China realiza com sucesso testes do novo BVR PL-15 e promove reviravolta e preocupação nos EUA

PL 15

Lt_Gen_Herbert_J._CarlisleE.M.Pinto
Sugestão: Dragão Vermelho

Em um pronunciamento recente, o Comandante do “Air Force’s Air Combat Command” o Tenente General Herbert Carlisle, mencionou com preocupação o desenvolvimento alcançado pela China no seu mais novo míssil BVR, cujos testes foram executados em meados de Setembro.

O míssil, designado PL-15, foi relatado por Carlisle por possuir um sofisticado radar de busca e um novo sistema propulsor bem mais poderoso o qual o permite engajar alvos a distâncias iguais ou ainda superiores aos modelos empregados pelos caças dos Estados Unidos.

“Olhem para os nossos potenciais adversários que estão em desenvolvimento, coisas como o PL-15 e seu alcance de combate”,

foi o que disse Carlisle em um discurso no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, DC, em 15 de setembro, data na qual a China supostamente testou o PL-15 pela primeira vez.

“Como é que vamos combater isso? e o que vamos fazer para sustentar a nossa supremacia aérea e responder a essa ameaça?”, Perguntou retoricamente Carlisle.

Informações ainda não confirmadas dão conta de que o míssil chinês possui um alcance superior aos modelosocidentais, segundo notas o PL-15 teria um alcance nominal máxima de 200 km ou 150 km em capacidade real de engajamento. O seu sistema de radar ativo é segundo as informações americanas, bem mais protegido contra ECM e seu novo motor lhe garante maior sustentação em fase terminal de engajamento.

Segundo Carlisle, “O desenvolvimento do PL 15 é um dos bons motivos para a USAF perder algumas boas noites de sono.”

No dia seguinte, revista Flight global publicou uma entrevista com Carlisle em que o Tem. Gal. ressaltou ainda mais o seu tom de preocupação, afirmando ser necessário desenvolver tecnologias e habilidades capazes de neutralizá-lo.

“É óbvio que o PL-15 é um míssil bastante sofisticado. O que é não claro é se o próprio míssil é realmente melhor que a arma principal ar-ar da América, o AIM-120, há poucas armas assim capazes no mundo”.

Segundo o  Maj. Michael Meridith, um porta-voz do Comando de Combate Aéreo.

“Estamos interessados em uma ampla variedade de características operacionais deste míssil tais como a capacidade de carga, sistema de orientação, tipo de ogiva, portabilidade, orientação, resistência a contramedidas, confiabilidade / manutenção, velocidade, alcance, etc., que são diferentes com base no sistema de armas.

Considere que o J-11 é uma variante do icônico caça russo SU-27 Flanker e que este  pode, com upgrades, transportar até 12 mísseis do tamanho do PL-15, além de dois mísseis menores e assim transportar um total de 14 armas sofisticadas. 

Ele continua…

“Em comparação, o F 22 da Força Aérea dos Estados Unidos, o caça topo de linha transporta um máximo de seis mísseis AIM-120 e dois Sidewinder de curto alcance. Isso porque, desde a Guerra Fria, o design do caça americano enfatizou-se na sua capacidade furtiva, a discrição requer uma silhueta lisa, o que minimiza a reflexão das ondas de radar e isso significa manter as armas em compartimentos internos. Mas há menos espaço em uma baia interna que sob a fuselagem e asas, onde os caças chineses penduram suas munições. A Furtividade é uma vantagem em certas situações, mas em um confronto saturado isto pode resultar em um déficit de armas para os “furtivos”. No caso do F-22 contra os J-11, o déficit para o lado americano é de até seis mísseis por caça. Esta situação fica ainda pior. Devido ao seu alto custo, a Força Aérea dos EUA possui apenas 195 caças F-22.”

Meridith ressalta…

 “A China possui nada menos que 300 J-11. A Força Aérea está confortável com a menor carga de armas do F-22 porque a capacidade do avião em evitar detecção deve torná-lo mais difícil de abater, desta forma nega parcialmente a vantagem do poder de fogo do inimigo. Mas há muito poucos caças F-22”.

A decisão do Pentágono em 2009 de encerrar a linha de produção do F-22 foi considerada por Carlisle como “O maior de todos os Equívocos”. Esta decisão comprometeu a vantagem Norte Americana sobre os militares chineses e outros inimigos potenciais, o Pentágono está comprando centenas de novos caças F-35 Joint Strike Fighters, porém ele ressalta que mesmo em sua configuração furtiva, o F-35 transporta até menos mísseis que o F-22,  apenas dois AIM-120.

“Não é difícil imaginar o resultado de um confronto entre um esquadrão de caças Americanos em batalhas contra esquadrões chineses armados com sete vezes mais mísseis”.

Peter Goon, um analista da Air Power Austrália (Think tank) ressalta que

“O PL-15 é apenas uma das preocupações, talvez a maior pesadelo é o fato do F-35A JSF carregar apenas dois mísseis AIM-120 tal como indagou Carlisle.”

Diante deste cenário, não surpreende as recentes ofertas de empresa Americanas para conversão de caças mais antigos em plataformas de lançamento de mísseis, tal como o programa da Boeing para conversão de versões antigas do F15 capacitando-os a transportar até 16 Mísseis AIM 120.

F 15

No mesmo dia em que Carlisle lançou a preocupação com o novo míssil chinês, a  Boeing propôs a adição de novas estações de armas para velhos F-15, dobrando a carga de armas e acrescendo-as em mais dois mísseis além da capacidade do J-11.

“É algo que sabemos ser de interesse para a Força Aérea”,

informou o vice-presidente da Boeing Mike Gibbons ao Flight global.

Ainda há cerca de 200 caças F-15 produzidos nos anos 70 e 80, eles não são furtivos como os caças F-22, mas como ressaltado por Carlisle,

“Ambos os caças poderiam juntar-se aos F-22s que agindo como um “quarterback”*,proveriam a detecção e seleção de alvos para os caças mais antigos”. “Agora que a China está desenvolvendo um míssil ar-ar que é pelo menos tão bom como os mísseis americanos, chegou a hora da USAF lançar-se a uma resposta”.

Ao que parece que a proposta da Boeing é a mais viável…

* Quarterback (QB) é uma posição do futebol americano. Jogadores de tal posição são membros da equipe ofensiva do time e atuam como lideres.

Fontes: Flight Global  e 

Mil.huanqiu.com

Thedailybeast

28 Comentários

  1. A Furtividade é uma vantagem em certas situações, mas em um confronto saturado isto pode resultar em um déficit de armas para os “furtivos

    E quem não sabia disso?? Tem gente por ai que nega e diz qeu nada passa pela furtividade dos caças e eles abatem todos os inimigos antes de serem engajados pelos sistemas dos caças inimigos… pelo visto não é assim!

    E esses F-15 retirados do serviço e abandonados não estão um bagaço? Será mesmo que seria viável uma coisa dessas?

    Valeu!

    • Será? Não faz muito tempo, nós não sabíamos que eramos intensivamente espionados pelos EUA. Assim como não sabemos hoje o tipo de armamento ultra avançado que os EUA já tem pronto e os que estão em projeto. Só os Chineses que soltam um pumzinho e dizem que borraram 5 quarteirões com merda.

      • Ao lado da crise econômica e da desestruturação militar, as invasões bárbaras levaram ao fim do Império Romano do Ocidente.
        .
        Aguarde…, olhe para a história…, pois é ela o orácolo que nos conta o futuro, e segundo ela “OS IMPERIOS SEMPRE CAEEM”.
        .
        Desde a antiguidade até aos nossos dias, nenhuma civilização reconhecida pelo seu poder militar, cultural ou tamanho do território conquistado, sobreviveu à erosão dos tempos.

        A história comprova-nos esta realidade inevitável.
        .
        Acredite, a hora deste (EUA) também está chegando.
        .
        Saudações,
        .
        konner

      • Se for depender do seu “orácolo” vai demorar viu!???

        No mais, acho que esse seu antiamericanismo deve-se ao fato de de você não ter ido à Disney quando fez 15 anos…??

      • Não…, é porque eu fui (…) , à escola.
        .
        Este meu comentário não tem nada de “antiamericanismo”, — OLHE PARA A HISTÓRIA — o “ORÁCULO” é a HISTÓRIA.
        .
        E eu, ainda perco meu tempo dando atenção. Você sabe do que eu estou falando.
        .
        Saudações,
        .
        konner

      • Não tenho a menor dúvida que você foi à escola, assim como não tenho a menor dúvida que lá você se apaixonou pelo professor de história barbudo com camisa ensebada do Che Guevara…

      • Quem está se borrando no texto sob análise devido aos novos mísseis chineses não é um militar americano? É evidente que existem armas secretas de ambos os lados, mas isso não está em questão, mesmo porque só poderia figurar em um diálogo de malucos, posto que são secretas.

        Pergunto, não seria importante termos um conjunto de verbas secretas, com órgãos públicos fiscalizadores específicos, para questões de estado como essa. Como esses estados mantém centros de desenvolvimento de pesquisa e produção de armas secretas, como é a legislação e a fiscalização do dinheiro necessário para isso?

  2. Desde a década de 50 tem sido a mesma coisa, o pentágono chorando que esta sendo passado para trás pelos seus potenciais inimigos Rússia e China. Olha os russos fizeram isso, olha os chineses estão fazendo aquilo e os congressistas americanos abrem as pernas e injetam mais uns $ 100 bilhões no orçamento do pentágono para o desenvolvimento de novas armas e todo mundo fica feliz, menos o contribuinte é claro. A única nação deste planeta, eu disse única, capaz de projeção militar global efetiva é os EUA, em terra, mar ou ar. Digo tranquilamente que tudo isso é um jogo dos militares americanos para obterem mais dinheiro e a menos que o governo americano esteja planejando um ataque convencional contra o território chinês não há com que se preocuparem.

  3. eu me lembro da época em que tudo produzia da china era pior que do Paraguai

    hoje os caras dominando mercado com todo tipo de produto ,e de qualidades das mais variadas

  4. Alarmismo do tal General. Lógico, ele está defendendo o seu orçamento, no que faz muito bem. Penso que o Tio Sam deveria reabrir a linha do F-22 e fabricar pelo menos mais uns 300 F-22 “Block B”, com aviônica e sistemas atualizados, pra substituir totalmente os últimos F-15 Eagle do inventário da USAF.

    Porém não adianta nada ter um míssil com 150 a 200km de alcance, se o radar da aeronave apenas travará um F-22 (cujo RCS é por volta de 0,0001m2) a 10km de distância, quando o F-22 já terá HÁ MUITO TEMPO lançado sua carga (AIM-120, com alcance nominal de 100/150km) e se evadido.

    Igualmente, não adianta nada ter um caça como o J-11, cuja versão russa Su-27 tem RCS DESARMADA por volta de 15m2 (logo a chinesa deve ser ainda pior) carregado com 12 mísseis (o que contribuí ainda mais para aumentar – exponencialmente – o RCS) se ele não conseguir plotar o F-22 e travar no alvo ANTES que dito F-22 lhe detecte, trave e lance 1 ou 2 AIM-120 dentro da “No Escape Zone” (NEZ).

    Logo, isso aí é discurso pra arrancar verba de político leigo. Nada pros vermelhuxos de plantão comemorarem, hehehehe… 🙂

    Mas é claro que Tio Sam não está parado, e mísseis e caças pro futuro estão neste momento sendo desenhados e testados. O futuro em minha modesta opinião aponta para algo como o X-47B:

    https://en.wikipedia.org/wiki/Northrop_Grumman_X-47B

    • Creio que isso é relativo Vader, nao duvido que os americanos estao evoluindo em conceitos armamentistas a fim de não serem ultrapassados, mas levar em conta um combate contra uma aeronave de baixo RCS sem levar em conta os radares (capazes de enxergar tais caças ) é ignorar a verdade dos fatos, pois levando em consideração que a China ja instalou em seu território os radares JY-26, capazes de enxergar um vetor stealth, sim, os EUA teriam problemas sérios para tentar atacar o território sino, pois sua capa de invisibilidade seria “perdida”, e tendo perdida tal vantagem o F-22 passa a ser um alvo no BVR, ate porque tal radar tem alcance de 500km.
      Novamente ressalto minha posição, quando falamos de potências da envergadura dos EUA, Rússia, China, não existe problemas insolúveis, pois estamos falando de nações que estão sempre em busca de paridade, e nunca se distanciam desta busca, e hoje, essa disparidade colossal que muitos acreditam que exista entre China e EUA é mero partidarismo, pois se os EUA fossem tão superiores ja teriam derrubado a China, pois eles são a maior ameaça a sua hegemonia.

      • Caro Arc:

        Tirando o da Mulher-Maravilha, NOM ECXISTE avião “invisível”, ok? O que existe é avião “stealth” ou, na tradução mais aproximada, “discreto”. Evite reproduzir as besteiras que a mídia não especializada dispara por aí…

        QUALQUER, repito, QUALQUER radar “enxerga” uma aeronave stealth. Qualquer que seja o comprimento de onda em que ele trabalhe. Até o radarzinho do F-5 “enxerga” o F-22.

        O problema, o ‘xis’ da questão não é o radar – e aí pouco importa se é de solo ou aéreo – “enxergar” a aeronave stealth, mas sim A QUE DISTÂNCIA tal radar fará dita detecção e, mais importante ainda, o travamento no alvo.

        E aí, RCS diminuto é tudo. O pequeno e PESA radar do F-5 por exemplo deve detectar o F-22 a uns 5km, distância esta na qual já teria tomado uma meia dúzia de “Fox Three” na cara, malgrado seu tamanho pequeno e a tal tinta RAM que a FAB alega que utiliza na fuselagem o tornem uma aeronave de relativamente baixo RCS (desarmada)…

        Um F-22 (RCS 0,0001m2) com radar AESA ligado vindo em supercruzeiro (ex.: 1.500km/h) em modo stealth (armas internamente carregadas) fará a detecção e travamento do J-11 (desarmado, com RCS de 15m2) carregado com mísses externamente, digamos, a 100km de distância (estou sendo otimista pro chinês) e lançará seus mísseis “fire-and-forget” AIM-120. Imediatamente, manobrará para se distanciar, rearmando (protraindo) se necessário, ou ingressando no TO de outro ângulo (e assim por diante).

        Já o J-11, mesmo com seu AESA ligado, apenas travará o F-22 (RCS de 0,0001m2) em, digamos, 10 ou 20km, ou seja: a NEZ de seus mísseis ficará reduzida a estes 10 ou 20km, quando o F-22 já terá sumido do radar. Pouco importa o alcance nominal de 150 a 200km: ele só utilizará este alcance todo contra um Boeing 747!

        Ou seja: a aeronave discreta estará SEMPRE em vantagem contra a não-discreta. Ela conseguirá dominar completamente o TO, escolher onde, quando e quem atacar, quando protrair, etc. Poderá desenvolver por exemplo uma doutrina de “chamariz”, utilizando uma das aeronaves como “isca”, enquanto as outras atacam. A “isca” poderá utilizar seu datalink para transmitir a posição dos “charlies” enquanto as outras operam em modo passivo. Enfim, inúmeras possibilidades técnicas e doutrinárias que simplesmente não podem ser igualadas pelas aeronaves não-discretas.

        E se é assim contra um caça, que normalmente tem pequenas dimensões e RCS minorado, imaginem contra um grande sistema de mísseis em terra, que utilizam caminhões para deslocamento e, além de tudo, ainda emitem radiação com seus enormes radares. É quase um tiro ao pato…

        Não tem invenção nem mágica, é física e matemática pura. A aeronave com shape e materiais “stealth” não se torna “invisível” ao radar, mas sim reflete as ondas de rádio emitidas por este radar para longe da emissão, impedindo sua detecção a não ser quando próximo demais para o sistema de radar, ou seja: quando a aeronave for detectada pelo radar de solo, esta já soltou suas bombas, e já está indo embora…

        Ah sim, existem outros modos de detecção, inclusive passivos. O DAS (Distributed Aperture System) do F-35 por exemplo utiliza-se de captação de frequencia IR (passiva) para detectar e travar alvos a centenas de quilômetros (na verdade já detectou um míssil balístico a mais de 1.000 milhas náuticas ou que dá 1.852 km). Não é impossível inferir que detectaria o calor de um bimotor como o J-11 a várias dezenas de quilômetros, e isso, repita-se, em modo totalmente PASSIVO, ou seja, sem emissão de uma onda de rádio! O Rafale, alegadamente, utiliza sua suíte SPECTRA para detectar opticamente os inimigos a dezenas de km de distância. E vai por aí.

        Enfim, a discussão é longa e complexa, envolve dados que são altamente secretos, mas o fato é: o americano não gastou 500 bilhões de dólares em desenvolvimento da tecnologia stealth desde os anos 60 (SR-71) para que um radarzinho ching-ling lhe impeça de lançar suas armas.

        Aliás, fosse assim e russos, chineses e quem mais pode não estariam desenvolvendo suas próprias aeronaves alegadamente discretas.

      • Quando me referi a capacidade de enxergar os caças stealth, me referi a tê-los como alvo em moldes eficazes, e o radar chinês que citei, foi publicada pela mídia chinesa e republicado por outras diversas que eles conseguiu captar os ditos caças n’um exercício na Coréia do sul, a uma distancia muito maior que os demais radares , proporcionando aos caças linkados a posição dos caças “invisíveis”.
        Outro ponto que não discordei em nenhum momento foi a necessidade de tais caças nesta geração vigente, como vc mesmo disse, outros países buscam alcançar o desenvolvimento de tais aparelhos, eles tem uma importância enorme, mas o que quis dizer é que caças como o F-22, T-50, J-20, estão longe de ser milagres quando a batalha é entre nações da envergadura das que citei.

      • Arc, a matéria a que você se refere trata de radares de baixa e ultra-baixa frequências, os quais conseguem de fato captar reflexos de emissões nesse espectro.

        Só que a seção cruzada de radar (RCS) recebida nesta espécie de onda é imprecisa demais para efetuar um travamento de seeker de arma.

        Ou seja: eles sabem que o caça está lá, podem até saber onde está, mas não conseguem efetuar um travamento válido.

        Talvez um dia a tecnologia avance e isso mude. Mas hoje em dia, esta tecnologia não existe, e o que demonstra são os próprios projetos sino-russos de caças furtivos: se eles já tivessem esta tecnologia os EUA certamente também teriam; neste caso não faria sentido algum gastarem montanhas de dinheiro para desenvolver seu próprio caça de 5a geração, correto?

  5. O alegado RCS diminuto do Raptor é uma questão bastante polêmica e igualmente relativa… para determinar que o RCS do F-22 é igual a esse citado pelo Vader por via de regra foi utilizado uma frequencia padrão, por exemplo um radar AESA moderno utiliza a banda X, isso significa que o Raptor tem um RCS de 0,0001 m² quando submetido a uma emissão na banda X.

    Mas sabemos que a reflexão das ondas de radar varia de acordo com a largura da onda do emissor sendo que em frequencia menores… quanto mais ampla a onda mais reflexão e maior será o tamanho do F-22 no radar e consequentemente mais longe ele será detectado…

    Muitos poderiam achar que então para resolver o problema bastava instalar radares VHF nos caças e o problema estaria resolvido, mas ocorre que a antena necessária para gerar uma onda métrica de baixa frequencia na forma ideal para detectar um contato stealth é enorme e simplesmente não pode ser acomodada em um radome…

    Por essa razão om Raptor, mesmo transportando menos mísseis ainda tem a vantagem tática no campo ar-ar pois poderá atacar primeiro antes de ter sido detectado pelo J-11.

    E mesmo que o PL-15 tenha capacidade HOJ (Home on Jam) e o J-11 detectasse o as emissões do F-22 e disparasse contra ele seus BVR com guiagem inercial e seeker buscando a fonte das emissões de radar há de ser levado em consideração ainda que o radar AN/APG-77 instalado no F-22 trabalha no modo LPI (Low Probability of Interception) modulando a potencia das emissões reduzindo em muito as probabilidades de ser engajado por sensores passivos também…

    A meu ver a única maneira de sobressair ao ataque dos Raptor é atraí-los para o combate em uma área com boa cobertura de mísseis SAM… atrair o combate para dentro do IADS que deverá ser formado por sistemas de mísseis de média e alta altitude em camadas redundantes e com cobertura de interferidores e radares VHF para tentar abatê-los a partir do solo.

    Isso se esse verdadeiro fenômeno da engenharia que é o minúsculo RCS alegado para esse caça for de fato verídico, coisa que nunca foi comprovada e até hoje tudo que circula na internet são dados divulgados pela USAF e pelos fabricantes ou por especialistas e entusiastas do mundo ocidental… O raptor nunca se meteu em um teatro de operações quente para que o inimigo tenha a chance de comprovar se sua invisibilidade é de fato verídica ou não…

    Mesmo os 4 Raptors que estão atualmente baseados na Alemanha estão desde que foram enviados para lá apenas fazendo exposição estática, talvez quem sabe em uma troca de guarda da defesa aérea dos países bálticos recentemente incorporados pela OTAN o Raptor de o ar de sua graça frente ao IADS russo e obtenhamos algum dado captado pelo seu adversário, que possa validar ou não toda a sua propaganda.

  6. Sinceramente eu não apostaria todas as minhas fichas no F-35 e nos, relativos, poucos F-22. Voltar a fabricar o bom e muito bem testado F-15, ou mesmo o F-16 pode ser uma boa ideia. Fazer umas melhorias seria importante para o novo senário.
    Os caças stealth mesmo que sejam tão furtivos aos radares como falam (pessoalmente não acredito), contra os CASULOS DE SENSORES ELETRO-ÓTICOS MULTIFUNCIONAIS são iguais a qualquer outro. E lembrando que os franceses usam seus casulos para indicar o alvo para seus MICA IR. Se os chineses fizerem uma versão IR do seu novo míssil, certamente o F-22 ainda terá vantagem contra um J-10 ou J-11, mas vai diminuir muito. E essa mesma tática pode ser usada pelos russos…

    • No caso francês não é casulo, mas sim a suíte SPECTRA, que teria grande capacidade de detecção óptica (a detecção IR seria reservada a funções defensivas)

      É dito que EM TESTES a SPECTRA captou e travou opticamente alvos a algumas dezenas de quilômetros. É alegado que ela tenha um alcance de detecção e travamento de 30 km em condições normais de vôo reto e nivelado. No entanto jamais foi divulgado qual seria o resultado da detecção óptica da SPECTRA em condições de combate e com clima ruim.

      Por exemplo, como a SPECTRA detectaria opticamente (luz) uma aeronave que voasse dentro da camada de nuvens? Ou uma aeronave não reflexiva (preta ou chumbo – casos do F-22 e F-35) que voasse à noite?

      De mais a mais, e malgrado o RCS do Rafale seja pequeno (desde que DESARMADO, o que – detalhe interessante – jamais aconteceria em uma PAC) 30km é muito pouco para enfrentar uma aeronave discreta.

      O alcance da SPECTRA do Rafale, ainda que em condições ideais, jamais seria páreo para o alcance do DAS + APG-81 de um F-35 ou, muito menos ainda, um F-22 em modo stealth.

      • Na verdade estou me referindo ao casulo mesmo.
        “Os casulos passaram a ter modos ar-ar para avaliação de incursão, avaliação de situação e passar alvos para outros sensores. A capacidade vem melhorando progressivamente. Os pilotos franceses que voaram nos Mirage 2000-9 dos Emirados Árabes Unidos ficaram impressionados com o alcance de identificação de aeronaves para apoiar o disparo de mísseis MICA.”
        http://sistemasdearmas.com.br/ca/pdl01intro.html

        Os sensores IR por melhor que sejam ainda são inferiores aos radares, por isso eu disse que usando essa tática se diminui a vantagem, mas o F-22 continuaria com mais chances de vitoria. Por outro lado lembro que existem imagens feitas pelos sensores IR do B-2, a fuselagem é uma fonte calor que pode ser detectada pelos sensores independente da aeronave ser stealth ou não. A nova geração de sensores dizem que já chegam a identificar uma aeronaves entre 70 e 90km, o que é muito inferior ao radar do F-22, mas em uma situação assim apontar o radar do F-22 para a aeronave pode alertar o piloto alvo. Nem por isso o F-22 perderia suas vantagens se um F-15, F-35 ou outro F-22 estiver iluminando o alvo para o silencioso F-22 que vai atacar. É muito complexo, não existe uma resposta definitiva, mesmo o F-22 sendo o melhor avião para combate ar-ar os estrategistas americanos tem que se esforçar nas suas estratégias.

  7. .Pra mim, o ten gal. Está se referindo ao novo bvr ramjet que precisa de verbas e “justificativas” para seguir adiante. Se deixar na mão de Obama e sua turma de incoptentes a USAF volta aos anos 40 tal como um país tropical abençoado por deus e povoado pelo capeta e seus discípulos.

  8. Não tenho dúvidas da capacidade do F-22 e F-35 e de que os comandantes da USAF necessitem de mais verbas , porém na guerra ou vvc tem vantagem qualitativa ou quantitativa e todos sabemos quem hoje tem qual vantagem.
    Na II guerra o que ajudou os EUA vencerem foram o acesso aos recursos naturais e sua imensa capacidade industrial que ficou livre de ataques das forças do eixo , hoje já não há esta garantia , não que seja tarefa fácil atacar o complexo industrial militar mas a possibilidade é levada em conta .
    Eu ainda tenho dúvidas sobre a capacidade dos veículos chineses mas não há como negar que eles a cada dia surpreendem com tantos achieviments militares.
    Ainda acho que F-15 , F-16 e F-18 tem um bom papel a desempenhar numa guerra moderna todos são excelentes caças nas suas devidas categorias são rápidos e possuem um payload respeitável possuindo ainda uma excelente ficha de serviço.

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