Fazer Como ??

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Por: Luíz Pinelli

O Velho Patriota

Fazer Como ??

Que a sociedade brasileira entenda de uma vez por toda, se o País não possuir um Orçamento Militar que permita de fato, investimentos bélicos previstos, legalmente, no Plano Militar de Rearmamento e Fortalecimento das nossas FAs jamais, poderemos, efetivamente, dispor de sua realização material, pois, fica subentendido que o governo tem outras prioridades.

No Brasil, além do Plano Estratégico Bélico de Fortalecimento Militar, que temos, é necessário possuir uma Lei de Programação Financeira Militar, que vincula seus termos legais, à Constituição Federal, estabelecendo as regras de execução financeira do Plano Estratégico Militar, transformando-o em algo verdadeiro para o Brasil, determinando as obrigações dos sucessivos governos brasileiros para o aparelhamento definitivo da modernização, do fortalecimento bélico,e, da assistência militar técnica permanente às FAs nacionais.

Infelizmente, tornou-se um apelo repetitivo, uma vez que, reiteradas vezes, afirmamos que deverão ser recursos orçamentários contínuos( Despesas Continuadas na forma da Lei ), “para sempre enquanto houver Brasil”, razão pela qual, temos de definir com firmeza, simultaneamente com a Lei de Programação Financeira Militar, respectivos Fundos de Reservas Orçamentários e com suas respectivas Fontes de Recursos, de maneira a garantir o financiamento dos investimentos bélicos das nossas FAs.

Temos, entretanto, algumas boas notícias, como a autorização do Sr. Presidente de República do Brasil para que o EB receba 3.000 blindados de transporte produzidos pela Fiat/Iveco de Sete Lagoas, em MG, que mudou de nome, eram os URUTU III e agora, são os GUARANI, em várias versões militares; o EB negocia a compra do Sistema Antiaéreo Russo TOR –M 2 E, que é considerado um dos melhores sistemas deste tipo p/ abater aviões, helicópteros, armas de alta precisão e mísseis, usando radar; também, aprovado, projeto que aumenta efetivo da Marinha em 36% passando de 59,6 mil para 80,5 mil, e formando-se, assim, o berço da 2ª Frota- Frota do Norte – Base Naval da Ponta da Espera na Baía de São Marcos, em São Luís no Maranhão. Estas excelentes informações esbarram no necessário Planejamento Orçamentário aqui mencionado e repetido em quase todos os comentários feitos no BLOG.
Na verdade, só vemos um único deputado federal, na Câmara em Brasília, defender o direito das FAs ao rearmamento bélico e, ao exercício otimizado da segurança da soberania nacional. Este entendimento estratégico, que devia ser obrigatório as todos e quaisquer brasileiros conscientes, estejam na posição que estiverem, não é nenhum favor político concedido às FAs brasileiras por um governo eventual de ocasião, mas uma prerrogativa da existência da soberania nacional, portanto, um dever inalienável de todos os governos e de sua sociedade, de manterem em perfeito estado de funcionamento as FAs da Nação Brasileira, pelo poder das armas e pelo emprego dos equipamentos bélicos modernos.

Mais uma vez considerando, o tamanho geográfico do território nacional há de se estabelecer uma estratégia logística contínua devida às FAs do Brasil de forma que permita o cumprimento digno das suas funções constitucionais.
Em termos de efetivo humano as FAs do Brasil, além de possuir um considerável contingente militar, são tão bons do que todos os outros iguais dos mais modernos exércitos do mundo.Temos sim, e sentimos orgulho disto, excelentes soldados, valentes, corajosos, destemidos e sobretudo, inteligentes que se adaptam com larga margem de vantagem a quaisquer situações de guerra no teatro de operações, portanto, em nossas FAs, temos, uma das melhores mão de obra profissional atuante na área militar de defesa, só precisamos conceder-lhes uma remuneração digna, pois, inclui-se como princípio estratégico do Plano Militar de Defesa Nacional.

Como exemplo clássico de coragem, podemos apontar a nossa gloriosa FEB, que saiu do Brasil desacreditada até pelo governo Vargas e depois, já na Itália, apesar ter levado consigo um treinamento deficiente, portou-se com rara bravura. Como brasileiro, tenho muita dó deste povo, pois, o Brasil é uma Nação, relativamente, jovem, formada, originalmente, pela colonização portuguesa, de uma forma negativa, pelo governo colonial que fez desta terra um grande presídio, nela colocando condenados e degredados para cumprirem longas penas judiciais, seguindo-se, posteriormente, a utilização de mão de obra escrava de negros e índios. Esta deplorável formação étnica, deixou profundos traços degenerativos, na formação da personalidade do povo brasileiro, cujo comportamento dos atuais dirigentes, deixa visível a incorporação de posturas falhas de decisão e da ausência de patriotismo pelas coisas do Brasil.

Voltando à óptica militar, os cenários da 2ª Grande Guerra Mundial é repleto de exemplos tristes de inoperância quando governantes incapazes, politiqueiros,displicentes,acomodados nos falsos conceitos de Paz entre povos, foram tragicamente surpreendidos pela ação agressiva da Alemanha Nazista que, em silêncio mortal, se preparou após, a 1ª grande guerra, cuidadosamente, através do cultivo de uma filosofia militar nacional de superioridade de povos e raças, fazendo o preço do cochilo dos dirigentes das nações violentadas, ser muito alto.

Costuma-se dizer, no meio militar, que o preço da paz é a eterna vigilância. Mas, neste caso, esta máxima não funcionou. Torcemos para que este quadro militar nunca aconteça no Brasil, pois, as histórias da humanidade sempre se repetem, conforme a evolução e crescimento dos povos, só os personagens da peça mudam, uma vez que, o desinteresse pelo fortalecimento bélico das FAs brasileiras, sempre inspiraram os condutores do Brasil.Nos tempos do Brasil Colônia e do Brasil Império a Nação era mais aguerrida do que o Brasil Moderno !!! No ponto de vista militar prático, analisemos uma fatia da questão, e vejamos o seguinte.

Hoje o EB tem 100 unidades de tanques pesados, recebidos em 1997, os M-60 A3 TTS comprados por um preço simbólico dos EEUU; 128 unidades de Leopards 1 A 1 , também recebidos em 1997, comprados da Bélgica; Não é necessário dizer que estes blindados são de 2ª mão, já usados e esgotados tecnicamente, não sendo necessário afirmar que ambos exigem uma imediata revitalização técnica; em 2009 o EB adquiriu da Alemanha 250 blindados Leopards 1 A 5, a maioria após, rigorosa revitalização na própria Alemanha, serão entregues até 2012; em 2009 o EB recebeu o 1º lote de 60 tanques Leopards; então, somando-se tudo, teremos 478 unidades de M-60 mais os Leopards que o EB disporá; poucos sabem que em 2002, o EB cogitou da compra de um lote de 150 tanques blindados M- 1 Abrams por um preço quase simbólico dos EEUU, fabricados entre 1980 e 1985, portanto, usados de 2ª mão, mas, o que sabemos que seu canhão de 105 mm tem um sistema de pontaria superior ao M-60 A 3 TTS do EB, mas de qualquer forma a transação não foi fechada. Na verdade o EB só tem blindados pesados velhos de 2ª mão, e parece que o EB tem vocação para incorporar “ bélic garbage”.

Mas a bem da verdade esta situação é mais comum que a maioria do povo estima,no Brasil do passado, do presente e talvez, do futuro, pelo que vemos, se delinear. Portanto, parece que o EB se acostumou com este vexame , exceção nos governos militares, embora, realizassem excelentes mudanças bélicas, não aproveitaram a oportunidade para trocar os famosos M-113 pelo Charrua da época.

Se a França não possuir um helicóptero moderno de ataque que permita, através de um Convênio Militar, construí-lo em conjunto com o Brasil, seria melhor, através de um Convênio Militar com a Itália, a opção pelo helicóptero de ataque T 129 – versão 129 Mangusta da AgustaWestland, desenvolvido em Vergiate para as FAs da Turquia. Recentemente, o Sr. Ministro da Defesa do Brasil, prometeu que não compraríamos mais material bélico usado, pois, gera grave complicador diante da falta crônica de dotações orçamentárias no setor, tornando as revitalizações de blindados, e, outras peças bélicas de difícil realização.Apesar disto o Brasil comprou 478 unidades de tanques pesados.

O bom mesmo, seria o EB e Ministério da Defesa pensarem, com cuidado, antes de decidirem comprar “ferro velho”, pois, qualquer um deles vai necessitar de urgente revitalização, ou do contrário não teremos nada em nossa defesa. Diante desta situação, terrivelmente,perigosa não restará ao governo se não, tomar uma decisão rápida. Partir para a compra de Xs unidades do Leopards 2 A 6, e, pouco importa o preço, seguindo a política orçamentária definida em longos comentários no BLOG, ou revitalizar a frota heterogênea de 478 unidades de blindados pesados, ignorando, os custos x benefícios, uma vez que, estas despesas são uma resultante da decisão equivocada não tomada por especialistas das FAs.

A cobertura militar do tamanho do território brasileiro, exige, que o EB disponha, de no mínimo, 1.500 unidades de tanques pesados, inteiramente, novos, cabendo disser que não poderão ser usados em todos os tipos de terreno brasileiro ,e como é do conhecimento geral, mais de 53% do Brasil é Amazônia. Como não vislumbramos nenhuma opção através da “encantada” Engesaer, então, FAZER COMO ?? Vamos tentar a utilização técnica do Arsenal de Guerra de São Paulo e do similar no Rio de Janeiro para revitalizar nossos blindados pesados, enfrentando seus custos e remediar a carência do EB.

Uma vez que, a compra dos modernos Leopards 2 A 6 da Alemanha, estão, hoje, fora do alcance dos recursos do Brasil, pois, ninguém se preocupa com esses assuntos, só se “ incomodam com seu próprio umbigo”.Relacionando alguns itens da revitalização apontamos: no M-60 A3 TTS, através de Convênio Militar com Israel ou Turquia, podemos converte-lo para o padrão Sabra; no sistema hidráulico de elevação da torre coloquemos um equipamento elétrico para evitar o escapamento de spray quando atingida; troca da torre com um melhor perfil balístico, com proteção mais eficiente, com novo canhão de 120mm; mudança de motores, lagartas e saias de proteção, e adicionar blindagem modular, ficaríamos com um excelente M-60 pronto para o combate.

Interagir com a Alemanha, coletando dados da viabilidade técnica para a modernização dos Leopards 1 A 1 a nível mais próximo do Leopards 1 A 5. Na recente partilha política da arrecadação dos “royalties” do Pré –Sal brasileiro ninguém de Brasília, em momento nenhum, lembrou-se das necessidades estratégicas das FAs para poderem assegurar, pelo poder das armas, o acesso do povo brasileiro na participação e gozo das riquezas do solo pátrio.

O que mais, nos impressiona é que, nem com o fortalecimento da Marinha de Guerra do Brasil não existe, a menor preocupação dos governos guarnecer( em verdade) a Amazônia Azul. Ninguém cogitou em organizar nenhum Fundo de Reserva Orçamentário, com estes recursos, e, muito menos, com as demais Fontes de Recursos. Parece-nos que as FAs do Brasil estão fadadas ao eterno recebimento de material bélico usado em 2ª mão. No Brasil todos tem um terrível medo de criticar, de desagradar os que tem poder de mando, mesmo que não tenham o cunho político e sejam estribadas nas melhores razões e crivadas na maior justiça.

“ Parecem que todos estão em cima do muro” esperando o que, não sei ??? O PatriotaVelho está se tornado repetitivo, chegando aos limites do desânimo, uma vez, que ele não é político, nem militar, apenas, um civil que tem sangue nas veias, e,amargurado, preocupa-se com o Brasil de amanhã. Em todas as partes do mundo, entre quase todos os povos, nas diferentes culturas, sabemos que existem praticantes da demagogia, mas, que possuem um mínimo de amor patriótico a terra- mãe, em que vivem.

Vamos estimular no Brasil, atitudes grande e livres em favor das FAs, eliminando-se, de vez, o revanchista burro contra nossos militares, em favor da grandeza do Brasil. Lamentamos profundamente o acontecido no nosso passado de nação, mas não sempre ao impulso revanchista. Rejeitemos o exemplo da Argentina que está demolindo suas FAs e já cancelou , até, um treinamento naval, em conjunto com o Brasil, além de não receber , grosseiramente, nosso Ministro da Defesa quando lá vai a negócios. Glória aos que amam o Brasil, Luiz.

O VelhoPatriota – O Plano Brasil : Luiz.

luiz pinelli neto

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