Documentos revelam apoio do Ocidente a afegãos na invasão soviética

http://www.alpinist.com/media/ALP18/alp18-62-1.jpgAs potências ocidentais se reuniram em segredo logo após a invasão soviética no Afeganistão e planejaram dar apoio à resistência islâmica, que atualmente está no foco do combate das forças da Otan no país asiático, revelam documentos britânicos dos anos 1980, publicados esta quinta-feira.

Oficiais de alta patente de Grã-Bretanha, França, da então Alemanha Ocidental e dos Estados Unidos se reuniram em 15 de janeiro de 1980, em Paris, para discutir a resposta ocidental à invasão, em 24 de dezembro de 1979.

A divulgação, pelos Arquivos Nacionais britânicos, de documentos mantidos em sigilo durante 30 anos ocorre em um momento em que os aliados ocidentais estão prestes a entrar em um novo ano de conflito no Afeganistão, onde combatem justamente os insurgentes islâmicos.

Segundo os documentos, entre os participantes do encontro estavam o então conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Zbigniew Brzezinski, e o secretário de gabinete britânico, Robert Armstrong.

De acordo com Brzezinski, o apoio aos “mujahedines” deveria ser coordenado com “nossos amigos” – um eufemismo para o MI6, a agência de inteligência britânica – e similares entre os aliados.

Sobre a reunião em P

aris, Armstrong afirmou que embora se tentasse evitar uma guerra na conturbada região tribal afegã, fronteiriça com o Paquistão, ainda havia muito que poderia ser feito.

Ele disse que as forças presentes ao encontro concluíram que “seria do interesse do Ocidente encorajar e apoiar a resistência”.

http://soviethammer.devhub.com/img/upload//127406-050-5099a96d.jpg

Armstrong disse que enquanto houver afegãos que queiram continuar a resistência contra a invasão soviética, a resistência deveria ser apoiada.

“Isto dificultaria o processo de pacificação soviética no Afeganistão e tornaria este processo muito mais longo do que ocorreria de outra forma”, emendou.

Armstrong acrescentou que “a existência de um movimento de guerrilha no Afeganistão estaria no foco da resistência islâmica…”.
http://www.rugreview.com/afgwar/17-oni6.jpg

A resistência dos “mujahedines” acabou alimentando o Islã radical no Afeganistão, o que levou ao crescimento da rede terrorista Al-Qaeda.

Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, as forças da Otan depuseram o regime talibã no Afeganistão, mas ainda combatem os insurgentes islâmicos, que recuaram suas bases para o Paquistão.

O ano de 2010 foi o mais mortal desde que o início das operações da Otan no Afeganistão, com mais de 700 baixas, com uma média de duas mortes por dia.

11 Comentários

  1. QUEM TE VIU E QUEM TE VER AGORA.
    .
    .
    Este documento se refere quando os EUA e a OTAN deram armas aos “guerreiros da liberdade”,como a al’queda era chamada pelo o ocidente naquela época.

  2. Os guerreiros da liberdade, hoje chamados de terrorrista pela ótica dos seus criadores…é td já pensam em sair de dentro do inferno; o AFEGANISTÃO… debanda geral ,q pesadelo.Sds.

  3. Como o mundo dá voltas não?…Uma visão curta do mundo revelada pelas msgs débeis da diplomacia americana por meio do Wikileaks. E dizem que não temos experiência…

  4. Nada de mais, Russos e americanos se odiavam até 20 anos atrás, agora estão com parcerias e tudo mais… O mundo dos humanos é assim mesmo, hoje tu é persona no grata, amanhã tu pode ser meu amigo do peito,e por aí vai…

  5. É muito engraçado ver como as coisas mudam a partir da ótica e hipocrisia americana, no vídeo abaixo vcx verão o presidente norte-americano Regan recebendo os “guerreiros da liberdade” na casa branca,e no outro vídeo dedicando o lançamento da nave espacial columbia para os mesmos,mas agora os EUA jogam bombas nos “guerreiros da liberdade”.
    VAi entender.

    http://www.youtube.com/watch?v=uGm-4MRuGF0
    http://www.youtube.com/watch?v=uGm-4MRuGF0

  6. tenho pena que uma terra possa ter sofrido com tantas guerras e invasões por causa do petroleo…
    :8: opss nos agora temos muito petroleo…
    lula cade os caças….

  7. Os russos e chineses são bons, pois não enviaram mísseis aos afegãos contra as tropas americanas e europeias.
    Pessoal, os bárbaros estão na genética dos europeus e americanos.São povos que amam a Arte da Guerra.
    Estou sentindo, que EUA, Rússia, China e países europeus se uniram contra os islâmicos.
    Estou impressionado com a força do Islã.
    Eu já deu aqui a fórmula para a paz.
    Está no meu Blog de ufologia.

  8. Caro Dandolo…

    os motivos da guerra travada hoje no Afeganistão são muito diferentes daquela dos anos 80 quando a URSS invadiu o mesmo, sem mencionar o numero de mortos, feridos
    e os que abandonaram o país…não há a minima comparação com os numeros de hoje.

    Até mesmo agentes russos estão cooperando com as forças americanas pois o tráfico de drogas está causando muitos danos a Russia, portanto não é que russos sejam “bons”, não há o menor interesse que o Taleban vença.

    A OTAN é fraca para comprometer maiores forças assim o peso da guerra está nos ombros dos EUA e do Paquistão.

    Quanto ao que vc escreveu sobre o barbarismo estar na genetica de americanos e europeus, voce esquece por exemplo que o Japão foi o mais bárbaro de todas as nações
    envolvidas na Segunda Guerra, mais que a Alemanha Nazista.

    Poderia dar dezenas de exemplos, mas o mais contundente,
    foi o que fizeram na cidade chinesa de Nanking, onde cerca de 200.000 pessoas foram mortas e pelo menos 30.000 mulheres, inclusive crianças, foram estupradas,e em seguida mortas.

    Se tiver oportunidade e estomago, recomendo o livro
    “The rape of Nanking”.

    Sou admirador da historia japonesa e não acho justo culpar o Japão hoje pelas arbitrariedades cometidas pelos governantes de outrora, mas japoneses e mesmo chineses e
    outros povos asiaticos não podem ser classificados de pacificos.

    abs

  9. Mandou muito bem Dalton.

    Sugiro que seja abolido os termos “asiáticos” ou “saxões” pra falar sobre o assunto maldade/crueldade.

    Isso é inerente ao ser humano, massacres e banhos de sangue foram cometidos por todas as etnias presentes no globo.

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