Escola Superior de Guerra do Brasil recebe prêmio nos Estados Unidos

O General de Exército do Exército Brasileiro Décio Luis Schons, comandante da Escola Superior de Guerra, recebe o prêmio William J. Perry 2018 na categoria institucional de Excelência no Ensino de Segurança e Defesa. (Foto: Ministério da Defesa do Brasil)
A Escola Superior de Guerra do Brasil recebeu o prêmio William J. Perry 2018 por excelência no ensino de segurança e defesa.

A Escola Superior de Guerra (ESG) do Brasil recebeu o prêmio 2018 na categoria institucional de Excelência no Ensino de Segurança e Defesa do Centro de Estudos Hemisféricos de Defesa William J. Perry. Anualmente, o centro premia pessoas ou instituições que prestam serviços à comunidade em assuntos relacionados à segurança e à defesa.

O comitê encarregado da premiação busca pessoas e instituições que tenham atingido os mais altos padrões de excelência acadêmica e demonstrado um compromisso duradouro com os programas de educação que abordam desafios atuais e futuros de segurança e defesa. A cerimônia foi realizada no dia 20 de setembro de 2018, com a presença de dirigentes políticos, autoridades diplomáticas e das forças armadas da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Paraguai e do Peru, entre outros. Participaram também funcionários do Departamento de Estado dos Estados Unidos e de universidades.

O General de Exército do Exército Brasileiro (EB) Décio Luis Schons, comandante da ESG, recebeu o prêmio das mãos do General de Exército dos EUA Frederick S. Rudesheim, diretor do Centro de Estudos Hemisféricos de Defesa William J. Perry. “Esperamos que nos próximos anos possamos continuar cooperando no âmbito bilateral e multilateral com os Estados Unidos”, disse o Gen Ex Schons, que destacou que ambos os países compartilham valores como o respeito pela democracia e pela supremacia das leis.

“Na minha gestão na escola, nos concentramos em ampliar a projeção internacional da instituição e, assim sendo, contratamos 15 novos docentes brasileiros e estrangeiros, todos com doutorado, 13 para o campus do Rio de Janeiro e dois para o de Brasília. Investir em educação e formação em defesa é essencial para o Brasil e para a região atualmente”, afirmou o Gen Ex Schons.

O oficial disse que o prêmio é um incentivo para continuarem aprofundando as políticas adotadas nesses anos. “A ampliação da escola em termos territoriais deve continuar sendo uma diretriz para guiar nosso trabalho. Por exemplo, em 2011 a ESG se expandiu para Brasília. A ESG continua sendo o espaço mais importante na definição das estratégias de relações internacionais para o Brasil”, acrescentou o Gen Ex Schons.

O prêmio William J. Perry

O prêmio leva o nome do ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos William J. Perry, que foi quem propôs a criação do Centro de Estudos Hemisféricos de Defesa, após a realização das duas primeiras conferências de Ministros de Defesa das Américas. O Centro de Estudos Hemisféricos de Defesa surgiu em 1997 como uma proposta acadêmica regional, onde os países pudessem reforçar a liderança em defesa e segurança. O centro foi rebatizado em homenagem ao secretário Perry em abril de 2013.

Em 2017, a Universidade Militar de Nueva Granada, em Bogotá, Colômbia, recebeu a distinção. A Secretaria Técnica do Conselho Nacional de Segurança e o Centro de Estudos de Política de Defesa da Guatemala, o Centro de Estudos Superiores Navais do México, o Colégio de Altos Estudos Estratégicos de El Salvador e a Academia Nacional de Estudos Políticos e Estratégicos do Chile são outras instituições premiadas em anos anteriores na categoria institucional do Centro William J. Perry.

Escola Superior de Guerra e relações internacionais

Ao longo dos seus 69 anos de vida, a ESG já promoveu as relações internacionais em nível governamental e também acadêmico, através da articulação regional e internacional das forças armadas, de institutos de pesquisas e de laboratórios de ideias. Nesse período foram formados 8.000 especialistas em assuntos de defesa.

O Instituto de Doutrina de Operações Conjuntas (IDOC), no Rio de Janeiro, trabalha lado a lado com a ESG para uniformizar o ensino doutrinário das escolas de altos estudos da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira. O IDOC e a ESG realizam eventos como o Seminário de Doutrina de Operações Conjuntas entre o Brasil e o Paraguai e o Seminário Regional Sul-Americano: Combatendo as Ameaças Transnacionais, promovido em conjunto com a Colômbia.

O General de Brigada do EB Umberto Ramos de Andrade, que participou da cerimônia de premiação, explicou que ambas as instituições atuam em sinergia com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, com o objetivo de realizar trabalhos conjuntos no futuro. “Essas atividades nos permitem avaliar e coordenar as ações da diplomacia militar, bem como planejar política e estrategicamente a segurança internacional e a defesa nacional.”

Fonte: Dialogo Americas

2 Comentários

    • E quando o governo “nacionalista e progressista” entregou o Pré-sal ao Estado chinês qual foi a justificativa, que eles eram membro “duzbriqui” e isso pode?

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