Barack Obama decidiu suspender contatos com Vladimir Putin

O presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu suspender contatos com Vladimir Putin. Tal será um ato de vingança pelo fracasso da sua política externa na vertente ucraniana.

O líder norte-americano empreenderá esforços para o isolamento internacional da Rússia, conclui o periódico The New York Times. Semelhantes apelos têm ressoado no Senado, no meio da ala de senadores conservadores e radicais. Um dos “falcões”, Bob Corcker, exigiu que fossem impostas sanções contra as empresas energéticas russas e os maiores bancos da Rússia. Que consequências terá mais uma espiral do programa americano clássico de dissuasão?

Bob Corcker tinha proposto fornecer armas ao regime de Kiev. Agora ele quer que a Rússia seja punida por “meios finaneiros”. Levando em conta o impacto de tais sanções sobre as empresas europeias, sugeriu a que os europeus próprios venham “tomar medidas adequadas”. Na sua ótica, eles devem ceder perante as ambições norte-americanas, fazendo um harakiri econômico através de suspensão das relações comerciais com a Rússia. A política russa, no seu entender, vem ridicularizando os EUA. Será possível falar a sério de um isolamento no século XXI? Felizmente, o mundo mudou, afirma o politólogo Maksim Bratersky:

“Se nos tempos antigos, as proibições impostas pelo Ocidente eram uma regra, agora existe um mundo enorme que excede limites do Ocidente. Trata-se da China, América do Sul e da África. Se bem que as proibições do Ocidente digam respeito ao acesso da Rússia para os mercados financeiros e tecnologias. Isto será feito para diminuir lucros e afetar a situação financeira das companhias russas, privando-as de tecnologias”.

Os EUA têm aplicado a política de contenção em relação à Rússia. A sua ideia básica se assenta no conceito, adotado ainda no período da guerra fria: permitir à URSS um acesso para a arena internacional e depois, quando necessário, “aplicar castigos pela desobediência”.

“Historicamente, a política dos EUA em relação à URSS e depois à Rússia tinha dois componentes: o envolvimento e a contenção. Em proporções diferentes. Agora haverá mais contenção em detrimento de envolvimento”, disse Maksim Bratersky.

Mas hoje em dia, tal método não pode ser muito eficiente, por mais que a administração americana queira tirar desforra pelos fracassos da sua política externa. Na opinião do perito, a política de Obama na vertente russa sofreu um fiasco:

“Obama não consegue êxitos na política externa. Ele tem tido pouca sorte em tudo. A política de envolvimento pressupõe que à Rússia caiba algum “lugar ao sol” no mundo que os EUA pretendem edificar. Mas esse fator parece ter sido esquecido. A que poderá levar isto? A um período de esfriamento mais ou menos prolongado. Graças a Deus, os presidentes também se alternam no poder”.

No futuro próximo, os EUA irão concentrar-se na preparação para as novas presidenciais. Obama não logrou cumprir nenhum dos objetivos traçados, internos ou externos. Será sucedido, pelo visto, por um presidente de ânimos conservadores. E a sua administração será marcada por um maior isolamento, ou seja, uma maior atenção na solução de problemas internos.

 

Fonte: Voz da Rússia

 

28 Comentários

  1. Quero ver se ele é sijeito homem e honre suas palavras quando insinuou que a Russia teme os EUA por a Russia reconhecer que os EUA são superiores militarmente e tem melhores soldados.
    Quero ver tambem se aglomerarão forças na fronteira Russa.
    A propria Europa vai tirar o dela fora ou sera mais uma vez escombros.
    Ja deu chegou a hora de deixar de latir e morder se realmente tem coragem.
    Duvido que tenha.

  2. Acho errado essa atitude do Obama,pois em momentos de crise entre duas nações poderosas como Rússia e E.U.A,o contato entre os dois dirigentes é essencial para se evitar um desastre.

    • Pois é, pegou o fio da meada. Quer se isolar para poder se “legitimar”, se fazer de vítima e levar armamento para dentro da Ucrânia. Ora, depois prega para todos os cantos do mundo que é papai da liberdade, da democracia. Se fosse isso, os EUA teriam que sempre zelar pela paz e usar a diplomacia até o último momento. Isto é o que nunca vimos dos EUA. Principalmente dos últimos anos, bem porque hoje com a internet e o veículos de comunicações autônomos e não financiados pela CIA, não têm o controle absoluto da mídia como era antes. Anos atrás a GLOBO exercia controle de monopólio dos tele-jornais, hoje tem meros 30% e resto se divide entre outras emissoras e outros veículos de comunicação, entre eles a internet. Ainda exercem muita influencia, mas existem muitos outros a apontar as diferenças. Novos tempos e aos poucos mais um Império Romano se desfaz.

  3. “Na sua ótica, eles devem ceder perante as ambições norte-americanas, fazendo um harakiri econômico através de suspensão das relações comerciais com a Rússia.”

    Veja só…
    A Europa Ocidental é formada por países democráticos. Ou seja, se os políticos não trabalharem para o povo e seu bem-estar eles não são eleitos e se caso já eleitos podem ser expulsos, logo ninguém quer provocar o povo (desempregando milhões) e perder seu cargo. Agora imaginem o impacto que teria um “harakiri econômico” feito pelos políticos europeus só porque os EUA querem… vão quebrar a cara de novo.
    Mas a culpa nem é do Obama, acontece que o mundo ficou mais rico, mais esperto, menos dependente dos EUA, mais dependente da globalização, os yankees tem que se aptarem a sua nova realidade ou vão acabar em depressão srssr.

  4. a politica externa americana é um lixo ,um perigo para a pax mundial e a sobrevivência do ser humano nesse planeta !!!

  5. E serio isso ?? hehehehe…. q infantilidade em ….”EUA e um governo serio … exemplo pro mundo ….etc etc etc ”” quem te viu e quem te ve em ….a um tempo atrás os EUA anunciaram um serie de cortes na sua defesa .. e alguns programas ..sobrou ate pra NASA ….mas.o lobby e forte e pesado … nego pensou .estudou .. e pronto … solução ?? vamos recriar a guerra fria !!!! jogada de mestre ….. novos programas … fim dos cortes .. etc etc etc ……. nada como um xeque em branco …^^

  6. por LUCENA
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    O cara realmente é um patetão…será que ele é sócio do clube na ” resistência ” também ? 😀
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    Quando encontra uma para dura,amarela…rsrsrsr…bem típico de yanke…heheheh

    • por LUCENA
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      VLADIMIR PUTIN JÁ VENCEU.
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      Líder russo ganhou com raciocínio metódico e simples; ele deve estar surpreso de o Ocidente ser tão incompetente.
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      Vladimir Putin. Ele é o gélido ex-coronel da KGB que todos adoram odiar. Putin quer tornar a Rússia novamente grande e poderosa. Como essa não é a situação vigente, ele precisa encontrar maneiras de mudar o estado do mundo. Está fora de questão assumir riscos. Por isso, ele segue um processo simples de três etapas:
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      1. Localizar a oportunidade. Como um teórico do jogo, Putin analisa todos seus movimentos possíveis e os de seus adversários. Ele analisa o jogo em cada cenário, até o fim. Se vencer completamente ou ao menos se sair melhor em todos os resultados possíveis, então ele está dentro. Muito raramente ele é obrigado a jogar um jogo que não quer jogar.
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      2. Mudar a situação vigente. Se Putin não age, o mundo seguirá seu caminho tranquilamente. Por isso, ele precisa fornecer o impulso para as coisas ficarem do jeito que ele quer. Ele pode fazê-lo diretamente ou por intermediários que podem ou não saber muito sobre o jogo que ele está fazendo. O importante é que seus intermediários sejam capazes de conseguir a mudança, mesmo que sozinhos não possam tornar a mudança permanente.
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      3. Obrigar os adversários a aceitar o nova realidade. O tipo de adversário favorito de Putin é o que aceita perder. As ações de Putin na Ucrânia são um caso exemplar. Seus objetivos gerais são aumentar o poder russo e fazer o Ocidente recuar ante a expansão de suas esferas de controle e influência.
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      Eis como ele pode ter visto o desenrolar do jogo no fim do ano passado. Primeiro, ele ofereceria um pacote de ajuda financeira à Ucrânia. Sabia que seu aliado, o presidente Viktor Yanukovich, aceitaria. Se tudo desse certo, missão cumprida – a Ucrânia seria novamente um Estado cliente da Rússia. Se não – isto é, se houvesse sublevação política, protestos, agitação, ou os três – o país ficaria instável. Uma Ucrânia instável estaria madura para a colheita, especialmente porque partes dela são fortemente simpáticas à Rússia. Se a Ucrânia não ficasse instável, a jogada seguinte de Putin seria invadir a Crimeia e legitimar seu retorno à Rússia.

      Ao promover o mesmo tipo de instabilidade na Ucrânia oriental, Putin criaria uma atmosfera em que o governo local e o Ocidente temeriam uma incursão mais profunda no território ucraniano e a possibilidade de uma guerra aberta, a situação atual. Tendo criado suficiente tensão na Ucrânia oriental, ele finalmente parecerá ouvir a voz da razão. Desautorizará forças pró-Rússia ali, enquanto as tranquiliza privadamente sobre seu apoio e explica que não era hora de avançar mais.
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      O ocidente chamará sua atitude de um passo na direção certa, adotará um tom reservadamente otimista sobre a Ucrânia e permitirá a extinção de suas sanções contra a Rússia.

      Os adversários de Putin, incluindo talvez um movimento em Kiev ávido para retornar à política normal (e precisando da energia russa), proclamará vitória. O retorno da Crimeia para a Rússia se tornará uma nota de rodapé da história, exceto por alguns pequenos protestos da Casa Branca e da ONU todos os anos no fim de fevereiro. Que lições se poderia tirar de ter jogado o jogo dele? De novo, eu proporia três pontos:
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      1. Avaliar vulnerabilidades, tanto presentes como potenciais. Os jogos que Putin jogará nem sempre serão facilmente visíveis. A Ucrânia não era obviamente instável, mas Putin teve a presciência de ver como ela poderia ficar desestabilizada.
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      2. Conhecer os objetivos do adversário. O Ocidente ficou impotente para conter Putin porque este não se importou tanto com o que o Ocidente estava disposto a fazer quanto se importava com a Crimeia.

      3. Usar indução retroativa. É preciso saber o que os jogadores farão no estágio final do jogo para prever suas ações anteriores. Por exemplo, se eu sei que você responderá a um ataque oferecendo a outra face, ficarei menos propenso a um acordo.

      Apelar para moralidade, direito internacional ou algum outro árbitro de comportamento que não seja o pragmatismo não dará certo. Mas a abordagem direta faz de Putin o tipo mais fácil de adversário para um estrategista com a mesma mentalidade. Putin deve estar surpreso de o Ocidente ainda agir com tanta incompetência contra ele.
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      Autor: Daniel Altman

      Tradução de Celso Paciornik

      Fonte: Estadão

  7. Estrategicamente falando… a falta de apoio que os EUA tem enfrentando ultimamente, principalmente neste caso em particular, deve estar pesando muito no governo como um todo.

    Como conselheiro, eu também diria ao presidente para sair do jogo, e evitar perdas maiores por discursos políticos sem apoio público dos “aliados”…

    isso não quer dizer, de forma alguma, que estão “fora do jogo”… as relações políticas entre os países vão muito além de simples ameaças ou acordos políticos, há inúmeras formas de “incentivar” ou “ajudar” a tomada de decisão de aliados, mais silenciosas e eficazes, como a revisão de acordos comerciais, cobrança de dívidas, etc, etc, etc.

  8. Que bom que vai deixar os contatos de lado , sobra mais credito no celular do Putin pra conversar com seu homólogo Xing ling.

  9. O presidente mais fraco dos EUA que eu já vi sem a menor sombra de dúvida. Sua política externa é absolutamente desastrosa e hesitante por várias vezes tentou apoio para suas empreitadas e os europeus pularam fora.Há de se admitir que o fator Putin foi determinante para seu fracasso externo o presidente russo é um verdadeiro troll na vida do obama e está sempre de um a dois passo à frente de seu colega americano.
    Nunca vi os EUA tão hesitantes e tão titubeantes na minha curta existência parece até que isso seja proposital talvez queiram implodir os EUA por dentro.

    • Olá, NovoBrazuk

      Da um descentinho para o Obama, os outros presidentes estavam em situações muito mais confortáveis, o mundo mudou muito e o presidente dos EUA já pode fazer o que bem quer como antes.

  10. Tá tudo acertado entre eles… não há mais nada a se falar… só os russófilos sem pai e mãe, filhos de chocadeira, ficam lamuriando as perdas… chora cambada, chora… rsrsrsrsrss…

    • Espero mesmo que esteja tudo acertado,pois em crises como essa a comunicação entre Líderes é fundamental para evitar que erros de subordinados leve a um incidente catástrofico.

      • Não viaja Barca… são todos socialistas… não atiram uns nos outros.. só nos otários não alinhados…

  11. A anos atraz eu previa um racha na Europa,na OTAN e a queda do Euro.
    Apenas esta começando e como eu disse antes o maior inimigo Americano é o tempo e o tempo não para.
    Paises Europeus vão debadarem.A propria UK ja deu mostras de a qualquer momento quando eles mais precisarem lhes deixarão no vacuo.
    A França assumiu o papel da UK com os EUA mas ate onde vai a lealdade Francesa heim se sempre foram notorios a debandarem pra onde falar mais grosso.
    Nesse jogo de xadrez Putin é estrategista enquanto Obama um demagogo.

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