Avião de treinamento Yak-132 começa a ser produzido na Rússia

Nova aeronave será usada para treinar pilotos iniciantes e realizar ataques leves.

Avião de treinamento Yak-132 começa a ser produzido na Rússia
É difícil avaliar o potencial de exportação da nova aeronave russa Foto: RIA Nóvosti

Em meados de 2015, a fabricante de aeronaves Irkutsk lançará os dois primeiros protótipos do avião leve de treinamento básico Yak-152. Desenvolvida pelo escritório de design Yakovlev, a aeronave tem como objetivo treinar pílotos em estágios iniciais de preparação para voos. A execução total do ciclo de voos de testes está planejada para 2015 e o início da produção em série do avião para 2016.

O avião será usado pela Força Aérea da Rússia na formação básica de pilotos. Neste estágio, os cadetes aprendem os fundamentos do voo simples e a decolar e pousar em diversas situações. Os instrutores russos apelidaram estes estágios de “voos panqueca”, em alusão à facilidade de realizá-los. “Os alunos terão a oportunidade de realizar operações de treinamento desde o início do curso com estes aviões”, afirmou à Gazeta Russa um representante do Ministério da Defesa.

Em um segundo momento, os cadetes passarão por estágios avançados que incluem o aprendizado de manobras acrobáticas, vôos noturnos e em condições meteorológicas adversas. Para tanto, o Yak-152 oferecerá aos alunos níveis superiores de segurança, apresentando sistemas de navegação modernos e assentos ejetáveis SKS-94M, que serão utilizados em caso de emergência.

O Ministério da Defesa russo planeja unificar os sistema de treinamento básico de voo usando o Yak-152. Isso significa que os futuros pilotos de caça e caça-bombardeiros serão treinados em conjunto com os futuros comandantes de bombardeiros estratégicos, aviões de transporte e até helicópteros. “O Yak-152 será a aeronave básica do estágio de treinamento conjunto da Força Aérea. Todos os futuros pilotos passarão pelo Yak-152 para depois usarem aviões de treinamento mais especializados. Por exemplo, os futuros pilotos dos caças Su-35 e T-50 serão treinados em um segundo momento nos modernos Yak-130. Já os futuros pilotos dos bombadeiros Tu-122 e Tu-160 passarão do Ya-152 para uma versão modificada do ex-avião de passageiros Tu-132 UBL”, afirmou à Gazeta Russa uma fonte no Ministério da Defesa.

Alta demanda

Atualmente, observa-se um acirramento da competição no ramo dos aviões de treinamento e ataque leve. Talvez a mais famosa concorrência mundial em andamento envolve os famosos treinadores brasileiros Super Tucano, fabricados pela Embraer, e os suíços PC-7 e PC-9, desenvolvidos pela Pilatus. Além deles, há vários projetos em andamento, como por exemplo o italiano M-290, produzido pela Aermacchi e adquirido pela Finlândia e pelo México, e o polonês Orlik, adquirido pela Força Aérea da Polônia.

No início dos anos 2000, a empresa americana Beechcraft comprou a licença para a produção local do Pilatus PC-9. Sob a designação T-6 Texan 2, o turbo-hélice é usado para o treinamento básico de pilotos em diversas forças aéreas e marinhas, incluindo as dos Estados Unidos, Canadá, Israel, Alemanha e Nova Zelândia.

Estes mesmos aviões de treinamento têm demonstrado grande eficácia em missões de ataque leve. O Super Tucano, particularmente, vem sendo empregado com sucesso pela Força Aérea da Colômbia para atacar bases de traficantes de drogas e em outras missões de combate a insurgentes. “O desenvolvimento de novos armamentos inteligentes, bem como a utilização de bombas guiadas por laser e por sistemas de navegação por satélites, como a americana JDAM, transformaram estes aviões em uma excelente opção de baixo custo. Devido ao alto desempenho dos armamentos utilizados, estes aviões realizam missões de ataque de forma segura, lançado mísseis e bombas fora do alcance das armas inimigas, principalmente mísseis antiaéreos portáteis (Manpads) e canhões de baixo calibre, utilizados por rebeldes e narcotraficantes”, explicou à Gazeta Russa Anton Lavrov, especialista militar independente e autor do livro “O Novo Exército Russo”.

Perspectivas de exportação

Por enquanto, é difícil avaliar o potencial de exportação da nova aeronave russa, mas acredita-se que já existem clientes estrangeiros interessados em sua compra. A alta demanda por aeronaves deste tipo faz do Yak-152 um grande atrativo a missões de treinamento e ataque leve.

Em uma entrevista à agência de notícias ITAR-TASS, o vice-diretor do escritório de design Yakovlev, Roman Taskaev, afirmou que “é planejada a produção em série de muitos exemplares desta nova aeronave, e que seu preço será acessível, o que tornará o Yak-152 uma opção competitiva no mercado externo”.

As empresas russas fornecedoras da Yakovlev já estão se preparando para a produção do novo avião, familiarizando-se com os novos componentes. Isso é necessário porque algumas peças da aeronave, como o motor a diesel de 400 cavalos, ainda são pouco usadas pelos fabricantes russos. Até o final deste ano, serão confirmadas as versões finais do design e a lista de componentes, bem como a preparação da documentação da nova aeronave.

Fonte: Gazeta Russa

https://www.youtube.com/watch?v=VSndidrq2Dw

5 Comentários

    • por LUCENA
      .
      SÓ LEMBRANDO.
      .
      .

      Nas transações comerciais entre o Brasil e a Rússia ou china, a moeda para transação pode não só o dólar ou o euro e sim também a moeda russa ou chinesa, como as coisas estão feia lá para o lado da Europa, o rubro deverá ser a moeda nessa transação … 😉
      .
      .
      E falando em avião, uns sobem e outros aterrizam, vejam só essa.
      .
      .
      BOEING – UM FUTURO SEM CAÇAS MILITARES
      .
      A Boeing Co. , que fabrica aviões militares há quase um século, está se preparando para a perspectiva de um futuro sem seus caças.
      .
      (*) fonte: http://noticia-final.blogspot.com.br/2014/09/boeing-um-futuro-sem-cacas-militares.html
      .
      .
      .
      ( … ) O compromisso firme dos Estados Unidos e muitos de seus aliados com o programa F-35 Joint Strike Fighter, sendo desenvolvido pela concorrente Lockheed Martin Corp., está drenando as verbas para os jatos de combate da Boeing. Agora, o chefe da divisão de defesa da empresa americana está elaborando um plano que cederia o mercado de caças militares para a Lockheed e colocaria o futuro dos negócios da Boeing em outras aeronaves, incluindo versões militares dos seus jatos comerciais.(….)
      .
      .
      *****************************
      .
      Fico só imaginado aqueles que apostaram alto como sócios no projeto do F-35 depois dessa … rsrsrsr … devem ter ficado com caras de bocó depois que caiu no velho conto do vigário … rsrsrsr

Comentários não permitidos.