A reduzida operatividade dos Sukhois Venezuelanos

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Andrei Serbin Pont*

 

Recentemente a Aviação Militar Venezuelana comemorou o oitavo aniversário da reativação do Grupo Aéreo de Caça 13, casa de 18 dos 24 Sukhoi-30MK2 Venezuelanos. No artigo publicado no website oficial Aviação Militar Venezuelana se mencionou que desde a incorporação dos Su-30MK2, estes tem feito 6725 horas de voo. Isto é um preocupante indicador, considerando que são 18 aeronaves num período de oito anos, então teriam em media 47 horas de voo anuais. A quantidade de horas de voo fica muito abaixo da media mundial aceitável que fica perto das 150 horas anuais.

Mas qual é o histórico destas aeronaves e como se relaciona com a taxa reduzida de operações na Venezuela? As negociações tiveram inicio entre a Venezuela e a Rússia, via Rosoboroneport, em Novembro do 2005. Em Julho de 2006 chegaram à Venezuela dois demonstradores, um Su-30MK e um Su-30MK2, e ficaram fazendo provas na Venezuela por um período de 12 dias, incluindo sua participação no 195 Aniversário da Independência da Venezuela. Nesse mesmo mês, Venezuela e Rússia assinaram o contrato de compra de 24 Sukhoi 30MK2 Flanker G por o preço de 1600 milhões de dólares. As entregas de Su-30MK2 para a Aviação Militar Venezuelana começaram em 29 de Novembro de 2006, só 4 meses depois da assinatura do contrato. As aeronaves foram entregues ao recentemente reativado Grupo Aéreo Caça 13 na Base Aerea Teniente Luís  del Valle García em Barcelona, e depois seis aeronaves foram transferidas ao Grupo Aéreo Caça 11 em substituição dos Mirage 50 EV/DV.

As novas aeronaves representaram um enorme avanço nas capacidades não só da Venezuela, mais da aviação militar na região. Foi o primeiro caça pesado de superioridade aérea no continente, e incluía a incorporação de armamento avançado antes inexistente na América do Sul como misseis BVR e sistemas de ataque terrestre de longo alcance. Sua incorporação também implicou um aumento no custo operativo de aeronaves dado que o Su-30MK2 depende de dois turbofan NPO Saturn AL-31F, assim como sistemas eletrônicos complexos como seu radar NIIP Tijomirov RLPK-27VEP/N-001VEP.

Mais ainda depois de 8 anos de sua incorporação é pouco comum ver aos Su-30 cumprindo funções de interceptação de aviões que incursionam no espaço aéreo Venezuelano, como nos incidentes com P-3 Orion Norte-americanos. Nestes casos, e também em interceptação de vôos vinculados ao narcotráfico, a aeronave despregada tem sido os já antigos F-16 A/B Block 15 OCU.

Depois de alguns anos desde a incorporação dos Su-30MK2, toda a frota teve que ficar em terra por três meses devido à falta de peças para sua operação. Nesse caso em particular foram itens que não são fabricados na Venezuela e que o provedor Russo demorou em encaminhar para a Venezuela.

Nos rangos da Aviação Militar Venezuelana tem muita insatisfação em quanto o serviço ao cliente das empresas Russas, principalmente por ser um fornecimento não confiável e um inadequado apoio técnico.  Este problema tem ofuscado as qualidades muito apreciadas do Su-30MK2 na Venezuela, forçando a Aviação Militar Venezuelana de depender dos F-16 como caça de primeira linha, ainda com os problemas de embargo que reduzem a frota de F-16 e impedem sua modernização.

A incorporação dos Flankers na Venezuela trouxe muita esperança na Aviação Militar Venezuelana, mais o serviço pós-venda Russo tem trazido muitos problemas, e junto a uma média muito baixa de horas de voo mensais, o Flanker na Venezuela tem se convertido em um sistema pouco confiável criando um vácuo nas capacidades aéreas Venezuelanas.

* Analista internacional especializado em politica externa, defesa, segurança e direitos humanos.

**Agradecimento especial para FAV-Club por os dados sobre a incorporação dos Su-30MK2 na Venezuela

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43 Comentários

  1. Avião fantástico, de impor respeito a qualquer força… mas não adiantar comprar pra fazer número ou virar princesa de hangar muito menos se não tiver gente capacitada para os manter operando ou um contrato que garanta peças de reposição em estoque ou com fornecimento adequado. Por estas e outras é que começo a entender o motivo do Brasil ter escolhido os Gripen….
    Ou é assim ou então se faz como os chineses, compram, copiam e produzem na cara de pau mesmo.
    Abraço,

      • depois do autor desse textinho falou que a Venezuela não esta usando esse caça para seguir aviões teco teco de traficantes
        e não usou o caça de de fabricação russa todo armado para interceptar aviões de monitoração americana
        já se percebe que além de ele não entender nada ou se fazer de desentendido
        ele és um coxinha !!
        sabe de nada inocente
        e no final do texto o verme ainda fala assim obrigado pela participação das fav , como se fosse ela a dar esses dados ,mas na realidade ela so deu os dados de compra e aquisição mas ele tenta vincular o texto todo como se tivesse saído de algum general aviador venezuelano e não da mente coxinha dele

        aqui também temos uma imprensa golpista e ao invés de informar tenta ludibriar para quem paga seus salários que são na maioria das vezes empresas multinacionais e estrangeiras de todos os setores

      • Ficou com raiva por a matéria confirma o péssimo pós venda russo?

        Engraçado pq as últimas interceptações de aviões de monitoração americanos foram realizadas justamente por F-16 e não por Sukhois.
        São os F-16 embargados que aparecem na hora em que se precisa, enquanto todo mundo se pergunta onde estão os sukhois.

        Mania de chamar de desentendido ou mentiroso todo mundo que não diz o que vocês querem.

        O texto confirma muito bem o que os indianos dizem há anos: O suporte russo é ruim e deficiente.

      • é o que eu to vendo é eu e vários outros sofrendo CENSURA UMA ATRAS DA OUTRA
        E O PIOR É QUE EU NAO POSSO RESPONDER SO POSSO COMENTAR UMA UMA VEZ E DEPOIS VEM VOCES ACHANDO QUE FICOU DE GRAÇA QUE VENCERAM

  2. Se os mesmos fossem Brasucas, seria mt diferente, afinal, podemos fabricar certas peças, e outras encomendar e estocar p essas necessidades…faziamos isso c os Mirages! Faríamos os msm c os Su-30MKS, isso é caça de verdade o resto é o resto.p ontem.Sds. 😉

    • Perfeito. O problema da Venezuela é a falta de capacidade de atender a demanda por peças coisa que certamente o Brasil superaria.

      • kkkkkkkkkkk, seus irmaos de credo nao conseguem nem produzir papel para limpar o forevis,kkkkkk,como aqueles subhumanos conseguiriam suprir estas demandas,kkkkkk ,o f16 mesmo com embargos ,ainda voa e esta afiadinho, MERITO DO PROJETO , mas comparar tecnologia yanke com tecnologia surradas alemas e covardia,kkkkkkk,chuuuupa ,so resta aos caes latirem ,kkkkk,postarei o hino nacional americano cantado em russo, ficou bizonho,aioaioaioaio eh chato ser NATA !

      • Caro Júlio.

        Concordo com o RR. Na Índia uma das explicações para o grande número de acidentes é justamente a tentativa de produzir localmente peças que os russos demoram para entregar.

    • giancarlos, julio,

      Não é tão simples…

      As peças devem ser perfeitamente replicadas para que possam ser uteis. Caso contrário, é risco a segurança. Em outras palavras, deve se ter o acesso as mesmas matérias primas e aos mesmos projetos, além de se deter uma industria com real capacidade de replicar o necessário. É algo criterioso, que envolve uma analise detalhada, e quase sempre somente é possível chegar a um resultado satisfatório com apoio da matriz. E ainda assim, é extremamente difícil faze-lo. E quanto mais complexa a peça, evidentemente fica mais cara e complexa a manufatura. De fato, uma parte importante da analise passa pela avaliação da viabilidade econômica do processo, posto que muitas vezes a demanda não justifica o investimento…

      No caso específico da industria, deve-se pensar principalmente em maquinário e ferramental adequado ao processo; algo que também depende de informações a serem fornecidas pela matriz ( quando a mesma não é obrigada a fornecer o necessário ), sendo difícil encontrar similares para o replicar também o processo de produção, de modo a faze-lo de forma adequada. São raras as vezes nas quais aquele que recebe a tecnologia consegue evoluir a técnica além da própria matriz.

      No caso dos Mirage III, salvo engano, apenas algumas modificações pontuais foram feitas pelo PAMA SP, além da revisão de alguns itens menores. As grandes revisões dos motores e outros itens essenciais eram feitas fora do País.

    • Embreagado pela paixao , embalado pelo desconhecimento ,justificado pela ideologia lequetrefe , esperar algo diferente de bolivariano e perda de tempo !

      • Saurio, ve se cresce. Aprende a civilidade e a hombridade com o Deagol, um cara que pode discordar, mas que se deve respeitar. Não é a toa que em tua especie, os que ainda não estão extintos, estão a caminho, também como mostra esse cerebro do tamanho de uma nós, não ajuda. Kkkkkk

      • Muito obrigado caro Julio!

        Eu gosto de opiniões diferentes das minhas.

        E respeito seus comentários pois você defende aquilo em que acredita com honestidade ao contrário e de forma muito diferente de outros três ou quatro colegas radicais que defendem mentiras propositalmente sem o mínimo compromisso com a racionalidade.

        Saudações.

  3. “Nos rangos da Aviação Militar Venezuelana tem muita insatisfação em quanto o serviço ao cliente das empresas Russas, principalmente por ser um fornecimento não confiável e um inadequado apoio técnico” — problemão viu.

  4. “Nestes casos, e também em interceptação de vôos vinculados ao narcotráfico, a aeronave despregada tem sido os já antigos F-16 A/B Block 15 OCU”

    Ah é mesmo?? E os Tucanos? Pq não usam os Tucanos? Ah é!! Eles estão velhos e necessitam de reparos e peças, o que tem sido negado pelos EUA (não teria o mesmo efeito do tão aclamado ‘pós venda Russo’??). No mínimo poderiam usar os SF-260 que podem ser artilhados.. mas tudo bem… vamos interceptar Cessnas com F-16! Combustível não é problema…. rsrsrsrs

  5. Eu vejo que um avião com pouca escala a manutenção se torna cara e demorada o Brasil teve problemas semelhantes com ow Mirage III onde tinha que desmontar a turbina passar por todos os trâmites burocráticos mandar pra França e tudo o mais.
    Sem falar num país onde existe o Ministério da Felicidade e onde falta até papel higiênico não se pode esperar muito da cadeia logística de caças com alto desempenho e realmente altos custos operacionais.
    Nossos Gripens serão produzidos aqui com uma ou outro componente vindo de fora e manutenção da turbina provavelmente será feita na GE Celma que fica em Petrópolis.
    Olha mais uma vantagem do Gripen um super caça no solo tem a mesma serventia de um estátua e bonito de ver mas só serve para enfeite.

  6. Eu acho que esse artigo é plantado para para esculhambar a Rússia. Ninguém viu nenhum oficial militar ou do governo reclamando em relação a reposição de peças…

    • Caro Bobsap

      “Ninguém viu nenhum oficial militar ou do governo reclamando em relação a reposição de peças…”

      É claro que ninguém viu e nem vai ver, em países onde não se possui liberdade de expressão ninguém pode falar nada que vá contra a ideologia do governo.
      Você espera que algum general venezuelano ou Cubano contrarie os interesses políticos apontando problemas e afirmando que a economia vai mal, por exemplo?
      São todos pau mandados escolhidos por motivos políticos e não por competência.

      Por isso que na índia, uma democracia, existem tantas reclamações sobre o suporte russo enquanto na China não há nenhuma.

      Já vi no Cavok notícias de caças venezuelanos interceptando aeronaves americanas e sempre eram F-16. Não acha estranho que os venezuelanos não tenham exibido suas melhores armas para impor respeito?

      Se fosse uma notícia isolada eu também ficaria em dúvida, mas não é.
      Em países como China, Rússia, Irã, Venezuela e Coréia do Norte tudo é uma maravilha e os governantes não tem defeitos, são verdadeiros paraísos na terra.
      Problemas só aparecem onde existe certa liberdade de imprensa.

    • Pelo óbvio motivo os oficiais Venezuelanos não o fariam, no entanto sabemos das dificuldades econômicas severas há que a Venezuela fora submetida, dificultando o apoio logístico necessário, não culpo os russo mas tão somente os compradores que por falta de recursos financeiros não têm a quem recorrer, devemos lembrar que os Flankers são usados por africanos e asiáticos, os primeiros possivelmente devem sofre variadas restrições, já não sendo o caso dos asiáticos em virtudes do poder financeiro e maturidade no concernente.

    • O que você sabe sobre o que se passa na China?
      E vemos os indianos passarem “pelos mesmos apuros”.
      .
      Se você não tem nenhuma evidência, nenhum embasamento e nem conhecimento sobre o que acontece na Força Aérea da Venezuela então não pode falar nada. A matéria fala bem claro o que todo mundo já sabia, o pós venda russo não é confiável e não há nenhuma indicação de que seja mentira.

      • Então cego, segundo o Pentágono, o nível de disponibilidade das forças aéreas chinesas, é o maior do mundo.
        E sou eu que “Se você não tem nenhuma evidência, nenhum embasamento e nem conhecimento sobre o que acontece na Força Aérea da Venezuela então não pode falar nada.” ou é você o analfabeto, que ACHA que sabe mais do que maior rival Geoestratégico dos chineses?

      • Acontece que os chineses fabricam muitas peças e componentes dos Sukhois e é possível que o suporte russo seja melhor organizado para a China.

        Mas é inegável que o texto confirma exatamente o que os indianos reclamam. Quem garante que o mesmo não poderia acontecer com o Brasil se comprássemos aviões russos?

    • E ainda tem suporte deficiente por parte dos russos, não é?

      Não era você que negava que o suporte russo era ruim?
      Ta aí mais uma matéria que confirma o que os indianos já dizem há anos.

  7. Pal, SU-30 is a completely different level, it’s not pathetic F-5 and F-16 ISSUE 80 years, qualification of technicians should be at a high level

    Indian Air Force? -There Drops everything, including noveshie American planes!

    and tell me a connoisseur of Russian arms)))) why the SU-30 №1 in the world of sales? if he’s so bad? )))))))
    _________

    Pal, SU-30 é um nível completamente diferente, não é patético F-5 e F-16 EDIÇÃO 80 anos, a capacitação de técnicos deve estar em um nível alto

    Força Aérea da Índia? -Há Drops tudo, incluindo aviões americanos noveshie!

    e diga-me um conhecedor de armas russas)))) por que o SU-30 №1 no mundo das vendas? se ele é tão ruim? )))))))
    http://www.youtube.com/watch?v=5OOkLRoK0-4
    p.s- que soa familiar? não é por acaso o meu amigo Carlos? amante dizer sobre armas russas?

    • “why the SU-30 №1 in the world of sales? if he’s so bad? ”

      Ninguém está dizendo que o Su-30 é ruim, estamos dizendo que a matéria confirma as acusações indianas de que o suporte russo deixa a desejar.

      E uma das razões para o Su-30 ser tão vendido é o fato da Índia ser parceira estratégica dos russos e China e Venezuela viverem sob embargos militares não podendo comprar aeronaves de nenhum outro país que não seja a Rússia. Também o baixo preço favorece as vendas na África.

      É óbvio que um caça de moderno de grande tamanho sempre será mais capaz que um F-16 e F-5 que são muito menores, principalmente se forem modelos básicos dos anos 80.

      Não estamos questionando a qualidade dos Sukhoi, estamos questionando a qualidade dos serviços de pós venda russo.

  8. e ordno mas! Índios favorecer favor, mas por que continuar a comprar e produzir Su-30? Eu me pergunto por quê?

    você não está em risco, você pode primeiro obter Gripenn em 2019))))

  9. Torna-se fácil demais acusar-se sempre o tão famigerado pós-venda russo de todas as mazelas que ocorrem na Índia ou na Venezuela, assim como e fácil pintar os russo como vilões eternos como forma se de defender a hegemonia ocidental.

    Mas paremos para pensar um pouco, a Índia é um país de castas onde a pessoa não ascende socialmente em função de sua capacidade mas sim em função de sua família, ou seja e sua família e sua arvore genealógica que determina sua posição na sociedade indiana.

    Da mesma forma, que a índia hoje consegue mandar uma sonda para Marte, ou desenvolver um míssil intercontinental e notório de grande parte da população ainda vive na miséria absoluta, sem acesso as mais básicas melhorias da vida moderna, inclusive podemos listar a falta de acesso ao vaso sanitário.

    Já foi enfocado aqui mesmo no PB a péssimo manutenção que é dispendida pela Força Aérea indiana a seus vetores, inclusive na reportagem enfocava o fato dos SU-30 MKI ficarem expostos ao sol e a chuva o que deteriorava a capacidade dos instrumentos eletroeletrônicos.

    Da mesma forma, na força aérea hindu cai avião francês, americano, russos e autóctone, somente é noticiado a queda de mais vetores russo face a pluralidade de vetores russos lá existentes.

    No mesmo sentido, como podemos afirmar que a culpa e do pós-venda russo, quando o governo venezuelano sequer é capaz de manter um fluxo constante dos mais basilares produtos de necessidade da população, incluído aí a citada falta de pale higiênico.

    Ninguém aqui tem ou teve acesso aos relatórios de manutenção do acervo da força aérea indiana ou da venezuelana, para afirmar de forma categórica que os prazos de manutenção das aeronaves não foram cumpridos em função da desídia russa, americana ou francesa, bem como ninguém aqui teve acesso aos relatórios de investigação das quedas das aeronaves hindus, para se afirmar que a queda foi derivada da incapacidade do vetor.

    Acredito que os F-16 ainda bolivarianos estejam em condições de voo, não pela supremacia da máquina americana, mas sim pelo fato de existir um extensa cadeia de manutenção na própria força aérea venezuelana, vez eu estes vetores são operados a mais de 30 anos, diferentemente dos aviões russos e chineses que forma recentemente incorporados.

    Assim adquirir-se um vetor moderno para sua FAs implica necessariamente em equipá-la também com um setor de manutenção, logística e um estoque de sobressalentes que possibilitem o uso da máquina de forma adequada.

    Você pode comprar um carro alemão, sueco, coreano, americano etc, mas se você não fizer as manutenções, ou mesmo usar combustível adulterado, ou ainda fazer as revisões na oficina da esquina, certamente seu veículo lhe deixará na mão, e a culpa será de quem do fabricante ou sua?

    • Ele não vai te responder, já deve ter percebido a mancada e agora tá escondido na caverninha dele, de onde só vai saír quando o assunto cair no esquecimento, ou então quando outro assunto o obrigar a mais alguma uma irracionalidade sem compromisso. Resumo da ópera? É daqueles que agridem e saem de fininho, se escondendo no meio da multidão.

  10. Complicado tratar com minucias a questão do pós venda russo, pois temos bons exemplos, como China, Malásia, Indonésia, entre outros países utilitários da Sukhoi que não reclamam de nada referente aos caças e seu pós venda, nos deixando com a unica opção possível…a incompetência por parte das forças aérea venezuelana e indiana.
    A Argélia é um ótimo exemplo de sucesso na utilização desta aeronave, após anos e mais anos de utilização com eficiência deste vetor, a Argélia ainda deseja aumentar suas forças upgradeando seus caças e aumentando o numero dos mesmos, e se eles desejam fazer isso é porque tem agradado e suprido as necessidades daquela força aérea,e mais, eles não reclamam em nada de “cai cai” dos aviões (como ocorre muito na Índia). A Índia talvez seja o melhor exemplo de incompetência, pois eles tem um numero elevado destes vetores e me parece que não sofrem a devida inspeção e manutenção preventiva dos caças, levando as consequências que temos visto.
    Se fosse assim, teríamos que fala dos Hornets que caem por aí, do recall do Typhoon e por aí vai.

  11. Sem ofensa a nenhum participante.

    Como os colegas sabem quais países tem ou não tem problemas com o suporte russo?

    Só pq não saíram reclamações na internet não quer dizer que problemas não existam, assim como podem haver problemas no suporte técnico americano também sem que ninguém fique sabendo.

  12. Já virou clichê essa história de pós venda russo é ruim, na realidade pode muito bem ser problema de pós compra !
    Não é porque a Sukhoi vendeu o caça que é ela a responsável por sua manutenção, o responsável pela manutenção da frota é quem compra… Quem tem caça russo e sabe que a distancia impede o fornecimento de determinadas peças imediatamente. O melhor a fazer é manter um certo estoque, um almoxarifado com os principais componentes que mais precisam ser substituidos para aumentar a disponibilidade da frota. Essa precaução muitas vezes pode reduzir significativamente o atrito pois muitas vezes um componente simples e barato pode levar a perda da aeronave…
    Outra coisa, treinamento das equipes de manutenção, quem garante que o Sr. Hugo Chávez enviou e treinou equipes na Rússia aptas a prestarem manutenção no SU-30 ? Quem garante que o pessoal de manutenção cumpre os protocolos de testes e calibração e checagem dos equipamentos regularmente após “X” horas voadas ? Mais uma, quem garante que a Venezuela não está indimplente com a Rosoboronexport e por isso teve sua cadeia logística de reposição de peças interrompida ?
    Enfim, são vários as questões a serem levantadas, é fácil falar “pós venda russo é péssimo”…parece frase decorada, se tornou quase obrigatório dizer isso em sites de defesa.

  13. A FAB dispõe atualmente de 9 helicópteros de assalto / ataque Mil MI-35 e portanto deve estar passando por dificuldades para manter a disponibilidade da pequena frota, vejamos essa nota que tomei a liberdade de copiar de outro site, é um pouco longa mas interessante e esclarecedora :

    1) Mito: pilotos e mecânicos não conheciam as aeronaves, não sabiam voá-las e/ou mantê-las e por isso elas ficaram inoperantes por muito tempo.
    Fato: boato nascido de uma nota jocosa publicada pelo jornalista Claudio Humberto. Pilotos e mecânicos iniciaram as suas instruções ainda em solo russo, seis meses antes da entrega do primeiro lote, enfrentando temperaturas de até 30° Celsius negativos (-30°).

    2) Mito: as aeronaves ficaram inoperantes por falta de APU, pois a alimentação das aeronaves se dá em um padrão diferente do adotado pela FAB, equivalente ao da OTAN.
    Fato: a aeronave conta com APU orgânico, e todas elas giraram motores assim que foram aprontadas pelos mecânicos e especialistas de suporte da fábrica.

    3) Mito: parafusos e porcas são no padrão métrico, que difere das medidas das ferramentas da FAB que são no padrão imperial. Os russos não mandaram ferramentas.
    Fato: o padrão métrico é utilizado pela indústria automotiva no Brasil, e o que não falta são ferramentas com ambas as medidas em qualquer loja de autos. As ferramentas foram adquiridas.

    4) Mito: a pós-venda não é adequada, a operacionalidade é baixa e o custo de hora de voo é alto.
    Fato: o custo de hora de voo está dentro dos parâmetros esperados para uma aeronave da categoria do AH-2 Sabre (Mi-35M) e todos os requerimentos de peças e/ou componentes foram atendidos pelo fabricante. Jamais houve falta de peças, ou de suprimento de qualquer ordem. A operacionalidade do esquadrão é de 6 aeronaves em rampa para três em reserva (0,67%), sendo possível aumentar a disponibilidade para sete aeronave em qualquer situação (0,77%). No caso de uma emergência não seria impossível o apronto das nove aeronaves, ou seja, de se ter todas elas disponíveis (100%).

    5) Mito: os mecânicos russos vivem de bebedeira pelas ruas de Porto Velho, não existem tradutores, a comunicação é por mímica e os manuais são em inglês, ou em espanhol.
    Fato: não existe reportagem, ou menção alguma de desordens feitas pelos técnicos russos, no trabalho, ou em folga. O comportamento dos especialistas da fábrica não possui reparo algum a ser feito. Tradutores acompanham estes técnicos e manuais em inglês nunca foram um problema para a FAB, que convive com os mesmos desde a sua infância.

    6) Mito: o serviço de pós-venda entregou mísseis ultrapassados e não os mísseis ATAKA, previstos no contrato.
    Fato: as armas entregues foram o 9M120 ATAKA (6 km de alcance), conforme especificado no contrato.

    7) Mito: a aeronave é de difícil manutenção. É odiada pelos mecânicos e pilotos.
    Fato: a aeronave e adorada pelos pilotos, devido a sua capacidade e robustez, e os mecânicos se assombram com a praticidade e a simplicidade de algumas soluções de engenharia. Por exemplo: para a retirada de um motor, basta uma chave (e grua). O serviço é feito em 30 minutos, ou menos. Além do mais, as asas de suporte para armamentos permite trabalho acima das mesmas, ou seja, não existem avisos de “No Step”, por não serem necessários.

    8) Mito: a aeronave foi entregue sem os supressores de calor.
    Fato: os supressores foram entregues, conforme previsto em contrato, e só não são vistos com frequência por não ser necessário o seu uso com constância em tempos de paz.

    • Video bacana Rustam. Como falei, se é para comprar tem que saber manter, ter gente especializada para não depender exclusivamente do fabricante e montar uma cadeia logística que não permita a falta de peças e componentes. Vemos um monte de países (passado e presente) que adquirem todo o tipo de armas, fazem uma miscelânea de equipamentos em suas forças e no final não conseguem manter a operacionalidade dos mesmos. Veja o Iraque que tinha em seu inventário mais de 600 caças e no mínimo 250 Exocets e não foi capaz de abater nenhuma embarcação aliada na primeira guerra do golfo (até os argentinos fariam bonito com estes meios) provando que foto bonita não ganha guerra. A Venezuela segue os mesmos passos de alguns destes exemplos.. Abraços,

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