DCNs na EURONAVAL 2014

DCNS Euronaval 2014 (14)

Sugestão Rustam-Moscou

Informações DCNs

Texto: E.M.Pinto

É incontestável o peso e importância influência da DCNs no evento Euronaval 2014, evento que acontece de 27 a 31 de Outubro em Le Bourget, França. Dentre os inúmeros expositores, sem dúvida alguma a DCNs é de longe o mais expressivo, fato que pode ser constatado pela diversidade e gamas de operações dos produtos  que conglomerado francês leva para a exposição.

O Ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que o Brasil planeja construir porta-aviões no prazo de 15 anos

Brasil e Rússia rumo ao Porta aviões…

 

A DCNS chega ao evento de forma “agressiva”, com uma variada gama de produtos com vistas à exportação. Dentre eles, o de maior impacto para o público geral é o projeto de um grande porta-aviões, com deslocamento nominal de cerca de 55 kton, comprimento de 272 m.  O modelo exposto que atendia pela sigla “DEAC” foi apresentado com duas catapultas.

Segundo alguns participantes da mostra, o único possível cliente deste navio seria o Brasil. Curiosamente então o modelo apresenta o seu deck superior  repleto de caças navais  Rafale M e aeronaves de alerta antecipado E-2D Hawkeye, além de aeronaves não tripuladas de ataque VANT-C  NEURON, mas se o leitor estiver curiosidade e olhar atentamente verá no convoo do navio uma aeronave COD, C-2 Turbo Tracker, a variante cargueira do histórico P-16 Tracker que por muitos anos serviu ao esquadrão Cardeal da Força Aérea embarcado no Porta Aviões  A-11 Minas Gerais.

A presença do TurboTracker no convés juntamente com aeronaves EC 725 e SH60B, tais como os operados pela Marinha do Brasil do navio suscitam e sustentam as hipóteses de que o Brasil seja de fato um potencial alvo do interesse da DCNs para apresentando um projeto inovador do sucessor do A-12 São Paulo.

DCNS Euronaval 2014 (9)

Como de costume, a DCNS apresentou o seu modelo de navio de assalto anfíbio multipropósito da classe Mistral, o navio centro dos  controversos embates diplomáticos entre Rússia e França devido as sanções impostas a Rússia.  O modelo do Mistral foi exibido ao lado de um navio de reabastecimento e transporte logístico da nova classe BRAVE.

As soluções de combatentes de superfície a maior gama de navios da DCNs estiveram representadas pelas fragatas FREMM, bem como, da variada gama de diferentes opções de projetos dos navios da família de corvetas Gowind. Curiosamente, a versão de patrulha, anteriormente denominada Gowind Patrol, teve seu nome alterado para patrulha tiveram seus nomes alterados para Gowing 1000 a 2500.

DCNSs: Egito adquire quatro corvetas Gowind

Malásia opta novamente por navios Franceses: primeiro cliente estrangeiro para os navios Gowind

Sobre estes navios, destaca-se que uma grande movimentação no estande da DCNs provavelmente causado pelo recente anúncio da Marinha da Malásia e do Egito que adquirirão as corvetas Gowind, parece ter acendido o interesse de inúmeros potenciais clientes, a DCNs espera alcançar um vasto Portfólio de clientes mundo a fora.

DCNs Revela novo projeto de submarino Oceânico

Vídeo: DCNS – SMX-26 Littoral Seabed Landing Submarine Combat

Um dos mais interessantes projetos novos que a DCNS apresentou  na exposição  foi o projeto do submarino convencional SMX OCEAN, na verdade trata-se de uma opção não-nuclear alternativa aos submarinos nucleares de ataque da Marinha francesa da classe SUFFREN,  Barracuda. O SMX OCEAN movido por um sistema Diesel-elétrico combinado por um sistema de propulsão independente do ar (AIP) e células de combustível de segunda geração substitui o sistema MESMA, uma turbina geradora à combustão de metanol em circuito fechado.

A DCNS apresentou ainda a Linha SCORPÈNE de submarinos convencionais oferecendo os sistemas AIP como opção para submarinos de 2000 kton estendendo-se para submarinos menores de 1000 kton. Para os visitantes do evento, esta opção claramente se aplica aos novos submarinos litorâneos da classe ANDRASTA SMX-26 .

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Euronaval

Sem dúvida uma das  maiores revelações do evento foi o conceito XWIND 400, navio planejado sob o conceito de um navio ‘total digital ship’”. Conceito que proporciona cobertura global em todos os hemisférios e que permite a operação simultânea de todos os sensores sem geração de interferências.

DCNS Euronaval 2014 (7)

Os sistemas foram concebidos para responder dinamicamente às ameaças, de ataques de saturaçaõ de mísseis e armas stand off, submarinos, aeronaves, forças de superfície, anti-terror, pirataria ou detectar ataques de saturação.”

DCNS Euronaval 2014 (19)

O XWIND também inclui um sistema de propulsão híbrido inovador, compacto, formado por motor-gerador elétrico, motores diesel,  montados sobre uma única caixa de transmissão. As baterias armazenam o excesso de energia produzida por alternadores do navio co-gerando a energia extra  para alimentar o motor elétrico que permite ao navio, navegar em  modo totalmente silencioso. Segundo a DCNs este sistema permite uma economia da ordem de 10% de combustível, porém o conceito reduz em 40% os custos de manutenção do navio.

11 Comentários

  1. Depois de muito tempo posso dizer que o Brasil definiu bem suas parcerias :
    Marinha: França via DCNs
    Força Aérea: Suécia via Saab
    Exército talvez a Rússia em sistemas antiaéreos
    Vale ressaltar a excelente parceria com Israel no Super Tucano, nas modernizações do F-5 e A1, na torreta do Guarani e EU suponho que nosso Gripen terá o recheio israelense com toda a aviônica embarcada inclusive o radar, deixo claro que isso é umq suposição e nadq mais.

  2. Brasil planeja construir porta-aviões no prazo de 15 anosssssssssssssssssssssssss

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    CHEGA DESANIMA PENSAR

    Iso se o passarinho Gripen Aquatico l nao consumir todo o din din .

    • KLM,

      Entre a burocracia, construção, e a finalização dos testes, pode facilmente se passar uma década até que um porta-aviões esteja decisivamente operacional.

      Por exemplo, a construção do Charles de Gaulle começou, se não me engano, em 1989, e somente foi comissionado junto a marinha francesa em 2001…

      • Meu Nobre RR
        Concordo com vc que isso nao nasce em um dia

        Ainda mais para fazer tudo isso funcionar na forma Certa .

        Porem quando me referi aos 15 anos

        E que ate que se tome a a medida da compra , mais os 15 anos

        e desanimador pensar

  3. Como todo vídeo promocional da industria bélica o inimigo sempre está dormindo não tem armas de defesa e o armamento demonstrado e insuperável e 100% eficaz, viva o marketing

  4. Se a DCNS aumentar esse projeto para 300 metros de comprimento e 70 toneladas de deslocamento, com a experiência e conhecimento obtido no desenvolvimento do Gripen NG Naval, poderemos navalizar os Embraer’s 145 de controle e alerta aéreo antecipado e o sensorariamento remoto. Ai sim, teremos uma Força Aero Naval crível e digna de respeito, e capaz de projetar nosso Poder Naval. Sentemos com os Franceses e negociemos a construção de dois ou três, ambos com capacidades de serem nuclearizados na posteridade.

  5. Eu espero, amigo NovoBrasuK, q o radar do n supercaça Gripen NG seja dos judeussm afinal, o mesmo é AESA, julgo apenas q o mesmos tem baixo alcance, no + deveríamos ter essa flexibili// em aviônicos p os n SUPERCAÇAS..os gripens NG,são até mt bonitos e p ontem.Sds. 😉

    • giancarlos argus pelo que eu andei pesquisando o radar Elta 2052 AESA é muito tanto que os EUA vetaram os israelitas de instalarem seus próprios F-16 e em qualquer caça americano mundo afora. Dizem que os israelitas junto co os indianos desenvolveram uma versão com componentes não americanos mas o mesmo é uma downgrade.
      Quato ao alcance os dados são confidenciais e só achei especulações que giram em torno de 290 km (na versão com componentes made USA) repito que não são dados confiáveis.
      A própria adoção do ELTA no nosso Gripen e especulações de minha parte só fui pescando informações e posso estar certo ou redondamente enganado.

  6. Amigos,

    Gostaria que observassem as seguintes fotos do artigo:

    http://www.planobrazil.com/dcns-na-euronaval-2014/dcns-euronaval-2014-12/
    http://www.planobrazil.com/dcns-na-euronaval-2014/dcns-euronaval-2014-10/

    Se não me engano, representam a concepção de um navio de apoio logístico. Isso talvez seja mais importante, no atual momento, que um porta-aviões… Essas embarcações não apenas reabastecem a frota com suprimentos, como também são capazes de auxiliar operações anfíbias. Para um país como o Brasil, que possui ilhas distantes da costa, meios como esses são simplesmente essenciais; absolutamente necessários.

    Navios como esses, entre outros pormenores, representam apoio a capacidade de projeção de força de um país longe de seu litoral; são o elo que liga uma frota de uma força expedicionária ao lar, e, se analisarmos dentro de um aspecto macro de operações anfíbias, tem tanta ou mais importância que vasos de guerra pura e simplesmente…

    Contudo, esses navios não devem ser confundidos com LPDs ou LHDs, que são navios específicos para operações assalto anfíbio. Navios de apoio logístico evidentemente cumprem o seu papel de abastecer as forças nesse caso, mas eles não podem exercer plenamente as tarefas necessárias ao assalto inicial em larga escala.

    Por tanto, para realizar todas as tarefas que competem a uma marinha, deve-se deter pelos menos um navio especificamente destinado a operações anfíbias. Em suma, entendo que a MB, em tempos próximos, deverá contar com pelo menos um LPD em seu inventário.

    Mas seja como for, navios de apoio logístico representam ao menos uma capacidade limitada de intervenção longe de casa, podendo, teoricamente e em cenários limitados, executar operações de desembarque de tropas utilizando os meios aéreos que a ele forem associados.

    Em suma, se não for possível um LHD, que seja um LPD. Se não for possível o LPD, que se tenha minimamente navios de apoio logístico e os navios NDCC.

  7. Alguém aqui sabe se é verdade os comentários que li em um site de defesa de um editor que afirmou que a MB estaria negociando o casco do Barracuda com diâmetro maior para o nosso futuro Submarino nuclear de ataque?

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