Ekranoplano A-90 Orlyonok

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Embora se assemelhe um pouco à primeira vista, não é um hidroavião nem um hovercraft.

É de fato um tipo de “barco voador”, que explora um princípio da aerodinâmica chamado efeito solo.

A fuselagem e estrutura das asas têm características de aeronaves convencionais e a maior parte do equipamento e instrumentos de bordo se originam destas.

Contudo, o efeito solo, ou asa-na-terra, se refere ao denso colchão de ar que se cria entre as asas e uma superfície de água ou terra. Porém, a nave asa-na-terra não pode ser uma aeronave.

A tecnologia asa-na-terra tem uma atração em particular para os militares.

Naves asa-na-terra podem transportar cargas pesadas por terra e mar com rapidez – desde uma praia rudimentar ou terra adentro – e podem voar sob difíceis condições atmosféricas.

Quando um avião acelera em voo rasante muito próximo a uma superfície lisa, como a de um lago, o ar que passa sob suas asas cria um colchão de ar que dá maior sustentação à aeronave. Assim, ela gasta menos combustível para permanecer em voo e, por tabela, tem maior autonomia.

A pesquisa sobre o efeito asa-na-terra começou nos anos 20 e em 1935 a primeira nave asa-na-terra foi patenteada na Finlândia, mesmo ano em que o engenheiro finlandês T. Kaario construiu o que chamou de nave wing-ram.

Depois do finlandês, surgiram entre os principais desenvolvedores das naves asa-na-terra o russo Rostislav Alexeiev considerado o pai dos Ekranoplanos, e o alemão Alexander Lippisch, mais conhecido como o pai da asa delta.

Informações: DefesaBR

 

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13 Comentários

  1. Duas outras vantagens,Primeiro: Ele não toca na água enquanto esta voando,não permitindo seu rastreio por Sonar.
    Segundo:Ele voa baixo não permitindo sua fácil localização no Ar,por isso um navio não pode rastreá-lo facilmente.
    Esse Ekranoplano em uma versão moderna com materiais compostos, seria uma aeronave ASW perfeita. 😀

    • Caro Felipe.

      Não digo que você está errado, mas tenho algumas dúvidas.

      Podemos lembrar que alguns aviões, como o Tu-95, também não tocam a aguá e mesmo assim são detectados por submarinos.
      Será que o mesmo não aconteceria com um monstro desses?

      Outra dúvida. Ele voa, aparentemente, na mesma altura dos mísseis anti-navio mas tem RCS muito maior. Será que, sua velocidade alta não geraria efeito dopppler suficiente para poder ser detectado por plataformas aéreas como AWACs ou caças com AESAs de alta sensibilidade?

      Eu, na minha opinião pessoal, não imaginaria como uma plataforma ASW, mas gostaria de ver versões menores e furtivas que pudessem carregar mísseis anti navio em alta velocidade, quase como caças aquáticos.

      Me lembro que na união soviética havia alguns modelos armados com míssies anti-navio , mas eram imensos e contavam apenas com a velocidade para sobreviver, deviam ter algum tipo de defesa eletrõnica, é claro, mas mesmo assim me pareciam pouco ágeis e indefesos.

      O que escrevi acima são só opiniões, nunca estudei sobre ekranoplanos profundamente. Posso estar totalmente enganado….

      Respeitosamente.

      • Deagol,

        Os russos de fato trabalhavam em uma variante para ataque. Chamava-se Lun:

        http://www.defesabr.com/Tecno/Asa/Ekranoplano_Lun_4.jpg

        http://thevelvetrocket.files.wordpress.com/2010/05/soviet-lun-class-ekranoplane-ground-effect-vehicle-1.jpg

        http://silodrome.com/wp-content/uploads/2012/08/Lun-Class-Ekranoplan.jpg

        Um tipo como esse poderia, em teoria, servir de “batedor” para uma frota em águas domésticas ou um pouco mais distantes, utilizando-se de sua velocidade para fazer reconhecimento de determinada área e retirar-se rapidamente, atacando um adversário se fosse necessário…

        Evidente que, diante do desenvolvimento dos mísseis de cruzeiro, da aviação estratégica e da aviação embarcada, o conceito do Lun possa perder a utilidade. Contudo, creio que ainda há uma possibilidade para seu uso, substituindo os chamados “missile boats”… De toda a sorte, não se pode imaginar que um veículo como esse, apesar do alcance, possa permanecer muito tempo no mar ( o que simplesmente eliminaria seu uso estratégico )…

      • Deagol

        Eu não sei muito sobre Submarinos,mais se eu não estiver enganado,eles não podem rastrear uma aeronave sem estarem na superfície,por isso uma aeronave ASW e tão boa nesse serviço.
        Tu-95 voa bem acima da altitude do Ekranoplano,colocando o Tu-95 em desvantagem,como me referi no meu comentário, o Ekranoplano atual seria feito de materiais compostos diminuindo seu RCS,também teria motores mais modernos e potentes,com economia maior.
        Os Ekranoplanos também poderia ser usados como Ante-navio com misseis Brahmos.
        Mas e claro que eu poderia esta errado (completamente kk).

  2. Que maravilha! Já tinha visto essa tecnologia, não só é impressionante como também é uma opção atrativa de transporte de tropas e cargas rápidas transcontinental!No Brasil, que tem uma imensa costa marítima, viria a calhar na defesa da nossa Amazônia azul para deslocamento de efetivos de norte a sul, ou seja, do Rio Grande do Sul ao Macapá!

  3. O Irã fez uns ekranoplanos pequenos de compósitos! Mas eram munidos de metralhadoras ¬¬.. mas não é possível que não dá pra por pelo menos um pod de míssil anti-navio neles..

  4. Sério 1…

    O Ekranoplano foi originalmente um trabalho de feira de ciências do 2º grau, lá no interiorzão do Piaui, do estudante Dandolo.


    Sério 2…

    Bem, como não se trata de barco, nem de avião, nem de carroça, e nem de automóvel, logo, esse veículo está isento de licenciamento anual, IPVA e pedágios… É de um veículo desses que estou precisando para minhas pescarias, não precisarei ter despesas também de Iate Club, poderei ir de casa daqui de São paulo pela avenida Bandeirantes e seguir diretaço pela Anchieta ou Imigrantes até a baixada santista, depois é aquele abraço com o mar.
    Importante:
    Não foi dito na matéria mas esse aparelho também é Full Flex.

  5. Os iranianos estão desenvolvendo diversas versões desse tipo de avião.
    Provavelmente vão demorar até o fim dessa década para conseguir fabrica-los em escala industrial, mas o fato é que vão conseguir.

  6. Em outros comentários já falei das super lanchas, que seriam muito mais úteis para o Brasil que este monte de lata que não tem velocidade nem armamento apropriado servindo apenas de tiro ao alvo. Lógico que este projeto é muito antigo mas tem vários ítens em sua construção que merecem ser aplicados numa super lancha de defesa e ataque.
    Certamente o Irã deve estar aplicando isto nas suas.
    Isso aí atualizado, com armamento adequado e em quantidade certa pode dar muita dor de cabeça ao inimigo.

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