Borisov ressalta o alevado custo dos carros de combate T -14 “Armata” e reforça o investimento em versões modernizadas do T-90

Tradução e adaptação- E.M.Pinto
Vice-primeiro-ministro Yuri Borisov disse que não há necessidade de equipar as Forças Armadas da Rússia exclusivamente com um grande número de carros de combate “Armata” ou APC “Boomerang”. Segundo ele ambos os veículos compartilharão o espaço como a mais recente versão do T-72 a qual possui elevada  eficiência.

Forças Armadas da Rússia não adquirirão maciçamente os “Armata” por causa de seu alto custo, e diante deste cenário preferiu aumentar o potencial de combate do equipamento militar existente devido à sua modernização, disse ele.

Borisov informou que os “Armata” serão adquiridos em quantidades suficientes para encarar os desafios dos novos tempos, mas que não se pode esperar por “inundação” de veículos.
“Não temos nenhuma necessidade especial para isso (compras em massa de novos equipamentos – Ed.). Esses modelos são muito caros em relação aos existentes… Temos sucesso, tendo um orçamento dez vezes menor do que os países da OTAN, devido a essas soluções eficazes, quando olhamos para o potencial de modernização de modelos antigos, para resolver as tarefas definidas””, disse o vice-primeiro-ministro.
Ele ainda informou que todas as forças armadas que possuem o T-72 são uma demanda esperada para o T-14 de exportação porém relembrou que há grande demanda no mercado, para veíclos como o “Abrams”” Leclerc ‘e’ Leopard “.

13 Comentários

  1. Mas segundo Borisov ,foi assinado se não me engano no final de 2016 ou 17 ,um contrato para aquisição de dois batalhões de T14 e F15, que possivelmente estão passando por testes no sul da Rússia…
    Mas não acredito num número grande de Armata nas tropas Russas ,talvez uns 300 a 400 unidades..

    • Salve Basílio, a Rússia dispõe hoje de cerca de 20300 Carros de combate dos mais variados tipos, a questão óbvia colocada pela mídia às autoridades é se o Armata será o único MBT Russo. Dá pra entender que não certo?
      Fala-se em pouco mais de 2000 armatas o que é menos de 10% da atual força blindada o que já é muita coisa, mas obviamente não será o suficiente para substituir a arma blindada por um carro padrão.
      Sendo assim o T-80 e o T 90 terão versões atualizadas mais baratas e que atendem as necessidades vigentes.
      SDS
      E.M.Pinto

  2. Armata, é um belo tanke, mas eu quero mesmo é saber dos nossos!

    Por que o EB não adquiri mais Leopard 1A5 e faz as modernizações também?

    Eles vão modernizar os T72 que é da mesma época dos Leo 1A5.

    • Adriano Corrêa,

      A questão é: vale a pena…?

      Eu penso que, a partir desse momento, já não mais compensa…

      É provável que Leopard 1A5 logo se tornará um pesadelo logístico, haja visto estar sendo gradualmente retirado de serviço. Qualquer modernização para mante-lo competitivo frente a outros carros, fatalmente terá que incluir troca de motor, transmissão, sistema de controle de tiro, optrôncos, novo canhão ( o que demandará nova torre ), uma armadura modular, enfim…

      Nessa altura do campeonato, a opção por um carro de geração mais atual poderá ser melhor no custo/benefício. Faz muito mais sentido adquirir um veículo que, mesmo não sendo plenamente atualizado, terá maior potencial de crescimento e poderá equivaler-se a carros de geração mais atual com uma gama menor de modificações.

      Em suma, um Leopard 1A5 modernizado é coisa para uns vinte anos… Já um Leopard 2A4 modernizado, é pra bater uns quarenta anos ou mais…

      • _RR_

        Logicamente que os Leo2A4 tem maior potencial de seus antecessores os Leo1A5.

        Mas ficar com os 2A4 por ’40’ anos é tão ruim quanto ficar com os 1A5 por ’20’ anos. O nosso atraso tecnológico se manterá de qualquer forma. Teremos que ficar a fazer “puxadinhos” neles.

        A meu ver (coisa de leigo) é: ter mais unidades 1A5 para substituir tudo o que está parado (M60 e 1A1).

        No mesmo período de tempo já trabalhar em um novo CC, um projeto já existente ou em andamento avançado.

      • Adriano,

        Sem dúvida que um CC novo, concebido de acordo com requisitos brasileiros, seria o melhor possível. E um período de transição escorado em um único carro, padronizando momentaneamente a força blindada, é um passo lógico, poupando recursos no médio prazo ao passo que se desenvolve o substituto.

        Contudo, o desenvolvimento de um novo carro de combate consumirá consideráveis recursos e tempo. E podemos estar falando de um investimento que pode ultrapassar os US$ 30 milhões por carro, somados todos os custos do programa ( vide a variante do Leopard 2A7 para o Qatar )… Enfim, simplesmente não dá… O custo torna-se difícil de ser justificável, principalmente diante da possibilidade de se obter um carro que será bom o bastante por décadas por uma fração do preço de um carro novo…

  3. Bom… E eis que o “general custo” bate a porta… Mais temível que o “general inverno”, sem dúvidas…

    Um carro como o ‘Armata’ é um erro para os russos… Ele simplesmente não atende as necessidades daquele país para um carro que seja simples de manter, de operar e que seja barato; enfim, que siga a escola soviética, privilegiando poder de fogo e mobilidade em detrimento de proteção, além da simplicidade e robustez.

    A alta tecnologia embarcada certamente exige um adestramento mais aprimorado da tripulação e mantenedores, que terão que lidar com novos conceitos, encarecendo assim o treinamento e manutenção como um todo; notadamente no início da implantação.

    E o pior é que os russos tem o que precisam na forma do T-90, que é páreo para qualquer CC da OTAN. E é isso o que as linhas deveriam estar “cuspindo”…

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