Alemanha vai enviar aviões de reconhecimento à Síria

Aeronaves Tornado vão ajudar no combate ao “Estado Islâmico” em território sírio. Contribuição alemã inclui ainda navio de guerra e avião de abastecimento. Decisão é tomada um dia depois da visita de Hollande a Berlim.

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A Alemanha vai enviar à Síria aviões de reconhecimento Tornado, um navio de guerra e pelo menos um avião de reabastecimento para auxiliar no combate ao grupo terrorista “Estado Islâmico” (EI).

A decisão foi tomada nesta quinta-feira (26/11) durante um encontro entre a chanceler federal Angela Merkel e ministros responsáveis, entre eles a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen.

A participação alemã na coalizão internacional contra o “Estado Islâmico”, liderada pelos Estados Unidos, ainda depende da aprovação do Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão), onde o governo tem ampla maioria.

A principalmente contribuição alemã no combate ao “Estado Islâmico”, até o momento, é o treinamento das forças curdas peshmerga, no Iraque, além do fornecimento de armas para o grupo. Porém, os ataques de 13 de Novembro em Paris forçaram uma participação maior dos países ocidentais no conflito.

Merkel se reuniu nesta quarta-feira com o presidente da França, François Hollande , que está se reunindo com líderes de vários países para tentar estruturar uma ampla coalizão contrao “Estado Islâmico”. Após o encontro, a chanceler alemã comprometeu-se a “agir rapidamente” na luta contra o EI e prometeu completa solidariedade ao líder francês.

Estratégia ampla

Um dia após o encontro, a liderança alemã se reuniu para definir estratégias para o combate ao EI. Para auxiliar nos ataque aéreos da coalizão, da qual fazem parte França, o Reino Unido e alguns países árabes, o governo pretende enviar até seis aviões de reconhecimento do tipo Tornado Recce.

Esses aviões podem captar e transmitir instantaneamente imagens de alta definição para estações terrestres, além de poder voar em condições climáticas ruins e fotografar também durante a noite. Eles já foram usados em missões no Afeganistão, no conflito dos Bálcãs e durante enchentes na Alemanha.

Segundo informações da agência de notícias DPA, o navio de guerra alemão deve proteger o porta-aviões francês Charles de Gaulle, que foi enviado para o Mediterrâneo Oriental para intensificar os ataques aéreos ao EI.

Já o avião de reabastecimento seria usado para o abastecimento aéreo de caças da coalizão internacional e das aeronaves de reconhecimento.

Terceira participação

Se o Bundestag aprovar a participação alemã na coalizão aérea, essa será a terceira vez na história que a Bundeswehr (as Forças Armadas Alemãs) participa ativamente de uma ofensiva militar de combate a um inimigo. A primeira vez foi durante a Guerra do Kosovo, entre 1998 e 1999, quando a Alemanha bombardeou sistemas sérvios de defesa antiaérea.

As Forças Armadas Alemãs também participaram ativamente com tropas terrestres da guerra no Afeganistão, no combate ao Talibã.

O envolvimento da Bundeswehr em ofensivas no exterior é raro, pois na época de sua constituição, há 60 anos, ela foi estritamente acoplada aos mecanismos de controle da democracia parlamentar, estipulando que sua tarefa visava somente a defesa do país em caso de ataque.

Fonte:DW

4 Comentários

  1. A cada dia essa questão da Síria vai tomando outras proporções onde ali tem vários interesses e uma coisa é certa, o combate ao terrorismo implantado pelos EUA como uma falsa bandeira é que não é .
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    A Síria virou a joia da coroa para muitas potências em virtude da sua posição estratégica para a Europa e no Oriente Médio na corrida pela supremacia do controle da energia do planeta.
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    Rússia ,Estados Unidos,França, , as três cabeças desse jogo sórdido onde muitas pessoas foram mortas pelas crias do sionismo pelo controle global.
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    A Turquia ( correndo por fora ) na verdade,por tudo indica, fazendo o jogo dos EUA… por enquanto ; assim também a Arábia Saudita, já Israel fica que nem um abutre, só observando a carnificina, esperando os despojos da guerra como sempre, más o seu objetivo é o ambiciosos “estado alargado de Israel” onde as terras dos palestinos, é só o começo . .
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    A França e a Russia aparentemente, jogam o mesmo jogo embora ambos seguem regras diferente, assim como o pivô disso tudo os EUA e quem paga o pato … é o cidadão comum francês que não tem nada haver com isso, o cidadão Sírio que forçado a sair da sua casa com a sua família, correndo o risco de vida, fugindo desesperadamente para buscar refugio em terras onde só tem gente que os detesta.
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    A França e Israel lançam uma nova guerra no Iraque e na Síria
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    Com uma mão, o governo francês mobiliza todos os seus média para focar a atenção da sua população sobre os atentados de 13 de novembro. Com a outra, ele lança com Israel uma nova guerra no Iraque e na Síria. O seu objectivo não é, mais, o de derrubar o regime laico sírio, nem o destruir o seu exército, mas, agora, o de criar um Estado colonial a cavalo sobre o Iraque e a Síria, gerido pelos Curdos, afim de prender em tenaz os Estado árabes. O sonho de uma potência israelita do Nilo ao Eufrates está de volta.
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    (*)fonte: voltairenet.org/article189389.html
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    (…) As partes envolvidas no conflito não confessaram fazer a guerra para criar um Estado colonial de Israel e envolver os Estados árabes resistentes numa tenaz, mas, desde que seja necessário declararão lutar por um Curdistão independente; uma posição grotesca uma vez que o território em causa jamais pertenceu ao Curdistão histórico e que os Curdos são aí largamente minoritários (menos de 30% da população).

    A 5 de novembro, a França anunciou o envio do porta-aviões Charles de Gaulle para a zona, alegadamente para lutar contra o Daesh, na realidade para tomar posição tendo em vista a Terceira guerra da Síria [11]. A nave deixou Toulon, o seu porto âncora, a 18 de novembro. (…)
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    (…) Um mapa, publicado por Robin Wright no New York Times, em 2013, distingue-se o Sunnistão que o Daesh criaria, em junho de 2014, e onde ele proclamaria o Califado, e, o Curdistão que a França e Israel querem agora criar. Neste mapa não prevê nada para os cristãos, os quais deveriam ser, ou transferidos para a Europa, ou exterminados.(…)

    • “senhores…a resposta dos Russos pra esta gente poderá vir de algum lugar onde menos se espera…prestem atenção naquela região das ilhas artificiais do chinês..VAI VENDO… ? ”

      agora já sei onde a resposta dos Russos sairá … 😉

  2. talvez eu esteja viajando,mas a impressao que tenho e ate os priprios ja deram motivos,cada vez mais eles acham um erro prorrogar as sancoes contra a russia,da mesma forma que a propria russia.E,muitos europeus quiseram visitar a crimeia,ignorando seus patroes americanos.Atualmente,essas decisoes de ajudar no combate ao EI sem pedir permissoes aos eua,mais o desespero em nw quererem que a turquia cause mais problema com os russos,soh mostra o quao importante e eles sabem,eh ter a russia como amiga e nw o contrario!Ja dos americanos,tem muita gente ficando com raiva deles

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