Espanha vai participar do programa de caças franco-alemão FCAS

Tradução e adaptação: E.M.Pinto

As autoridades espanholas que até então haviam manifestado o interesse em ingressar como parceiro no novo programa aeronáutico Future Combat Air System (FCAS) desenvolvido por indústrias alemãs e francesas, agora oficializa assim o interesse e declara que em breve comporá o grupo de desenvolvedores do Programa.

Espanha está prestes a se juntar à França e à Alemanha no programa Future Combat Air System (FCAS) para desenvolver um novo jato de combate europeu.

A Espanha demonstrou interesse em participar do programa desde seu lançamento em julho de 2017. No entanto, o país recebeu apenas o status de “observador”, já que a França e a Alemanha queriam estabelecer uma “base industrial forte” antes de abrir para outros parceiros europeus. Em 28 de novembro de 2018, a  ministra da Defesa espanhola Robles escreveu formalmente para seus colegas pedindo a integração completa, que foi aceita em 30 de janeiro de 2019.

Em declaração feita nesta semana, Robles, revelou que assinaria da carta de intenções foi feita durante a próxima reunião da OTAN em 13 e 14 de fevereiro de 2019.

O acordo final (Acordo-Quadro de Integração) entre os três países será concluído durante o Paris Air Show entre 17 e 23 de junho de 2019, segundo noticiou a mídia espanhola El Pais. A Espanha destinará a esta fase de desenvolvimento cerca de €  25 milhões, para os dois  primeiros anos do programa.

Uma delegação do Ministério da Defesa espanhol será agora integrada à equipe encarregada da fase inicial de projeto do sistema, enquanto as empresas espanholas deverão se juntar à organização industrial franco-alemã.

Com a Espanha possui 4,17% da Airbus, essa participação no projeto certamente criará empregos dentro das instalações da Airbus espanhola, bem como garantirá a posição das 12.000 pessoas que emprega atualmente.

A Força Aérea Espanhola deseja adquirir cerca de 40 novos Eurofighter Typhoons por um total de € 4 bilhões para substituir os 80 caças F-18 atualmente na frota até 2022 e garantirá a sobrevivência da linha de montagem da Eurofighter em seu país.

Enquanto isso, a Airbus e a Dassault Aviation receberam um contrato de estudo conjunto (JCS) por € 65 milhões da França e da Alemanha em 6 de fevereiro de 2019.

O estudo que deve começar até o final do mês visa unir os termos do Alto Nível. O Documento de Requisitos Operacionais de Comando (HLCORD) foi assinado pela França e Alemanha durante o ILA Berlim 2018, com os dois estudos conduzidos separadamente pela Airbus e pela Dassault desde o início do programa.

No mesmo dia, os dois fabricantes de motores Safran e MTU Aero Engines assinaram um acordo de cooperação industrial para a motorização da aeronave de combate de nova geração.

O objetivo do FCAS é desenvolver um jato de combate que deve ter a capacidade de operar com uma ampla gama de elementos conectados e operando juntos, incluindo “enxames” de drones, mísseis de cruzeiro e aeronaves. Ele está definido para substituir o Eurofighter e o Rafale e deve entrar em serviço em 2040.

 

Fonte: Aerotime

3 Comentários

  1. A Espanha, naturalmente, se junta ao grupo. Enquanto isto, Reino Unido e Itália, também naturalmente, se juntam com o Tempest.

    Nada de anormal até aqui.

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