China convida América Latina e Caribe para Nova Rota da Seda

Pequim convidou a América Latina e o Caribe para fazer parte de seu bloco econômico, a iniciativa chamada de “Nova Rota da Seda”. A oferta foi feita nesta segunda-feira (22) pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante reunião com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).

O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi e a presidente do Chile Michelle Bachelet.  Foto da Segunda Reunião Ministerial do Fórum da China e da Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe (China-CELAC) em Santiago, em 22 de janeiro de 2018. (AFP PHOTO / CLAUDIO REYES)

Com a retração da influência global dos Estados Unidos com a presidência de Donald Trump, Pequim busca ocupar os espaços deixados por Washington.

“A China sempre estará comprometida com o caminho do desenvolvimento pacífico e com a estratégia de ganha-ganha de abertura e está pronta para compartilhar dividendos de desenvolvimento com todos os países”, disse Wang em reunião com os 33 países da CELAC.

Criado em 2011 na Venezuela, a CELAC não inclui os Estados Unidos e o Canadá.

O bloco latino e a China assinaram uma espécie de acordo de princípios que rejeita o “unilateralismo” e fala sobre a importância de combater a mudança climática.

A Nova Rota da Seda foi proposta pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013 e busca fortalecer os laços econômicos entre Ásia, África e Europa com investimento de bilhões de dólares em infraestrutura.

O chanceler chinês discursou sobre a importância de melhorar a conectividade entra mar e terra e citou a necessidade de construir conjuntamente “logística, eletricidade e percursos de informação”.

O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, que já criticou publicamente Trump, afirmou que o acordo marcou uma nova era “histórica” ​​de diálogo entre a região e a China.

“A China disse algo que é muito importante, que quer ser nosso parceiro confiável na América Latina e no Caribe e valorizamos isso”, afirmou Muñoz. “Este encontro representa um repúdio categórico ao protecionismo e ao unilateralismo”.

Pequim tenta seduzir a América Latina com um investimento de US$ 250 bilhões em infraestrutura na próxima década. Além disso, a China já é o principal parceiro comercial de Brasil, Argentina e Chile.

O chanceler chinês, entretanto, nega que esteja em curso uma competição por influência.

“Não tem nada a ver com concorrência geopolítica. Segue o princípio de alcançar o crescimento compartilhado através da discussão e colaboração”, disse Wang.

Pequim busca ampliar seu leque comercial com a região e deixar de apenas comprar matérias primas para também movimentar setores como o comércio digital e o comércio de veículos.

“Nossas relações com a China são amplas. Isto [reunão entre CELAC e China] é mais uma ferramenta para o Brasil trabalhar com a China. Juntos, identificamos novas áreas de cooperação”, afirmou o vice-chanceler do Brasil, Marcos Galvão.

 

Fonte: Sputnik

Edição: Plano Brasil

 

3 Comentários

  1. Interessante que uma reunião cujo tema é a economia entre um organismo que representa a América do Sul diante de outra parte do globo, (neste presente caso, a China) NÃO seja realizada no Brasil.

  2. Bem , eu creio que a China conheça a estupidez e o Grau Colonização da Mente de grande parte dos brasileiros !

  3. O “B” parece não querer ocupar seu lugar e ser uma das grandes nações deste século. Uma voz poderosa na balança Geopolítica. Pefere ser um estado vassalo sem projeto próprio a reboque de outra potência se auto sabotando.

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