Estados Unidos atacam base aérea na Síria — ‘Russos foram informados’

Presidente americano Donald Trump ordena primeiro ataque direto contra o regime Assad. Mais de 50 mísseis foram lançados contra base militar na Síria em retaliação ao suposto ataque químico desta semana.

Navios de guerra americanos situados no Mar Mediterrâneo dispararam uma série de mísseis contra a Síria na madrugada desta sexta-feira (07/04), em retaliação pelo suspeito ataque químico que deixou mais de 80 mortos nesta semana e cuja responsabilidade é atribuída pelos EUA ao presidente sírio Bashar al-Assad.

As autoridades americanas informaram que os 59 mísseis Tomahawk tinham como alvo a base aérea de Shayrat, na cidade de Homs, de onde se acredita que partiram os caças que lançaram o ataque químico sobre Khan Cheikhoun na terça-feira. O bombardeio americano atingiu aeronaves sírias, uma pista de pouso e estações de abastecimento, disseram os militares.

A televisão estatal síria chamou o ataque de “ato de agressão” por parte dos EUA e citou uma fonte militar que informou sobre danos causados pelo bombardeio, sem dar detalhes. De acordo com o governador de Homs, o ataque deixou mortos.

Mudança de estratégia

Esta é a primeira vez que os Estados Unidos atacam diretamente as forças de Assad em seis anos de guerra. Até então, o país havia concentrado esforços em combater o autoproclamado “Estado Islâmico” na Síria e no Iraque, assim como militantes ligados à rede terrorista Al Qaeda que controlam grandes partes da província de Idlib, onde fica a cidade de Khan Cheikhoun.

O dilema para Trump é que uma campanha militar para enfraquecer as forças de Assad provavelmente vai fortalecer grupos terroristas que combatem o regime sírio em solo. Durante a campanha presidencial, Trump havia advertido contra o país ser arrastado para dentro do conflito multilateral.

A ação desta sexta-feira representa um forte acirramento no conflito, após o  presidente Trump ­ter indicado que haveria retaliação dos EUA por causa do suspeito ataque químico. Em um pronunciamento feito em seu resort Mar-a-Lago, onde se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, Trump declarou que o ataque com mísseis é de “interesse vital para a segurança nacional”.

Os Estados Unidos devem “prevenir e deter a propagação e uso de armas químicas mortais”, disse ele, acrescentando que não há dúvida de que o regime sírio realizou o ataque químico na cidade de Khan Cheikhoun, controlada pelos rebeldes.

“Todas as tentativas de mudar o comportamento de Assad falharam. Como resultado, a crise de refugiados se está agravando e continua desestabilizando a região, ameaçando aos EUA e seus aliados”, afirmou o presidente. O tom representa uma forte guinada em relação à semana anterior, quando o secretário de Estado, Rex Tillerson, sugeriu que remover Assad não era mais uma prioridade para os EUA.

Russos foram informados

De acordo com o Pentágono, os militares russos foram informados sobre o lançamento dos mísseis. “As forças russas foram notificadas previamente sobre o ataque e, os militares tomaram precauções para minimizar o risco para pessoal russo ou sírio na base aérea”, disse o porta-voz do Pentágono, capitão Jeff Davis, citado pelo jornal The New York Times.

Mais cedo, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vladimir Safronkov, havia alertado sobre “consequências negativas” caso Washington agisse militarmente na Síria. “Toda a responsabilidade se ocorrer ação militar recairá sobre os ombros daqueles que iniciaram um trágico empreendimento tão duvidoso”, disse Safronkov.

O bombardeio também eleva a possibilidade de que as defesas aéreas sírias, apoiadas por avançados mísseis superfície-ar da Rússia, comecem a atirar contra aeronaves da coalizão anti-“Estado Islâmico” comandada pelos Estados Unidos em missão sobre a Síria.

Esses sistemas de defesa, e o risco que eles representam para os pilotos, são provavelmente a razão pela qual os EUA escolheram usar mísseis lançados de navios de guerra no Mediterrâneo Oriental.

Decisão rápida

A decisão de Trump de atacar as forças de Assad ocorre quase três anos e meio após o ex-presidente Barack Obama ameaçar com ação militar após centenas de pessoas terem morrido em um ataque químico num subúrbio de Damasco.

Obama havia declarado uma “linha vermelha” e estava pronto para atacar Assad antes de inverter o curso, gerando críticas por não impor suas linhas vermelhas e, com isso, encorajar os oponentes dos EUA.

Após falhar conseguir em aprovação do Congresso para uma ação militar, Obama fez um acordo com a Rússia para remover o estoque de armas químicas da Síria, depois que Damasco assinou a convenção internacional. Em 2014, a Organização para Proibição de Armas Químicas disse que havia removido os estoques da Síria.

Desde então o governo sírio tem sido acusado de realizar múltiplos ataques com gás cloro, não incluído no acordo entre EUA e Rússia. O uso de armas de cloro é proibido pela Convenção de Armas Químicas, mas a produção de cloro, não. Rebeldes sírios e militantes do “Estado Islâmico” também foram acusados de realizar ataques com armas químicas na guerra.

A retaliação americana ocorre apenas poucos dias após o suposto ataque químico, levantando dúvidas se Trump se precipitou em ordenar um ataque militar antes de haver uma investigação sobre o que realmente aconteceu em Khan Cheikhoun.

Fonte: DW

Síria e sua revolução sequestrada

País segue se dilacerando num conflito que já dura mais do que a Segunda Guerra Mundial. O que nasceu como apelo de liberdade popular contra o ditador Assad é hoje uma guerra por procuração de potências estrangeiras.

Em ande parte do mundo árabe, a breve “primavera” de 2011 deu lugar a um amargo inverno. No Egito, quem rege é o general Abdel Fattah al-Sisi; no Bahrein a família real dos Al-Khalifa continua a ocupar o trono; na Líbia impera o caos, após a queda do déspota Muammar al-Kadafi.

Mas nada disso se compara à situação na Síria. O que começara pacificamente como protesto em março de 2011 escalou num conflito de extrema crueldade, que já dura mais do que a Segunda Guerra Mundial e, segundo estimativas da ONU, custou mais de 400 mil vidas. Os combates desencadearam a maior catástrofe de refugiados da era contemporânea: mais da metade dos 21 milhões de sírios abandonou duas casas, mais de 4 milhões deixaram o país.

Para descrever o sofrimento da população, as Nações Unidas e as organizações humanitárias recorrem a superlativos sempre novos. O alto-comissário da ONU para dos Direitos Humanos, Seid Ra’ad al-Hussein, classificou a guerra civil síria como “pior catástrofe causada por seres humanos desde a Segunda Guerra”, num país que se transformou numa câmara de torturas.

Assad e o Ocidente

Assim como seu pai, Hafiz, o ditador Bashar al-Assad mandou seu Exército atirar no próprio povo, fez chover bombas, torturar, encarcerar, matar oposicionistas. Como formulou Yezid Sayigh, do Carnegie Middle East Center, em Beirute: “Pai e filho provaram sua disposição para aplicar violência, até mesmo extrema.”

Mas o especialista em assuntos sírios ressalva que “os Assad nunca apostaram só na força”. “Como a maioria dos governos, eles asseguraram para si a aquiescência da população através da distribuição de recompensas sociais e econômicas. Por isso o regime Assad tem desfrutado de um alto grau de tolerância e aceitação.”

Sayigh conclui: “Temos sobretudo a política americana, britânica e francesa, apoiada pelo resto da Europa, que está fixada numa interpretação muito simplista da natureza do regime e de sua posição na sociedade, assim como em ideias de sua queda iminente. Com isso, encorajaram expectativas exageradamente otimistas da oposição. Ambos os lados se alimentaram mutuamente com expectativas falsas e se atolaram nelas.”

Foi assim que, cedo demais, o Ocidente, a Turquia e as monarquias do Golfo Pérsico apostaram numa solução do conflito sírio sem Assad. Isso fechou o caminho para negociações, mas o abriu para que os Estados vizinhos perseguissem, cada um, suas próprias intenções na Síria.

O especialista Yezid Sayigh confirma que, muito rápido e independentemente entre si, os governos ocidentais e as monarquias do Golfo passaram a atender suas próprias e distintas metas, financiando diferentes grupos, sem fechar compromissos efetivos.

Aliados como problema

Em 2 de outubro de 2014, foi ninguém menos do que o então vice-presidente americano, Joe Biden, a proporcionar uma visão inesperadamente franca da situação na Síria aos estudantes da Universidade de Harvard. Durante uma rodada de perguntas e respostas, após 52 minutos, Biden deixou escapar:

“Nossos aliados são o nosso maior problema na Síria: a Turquia, os sauditas, os Emirados. Eles estavam tão obcecados em derrubar Assad e desencadear uma guerra de sunitas contra xiitas, que distribuíram centenas de milhões de dólares e milhares de toneladas de armas a qualquer um que estivesse disposto a lutar contra Assad. Só que os que foram equipados eram da Al-Nusra e da Al-Qaeda, e jihadistas extremistas de todas as partes do mundo.”

Não existe um centro político moderado na Síria, assegurou o político americano aos universitários: “Um centro moderado é formado por proprietários de terras, não por soldados.” A essa altura, a revolução síria, o sonho de liberdade e direitos humanos, havia sido sequestrada por jihadistas islamistas.

O que Biden não comentou em Harvard é a existência de importantes indícios de que, já muito antes de 2011, os EUA vinham articulando uma mudança de regime na Síria. Entre eles estão os despachos diplomáticos de William Roebuck, alto funcionário da embaixada americana em Damasco, vazados pelo Wikileaks.

Em 13 de dezembro de 2006, ele telegrafou a Washington sugestões para a desestabilização de Assad. “Achamos que um ponto fraco de Bashar é como ele se comporta em situações perigosas. Entre elas, situações de conflito subjetivas e reais, como os conflitos entre reformas econômicas (por mais limitadas que sejam) e forças incrustadas e corruptas; a questão curda e a ameaça potencial para o regime representada pela presença crescente de extremistas islâmicos.”

Segundo Roebuck, esse resumo dos “pontos fracos” do presidente sírio sugeria “a probabilidade de incentivar a ocorrência de tais eventos, através de ação, declarações e sinais pertinentes”. No mesmo despacho, o diplomata propõe que se instiguem as tensões entre sunitas e xiitas.

Apoio russo e iraniano

O cientista político Jörg-Michael Dostal considera “importante ver o conflito sírio como último capítulo de uma longa luta pelo Oriente Médio, sobretudo por petróleo, gás e vias de transporte”. Ele salienta que desde 1956 a Síria está fora da esfera de influência dos EUA e que, justamente para mudar essa situação, já houve numerosas tentativas de golpe pelos serviços secretos americanos.

A proximidade da Síria com a Rússia e sua aliança de defesa com o Irã, existente desde 1980, são uma pedra no sapato de Washington. E é precisamente o apoio maciço desses dois países, assim como o do grupo Hisbolá, no Líbano, que tem garantido a sobrevivência do regime sírio. Os aliados de Assad, contudo, não têm tido consideração com a população civil.

Depois de seis anos de guerra, a Rússia e o Irã são as principais forças estrangeiras na Síria, à medida que os apoiadores externos da oposição vão se retirando, exaustos.

“Os EUA, os europeus, os sauditas, os catarianos e, desde meados de 2016, também a Turquia, vão assumindo a posição: ‘Nós fizemos o que podíamos, mais não podemos e não vamos fazer mais. A partir de agora, esperamos poder dar fim à violência, mas não vamos nos esforçar muito para assegurar isso.'”

O especialista de Beirute aposta pouco nas negociações sobre a Síria em Genebra e não espera que se firme um acordo de paz formal. Em vez disso, assim como a maioria dos observadores, ele conta com a perpetuação do regime Assad.

De olho na reconstrução

Mesmo que a violência ainda vá durar alguns anos, começa a se cogitar a reconstrução do país amplamente destruído. Nesse contexto, o perito em Oriente Médio Dostal apela para que os europeus suspendam as sanções contra a Síria, e invistam em especial na educação.

“Precisamos estar cientes de que o extremismo islâmico também prospera poe culpa do colapso do sistema de ensino”, alerta o cientista político que leciona em Seul, Coreia do Sul.

Nesse sentido, é oportuno o anúncio da chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, de que a UE se empenhará mais pelos esforços de paz no conflito sírio. Não só entre os sírios como também na região, em geral, a União Europeia é considerada uma parceira confiável e digna de crédito, afirmou nesta terça-feira, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

O bloco está “perfeitamente posicionado” para desempenhar um papel relevante, não só no campo da ajuda humanitária mas também como agente político, reforçou a diplomata italiana.

Isso seria uma boa coisa. Pois o drama sírio se desenrola bem às portas da Europa.

Fonte: DW

 

 

 

 

 

26 Comentários

  1. Pronto, pessoal

    Ta ai… avisar aos russos com antecedência faz parte do show… e pq Trump fez isso? Simple:

    – Trump quer apoio interno para tornar seu governo viável…
    – Mas ao mesmo tempo que precisa de apoio interno, Trump não vai querer uma indisposição com Putin

    Tenho certeza que os 2 conversaram sobre isso antes do ataque e o Putin compreendeu a situação

    Pq Obama não atacou? Pq é frouxo? Claro que não

    Obama não atacou pq os russos foram inflexíveis com ele… já com Trump existe sim uma cooperação (mesmo que por debaixo dos panos)

    Resumindo: foi um teatro

    • Ninguém faz nada sem a permissão de Putin…
      É isso que você quer dizer?

      Então o aliado dos sírios permitiu que um base deles fosse destruída para agradar o Trump?

      Que droga de aliados são esses russos então.

    • Então os russos, que não tem dinheiro sobrando, vão ter que gastar centenas de milhões de dólares para reconstruir um base nova?

      Para agradar o Trump?

      O que a Rússia ganhou com esse bombardeio?

      Se Putin concordou com isso (o que não deve ter acontecido), então baixou a cabeça para os americanos.

  2. ” Donald J. Trump 19:14 29 Aug 2013
    What will we get for bombing Syria besides more debt and a possible long term conflict? Obama needs Congressional approval.”

  3. Botem na cabeça de vcs uma coisa: no final, Russia e EUA sempre se entendem… é um caso classico de amor e ódio

    vcs é que ficam com essa briga besta de torcida… enquanto eles se entendem por baixo dos panos

    • O que Putin ganhou com esse teatro?

      Os russos foram avisados para não estarem no local na hora do bombardeiro. Em nenhum local foi dito que eles permitiram ou combinaram qualquer coisa.

    • Quantas vezes eu li aqui que os americanos não teriam coragem de fazer nada contra Síria por causa da proteção dos russos.

      • E não vão atacar mesmo!

        lançar alguns tomahawks em uma base sem ninguem não é ataque, Deagol

        avisar a Russia antes de atacar não é demonstração de nada….

        Quantos quadros militares importantes do Governo Assad morreram nessa operação?

        Só quem morreu foram civis

        vai por mim: isso é só jogo de cena das potencias… tudo pré-estabelecido

      • “”E não vão atacar mesmo”””

        Já atacaram.

        Você fala como se uma base aérea não custasse milhões.

        Eu concordo que é jogo, e nem acho vão atacar os russos. Mas achar que isso é bom ou não é nada outra conversa.

        Se foi acordo, quem garante que os russos não vão entregar outra base para os tomahawks?

        Ficou estranho.

      • “Ficou estranho.”

        pois pra mim é tudo bem claro… alias, muita gente ja sacou isso

        nao faz sentido os EUA avisarem aos russos antes de atacarem… e não só aos russos… avisaram ao Irã tb

        Daí, os EUA avisam aos russos, e os russos retiram o material da base e deixa la um lugar abandonado pra atacar ?

        Mas o objetivo do ataque não é pegar os quadros do Governo Assad?

        não faz sentido isso….

        Ora…
        Praq avisar?

        Fica claro q é um jogo de cena

        Assim… pelo menos na visão está bem claro

  4. BEIRUTE (Reuters) – Nove civis, incluindo quatro crianças, foram mortos pelo ataque de mísseis dos Estados Unidos contra uma base área síria perto da cidade de Homs nesta sexta-feira.

    Russia suspende decreto que impede conflito com forças americanas no oriente médio.

    Que as escalada bélica entre potencias para por ai! Ou viveremos tempos indicativos da história.

    • Porque não exibiram nas mídias os corpos das criancinhas chamuscadas ?
      O mundo fora da orbita Ocidental tem ferramenta midialitica deficitária.

  5. O que é mais curioso disso tudo é que hoje de manhã a TV mostrava que alguns aviões que estavam na base continuavam em solo… ou seja, não foram atingidos

  6. Uma jogada de estratégia idiota querendo de uma sovez impressionar o visitante Chines kkkkkkk.
    Precipitado não existe prova material confirmando que a bomba química foi jogada por avião Sirio.
    Vc entra la solta gás químico e corre toda a nazistolandia esquizofrênica para acusar de pronto Assad.
    Porque rebeldes não permitem a civis irem para os campos de refugiados ? Porque mantê-los como escudo humano faz parte do show !
    E desde quando a Turquia tem idoneidade para tornar algo como oficial sendo declarada inimiga da Siria e dos Curdos.
    Tanta hipocrisia travestida de falso moralismo.
    Enquanto isso na Republiqueta das prostitutas tivemos duas mortes de meninas inocentes de 13 anos em uma mesma semana e os nazistas dizem que isso não tem importancia pois são de origens humildes e pobres,a escoria deploravel.
    Porque ninguém na ONU se importa com os extermínios praticados no Brasil ? Facil compreender o atual Brasil faz parte do bolinho mesmo se posicionando oficialmente comedido em apenas manter o comercio com a Siria.
    Sejam bem vindos ao novo mundo unilateralista que faria inveja a Adolf Hitler !

  7. TRUMP tá com tudo e não tá prosa… botou todos no bolso… acho que agora até os melancias das forças militares americanas estão com ele… ESSE REALMENTE É O CARA !!!… GO TRUMP, GO !!!…

  8. Os comentários acima estão todos mais ou menos corretos.
    O tal ataque dos americanos na Síria, que não matou nenhum russo, é conveniente para muitas coisas além da mídia popular interna.
    Uma delas…
    Não esqueçam que por trás de Trump, e por trás mesmo, secretos, e não do lado aparecendo… Estão um conjunto de generais ávidos por ações e medalhas para eles e seus subordinados.
    As FFAA americanas são bem diferentes das nossas, no quesito ação e medalhas. Há necessidade de ação real de tempos em tempos, pois senão os militares desmedalhados começam a entrar num estado de depreciação e insignificância.
    Um coronel sem nenhuma medalha em ação no Brasil é normal. Mas lá é o fim da picada. É aquilo, ninguém fala nada, mas o desprezo silencioso existe.
    Há todo um circo de Poder que envolve a Casa Branca. E o palco é o mundo todo. Uma das principais atrações são seus homens de uniformes cheios de brilhos e coloridos.

    O oficialado americano conseguiria viver num mundo pacífico, sem nenhuma ação de guerra, apenas de fins humanitários?

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