Comandante do Exército General Eduardo Villas Bôas manifesta preocupação com uso frequente de militares para atuar na segurança

RIO — O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante do Exército brasileiro, voltou a usar na tarde deste sábado sua conta no Twitter para chamar a atenção para o constante emprego de militares em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Desta vez o oficial revelou estar preocupado com as constantes intervenções, usando como exemplo a mobilização do Exército para atuar na segurança pública no Rio Grande do Norte. Segundo o general, as Forças Armadas foram usadas três vezes num espaço de 18 meses no estado.

A presença das Forças Armadas nas ruas da Região Metropolitana de Natal e de Mossoró conta com 2.800 militares. As operações começaram na madrugada deste sábado. Ao contrário do Rio, onde há militares atuando em apoio à segurança pública do estado, no Rio Grande do Norte o Exército assumiu também o controle das polícias. Na manhã deste sábado, o governador do RN, Robinson Faria (PSD), transferiu, por meio de decreto, o controle operacional dos órgãos de Segurança Pública para o general de brigada Ridauto Lúcio Fernandes. As tropas deverão permanecer no estado durante os próximos 15 dias.

A operação das Forças Armadas, batizada de Potiguar III, é a terceira ação de GLO no Rio Grande do Norte em dois anos. O prazo de permanência no estado foi estabelecido em decreto do presidente Michel Temer, mas poderá ser prorrogado. O estado enfrenta uma onda de roubos e saques há onze dias, desde o início de uma greve de policiais militares e bombeiros.

No texto que publicou na rede social, o general Villas Bôas disse: “Preocupa-me o constante emprego do @exercitooficial em “intervenções” (GLO) nos Estados. Só no RN, as FA já foram usadas 3 X, em 18 meses. A segurança pública precisa ser tratada pelos Estados com prioridade “Zero”. Os números da violência corroboram as minhas palavras”.

Fonte: O Globo

19 Comentários

  1. não já passou da hora de se criar uma guarda nacional? afinal forças armadas não é pra cuidar de segurança pública não. minha opinião mais como disse o general os estados tem cuidar da segurança como prioridade máxima

    • Força nacional de segurança seria a nossa guarda nacional, mas ele é motivo de piada. deveria ser extinta e criada uma guarda nacional aos moldes dos USA

  2. com esse executivo, judiciario e legislativo a tendencia e piorar
    toca o plano de defesa e vamos limpar o pais dos verdadeiros ladroes
    mas sei que a aman foi doutrinada para ficar calada
    vai acabar tomando um golpe dos apatridas entreguistas e americanofilos do governo golpista e sua midia

    • Não somos uma democracia…vivemos em um país totalmente tomado por uma classe dirigente corrupta e inescrupulosa…Os partidos se tornaram quadrilhas e as instituições se venderam aos políticos corruptos…A cada dia que passa o braziu cai mais em decadência…se prende um traficante, um ladrão, mais não se prende um político…E o povo brigando, entre coxinhas e mortadelas e esses ratos rindo da nossa cara…..E saiu uma pesquisa que mais de 50% vão votar nos mesmos candidatos….E então o Batman estava errado… O crime sempre compensa!!…rs..

  3. No Brasil já tem polícia demais: Policia militar, polícia civil, guarda municipal, policia rodoviária federal, polícia rodoviária estadual e polícia federal. Não precisa criar outras modalidades.
    Após o estatuto do desarmamento (o maior mal que o Lula fez para o Brasil) surgiram dois fenômenos que passa despercebido da grande maioria da população: O Primeiro- os bandidos passaram a agir sem correrem nenhum risco, pois sabem que os cidadãos de bens estão desarmados. O segundo — os policiais aprenderam a utilizar a população indefesa em suas reivindicações. Assim a deflagração da greve, é a senha para que os bandidos percebam que podem agir livremente sem serem incomodados.
    Deflagrada a greve, os crimes aumentam e a população indefesa passa a pressionar o governo para ceder as reivindicações dos grevistas (geralmente aumento salarial). Não é mera coincidência que a PARTIR DE 2003, ano do estatuto, as greves de policiais ganharam importância e destaque.
    Ora, se a população estivesse armada e pudesse se defender sozinha essas greves passariam despercebidas, deste modo o Estatuto é uma arma utilizada por bandidos e policiais para conseguir o que querem. Com o estatuto os bandidos conseguem “trabalhar” sem correrem risco, enquanto que os policiais obtém indiretamente , por meio do estatuto, as suas reivindicações. No meio encontra-se a população indefesa e desarmada, tomando lá naquele lugarzinho que todos conhecem.

  4. os bandidos que tomaram o pais de assalto agora estão fazendo chantagem com a sociedade….estão intencionalmente deixando de pagar ou atrasando salários de PM’s, aposentados e todos os servidores públicos para forçarem a apoiarem e aceitarem a “reforma da previdência”…em Natal-RN todos os servidores públicos e aposentados estão sem receber seus salários…a policia esta sem receber e sucateada…veículos sucateados…coletes vencidos…os hospitais públicos parados e os servidores da saúde em greve…arrastões são feitos em todo o estado…todos os comércios estão sendo invadidos e saqueados…o pais esta em estado de anarquia total…

    ou vcs acabam com esta gente…ou essa gente vão acabar com este pais…

    • O intento é manter tudo parado e não funcionando…é desmantelar, falir e acabar com tudo no pais para abrir caminho para os estrangeiros tomarem o controle e o monopólio sobre tudo…estão desmantelando todo o pais…para que nos mantenhamos como uma republiqueta de bananas ao estilo Fulgencio Batista…é pavorosa e dramática a situação em que nós encontramos…logo o pais estará tomado por revoltas e guerra civil…e neste sentido já começam a se movimentar para implantar um “Estado Policial” sobre o pais…

    • Estado policial é o tipo de organização estatal fortemente baseada no controle da população (e, principalmente, de opositores e dissidentes) por meio da polícia política, das forças armadas e outros órgãos de controle ideológico e repressão política.

    • Historicamente, o Estado de polícia é um tipo de Estado em que o soberano é isento de qualquer limite formal ou controle jurisdicional. Em decorrência disso, o campo de ação da polícia acaba por se estender por toda a administração pública, à exceção das forças armadas e nos assuntos financeiros.

    • O conceito de Polizeistaat (em alemão, “Estado de polícia”) foi cunhado pela historiografia liberal alemã da segunda metade do século XIX, aludindo em particular à Prússia de Frederico II, o Grande (1712 – 1786). No século XVIII, o conceito tinha uma conotação positiva, como uma primeira forma de ordenamento constitucional personalista. À época, era geralmente aceito que os atos emanados da autoridade e voltados à manutenção da ordem e da segurança, estivessem acima do controle dos tribunais. Ampliou-se assim, tanto quanto possível, o campo de ação da polícia.

    • O Estado policial representa uma evolução do típico estado absolutista monárquico, baseado no ius politiae (um direito calcado em alguns princípios jusnaturalistas), voltado à promoção do bem-estar dos súditos e à satisfação dos seus interesses, os quais eram, porém, determinados pela autoridade, “confundindo-se” então com os interesses do tipo patrimonial. Assim, o bem-estar dos súditos, a prosperidade do Estado e a ordem pública não seriam assegurados pela dinâmica das forças sociais mas por um rigoroso e correto controle administrativo, de caráter autoritário, vertical e paternalista.

    • Segundo teóricos do absolutismo, como o filósofo prussiano Christian Wolff (1679-1754), a extensão dos poderes do Estado seria moralmente justificável por sua finalidade, que seria a de trazer bem-estar e felicidade aos indivíduos; e só o Estado absoluto poderia dispor do poder e dos meios necessários (inclusive a coação física) à realização de tal finalidade, por não estar sujeito às suas próprias leis.

    • Tal concepção resulta em uma confusão entre fins (a felicidade dos súditos) e meios (o poder do Estado). É essa confusão que fundamenta o surgimento do Polizeistaat – o Estado de polícia ou Estado policial. Após a morte de Frederico II, em 1794, foi publicado um código (Allgemeines Landrecht für die Preussischen Staaten) que, pela primeira vez, no âmbito dos estados alemães, estabeleceu o princípio segundo o qual a lei obriga também aquele que a promulgou.

    • Desta forma, ao Estado policial sucede o Estado de direito (Rechtstaat). Já no contexto das democracias constitucionais contemporâneas, o conceito assume uma conotação negativa – como um Estado marcado pelo uso intenso das forças da ordem ou de polícia secreta. A ideia de Estado policial aparece, então, ligada ao totalitarismo e sua ideologia.

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