lá, ele teria obtido uma vitória em um duelo com unidades navais espanholas e, em seguida,  teve um duelo semelhante contra um SSN francês, também vencendo-o. O mesmo submarino sueco também derrotou um SSN americano, o USS Houston . Tirou várias fotografias do USS CVN Ronald Reagan sem ser notado (o que corresponde ao afundamento do porta-aviões americano pelo submarino sueco durante o exercício).

11. Conclusão

República Popular da China:

Ao analisar as características do sistema ASBM DF-21 D, pode-se inferir que os líderes chineses não buscam atacar os Estados Unidos diretamente, mas sim impedi-los de que venham a intervir em suas águas territoriais e em suas operações militares em suas áreas de interesse, através de sua marinha, ou seja, o DF-21 D pode ser considerado uma arma defensiva, pois a mesma é utilizada somente para interditar certas áreas do oceano, as quais pertencem á República Popular da China ou ficam em suas áreas de interesse. Eles querem defender a futura anexação do que consideram ser parte não reintegrada de seu território (Taiwan) e de garantir um ambiente estável em suas áreas de interesse. Se eles desenvolveram um ASBM, obviamente desejam neutralizar a capacidade de projeção de poder militar dos EUA em suas águas territoriais e áreas de influência. O ASBM seria uma arma “assimétrica”, onde um grupo de batalha centrado em porta-aviões (CSG) não disporia de defesa eficaz contra ela, especialmente se confrontada com vários mísseis em um ataque de saturação, ao contrário dos tradicionais submarinos ou bombardeiros em que esse grupo ainda teria uma chance de sucesso, fazendo com que os EUA pensassem duas vezes antes de desdobrar um CSG contra a República Popular da China.

O DF-21 D é o primeiro ASBM prestes a entrar em capacidade operacional inicial no mundo. É o maior exemplo de superação tecnológica da República Popular da China

Lições para o Brasil:

O Brasil com suas riquezas encontradas nas duas Amazônias, na “Amazônia verde” e principalmente na “Amazônia azul” descobertas a poucos anos (pré-sal), pode vir a sofrer pressões internacionais para ceder seus recursos naturais aos países dominantes do cenário internacional. A escassez de recursos minerais explorados por estes países farão acontecer o que Henry Kissinger previu em 1994:

“Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus intentos.”

(Henry Kissinger, 1994, ex-secretário de estado americano).

Vivemos em um período em que as grandes nações impõem seus interesses cada vez mais sem se preocupar com a interpretação dos outros países de suas verdadeiras intenções. Exemplo disso são as justificativas para intervenções no Iraque pelos EUA (supostas armas de destruição em massa) e a intervenção da OTAN na Líbia (no que veio a se conhecer como Doutrina de Intervenção Humanitária). Tal doutrina poderia ser aplicada no Brasil em relação á terras indígenas ou questões ecológicas, justificando uma intervenção no país? No entanto, pergunta-se porque tal doutrina nunca foi implementada durante os massacres de Ruanda, da Chechênia ou do Tibet, sem falar atualmente na grande aliada americana, a Arábia Saudita (seria a falta de interesse econômico e político?).

A total supremacia dos EUA e seus aliados garantem respaldo político e militar em suas aventuras, como o que ocorre no Iraque, onde até hoje não foram encontradas as ADM tão alardeadas. E por acaso, qual a razão da cúpula da Casa Branca do período não ter sido julgada pelo tribunal internacional da ONU por crimes de guerra, quando milhares de civis iraquianos morreram em decorrência da invasão americana, a qual foi iniciada sem um motivo comprovado e independentemente da resolução negativa da ONU?

Alcance mínimo e máximo de um radar OTH francês Nostradamus se instalado no planalto central. O OTH não serve para controle de trafego aéreo por ser muito impreciso, mas é muito bom para alerta antecipado. Dependendo do local de instalação um OTH pode dar cobertura na maior parte do Atlântico Sul apoiando também a Marinha do Brasil.

A Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar não foi ratificada pelos EUA, os quais consideram o fundo do mar um patrimônio comum da humanidade e, sendo assim, a área não se submeteria à jurisdição de Estado algum, o que é um exemplo de suas futuras pretensões. A “Amazônia azul” é uma área de 3 660 955 km² que inclui as áreas contíguas aos arquipélagos brasileiros no Atlântico Sul. Esta área poderá ser ampliada para até 4,4 milhões de km² em face da reivindicação brasileira perante a Comissão de Limites das Nações Unidas, que propõe prolongar a plataforma continental do Brasil em 900 mil km² de solo e subsolo marinhos que o país poderá explorar exclusivamente. Estamos em condições de assegurar nossos direitos legalmente adquiridos em uma área tão grande?

A utilização de “ferramentas de controle” por parte principalmente dos EUA (TNP e MCTR) reduzem a capacidade de ataques á longa distância dos países por elas regulados, e certamente, a proliferação nuclear e suas tecnologias anexas, quando conseguidas através de outros países (por isso a limitação de 300 km e carga de 500 kg). Isso nos possibilitaria apenas a aquisição de sistemas de armas de curto alcance no exterior (300 km), os quais pouco poderiam fazer contra um grupo batalha centrado em porta-aviões (CSG) da marinha dos EUA, os quais podem realizar ataques a cerca de 2.000 km a partir da posição da força-tarefa. O MCTR inclui também a proibição da exportação da tecnologia necessária para a construção e o desenvolvimento de tais sistemas de armas.

Representação gráfica das baías de Santos e de Campos, onde se localizam as reservas do pré-sal brasileiro, seus blocos de exploração e pontos de prospecção. Imaginem nossa capacidade de dissuasão se dispuséssemos dos sistemas de armas apresentados na presente matéria.

Mesmo que o Brasil nunca desenvolva armas nucleares em virtude do TNP, ainda ficaríamos “amarrados” ao MCTR, o que limita severamente nossa capacidade de resposta á um possível invasor marítimo, impedindo o desenvolvimento de mísseis de longo alcance (balísticos ou não) e de veículos aéreos não tripulados (que poderiam ser utilizados para vigilância marítima), desenvolvidos com tecnologia importada de outros países. Observem que tais equipamentos são justamente os mesmos que nações como China e Rússia desenvolvem para contrabalancear o poder naval dos EUA em suas áreas de interesse, em suas áreas de influência e em seus mares territoriais. A assinatura pelo Brasil principalmente do MCTR, foi uma brutal falta de visão estratégica, a qual não foi pensada em suas consequências em momento algum pelo governo brasileiro.

‘‘Quando necessário, quando não houver concordância da ONU com os EUA, faremos a intervenção, onde quer que seja, mesmo sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU’’.

(Bill Clinton, 1998, Presidente dos Estados Unidos da América).

Tal afirmação nunca esteve tão atual. A ONU como instituição já foi ignorada pelos EUA (Iraque) e atualmente pela OTAN (Líbia), quando o que era somente uma “zona de exclusão aérea” criada pela ONU, passou a ser uma missão de ataque direto contra um dos lados do conflito, contrariando a resolução da mesma ONU. A instituição mundial que em tese deveria mediar e ditar as regras dos conflitos armados entre países (ONU) mostrou-se inepta em defender suas próprias resoluções.

Em um mundo em que certos países se sobrepõem a esta instituição, a qual deveria estar acima de qualquer interesse de qualquer estado, quem garantirá nossos direitos legalmente adquiridos? Se o Brasil como nação não definir seus prováveis agressores, os quais são mais do que óbvios e tomar medidas concretas para dissuadi-los de uma futura aventura em nosso território, seremos sobrepujados por estes países e ainda passaremos para a história como criminosos, pois são os vencedores quem sempre escreveram a história.

Fontes:

www.chinamil.com.cn

Wikipédia.eng

www.jamestown.org

www.fas.org

www.ausairpower.net

www.globalsecurity.org

11 Comentários

  1. Francoorp disse:
    26/05/2011 às 15:14

    Pelo visto temos pontos de vista bastante diferentes e não vamos chegar a um acordo, acho que por enquanto podemos parar por aí, antes que os argumentos comecem a ficar repetitivos demais. Obrigado pela conversa!

    Abs.

  2. EXCELENTES DEBATES, A IDÉIA É ESSA !!!!

    Camarada Francoorp, vc está certíssimo em tudo que disse, meu amigo. Somente acrescento que devemos ter cautela e prudência sobre o assunto nuclear, pois como disse, a reação dos países do resto do mundo (os quais seguem uma linha ditada pelos países dominantes) pode ser variável demais, podemos acertar na loteria ou entrar em falência(comparações a parte), bem parecido com que o Nick disse.Isso não quer dizer se acovardar perante eles, mas sim saber agir no momento certo para ter os maiores ganhos possíveis!
    Quando disse “definir inimigos” não foi no aspecto literal e agressivo como pode ter parecido, mas sim poder analisar as características dos nosssos possíveis agressores e nos prepararmos para elas. Isso já acontece na chamada “estratégia da lassidão”, mas não é implementada em profundidade suficiente por todos os outros setores das FFAA. Parece que o Milton Bras Cabral entendeu meu ponto de vista, pois deve-se conhecer as características do inimigo e se preparar para elas, pois assim teremos maiores chances de vitória.
    Podemos sim, desenvolver tais armas da mesma forma que a índia, e ainda sem ter que passar por embargos comerciais, é só saber o momento certo para tanto. Como disse Deng Xiaoping: “Esconder a sua força, esperar seu tempo e fazer o que puder.” Não é a toa que a China está como está nos dias de hoje!
    Valeu aos camaradas Alexandre, Bosco, Francoorp, Milton Brás Cabral, Nick e outros pelo excelente debate! Mesmo com pontos de vista diferentes, muitas semelhanças se encontram nos comentários. O que mais importa é que todos reflitam no que pode ser melhor para o Brasil, sendo prioridade entre os outros países do mundo, apesar dos pesares.

  3. Infelismente enquanto a China vai crescendo substanciamente, nós vemos a corrupção e desvio do dinheiro que deveria ser aplicado no desenvolvimento do país. Também, houve os governos americanizados que assinaram acordos (Não proliferação de mísseis), impedindo o Brasil de se desenvolver, e agora estamos ameaçados de perder o Amazonas.Seremos envergonahados diante do mundo.

  4. os chineses são burros ou o quê,fazer um míssil inter-balístico sabendo que os países da OTAN são os predominantes em questão satélites,seria muito fácil fazer esse mísseis serem parados,fora que os chineses tem uma vantagem,gente pra combater não vai faltar mais não adianta botar um bilhão de pessoas pra lutar estando sem equipamento adequado,principalmente porque qualquer caça que os chineses e seus aliados botarem contra os estados unidos não venceria do F-22,nem do eurofighter europeu,do rafale francês ou do gripen sueco,ou mais tarde do F-35,talevez não vencessem nem dos F-16,otra coisa e que o brasil nao iria se juntar a china,em caso de guerra serviriam de escudo humano enquanto os chineses organizam suas tropas,afinal daqui eles gastam menos dinheiro em transporte pros EUA e Europa,mesmo assim,vamos ver,coréia do norte ia ser a primeira se fu… pelo seu tamanho,depois ia a china,ia virar uma bela planície ,independentemente ima fazer os outros países de refem e olha,eles venceram de novo!não tem místerio

  5. a china ta so mostrando pro mundo que eles os chineses nao vao tolerar masi derrotas como as da 2 grande guerra,devagar e com muito investimento em tecnologias de armas eles irao por o usa em seu devido lugar ou seja fiqeum longe do nosso alcance ou nos afundaremso todos os seus portas avioes,e pra desespero dos usa,e de taiwan,isso ira acontecer logologo,e bom os tawianeses porem as barbas de molho pois se os usa nao poderem mas defendelos ninguem os fara, e ponto final,e enquanto isso aqui nas bandas da america do cu tem um pais rico e abençoado por deus,onde teriamos todas as condiçoes de sermos a maior potencia do mundo se nao fosse estes politicos ladroes safados e covardes,que na hora que o bivho pegar fugirao com suas familias daqui com o que nos roubarao e deixara este lindo e rico pais desprotegido a merce das grandes potencias onde espero que nao mas deverao nos invadir e dividir o brasil em varios paises ou seja o sul sera da russia o norte do usa o nordeste ficara entre frança e ingatera o centro oste sera da china pois precisao deste territorio pra plantar os alimentos que preecisarao pra seus povos ai esta brasileiros o futuro que nos espera e este mas nos brasileiros nao estamos preocupados com isto pois ate la o carnaval o futebol as novelas e o bbb,nos divertirao e deixaremos os ladroes roubarem o nescessario pra viverem com suas familias em algum paraiso deste mundo,alias esta novela so sera reprizada depois de alguns seculos ou sera que que me engano ou um governo nao fugio de medo com toda sua realeza pra outro pais ?onde e melhor fugir do que enfrentar o que nao se pode combate?viva os politicos ladroes vivam os brasucas das novelas e do futebol e foda se o pasi do eterno futuro que nunca chegara?quero ver quem vai ficar contente em mudar sua cidadania em pleno territorio e quem ainda vivera com o ego tao baixo por ter deixado as mazelas governarem o nosso pais e nunca fazerem algo pra nossa defesa.

  6. Ao Francooper, ao Bosco,Vimpel,Rogerio, Alexandre ,Milton , Nick,Caruso, Joaõ Paulo e enfim a td os comentaristas deste BLOG…caras q xou de argumentação e contra-argumentação….10 geral…e parabéns a td voces…eu aprendo mt com suas ideias, __ces são mt bons…tô + feliz q pintinho no lixo…sds.

  7. Brasil sob graves ameaças de usurpação de suas riquezas naturais… temos q nos armar… ter bomba atômica. Com USA&OTAN nossos possíveis invasores logo alí na frente.

    Vou jogar água fria nesta fervura…

    A grandiosa OTAN até agora não conseguiu dar cabo de Kadaf lá naquele país desértico e com terreno exposto q é a Líbia.

    O USA assim como a Russia não conseguiu dobrar o povo afegão. Mesmo contra a pequena Cuba, a poucos quilometros de seu território, portanto com a logística de guerra amplamente facilitada, os americanos se deram mal.

    Creio q somente um general americano com a cabeça no mundo da Lua ousaria iniciar uma guerra contra o Brasil, mesmo com nosso atual quadro pífio de armamentos. Pois as nossas características populacionais (milhões de reservistas)e geográficas (selvas por quase todo o território) são obstáculos muito grandes numa guerra.

    Não seria muito mais fácil então repartir de novo entre as nações poderosas boa parte da África atrasada? Opa seus nativos com facões é tinhosa demais para encarar.

    A humanidade civilizada e participante das redes sociais (seja russa, brasileira, americana, francesa etc ( está faltando a chinesa)) não quer saber de guerra não. Boa parte dos políticos e muitos militares também não.

    O grande vilão dessa história de guerras modernas é a industria armamentista. E quando a China começar a exportar parte de todo esse armamento no qual ela está se atirando na pesquisa e produção, aí sim meus senhores… uma nova grande guerra vai ter início. No fundo o q está em jogo não são os interesses dos países mas sim os dessa indústria bilionária.

    E os chineses, com sua indústria polivalente, e com produtos com manuais em inglês e escambau, provavelmente vão entrar com força total,num futuro próximo, na exportação de armas também, e aí é q o bicho vai pegar.

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