Estudantes brasileiros fazem estágio na Nasa

http://i0.ig.com/fw/qc/pp/tb/qcpptbxsubz1tzkj2h11volj.jpgPriscilla Borges, iG Brasília

Dois alunos de engenharia da UnB integram grupo que passou um mês nos EUA. Para eles, a experiência abrirá espaço no mercado

Flávio Dias e Diego Viot, ambos com 23 anos, passaram por uma experiência admirável para qualquer engenheiro. Os estudantes brasileiros ficaram cerca de 30 dias em um estágio de verão na Agência Espacial Americana (Nasa). O projeto piloto, financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), ainda levou mais dois brasileiros a Maryland, nos Estados Unidos, durante o mês de julho.

Essa é a primeira vez que brasileiros participam do programa de verão da agência norte-americana, o “Nasa Engineering Boot Camp”. A missão deles era contribuir com as pesquisas do grupo de robótica do centro de pesquisa Goddard Space Flight, ajudando a montar protótipos de robôs e soluções para que eles explorem ambientes inóspitos. Cerca de 50 universitários de diferentes países participaram da experiência.

Flávio cursa engenharia mecânica na Universidade de Brasília (UnB). Ele ainda está no 4º semestre e acredita que a experiência vai contribuir para melhorar o currículo. “Não esperava ir. Foi muito rápido e intenso. Eles gostaram muito do nosso trabalho e há uma possibilidade de voltar. A experiência foi sensacional, a melhor da minha vida”, garante.

Diego Viot faz engenharia de informática na Universidade Federal do Ceará e está participando de um programa de mobilidade acadêmica na UnB. Ficou sabendo em Brasília da oportunidade e, sem titubear, se candidatou. “Não há matérias específicas sobre engenharia aeroespacial no meu curso. Nunca tinha pensado em trabalhar com algo nesta área, mas achei a experiência diferente”, conta. Ele se dedicou a criar programas que ajudassem o funcionamento dos robôs.

O jovem cearense, que está no 8º semestre da graduação, ficou encantado com a área e espera a oportunidade de voltar. Segundo os estudantes, a proposta da Nasa é que os quatro brasileiros – além da dupla, Janynne Lorenna Souza Gomes, de Governador Valadares, e Thomaz Gaio Santos Soriano, do Rio de Janeiro, participaram do programa de verão – voltem no ano que vem. Para isso, novo convênio está sendo discutido com a Agência Espacial Brasileira e o MCT.

Foto: Arquivo pessoal

50 universitários de países diferentes contribuíram para montar peças de robô

Para os estudantes, as universidades também devem se engajar para que outros universitários tenham a oportunidade de contribuir com pesquisas e produzir conhecimentos. “Essa parceria da Nasa já existe com muitos países e universidades estrangeiras há bastante tempo. Nossa experiência não foi acadêmica, foi prática e deve ser estimulada”, analisa Diego.

Flávio conta que desenhou peças para robôs que tenham capacidade de explorar terrenos no espaço, como a Lua. Eles precisam ter capacidade de se locomover, registrar os ambientes e até coletar amostras de materiais. “O programa também serve para descobrir talentos. Muitos empresários foram nos visitar. Acho muito bacana a oportunidade”, diz.

Fonte: Último Segundo

11 Comentários

  1. Pra quem não sabe, o acordo entre as agências espaciais do Brasil e dos EUA é cheia de restrições… ao Brasil.

    Pelo acordo, restringe-se ao Brasil que ele compre tecnologia espacial que possa ser adotada para um programa de mísseis balísticos. Alguém lembra de quando os EUA quiseram “alugar” por tempo indefinido a base de Alcântara? E alguém lembra que uma das condições para que os EUA a alugassem – e até parece que ao fazê-lo estavam fazendo um favor ao Brasil – era de que o Brasil não podia usar o dinheiro do aluguel em desenvolvimento de tecnologia aeroespacial?

    Como o Brasil continua nesse acordo furado, é algo inexplicável. Ele deveria ser cancelado, fazer um acordo com outro país de tecnologia espacial avançada mas menos tacanho que os EUA – pode ser Rússia, China ou Ucrânia – e seguir nosso caminho desenvolvendo o que for do nosso interesse.

  2. Um projeto de qualidade para mantê-los aqui produzindo tecnologia brasileira tem de existir, da mesma forma que qualificam-nos lá fora.

  3. André Oliveira :

    Jonnas :ops, qualificam-os

    Jonas, é justamente esse o propósito deste programa..

    André, me exponha então como é, pois pelo que eu entendi, é uma qualificação no exterior, e sem menção alguma com relação à valorização destes seletos estudantes para manterem-se no pais, como ocorre na índia.

  4. Conversa para boi dormir. Estágio eles abrem para estrangeiros, já trabalhar na NASA é completamente diferente. Só cidadão ou residente permanente com security clearance. Estudante de 4º semestre ainda não tem maturidade de absorver quase nada, mas vale pela experiência deles. Agora, trazer algo de concreto para o país….duvido muito…

  5. É a velha política do Tio Sam de importar talentos… se não sabem fazer contratam quem sabe e logo lá se vão novos grandes talentos brasileiros trabalhar para os EUA… até quando eu pergunto até quando?

  6. Vê-se q poderiam ser mt, e ñ só esses, então, pq ñ abrir as faculdades públicas a td, melhorar o ensino fundamental, realmente? seremos mt + p produzir e melhorar o país.Sds.

  7. Jonnas :

    André Oliveira :

    Jonnas :ops, qualificam-os

    Jonas, é justamente esse o propósito deste programa..

    André, me exponha então como é, pois pelo que eu entendi, é uma qualificação no exterior, e sem menção alguma com relação à valorização destes seletos estudantes para manterem-se no pais, como ocorre na índia.

    Prezado Jonnas:

    Eu não tive muito tempo para verificar o teor da cooperação, mas o trablho que os estudantes realizaram na Nasa tem algo de semelhante ao que está no link a seguir. http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/124134.html

    Trata-se de intercâmbio de alunos que tem projetos de pesquisa em graduação e pós graduação apoiadas financeiramente pela CAPES, CNPq, etc…

  8. Rafael :
    Pra quem não sabe, o acordo entre as agências espaciais do Brasil e dos EUA é cheia de restrições… ao Brasil.
    Pelo acordo, restringe-se ao Brasil que ele compre tecnologia espacial que possa ser adotada para um programa de mísseis balísticos. Alguém lembra de quando os EUA quiseram “alugar” por tempo indefinido a base de Alcântara? E alguém lembra que uma das condições para que os EUA a alugassem – e até parece que ao fazê-lo estavam fazendo um favor ao Brasil – era de que o Brasil não podia usar o dinheiro do aluguel em desenvolvimento de tecnologia aeroespacial?
    Como o Brasil continua nesse acordo furado, é algo inexplicável. Ele deveria ser cancelado, fazer um acordo com outro país de tecnologia espacial avançada mas menos tacanho que os EUA – pode ser Rússia, China ou Ucrânia – e seguir nosso caminho desenvolvendo o que for do nosso interesse.

    Falta brios,dignidade,só isso, vamos fazer outros acordos com outros países e denunciar esse. pt final. Sds.

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